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terça-feira, 12 de junho de 2018

Inflação na Venezuela foi de 110,1% em maio

11/6/2018, 21:20

A Venezuela registou uma inflação de 110,1% de durante o mês de maio, segundo a Comissão de Finanças (CF) da Assembleia Nacional (parlamento), onde a oposição detém a maioria.

NATHALIE SAYAGO/EPA

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  • Agência Lusa
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A Venezuela registou uma inflação de 110,1% de durante o mês de maio, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Comissão de Finanças (CF) da Assembleia Nacional (parlamento), onde a oposição detém a maioria.

Os dados foram anunciados pelo presidente daquela comissão, Rafael Guzmán, numa conferência de imprensa em Caracas, sobre a hiperinflação em Venezuela e dão conta que em 12 meses os preços subiram 24.571% no país.

Segundo as estatísticas a Venezuela teve, em maio, uma taxa de inflação diária de 2,4% e, desde janeiro último, os preços ao consumidor subiram 1.995,02%.

“São precisos 200 salários mínimos para cobrir o cabaz básico (…) não podemos deixar de advertir sobre a urgência de mudar as políticas económicas da Venezuela”, disse Rafael Guzmán. “Os investidores voltaram a cara à Venezuela e o Governo é o único responsável. As pessoas não vão colocar a sua produção num mercado onde não lhe vão pagar o que realmente vale e militarizar os mercados não são a solução”, acrescentou.

Na Venezuela, desde há mais de dois anos que não há dados oficiais sobre a inflação, apesar de a legislação em vigor prever que sejam divulgados periodicamente pelo Banco Central da Venezuela.

Guterres confiante em que Trump e Kim Jong-un avançarão para a paz

11/6/2018, 19:34

"O mundo está a seguir de perto o que se vai passar dentro de horas em Singapura", disse António Guterres à imprensa na véspera da histórica cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un.

KCNA/EPA

Autor
  • Agência Lusa
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se esta segunda-feira confiante em que a cimeira entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte permitirá avanços no sentido da paz e da desnuclearização da península coreana.

“O mundo está a seguir de perto o que se vai passar dentro de horas em Singapura”, disse Guterres à imprensa na véspera da histórica cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un.

Guterres elogiou o “valor” dos dois líderes e disse esperar que eles possam “quebrar o perigoso ciclo que tanta preocupação causou o ano passado”. O objetivo, sublinhou, deve continuar a ser “a paz e a desnuclearização verificável”.

“O caminho exigirá cooperação, compromisso e uma causa comum. Inevitavelmente existirão altos e baixos, momentos de desacordo e duras negociações”, alertou.

Perante as potenciais dificuldades, Guterres assegurou que a ONU está pronta para apoiar o processo “de qualquer modo, incluindo a verificação, se for solicitado pelas partes-chave”. “Eles são os protagonistas”, insistiu, realçando que as Nações Unidas apenas oferecem a sua ajuda e que o seu único objetivo é o êxito das negociações.

Guterres pediu, por outro lado, para que se preste atenção à situação humanitária na Coreia do Norte e recordou que a ONU está a tentar obter 111 milhões de dólares (93,9 milhões de euros) para dar resposta às necessidades imediatas de seis milhões de pessoas.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Entre as brumas da memória


Quando a palavra «consenso» ainda não estava na moda

Posted: 11 Jun 2018 01:58 PM PDT

«A cada um de nós cabe despojar-se de vaidades que, na verdade, não são mais do que ilusões efémeras; evitar egoísmos que não prestigiam, nem criam ambientes saudáveis; arredar preconceitos, desconfianças, incompreensões, ressentimentos e obstinações, sempre inconvenientes para o estabelecimento da concórdia que tem de existir entre os portugueses. Enfim, é meu dever procurar afastar do caminho nada fácil por onde temos de seguir, tudo quanto possa enfraquecer o esforço geral indispensável ao engrandecimento constante, harmónico e rápido do Espaço Português, em toda a sua imensa e sagrada dimensão.»

Américo Thomaz, 10.06.1971
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Libération

Posted: 11 Jun 2018 12:14 PM PDT

A capa de amanhã.
A

Dica (770)

Posted: 11 Jun 2018 08:29 AM PDT

Crisis Of Globalization: Restoring Social Investment Is Key (Robert Kuttner)

«My generation grew up thinking of that social bargain as the new normal. But in fact it was exceptional. In a capitalist economy, owners of capital ordinarily enjoy an extra measure of political power. In the postwar era, that power was suppressed in the broader public interest.

The postwar social contract came about via a harmonious convergence of events, insights, leadership and politics. Western leaders were determined not to repeat the aftermath of the First World War. In that dismal period, there was no recovery program, speculative finance ran wild, austerity crushed growth, unemployment reached socially unbearable levels—and the result was Hitler and a second world war.»

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Make Portugal Great Again

Posted: 11 Jun 2018 05:44 AM PDT

O Presidente da República a ensinar uma menina açoriana a utilizar uma arma de ataque nas comemorações do 10 de Junho.

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O mistério Rui Rio

Posted: 11 Jun 2018 03:34 AM PDT

«Cersei Lannister, que sempre soube como um político deve actuar na grande roleta russa do poder, disse-nos: "Quando se joga ao jogo dos tronos só se pode ganhar ou morrer. Não há pontos intermédios." A rainha dos Sete Reinos de Westeros sabia tudo sobre a moralidade e a imoralidade do poder e da ambição para o conquistar. Não sendo um novato nos labirintos do poder, Rui Rio pareceu, no início da sua liderança, um político que negava o movimento. Parecia que se contentava em ocupar o espaço. E que a melhor opção em termos de decisões seria ou não tomar nenhuma ou tomar alguma que irritasse os baronetes do partido. O seu destino trágico parecia traçado, contra a rebeldia do grupo parlamentar e decisões muito discutíveis. Sobretudo, o seu programa parecia um deserto sem oásis. Só que, como recorda Cersei, para se alcançar o poder há que arriscar: ou se ganha ou se morre em batalha. Ora, Rui Rio parece avesso a batalhas decisivas: não é um general que busque o seu Waterloo.

As decisões de Rui Rio de escolher, para líder parlamentar, um Fernando Negrão que passa a vida a olhar para o seu caderninho de notas, ou de pugnar por "pactos de regime", seguem esta estratégia de comboio dos torresmos: pára em todos os apeadeiros. Rio não deseja rupturas rápidas: prefere que o PS se desentenda com o BE e com o PCP para surgir como a Bela Adormecida desejada. Assim o poder cair-lhe-á nas mãos, seja numa coligação com o PS, seja porque, por milagre, ganhe as eleições. O certo é que conseguiu, com esta política de falinhas mansas, conter Assunção Cristas, que nas sondagens não surge como uma leoa. Rui Rio acredita que o PSD precisa de ultrapassar o legado de Passos Coelho, que surgiu como "um bom gestor da economia", mas um coração insensível face aos resultados das suas opções. Rui Rio quer atrair o PS para um novo contrato social ao centro, ao mesmo tempo que, com isso, deseja travar o avanço de populismos à direita (e à esquerda). Será essa a sua forma de ganhar?»

Fernando Sobral
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10 de Junho - mau planeamento

Posted: 10 Jun 2018 03:11 PM PDT

Os benefícios do obscurantismo anti-científico

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por Sérgio Barreto Costa

carl

Frank Carlucci, o embaixador americano em Lisboa durante o PREC, morreu na semana passada e logo o Facebook e o Twitter se encheram de impropérios em sua memória. Inicialmente fiquei um pouco chocado com a atitude mas, após breve reflexão, partilhei do ponto de vista: o homem prestou um péssimo serviço a Portugal, principalmente na questão das liberdades. Sem a sua intervenção em 1975 o mais provável era não estarmos sujeitos a ler tolices em redes sociais; não por falta de tolos, naturalmente, mas pela proibição do acesso à internet. Como diria o Pacheco Pereira: mau trabalho!

Pelo que se conta nos livros de história, a doutrina dos EUA sobre o nosso país estava profundamente dividida nessa altura: uns queriam deixar o PCP instituir um regime comunista que servisse de exemplo a não ser seguido pelos restantes países do sul da Europa; outros defendiam o apoio a movimentos de extrema-direita com a intenção de tentar restaurar o estado salazarista. Aparentemente, já estava decidido que íamos ser uma ditadura, depois logo se via de que cor. Mas Carlucci, dando mostras da sua falta de juízo, insistiu com os seus superiores que a entediante democracia parlamentar era viável neste caótico cantinho lusitano e, não tendo por estes sido imediatamente internado num manicómio, conseguiu provar-lhes que tinha razão.

O grande mérito do embaixador americano foi ter feito parte de um movimento polémico muito antes de este ser relevante e problemático. Henry Kissinger, o importante líder da diplomacia dos EUA, queria utilizar a penúria do futuro Portugal soviético como um antídoto contra o comunismo no Ocidente. Para grande sorte dos portugueses, Frank Carlucci era fervorosamente anti-vacinas.

We’ll always have plastic!

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Dizem os especialistas que, lá para 2050, teremos mais plástico do que peixes no mar. Trata-se de uma das várias consequências das opções desse simpático grupo de crianças inconsequentes que dá pelo nome de Humanidade, especialista em futebol, redes sociais e reality shows parolos, mas globalmente incapaz de, por exemplo, separar o lixo que produz, como o macaco Gervásio por cá tentou ensinar, sem grande sucesso, já lá vão quase 20 anos. Sem grandes surpresas, o slogan "Se o Gervásio consegue, tu também conseguirás" continua ensombrado pelo "inconseguimento".

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