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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

AAAEOL–CAMINHADA

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA OLIVEIRA LOPES/MUSEU ESCOLAR OLIVEIRA LOPES

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CAMINHADA

Domingo, 14 de outubro de 2018

08.30 h - Concentração na Escola Oliveira Lopes

09.00 h - Partida da Escola Oliveira Lopes

11.00 h – Paragem para lanche

12.00 h - Chegada à Escola Oliveira Lopes

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Ladrões de Bicicletas


Perseguição política no município do Porto

Posted: 16 Sep 2018 11:37 AM PDT

José António Pinto, assistente social na Freguesia da Campanhã no Porto, tornou-se conhecido do grande público quando em 2013, em pleno período da troika, recebeu um prémio de Direitos Humanos na Assembleia da República e, num discurso memorável, se declarou pronto a trocar a medalha recebida por políticas sociais mais justas.
O humanismo, a coragem e o empenho social do José Pinto (Chalana, para os amigos) é conhecido desde há muito. Em muitos casos pagou caro por isso. Parece que o preço que agora está a pagar pela sua frontalidade é proporcional à prepotência do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Em Fevereiro deste ano, José Pinto escreveu o texto "Este Porto não é para todos", saído no Público. Demorou pouco até que o assistente social começasse a ser perseguido na entidade onde trabalha. Não tendo a pressão sido bem-sucedida, a retaliação virou-se para a mulher de José Pinto, demitida sem explicações das suas funções pelo Vereador do município do Porto, Fernando Paulo (ver a denuncia que o advogado Garcia Pereira fez do caso neste texto).
A retaliação sobre trabalhadores do sector privado que não aceitam as decisões dos patrões ou a perseguição de trabalhadores em funções públicas que questionam as orientações dos poderes instalados são sinais de subdesenvolvimento em qualquer sociedade. As notícias que têm vindo a público sobre este tipo de situações em Portugal são profundamente inquietantes.
É bom que o Estado de Direito e a consciência cívica dos portugueses saibam dar uma resposta à altura destes abusos. É a democracia que está em causa.

Os outros que carreguem o fardo

Posted: 16 Sep 2018 08:50 AM PDT

Ficámos recentemente a saber que o “superávite da balança corrente da Alemanha, o saldo comercial entre exportações e importações, está prestes a atingir quase 300 mil milhões de dólares, ou 7,8 por cento do Produto Interno Bruto, o maior do mundo”.
A divisão do fardo do ajustamento entre países superavitários e deficitários é um assunto discutido há pelo menos 80 anos e não é necessário ser socialista, eurocético ou soberanista para perceber que, na impossibilidade de exportar para Marte, superávites e créditos de uns são inevitavelmente défices e dívidas de outros. Os superávites comerciais da Alemanha são um problema, escrevia, já em 2015, Ben Bernanke; a Alemanha é o maior problema da zona euro, defendia, em 2016, Martin Wolf no Financial Times.

A este propósito partilho excertos de dois textos que escrevi em Junho de 2015 e em Fevereiro de 2017.
"Em Abril de 2014, o Tesouro Americano, num dos seus relatórios semianuais sobre comércio internacional e manipulação cambial, destaca a Alemanha atribuindo-lhe especial responsabilidade pelo fraco desempenho da procura interna na Zona Euro ao mesmo tempo que afirma que o ajustamento tem estado a ser realizado sobretudo pelos países deficitários através do aumento da sua poupança interna, o que tem sido um obstáculo ao crescimento da economia global. No mesmo relatório, o Tesouro congratula-se pelo facto dos superávites alemães terem sido identificados no Procedimento relativo aos Desequilíbrios Macroeconómicos (mecanismo de supervisão e controlo destinado a prevenir e corrigir desequilíbrios macroeconómicos na UE) como um desequilíbrio que requer monitorização e obriga a correção das políticas, mas mostra-se céptico quanto à capacidade da União Europeia para produzir recomendações capazes de induzir um reequilíbrio simétrico entre os países deficitários e superavitários da zona Euro.
Cerca de um ano mais tarde, a publicação das previsões económicas de primavera da Comissão Europeia tornou claro que a descrença do Departamento do Tesouro dos EUA se justificava plenamente: a propósito da previsão de que no final de 2015 os superávites da balança corrente alemã atinjam o valor historicamente recorde de 7,9%, Pierre Moscovici, Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, afirma que “ninguém pode negar que um há desempenho económico muito forte na Alemanha, o que não pode ser punido”. Recorde-se que o Procedimento relativo aos Desequilíbrios Macroeconómicos estatui que a Comissão Europeia deve abrir um procedimento por incumprimento sempre que um país tenha ultrapassado os limites definidos em três anos consecutivos; o superávite da balança corrente alemã está acima do limite (limite arbitrário e assimetricamente definido) desde 2013. Que aquela afirmação possa ter sido proferida por um Comissário Europeu não pode deixar de possuir um significado forte na economia política do poder na Europa.”
Revista Crítica Económica e Social (n.º 5, páginas 96 a 101)
"O paralelismo com os acontecimentos dos anos subsequentes à Grande Depressão de 1929 torna-se inevitável: num contexto de um regime monetário internacional assente no padrão ouro (regime semelhante ao Euro no que diz respeito à não existência de prestamista de último recurso e às taxas de câmbio fixas), as dificuldades da Alemanha foram enormemente agravadas pela recusa dos EUA e da França, países com excedentes nas suas balanças de pagamentos e determinados em manter as suas reservas de ouro, em prosseguir políticas expansionistas. Nas palavras de Barry Eichengreen e Peter Temin:
Com estes países [EUA e França] com balanças de pagamento excedentárias, alguém tinha de estar em déficit. Com a sua recusa em expandir, quando a Depressão eclodiu, alguém teria de contrair. Com a sua recusa em prestar auxílio financeiro de emergência, a amplitude da contração a que os países de deficitários foram submetidos tornou-se quase inimaginável. No fim as consequências políticas foram desastrosas. Agora, quando os países superavitários são a Alemanha e a China, estamos a assistir ao desenrolar de um processo similar. A Grécia compra e vende aos seus parceiros Europeus e, sobretudo, à Alemanha, país fortemente superavitário. Com a relutância da Alemanha em aumentar a sua despesa, a Grécia, desprovida de liquidez, é obrigada a deflacionar [...]. O atual problema da Grécia, tal como o problema da Alemanha nos anos da década de 1930, é que cortar custos apenas torna o fardo da dívida mais pesado”.
Concluindo, se a Alemanha quer manter um lugar de parceiro responsável na comunidade das nações e, parafraseando Joseph Stiglitz, não quer ser responsabilizada por destruir a Europa uma terceira vez num século, deve rever rapidamente a sua política, deixar de usar os salários como forma de desvalorização interna competitiva e tomar medidas para incrementar a sua procura interna e eliminar os seus esmagadores excedentes partilhando com os países de deficitários o fardo do ajustamento.
É provável que isto aconteça? Receio bem que não. A solução da Alemanha para a divergência competitiva com o resto da Zona Euro tem sido a de obrigar todos os restantes países a seguir o pior do seu modelo económico. Em resultado disso, em 2016, todos os membros da Zona Euro, com a exceção da França, obtiveram balanças correntes excedentárias. A balança corrente da Zona Euro, deficitária em 1,2% do seu PIB em 2008, apresentou um superávite de 3,4% em 2016. No entanto, a divergência na competitividade-custo entre os países membros da moeda não foi revertida, ainda que, desde 2010, tenha cessado de se aprofundar. Os desequilíbrios competitivos permanecem, em larga medida, por resolver, embora temporariamente aliviados à custa do resto do mundo, para onde a Zona Euro passou a exportar o seu desemprego. É muito improvável que esta estratégia possa ser prosseguida sem retaliação. A continuar este caminho, com a recusa simultânea da Alemanha em aumentar significativamente os salários dos seus trabalhadores e a provável recusa do resto do mundo em aceitar trocas comerciais deficitárias com a Zona Euro, a França e os países da periferia sul da Europa serão novamente obrigados a períodos prolongados de deflação competitiva e austeridade orçamental. Neste cenário, aquelas economias serão confrontadas com uma nova fase de crescimento marginal ou recessão, com as correspondentes incapacidades para combater os elevados níveis de desemprego que as assolam, a erosão do Estado Social e o crescimento das suas dívidas públicas. Se isto acontecer, como parece provável, será uma questão de tempo até uma qualquer Le Pen ganhar eleições. Neste contexto, será que o país pode dar-se ao luxo de não se preparar para uma saída da moeda única?”
Economia Com Todos (páginas 179 a 193)
Entretanto, a guerra comercial à escala global está instalada e o ritmo da produção industrial na Europa desceu em Junho para o nível mais baixo dos últimos 18 meses. À escala nacional, a Navigator, alvo de taxas alfandegárias de 37,34%, diz que não o esperava (!). Em termos de representação política, a extrema-direita não cessa de ganhar terreno e a Europa, tão expedita a cortar cerce qualquer veleidade dos governos suportados por forças de esquerda na Grécia e em Portugal, assiste impávida ao desastre em curso enquanto, na prática, convenientemente, permite ao xenófobo Salvini ditar a política de fronteiras e vai fazendo umas ameaças vagas e inconsequentes aos governos autoritários da Polónia e da Hungria.
Trágico, não?

Entre as brumas da memória


Caçar refugiados

Posted: 16 Sep 2018 06:54 AM PDT


"Na Bulgária, caçar refugiados é um desporto"

«"Hoje é um bom dia para ir à caça", e Dinko Valev, 31 anos, avalia o céu - está mais limpo do que uma rua escandinava. É ele o dono deste ferro-velho e é com o dinheiro que aqui fatura que financia o exército paramilitar de que é líder - e que denominou de Movimento Nacionalista Búlgaro.

"Comecei sozinho há três anos a vigiar a fronteira de moto todo-o-terreno. Agora somos 50 homens, temos sete tanques e um helicóptero." O que é que fazem exatamente? "Caçamos refugiados, na Bulgária é um desporto", diz ao DN. "Chamem-lhe migrantes, chamem-lhe refugiados, chamem-lhe o que quiserem, que para mim eles são potenciais terroristas que põem a Europa em perigo. Não os podemos, nem vamos, deixar entrar."»

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Os robôs vão mesmo roubar-nos o emprego?

Posted: 16 Sep 2018 03:42 AM PDT

«As contas podem ser feitas de várias formas. Nenhuma favorece os humanos na guerra contra os robôs pela manutenção dos postos de trabalho. O Fórum Económico Mundial antecipa que os avanços da robótica e da inteligência artificial colocarão cinco milhões de profissionais no desemprego até 2020. A Universidade de Oxford defende, que nos próximos 25 anos, 47% dos empregos que hoje conhecemos podem desaparecer. A consultora EY avança que, em sete anos, um em cada três postos de trabalho serão substituídos por tecnologia inteligente e os vários estudos que a Deloitte já realizou sobre o tema referem que, até 2030, 40% dos empregos atuais não existirão.

Mas é o próprio partner da Deloitte em Portugal, Sérgio Monte Lee, a aconselhar prudência na análise. Como em todas as revoluções, também nesta a análise não pode ser feita apenas a partir de uma das perspetivas, a eliminação de postos de trabalho. É preciso refletir sobre a natureza dos empregos extintos e sobre a tipologia dos novos empregos que a automação ajudará a criar. Um dos estudos mais citados sobre o futuro do emprego, de Carl Frey e Michael Osborne (2014), demonstra que as profissões que enfrentam maior risco de substituição estão sobretudo associadas ao desempenho de tarefas rotineiras e braçais, mas não necessariamente pouco qualificadas.

A prática demonstra que a tecnologia está também a substituir profissionais qualificados, como contabilistas, analistas de crédito, bancários e outros que exercem funções complexas mas repetitivas. Mas nem por isso a qualificação deixará de ser relevante no futuro. O estudo da Deloitte reforça que os novos empregos a criar serão forçosamente mais qualificados, requererão uma reciclagem técnica constante e um leque de competências comportamentais-chave como a capacidade de resolução de problemas complexos, a criatividade e o raciocínio matemático, sem esquecer a inteligência emocional (a tal que nos distingue das máquinas).

As máquinas continuam a necessitar de humanos que as operem. Pelo que a cooperação entre homens e máquinas no mercado de trabalho afigura-se como o caminho mais certo e até os empresários já o reconhecem. “82% dos líderes empresariais esperam que as suas forças de trabalho humanas e tecnológicas funcionem, em equipas totalmente integradas, nos próximos cinco anos”, conclui um estudo da Dell realizado a 3800 líderes de empresas globais.

Revolução transversal

Na verdade, os impactos da inteligência artificial no emprego vão já muito além da substituição do homem pela máquina. Não é só o emprego que está a mudar, mas também o modo como procuramos emprego e os processos de recrutamento em si. A inteligência artificial já ganhou terreno na identificação de candidatos, na triagem de currículos e até numa das mais essenciais e críticas etapas do processo de seleção, a entrevista.

Se durante décadas a maior preocupação de um candidato era criar um currículo capaz de passar no crivo do diretor de Recursos Humanos, a tecnologia alterou isso. Há cada vez mais empresas a substituir a triagem manual de currículos (e até a validação das informações dos candidatos) pelo uso de algoritmos que aceleram o processo. Na fase da entrevista, momento determinante do processo de seleção, os robôs também já estão em destaque. O robô Vera, criado por uma startup russa em 2017, é já utilizado por gigantes como a Ikea, L’Oréal e PepsiCo, Microsoft, Burger King e Auchan para entrevistar candidatos — humanos! — em processos de recrutamento. Isto dispensa a intervenção humana dos especialistas em recrutamento e seleção? Ainda não, mas já lhes coloca tantos desafios como aos candidatos. A questão de fundo não é se os robôs vão ou não eliminar postos de trabalho. É se os humanos estão preparados para ‘coabitar’ com os robôs nas várias dimensões da sua vida.»

Cátia Mateus

Um dia destes, acordamos em 1984

17/09/2018 by João Mendes

Cartoon via Madrid me Mata

Pensava eu que Espanha era um Estado laico, e não uma daquelas tiranias teocratas onde o comum cidadão pode ser preso por satirizar figuras religiosas, cuja simples existência não reúne sequer unanimidade. Anda a Europa às aranhas com Orbáns e quejados, e eis que um cidadão espanhol, o actor Willy Toledo, se vê na situação de ter que responder perante um juiz por, alegadamente, ridicularizar Deus e a Virgem Maria. Não sei bem porquê, mas vem-me imediatamente à cabeça imagens de fundamentalistas islâmicos a pedir a cabeça de cartoonistas que ousam ridicularizar o profeta Maomé e outros símbolos do Islão.

Não é a primeira e, pelo andar da carruagem, não será a última vez. E estas porras são contagiosas. Da música ao teatro de fantoches, a Santa Inquisição dos tempos modernos tem sido implacável, e a Amnistia Internacional já veio expressar a sua preocupação pelas restrições que a liberdade de expressão enfrenta em Espanha. Aqui e agora, na Europa Ocidental que se horroriza em permanência com a censura praticada a leste.

O caso de uma estudante espanhola, Cassandra Vera, condenada a um ano de pena suspensa e proibição de exercer cargos na função pública durante 7 anos, por ter feito piadas com o atentado que vitimou o dirigente franquista Carrero Blanco, choca os mais sensíveis. Um estado que oprime quem satiriza um tirano presta-lhe homenagem. E não, não estamos a falar do Irão, da Venezuela ou da Arábia Saudita. Não estamos sequer a falar da Hungria ou da Polónia. Estamos a falar de Espanha, uma democracia liberal que integra a União Europeia desde 1986.

A liberdade de expressão é um direito fundamental e um dos pilares da União Europeia. Porém, perante esta sucessão de casos de opressão, que trazem à memória o obscurantismo de outros tempos, nem uma palavra da União. Da União que ainda na passada semana despoletou um processo de sanções sem precedentes contra a Hungria, um processo que de resto acabará por bater numa parede chamada Polónia, que já avisou que usará o seu direito de veto para proteger o regime autoritário de Viktor Orbán. Vivem-se dias sombrios, naquele que é o último bastião daquilo que resta da democracia. Um dia destes, acordamos em 1984.

domingo, 16 de setembro de 2018

O Perigo Nazi é o Fim da Europa

  por estatuadesal
(Dieter Dellinger, 16/09/2018)
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Foto: Nazis manifestam-se em Chemnitz perante o busto de Karl Marx. As voltas que a história pode dar?
O maior perigo para a Europa e, em particular, para a Alemanha e alguns países próximos é a ascensão do neonazismo.
Vários partidos nazis tentaram formar-se ao longo das décadas e não tiveram êxito, mesmo disfarçados de democratas, ou foram proibidos por a Constituição alemã os não permitirem ou não tiveram apoio popular.
Repentinamente formou-se uma há cinco anos o AfD (Alternativa para a Alemanha) que tem tido um êxito muito superior ao de outro partido denominado AfD (Aliança para a Alemanha) que quase despareceu com a fuga do seu pessoal para o “Alternativa”.
Enquanto o AfD atual se disfarçou até há pouco como partido democrático, revelou-se recentemente como verdadeira horda nazi nas manifestações de Chemnitz, curiosamente a antiga cidade de Karl Marx dos tempos da RDA , porque participou com várias organizações nazis como a Pegida, Holigans NS e outras que se manifestaram ruidosamente contra refugiados e estrangeiros muçulmanos na sequência de um crime praticado por dois jovens afegãos que mataram um cidadão filho de pai cubano e mãe alemã. Também é curioso que as grandes manifestações nazis em Chemnitz tiveram lugar na praça que ainda ostenta um enorme busto de Karl Marx, o que não incomoda ninguém.
Chemnitz é o local ideal para fazer renascer a tradicional xenofobia e racismo alemão que não morreu com a rendição em 1945. Isto porque na cidade de 250 mil habitantes foram alojados 70 mil refugiados, os quais temem sair à rua e são perseguidos por todos os cidadãos que se sentem com força e juventude para praticar o seu ódio e vontade de agressão.
Mas o caso de Chemnitz não é um “fait divers” da política nazi do AfD, pois as sondagens dos últimos dias dão-lhe 25% das intenções de voto, logo a seguir aos democratas ditos cristãos da CDU com 30% e antes da esquerda com 18% e do SPD com 11%.
O AfD é o segundo maior partido da maior parte das novas regiões federais alemãs, sempre com valores acima dos 21% e em confronto com a CDU que ronda os 28% em média. Na região de Brandenburg onde está Berlim, os nazis estão com 21% a seguir aos 23% do SPD e em Hessen que foi sempre ocidental, o nazismo AfD chegou já aos 15% com o SPD à frente com 22% e a CDU da Markel com 31%.
Na Baviera, um tradicional feudo da direita CSU ocidental, o AfD nazi pode contar com 15% de votos nas eleições do próximo dia 28 de outubro atrás do SPD com 22% e da CDU com 31%.
Os nazis "Alternativos" têm já 92 deputados no Parlamento Federal e 157 nos parlamentos regionais e em Maio passado contavam com 30.200 militantes, sendo previsível que em próximas eleições venham a duplicar este número. Nem Hitler conseguiu uma progressão tão rápida entre 1919 e 1924 e só em 1933 é que o seu partido foi o mais votado, mas sem maioria absoluta, pelo que teve o apoio do Partido Católico /Zentrum) que sob a influência do Núncio Apostólico em Munique, Monsenhor Pacelli (depois Papa Pio XII), conseguiu fazer-se eleger chanceler para de seguida destruir a democracia.
Assim como o nazismo alemão não chegou em primeiro lugar ao poder na Europa, também os nazis do AfD não são os primeiros, já que a Itália já tem o seu “Mussolini” no poder, o ministro do interior Matteo Salvini com um Primeiro Ministro que não mada nada. O objetivo de Salvini é o Mesmo do Gauland do AfD e do Organ da Hungria já no poder que mandou construir uma barreira em torno da fronteira para que nenhuma pessoa de pele mais escura entre no seu país.
Os nazis alemães do AfD fundaram o seu partido no dia 6 de Fevereiro de 2013 no Centro Paroquial da Igreja Evangélica Alemã da pequena cidade de Oberursel, pelo que têm em comum com o nazismo hitleriano o apoio de igrejas ditas cristãs. No fundo, só os religiosos podem “amar o próximo” e “odiar o mais distante”.
Com Hitler tratou-se de odiar e matar os judeus e agora com o AfD odiar e deixar morrer os muçulmanos e outros nas águas do Mediterrâneo.
Os nazis alternativos portaram-sempre como tal. O partido foi fundado por um tal Lucke que foi o primeiro secretário-geral para ser depois corrido por uma jovem senhora de cabelos curtos, Petry, que parecia demasiado democrática e foi posta de lado por um tipo mais velho e um verdadeiro nazi, um tal Gauland.
Os três pertenciam ao grupo fundador, mas cada êxito eleitoral numa região criava imediatamente o combate entre o pequeno grupo para sacar o chefe para fora e colocar-se outro a liderar. No fundo, o AfD procura uma figura vociferante, mesmo inculta, como Hitler que possa adquirir o poder carismático vocal de Hitler que sabia berrar como ninguém, ultrapassando qualquer animal, mas mal sabia escrever, apenas ler e ditar para as secretárias.
O perigo do nazismo AfD não reside apenas nos votos, pois tiveram mais de 21% nos primeiros votos das eleições para o Parlamento Federal e até a presidência da Comissão para o Orçamento na qual lutam contra o financiamento e apoio a refugiados e emigrantes, mas sim no extraordinário apoio dos militares e polícias alemães. Já conseguiram que nas Forças Armadas e Policiais, a bandeira da União Europeia nunca estivesse no Centro, mas só a bandeira alemã ladeada pela da EU e pela da Região Federal. O líder do sindicato dos polícias pertence ao grupo nazi e até o comandante federal dos 92 mil polícias fala de uma forma positiva acerca dos nazis alemães. Com uma polícia assim, os refugiados e emigrantes não estão em segurança na Alemanha.
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Mais de 15% dos deputados nazis nos parlamentos regionais e federais são militares no ativo com suspensão de serviço ou reformados.
O atual líder diz a todos a história da II. Guerra Mundial é uma mentira contra a Alemanha e se houve guerra mundial foi porque o Império Britânico e o Império Francês declararam guerra à Alemanha dias depois das tropas nazis entrarem na Polónia para conquistar território alemão que o Tratado de Versalhes tornou polaco e fizeram-no de acordo com o regime de Estaline que também atacou a Polónia e conquistou as repúblicas bálticas porque uma grande parte das respetivas populações eram russas. Acrescenta ainda que a Alemanha esperou quase um ano antes de atacar a França para ver se conseguia evitar uma guerra mundial.
Um deputado militar nazi do AfD disse há dias que é preciso acabar com a mentira de que as cidades alemãs não foram bombardeadas pelos ingleses e americanos com gás. Diz ele: foram com o gás ardente do fósforo que entrava nos respiradouros dos bunkers e nas caves das casas para queimar vivos todos os ocupantes e poderão ter sido liquidados 3 milhões de civis e não 300 mil como dizem os ingleses.
Gauland disse até que na História da Alemanha, a II. Guerra foi o equivalente a uma cagadela de pombo e o homem é historiador e especialista na História da Prússia.
Foto: Nazis manifestam-se em Chemnitz perante o busto de Karl Marx. As voltas que a história pode dar?