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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Eduardo Catroga, um liberal ao serviço do regime comuno-capitalista chinês

06/04/2018 by João Mendes

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via ECO

Eduardo Catroga esteve 12 anos no topo da hierarquia da EDP, tendo lá chegado uns anos antes da avalanche privatizadora do governo de Pedro Passos Coelho, do qual foi conselheiro e emissário ao mais alto nível, ter entregue a maior fatia da outrora eléctrica portuguesa ao gigante energético China Three Gorges, uma empresa estatal de um daqueles países que, se não ordena execuções em Londres com gás Novichok, faz parecido com localizações e ferramentas diferentes.

Porém, foi com a chegada do regime chinês ao comando das operações da EDP que Catroga chegou mais alto, chamado a exercer funções de presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, em 2012. Resta saber se pelas suas qualidades técnicas, se por algum eventual contributo para o programa eleitoral que o PSD levou a sufrágio em 2011, no seio do qual a política de privatizações era todo um programa em si. Ou não fosse Catroga um homem que percebe de corredores.

O reinado, porém, chegou por estes dias ao fim. Foram anos de salários milionários, que terão com certeza resultado num generoso pé-de-meia, e Catroga, num comovente rasgo final de abnegação, faz saber que pretende continuar a trabalhar, “mas não pelo dinheiro”, porque “podia viver sem ordenado e sem pensões”. Claro que podia! Afinal de contas, sai da EDP, mas continua a trabalhar para o mesmo patrão, o regime ditatorial chinês, como consultor da mesma China Three Gorges que detém a maior posição na estrutura accionista da EDP. E parece que ainda mantém o salário do qual aparentemente não precisa. Não é fácil, a vida de um liberal ao serviço do regime comuno-capitalista chinês.

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