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segunda-feira, 2 de julho de 2018

A sombra de Trump sobre a revolução mexicana e a deriva europeia

A sombra de Trump sobre a revolução mexicana e a deriva europeia

2 jul 2018 14:14

MadreMedia

Opinião

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Francisco Sena Santos

Francisco Sena Santos

Nota-se a sombra da América de Trump a cobrir quer o resultado revolucionário das eleições mexicanas, quer a convulsão que ameaça afogar a União Europeia.

A retórica anti-imigração de Trump deu asas à campanha do MORENA (o Movimento de Renovação Nacional), com o coração político à esquerda. O presidente agora eleito, Andrés Manuel Lopez Obrador (tratam-no pelas iniciais, AMLO) fez da garantia de que não deixará construir o muro na fronteira um dos trunfos eleitorais – embora as promessas anti-corrupção e anti-cartéis tenham sido as mais poderosas. Na Europa, a crise dos migrantes parece cada vez mais um pretexto para derrubar os líderes que querem uma Europa forte e coesa. Os adversários da União dentro da União sabem que desta vez quem está na Casa Branca a comandar a política dos Estados Unidos também não está interessado numa Europa forte, antes pelo contrário.

A integração europeia avançou na segunda metade do século XX, com a visão de estadistas europeus e com alto patrocínio político dos Estados Unidos da América, a quem interessava uma Europa forte para fazer tampão ao expansionismo soviético. Acabada a Guerra Fria, a Europa deixou de ser palco estratégico principal para os EUA, mas continuou a ser uma parte relevante no sistema multilateral de alianças, tanto as económicas como as militares, políticas e culturais.

Com Trump, tudo mudou. A Europa deixou de ser vista como a aliada preferida. O mundo de Trump assenta em três impérios (EUA, China e Rússia) que controlam o mundo. As amizades de Trump estão muito mais em Israel e na Arábia Saudita do que na União Europeia.

Os líderes de países do Leste Europeu que se serviram muito da solidariedade europeia para construírem (na Hungria, na Polónia, na Eslováquia, na República Checa) o seu futuro pós-soviético, mas que têm ideologia nacionalista, oposta aos ideais fundadores da União Europeia, perceberam que, com Trump em Washington, a ocasião está madura para avançarem contra a União.

A crise dos migrantes é um pretexto mesmo a calhar. Há uma crise com o acolhimento de migrantes na Europa, sim, mas nada que se compare com o que aconteceu há três anos. Entre 2015 e 2016, entraram na Europa (dados Frontex, a agência europeia de fronteiras), à volta de 1,5 milhões de pessoas, grande parte formada por refugiados que fugiam da guerra da Síria e de outros conflitos do Médio Oriente. Em 2017, a queda foi brusca para pouco mais de 200 mil. Os números do primeiro semestre deste ano são semelhantes aos do mesmo período de 2017. Confirma-se que a pressão migratória está a moderar-se, sendo que com escalada, como sempre, nos meses da primavera e verão em que o Mediterrâneo está menos hostil para a travessia em barcos que deveriam estar fora de uso. Há menos gente na travessia embora, alertam a Cruz Vermelha Internacional e as ONG, os perigos estejam maiores.

A exploração do medo de uma invasão de migrantes portadores de outras culturas parece cada vez mais parte de uma estratégia usada por forças nacionalistas e populistas para o assalto às posições de defensores da Europa unida, forte e coesa. O movimento xenófobo gerado no Leste da Europa chegou à Áustria e levou a melhor nas eleições do passado outono. Depois, alastrou a Itália, com essas forças anti-sistema a triunfarem nas eleições de março. Na Alemanha, em setembro, já tinha irrompido o AfD, força radical de direita, com 92 deputados.

Agora, é a própria CSU, aliada histórica da CDU de Merkel (antes, de Kohl, Barzel, Kiesinger, Erhard e Adenauer) a colocar a chanceler e o seu governo no fio da navalha, com recurso ao mesmo pretexto anti-migrantes. O líder da CSU, partido cristão social bávaro que teve como expoente Franz Josef-Strauss, arquiteto da aliança com a CDU, está agora a promover o braço de ferro com Merkel sobre a política migratória, para assim tentar conter o avanço na Baviera da direita radical AfD com posições ferozmente anti-migrantes.

A crise dos migrantes mostra-se assim, sobretudo, uma crise de políticos. Falta de líderes políticos com valores de solidariedade conforme os princípios fundadores da União Europeia. Com a América de Trump a voltar costas à Europa, o que hoje se vê como forças de resistência em defesa da União Europeia forte é um eixo político com pilares em Lisboa, Madrid, Paris e (até ver) Berlim.

Trump há-de gostar de ver a ideia da União Europeia assim a afogar-se na indiferença perante os migrantes. É provável, no entanto, que esteja incomodado com o voto de 89 milhões de mexicanos. As eleições deste domingo neste enorme país da América Central mobilizaram um mar de gente: tratava-se de eleger um presidente da República, 9 governadores, 128 senadores e 500 deputados. Implicando imediatamente 3.000 altos cargos públicos. Os resultados das diferentes votações estão a mostrar uma revolução, com derrube do regime dos tradicionais grupos de poder no México. O novo presidente, López Obrador e a sua base política MORENA, tem forte cariz social e está voltado para a esquerda. Resta saber se vão conseguir, como tanto prometeram, desmantelar o sistema de corrupção generalizada e reduzir os tremendos níveis de violência.

Moradores de aldeia em Évora poupam 300 euros/ano em energia com projeto-piloto

Moradores de aldeia em Évora poupam 300 euros/ano em energia com projeto-piloto

2 jul 2018 17:34

MadreMedia / Lusa

Este artigo é sobre Évora. Veja mais na secção Local.

Um projeto-piloto europeu de demonstração de tecnologias de armazenamento e gestão de energia, em que Portugal participa, permitiu a 25 moradores da aldeia de Valverde, no Alentejo, pouparem, em média, 300 euros anuais na fatura energética.

Moradores de aldeia em Évora poupam 300 euros/ano em energia com projeto-piloto

Esta foi uma das conclusões do projeto-piloto “SENSIBLE” apresentadas hoje pela EDP, um dos parceiros portugueses da iniciativa europeia, numa cerimónia realizada em Valverde, povoação rural a poucos quilómetros da cidade de Évora.

Iniciado em 2015 e previsto terminar no final deste ano, o projeto, de 15 milhões de euros, com financiamento do Programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, integra 14 parceiros de seis países europeus, com três locais de demonstração: Valverde (Portugal), Nottingham (Reino Unido) e Nuremberga (Alemanha).

“O concelho de Évora foi pioneiro na implementação das redes inteligentes” de energia, tendo a aldeia de Valverde sido “escolhida porque possui esta infraestrutura” necessária para a fase de demonstração do “SENSIBLE”, explicou hoje à agência Lusa João Maciel, responsável de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da EDP.

A iniciativa, de acordo com a EDP, serve para testar tecnologias de gestão e armazenamento de energia, ao nível da baixa e da média tensão, que “permitam uma gestão otimizada” da rede “em cenários de forte penetração de produção renovável”.

O objetivo, acrescentou a empresa, é “demonstrar o benefício da integração de sistemas de baterias na rede de distribuição e das soluções de autoconsumo a nível residencial”, comprovando também “como a flexibilidade pode beneficiar o operador da rede e o consumidor, através de novos modelos de negócio e mecanismos de mercado”.

Em Valverde, dos 250 clientes residenciais, foram escolhidos 25 moradores para a fase de demonstração, cujas casas foram equipadas com sistemas de microgeração fotovoltaica, sistemas de gestão de energia, baterias e também termoacumuladores inteligentes, para a produção de energia e gestão de sistemas de consumos de eletricidade.

“Na rede de distribuição, dotada de equipamento de redes inteligentes de última geração, foram também instalados sistemas de armazenamento e um sistema de automação avançada”, acrescentou a empresa.

Segundo João Maciel, no âmbito do projeto, os clientes obtiveram “uma poupança média de aproximadamente 300 euros anuais”, ou seja, reduziram a sua fatura de eletricidade em “cerca de 25%”.

“Estes mecanismos que aqui desenvolvemos permitem gerir, de um modo otimizado, o carregamento das baterias e dos termoacumuladores elétricos”, gerando poupanças, realçou o responsável da EDP, empresa que lidera a fase de demonstração do projeto.

Ainda nesta componente residencial do “SENSIBLE”, graças às novas ferramentas de gestão dos equipamentos fotovoltaicos, das baterias e dos termoacumuladores, os clientes ainda produziram e armazenaram energia além da que necessitam para os seus consumos diários, para que a EDP a pudesse agregar, remunerando os moradores, e disponibilizar a clientes que dela necessitassem.

“Já existe fotovoltaica e armazenamento de energia”, mas “a questão de fazermos a agregação dessa flexibilidade energética, criando um modelo de negócio que remunera todas as partes envolvidas, isso é que é inovador”, frisou João Maciel.

Por outro lado, salientou, o projeto permitiu aos promotores validarem tecnicamente este conjunto de ferramentas que permite “gerir o armazenamento de energia por baterias, nas redes de baixa e média tensão”, para que possa ser utilizado no futuro, quando esta tecnologia tiver regulação e os custos forem mais reduzidos.

O “SENSIBLE”, que tem estatuto de “Flagship Project” (“projeto bandeira”) na área de Inovação em Energia, atribuído pela Comissão Europeia, envolve, em Portugal, além da EDP, a Siemens e o INESC TEC, entre outros parceiros.

Miss Univero Espanha é, pela primeira vez, uma mulher transgénero

Ángela Ponce tem 26 anos e pretende usar o título para “levar uma mensagem de inclusão, tolerância, respeito e amor”

É a primeira vez que uma mulher transgénero é coroada Miss Univeso Espanha. Ángela Ponce, de 26 anos, nasceu homem mas há quatro anos terminou o processo de mudança de sexo e foi considerada a mais bela de Espanha.

Desde 2012, data em que o concurso permitiu a participação do mulheres trangénero, Ángela Ponce é a segunda mulher a lutar pela coroa. Jenna Talackova foi a primeira concorrente transexual a participar.

A jovem sevilhana tinha sido eleita Miss Cádiz em 2015 e tinha mesmo tentado participar no concurso Miss Mundo Espanha, mas não foi possível por ser transexual. “Eu não poderia vencer a Miss Mundo Espanha porque a organização não admitia mulheres transexuais. Três anos depois, vou apresentar-me novamente porque no Miss Universo é possível”, disse na altura Ángela Ponce numa entrevista à Telecinco.

Agora que foi coroada Miss Universo Espanha, a modelo pretende “levar uma mensagem de inclusão, tolerância, respeito e amor”, escreveu numa publicação no Instagram.

Ameaça de demissão de Seehofer lança o caos na coligação de Merkel

Andreia Martins - RTP02 Jul, 2018, 11:57 / atualizado em 02 Jul, 2018, 12:23 | Mundo

Ameaça de demissão de Seehofer lança o caos na coligação de Merkel

Na visão de Horst Seehofer, Angela Merkel não conseguiu corresponder às expectativas do partido bávaro, parceiro na coligação de Governo, na última cimeira europeia | Hannibal Hanschke - Reuters

Três dias. Foi o tempo concedido por Horst Seehofer, ministro alemão do Interior, para que Angela Merkel resolva o conflito sobre as políticas migratórias com os parceiros de coligação da Baviera. O responsável ameaçou avançar com a demissão, mas aceitou voltar a reunir-se com a chanceler perante a pressão de vários membros da CSU. A crise interna e o fim de uma coligação com quase 70 anos poderá ser o prenúncio de eleições antecipadas na Alemanha.

Em rota de colisão com a chanceler alemã, o ministro do Interior ameaçou demitir-se do cargo, mas também da liderança da CSU (União Social Cristã), por divergências cada vez mais vigorosas na questão migratória.

Na visão de Horst Seehofer, Angela Merkel não conseguiu corresponder às exigências e expetativas do partido bávaro, parceiro na coligação de Governo, durante a cimeira europeia que decorreu em Bruxelas no final da última semana. 

Várias figuras da CSU pretendem que a Alemanha recuse a entrada aos migrantes que já tenham sido registados noutros países da União Europeia. Por seu lado, a CDU (União Democrática Cristã) considera que essa ação violaria as leis da União Europeia, mas também a Convenção de Genebra sobre os direitos dos refugiados. 

Durante as últimas semanas, a chanceler alemã tem-se desdobrado em reuniões e encontros bilaterais com vários parceiros europeus, na tentativa de garantir o retorno dos migrantes que estão em território alemão, mas que foram registados por outros países dentro do espaço comunitário. 

A chanceler procura, dessa forma, agradar parceiro de coligação que vocifera de forma cada vez mais audível contra a imigração, quando faltam menos de quatro meses para as eleições na Baviera, com a alarmante subida da AfD (Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita). 

A questão migratória poderá ser mesmo o ponto final uma relação de quase 70 anos entre duas forças políticas irmãs que não concorrem uma contra a outra em eleições desde 1949, com exceção para uma breve separação registada em 1976. 

Numa derradeira oportunidade, a chanceler alemã e o ainda ministro reúnem-se esta segunda-feira em Berlim, a fim de solucionar a crise emergente, agora agravada com a ameaça de demissão. 

Horst Seehofer chegou mesmo a comunicar a decisão no domingo, durante uma reunião da CSU em Munique. "Vamos ter mais conversações com a CDU em Berlim, na esperança de que se consiga alcançar um acordo. Depois, vamos ver o que acontece", adiantou o ministro aos jornalistas. 

Antes, um dos membros da CSU afirmava que Seehofer pretendia demitir-se por “não garantir o apoio necessário”. Ficam expostos alguns possíveis desentendimentos dentro do próprio partido bávaro, cuja reputação começa a ser questionável. Pela imprensa, pelas forças de esquerda, de direita, e pelo próprio Governo de Merkel. 

A revista Der Spiegel refere mesmo que “se [Seehofer] se mantiver como ministro do Interior, vai perder a sua credibilidade. Se se demitir, a mesma coisa acontece”. No Süddeutsche Zeitung escreve-se que “os dias de Seehofer como chefe da CSU estão contados” e ainda que “o seu objetivo político final é: se vou cair, também Merkel cai comigo”. 

Que cenários para Merkel?

A verdade é que a demissão iminente do ministro do Interior poderá fazer cair um Governo a que foi tão difícil chegar, alcançado ao fim de vários meses de negociações entre vários partidos. Recorde-se que, no ano passado, as eleições federais na Alemanha, realizadas em setembro, deram uma maioria simples à CDU e CSU. A “grande coligação” só surgiria em março, com a entrada do SPD (sociais-democratas) na aliança. 

Agora, Angela Merkel, no poder há 12 anos, corre o risco de perder o seu governo maioritário na sequência do conflito interno entre os conservadores alemães.

Segundo a Deutsche Welle, que traça vários cenários possíveis na política germânica com a saída de Horst Seehofer do Governo, a chanceler alemã demonstrou no passado recente que prefere a hipótese de eleições antecipadas a uma eventual governação de um executivo em posição minoritária no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão.

A Constituição alemã (Lei Fundamental da República Federal da Alemanha) prevê que, em caso de demissão, esta tenha de ser aceite pela chanceler, mas também pelo Presidente, Frank Walter Steinmeier.  

Consumada a demissão de Seehofer, a decisão estaria nas mãos da CSU, num primeiro momento. A aliada da Baviera poderia propor um novo ministro para ocupar a pasta do Interior, mas pode também decidir abandonar a coligação, retirando todos os seus ministros do executivo de Merkel. 

Horst Seehofer, ministro do Interior, Andreas Scheuer, ministro dos Transportes e das Infraestruturas Digitais, e Gerd Müller, ministro da Cooperação Económica e Desenvolvimento, são os membros da CSU com pastas no Governo de Merkel.

Em caso de saída do partido bávaro da “grande coligação”, várias hipóteses se desenham no xadrez político alemão. Existe a possibilidade de o Governo prosseguir a legislatura com um governo minoritário, caso o SPD esteja de acordo.

Neste contexto, seria necessário assegurar continuamente o apoio de partidos externos à coligação na aprovação de legislação no Parlamento, uma opção que Merkel descartou durante o período de negociações com o SPD, após as eleições de setembro.

Existe também a hipótese de se formar uma nova coligação que permita à CDU e ao SPD preencher os lugares deixados vagos pela CSU, de forma a assegurar uma nova maioria absoluta. Os Verdes e os liberais do FDP seriam dois potenciais parceiros, mas o lugar de Angela Merkel poderia estar em jogo nestas novas negociações.

Do lado dos social-democratas, a posição sobre a migração está mais próxima da que é assumida pela chanceler. Pede-se uma “política humanitária para os refugiados com uma dose saudável de realismo”. Andrea Nahles, presidente do SPD, considera que a CSU está a seguir “uma viagem de ego perigosa” e alerta que esta situação instável “não pode continuar”.

No domingo, o SPD apresentou ainda um documento com cinco pontos essenciais, na tentativa de ajudar à resolução da contenda sobre questões migratórias. Os social-democratas tentam solucionar a crise instaurada entre CDU e CSU, os dois parceiros que com eles formam a “grande coligação”, mas estas propostas contrariam perentoriamente a exigência de retorno de refugiados, apresentada pelos bávaros.

Há também a possibilidade de destituir Angela Merkel por via de uma moção de censura no Bundestag, onde a chanceler estaria em minoria. No entanto, os partidos seriam obrigados a propor um novo candidato que dificilmente reuniria consenso entre as várias forças políticas.

Em caso de queda do Governo de Angela Merkel, o cenário mais provável será mesmo o de dissolução do Parlamento e a marcação de novas eleições, uma decisão que cabe, em última análise, ao Presidente alemão. A partir desse momento, Frank-Walter Steinmeier terá de marcar eleições num prazo de 60 dias. Ou seja, a Alemanha poderá voltar às urnas para novas eleições federais, menos de um ano depois do último escrutínio.

Andrés Obrador é o novo presidente do México

Mariana Bandeira

08:20

“Chamo todos os mexicanos para a reconciliação e para colocarem em cima dos seus interesses pessoais, por mais legítimos que eles sejam, o interesse superior”, afirmou o novo chefe de Estado do México, que saiu vitorioso das eleições presidenciais com 52,8% dos votos.

O político mexicano de esquerda Andrés Manuel López Obrador conquistou a vitória nas eleições presidenciais do México, que se realizaram este domingo, dia 1 de julho. Os primeiros dados oficiais foram conhecidos por volta das 23:00 no México (05:00 em Lisboa) e apontaram uma conquista de mais de 50% dos votos do eleitorado local (52,8%).

“Chamo todos os mexicanos para a reconciliação e para colocarem em cima dos seus interesses pessoais, por mais legítimos que eles sejam, o interesse superior”, afirmou o novo chefe de Estado do México, assim que surgiram os primeiros resultados.

Durante a madrugada, na sondagem à boca das urnas, três institutos de sondagem projetavam já uma vitória de Andrés Manuel Lopez Obrador com mais de 40% dos votos. O diário local “El Financiero” dava a Andrés Manuel López Obrador 49% dos votos, contra 27% do jovem conservador Ricardo Anaya e 18% de José Antonio Meade.

Após virem a público estes dados, os adversários de Andrés Manuel Lopez Obrador – como Ricardo Anaya (23,8%), José Meade Kuribreña (14,8%) e Jaime Heliódoro Rodríguez Calderón (5,9%) – admitiram a derrota, mesmo sem conhecer os números oficiais.

Ao longo do dia da votação foram registados quatro assassinatos. Esta campanha eleitoral foi definida por vários especialistas como “a mais violenta” da história do país, e de acordo com o gabinete de estudos Etellekt, pelo menos 145 políticos ou ativistas envolvidos foram assassinados no México, incluindo 48 candidatos ou pré-candidatos.