Wikileaks, Panama Papers e a lista de mortos de Pedrógão Grande: dois casos de censura e um de excesso de informação no Expressopor j. manuel cordeiro |
Wikileaks, Panama Papers e a lista de mortos de Pedrógão Grande
Muito se tem recordado, e bem, o caso Panama Papers. Mas é de lembrar que há precedente, no Expresso também, nomeadamente quanto à divulgação dos textos WikiLeaks. Onde está a publicação integral dos cables que o Expresso censurou? Não existe, apesar da promessa de Ricardo Costa:
"No site vamos publicar na integra todos os telegramas. Quem quiser pode ler tudo. No jornal, enquadramos, editamos e corrigimos.
Achamos que temos, neste caso, uma dupla obrigação:
– divulgar a informação relevante, apenas e só depois de a termos trabalhado;
– disponibilizar aos leitores os telegramas que utilizámos.
Com este processo estamos a ser transparente e podemos ser facilmente escrutinados" [Ricardo Costa, Expresso, 01/03/2011; A publicação original no Expresso já não existe, mas está disponível no Aventar ]Clique, para ler
Achamos que temos, neste caso, uma dupla obrigação:
– divulgar a informação relevante, apenas e só depois de a termos trabalhado;
– disponibilizar aos leitores os telegramas que utilizámos.
Com este processo estamos a ser transparente e podemos ser facilmente escrutinados" [Ricardo Costa, Expresso, 01/03/2011; A publicação original no Expresso já não existe, mas está disponível no Aventar ]Clique, para ler
Se nestes dois casos a censura de informação foi a marca dominante, já contenção foi coisa que não existiu quando o Expresso resolveu publicar o nome dos 64 mortos no incêndio de Pedrógão Grande. Zero de relevância jornalística, já que a notícia teria o mesmo valor sem esses nomes chapados, sem pudor, nas páginas de um jornal. E o mesmo se poderia dizer da PGR, que acabou por ceder à pressão política por parte do PSD e do CDS, apesar disso ser tema para outras conversas.
Fonte: Aventar
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