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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Entre as Brumas da Memória


Entre as Brumas da Memória

Dica (692)

Posted: 10 Jan 2018 12:29 PM PST

What’s Driving Iran’s Protests? (Hassan Hakimian)

«Iran's protests, fueled by the rising cost of living and widening economic and social disparities, have quickly morphed into a repudiation of the regime itself. While much of the anger has been directed at the conservative clerical establishment, reformists have as much at stake as their hardline rivals.»

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Dizem que é isto o mundo pós-político…

Posted: 10 Jan 2018 09:23 AM PST

Oprah: a América está a enlouquecer ou a ganhar juízo?

«O eleitorado americano está galvanizado com uma hipotética candidatura à presidência da famosa apresentadora de televisão. Como pode isto acontecer? A América enterra cada vez mais a política no espectáculo. Ainda na ressaca da vitória de Trump, já quer ver um duelo entre duas grandes celebridades.»

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Júlio Pomar

Posted: 10 Jan 2018 06:32 AM PST

Faz hoje 92 anos.

E um exemplar deste tenho eu, numa parede aqui à minha frente: «A Refeição do Menino», gravura, litografia, 1951.

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Um partido com medo de existir

Posted: 10 Jan 2018 03:07 AM PST

«A campanha para as eleições directas no PSD é uma breve notícia de rodapé e a culpa nem é tanto da suposta falta de credibilidade de Santana Lopes nem do putativo provincianismo ou da rigidez mental de Rui Rio. A novela não interessa a ninguém porque os enredos dos candidatos deixam transparecer o complexo de culpa do realizador de curtas-metragens quando olha para o poder do cinema de Hollywood. O PSD está de tal forma deprimido e inseguro sobre o que foi e o que pode ser que desistiu de ousar. É incapaz de produzir líderes para o futuro como tantas vezes fez no passado. Não consegue esboçar nada mais do que meia dúzia de ideias vagas. Não tem nem energia nem determinação para desafiar a liturgia política imposta pelo Governo e avançar com propostas novas, reformistas e desafiadoras, capazes de interpelar um país que, como diz o Presidente-Rei, precisa de se “reinventar”. Talvez nunca como hoje o PSD esteve tão longe da realidade e das expectativas do país como está hoje. A modorra da campanha em curso é a consequência desse fracasso.

PUB O mal não está na indefinição ideológica porque o PSD sempre foi um partido de vela latina, capaz de beneficiar do vento vindo de qualquer direcção. Rui Rio insiste que o partido é “do centro” ou que vai do centro-esquerda ao centro-direita, mas ao pedir “um novo contrato social que se afaste do discurso libertário anti-Estado” empenha-se mais em enterrar a era de Passos Coelho do que a construir uma nova era. E se Santana Lopes afirma que, “de nada interessa face à nossa riqueza e matriz ideológicas, rótulos de centro esquerda ou de centro direita”, não deixa de enfiar o chinelinho que o PS, o Bloco e o PCP usam ao dizer que não quer “um País obcecado com o ‘défice zero’, só pelo lado da despesa”. Rio ainda ousa ensaiar umas ideias sobre a reforma do parlamento, sobre a segurança social ou sobre a relação com o PS no próximo ciclo político. Fica assim muito à frente da tagarelice de Santana Lopes. Mas, na essência, quer um, quer outro, evitam arriscar o que quer que seja capaz de desafiar este aparente consenso sobre o país maravilhoso do post-troika.

Bem podem dizer que a campanha em curso tem como propósito cativar a simpatia dos militantes. Podem insistir que uma moção de candidatura não implica um programa como os que se apresentam quando em causa está a disputa de eleições legislativas. Pouco interessa. O mínimo que se pode dizer é que a desistência de abrir o jogo, de ousar pensar fora da hegemonia das políticas para o Estado ou para a Função Pública é apenas mais uma consequência da renúncia do PSD à sua própria forma de ser. O PS capturou a sua inteligência e desarmou a sua capacidade de ser alternativa. O PSD que outrora sabia desafiar o ar dos tempos para se ajustar aos ciclos de poder ou de oposição através de programas políticos versáteis tornou-se um monólito. A pobreza desta campanha, na forma ou no conteúdo, é apenas a revelação de um partido sem uma réstia de dinamismo e de capacidade para se reinventar.

Os tempos, bem se sabe, são duros para o PSD, fosse quem fosse o homem ou a mulher que ganhasse as próximas directas. O PS soube criar pontes à esquerda e tornou o sempre odiado Bloco Central numa miragem cada vez mais remota. O Governo conseguiu o supremo milagre de manter a austeridade ao mesmo tempo que sustentava o essencial da sua mensagem política na sua abolição. A esquerda gosta da devolução de rendimentos e a direita aplaude o respeito escrupuloso das regras do défice. Com esta caminhada no sentido de se transformar num perfeito “catch-all party”, o PS ocupou um amplo espectro político e ideológico que tanto ameaça sequestrar a esquerda extrema como encurralar a direita e o centro direita. Neste albergue, cabe tudo. Tanto se faz a apologia do crescimento como se protegem os interesses da função pública. Tanto se pressionam os preços da EDP como fazem perdões fiscais à Brisa. Tanto se esmifram os orçamentos da educação como se aumenta o quadro dos professores.

O PSD tinha uma forma coerente de se assumir neste cerco: era recuperar os seus pergaminhos anti-estatizantes, mais liberais na economia, mais próximos da iniciativa privada e mais desligados dos poderes dos sindicatos e da função pública. Mas, para o fazer, tinha de regressar ao programa de Passos Coelho – ou, numa visão mais distante, ao PSD liberal de Sá Carneiro. Não há outra via nem outro debate tão fundamental na sociedade portuguesa como o que opôs António Costa e Passos Coelho. Porque nesse debate está o essencial das opções em aberto nas democracias europeias. Mas, neste confronto é fundamental escolher e os dois candidatos não escolheram. Santana e Rio sabem que não podem apagar de vez a memória de Passos, mas ambos têm um pavor absoluto em defendê-lo de peito aberto. Por isso deixam-lhe leves elogios ao mesmo tempo que se juntam discretamente à esquerda no funeral do seu legado político. O PS de António Costa venceu definitivamente o debate do pós-troika e o PSD não sabe como sobreviver a esse drama.

Subliminarmente, toda a campanha de Rio e de Santana deixa subentendido o reconhecimento dessa vitória. Quer um, quer outro desistiram de uma via clara e alternativa. Como pode querer o PSD ser um partido capaz de desafiar o PS se, na prática, opta pela imitação em vez de lutar pela diferença, que segue a receita do poder em vez de articular uma estratégia de oposição? Não pode. Talvez Rui Rio seja capaz a prazo de impor a sua pose de gestor radical e obter lucros na comparação com António Costa. Talvez daqui até às próximas legislativas o próximo líder seja capaz de se lembrar que em 2015 o PSD e o CDS “maculados” pela prática da austeridade ganharam as eleições e consiga afinar um programa que estabeleça alternativas. Mas talvez o PSD se fixe em excesso na condição de partido sombra do PS e acabe por dar lastro ao crescimento do CDS.

O problema maior deste medo de existir do PSD, esta incontornável submissão que subliminarmente serve de elogio ao Governo e ao PS, não está tanto no destino de Santana ou de Rui Rio: está no equilíbrio do sistema partidário. Até os democratas da esquerda hão-de concordar que o país precisa de alternativas entre um bloco mais à esquerda e outro mais à direita. Precisa de escolhas entre programas de governo mais centrados no Estado ou nas políticas sociais e outras mais dirigidas para a competitividade da economia ou para a iniciativa privada. O PSD e os seus dois candidatos vegetam numa campanha de letargia e de indiferença porque decidiram obedecer ao pensamento-padrão inventado pelo PS e desistiram de escolher. Deviam saber que em política quem não escolhe não é. E é por não serem que, quer Santana, quer Rui Rio têm o que merecem: o desinteresse das pessoas cansadas de tácticas políticas, do mais do mesmo, do “são todos iguais”. »

Manuel Carvalho

Ninguém escreve ao Coronel

Novo artigo em Aventar


por Bruno Santos

Nova aquisição da Selecção do Equador. Bravo Homem!

Serena Williams canaliza Wonder Woman enquanto dança em uma pista ... depois de revelar ela teve uma seção de emergência

Por JUSTIN ENRIQUEZ PARA DAILYMAIL.COM

PUBLICADO: 17:21 GMT, 10 de janeiro de 2018 | ATUALIZADO: 17:59 GMT, 10 de janeiro de 2018

Ela revelou que ela teve uma seção de emergência ao dar à luz Alexis Olympia.

E Serena Williams é realmente um super-herói.

O atleta de 36 anos levou seu Instagram Storys para compartilhar um video de dança dela em uma pista no quarta-feira.

Deslocar para baixo para o vídeo

Os heróis usam capas: Serena Williams levou a Instagram Storys para compartilhar um video dela dançando em uma pista no quarta-feira

Os heróis usam capas: Serena Williams levou a Instagram Storys para compartilhar um video dela dançando em uma pista no quarta-feira

O campeão de tênis do Grand Slam até canalizou a Mulher Maravilha interior, enquanto ela tinha uma capa vermelha ilustrada nas costas enquanto se movia e acentuava os sons de NERD e Rihanna seguiam o Lemon.

Como se isso já não fosse suficiente com uma referência à Princesa da Amazônia, ela também foi vista dentro do jato particular com uma coroa de ouro ilustrada em sua testa.

Ela começa o vídeo com os passos de um jato particular que se abaixa quando ela sai do pequeno avião com um incansável indício.

Serena Williams dança em uma pista enquanto deixa o jato particular

Balançando: o atleta superstar de 36 anos de idade, até canalizou a Mulher Maravilha interior, quando ela teve uma capa vermelha ilustrada nas costas quando ela se moveu e acentuou os sons de NERD e Rihanna Track Lemon

Balançando: o atleta superstar de 36 anos de idade, até canalizou a Mulher Maravilha interior, quando ela teve uma capa vermelha ilustrada nas costas quando ela se moveu e acentuou os sons de NERD e Rihanna Track Lemon

Poderoso: como se já não fosse suficiente uma referência à Princesa da Amazônia, ela também foi vista dentro do jato particular com uma coroa de ouro ilustrada em sua testa

Poderoso: como se já não fosse suficiente uma referência à Princesa da Amazônia, ela também foi vista dentro do jato particular com uma coroa de ouro ilustrada em sua testa

Serena é então mostrada a ler a seção de negócios da época de Nova York antes de abandonar o papel para dançar na pista.

Em um ponto, ela até mesmo twerks nos degraus do jato particular antes de ser mostrado dançando no chão e no avião.

No clipe de 15 segundos, ela podia ser vista mostrando seu impressionante corpo atlético com um top de manga comprida de manga comprida.

Rainha Yas!  Ela começa o vídeo com os passos de um jato particular que se abaixa quando ela sai do pequeno avião com um incansável indício

Rainha Yas! Ela começa o vídeo com os passos de um jato particular que se abaixa quando ela sai do pequeno avião com um incansável indício

A-lister: Ela acenou para seus fãs adoradores

Cérebros e beleza: Serena é então mostrada a ler a seção de negócios dos tempos de Nova York antes de abandonar o papel para dançar no tarmac

Cérebros e beleza: Serena é então mostrada a ler a seção de negócios dos tempos de Nova York antes de abandonar o papel para dançar no tarmac

Ela juntou a camisa apertada com uma saia multicolorida em lantejoulas e sapatilhas Nike Cortez 'Compton' em preto.

Seus longos e curtos tranças morenas estavam desgastados enquanto deixava seu look natural mostrar com maquiagem mínima.

O post para a revista Vogue vem depois de sua recente revelação de que ela foi forçada a suportar múltiplas cirurgias nos dias após o parto em sua capa.

10 minutos favoritos de Serena Williams a partir de 2017 com Olympia

Talento: mostrou suas habilidades de dança

Talento: mostrou suas habilidades de dança

Represente: ela juntou a camisa apertada com uma saia multicolorida em lantejoulas e camurça preta Nike Cortez 'Compton' sneakers

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Represente: ela juntou a camisa apertada com uma saia multicolorida em lantejoulas e camurça preta Nike Cortez 'Compton' sneakers

De volta a essa coisa: ela tomou as escadas do jato particular

De volta a essa coisa: ela tomou as escadas do jato particular

Ela disse à publicação que os problemas começaram depois que a frequência cardíaca de Alexis Olympia começou a cair durante a entrega e decidiu que a melhor opção seria que Serena fosse submetido a uma seção de emergência.

"Esse foi um sentimento incrível, e então tudo ficou ruim", disse Williams.

No dia seguinte ao nascimento, Williams sofreu falta de ar e disse à equipe que estava preocupada que ela tivesse desenvolvido coágulos sanguíneos.

Ela chicoteou o cabelo para frente e para trás: pareceu ser um tiro divertido para a nova mãe

Ela chicoteou o cabelo para frente e para trás: pareceu ser um tiro divertido para a nova mãe

"Sinto falta dela": mãe trabalhadora Serena Williams deseja Baby Olympia

Williams, que teve que parar de tomar seus medicamentos anticoagulantes levando o parto, estava certo e, de fato, desenvolveu vários coágulos nos pulmões.

Ela imediatamente recebeu um gotejamento, mas quando a tosse constante de sua embolia pulmonar abriu a cicatriz da seção c, seu abdômen rapidamente se encheu de seu sangue agora diluído das mesmas drogas que estavam salvando sua vida.

No final, Williams teve que ter um filtro inserido em uma veia principal para impedir que possíveis coágulos entrassem nos pulmões, e foi forçado a descansar na cama durante as próximas seis semanas.

Tempos difíceis: ela aparece na capa da nova edição da Vogue, pois revelou que ela foi forçada a suportar múltiplas cirurgias nos dias após o parto

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Tempos difíceis: ela aparece na capa da nova edição da Vogue, pois revelou que ela foi forçada a suportar múltiplas cirurgias nos dias após o parto

O mandato longo e único do PGR não está na Constituição. Mas devia estar

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 10/01/2018) 

Daniel

Daniel Oliveira

Esteve mal a ministra da Justiça ao declarar publicamente o seu entendimento sobre o mandato de seis anos para o Procurador Geral da República. Que é um mandato longo salta à vista, que é um mandato único é matéria de interpretação, já que isso não está expresso na Constituição. O facto de ter sido essa a interpretação nos últimos 17 anos deveria chegar para que a decisão de seguir a tradição não fosse motivo de suspeita. Mas não chega para ser indiscutível. A ministra da Justiça, que não fala como jurista, não é a pessoa indicada para se envolver, por agora, nesse debate. Um debate que queima, como aqui escreveu Ricardo Costa. E esteve mal porque pré-anunciou a não recondução de Joana Marques Vidal quando essa decisão cabe ao primeiro-ministro e ao Presidente da República. Criou um incidente desnecessário.

A suspeição que se instalou mal se pôs a possibilidade de fazer com esta PGR o mesmo que se fez com os dois anteriores prova que qualquer recondução de qualquer PGR obriga a leituras políticas dos seus mandatos, contribuindo para a politização do Ministério Público. Por isso, a própria procuradora defendeu, em 2016, o mesmo que a ministra: que o mandato dos PGR é único.

Dito isto, considero que Joana Marques Vidal deve ser reconduzida? Porque está a fazer um mau mandato? Pelo contrário, o balanço que faço é globalmente positivo. E no que é negativo as coisas estão apenas como sempre estiveram.

Joana Marques Vidal não deve ser reconduzida porque o mandato único de seis anos é a melhor forma de garantir independência face ao poder político sem concentrar demasiado poder num só magistrado. É por isso mesmo que Souto Mouro e Pinto Monteiro não foram reconduzidos, sem que isso fosse sequer um debate. Ou foi por razões políticas que não foram reconduzidos, como o PSD agora insinua?

Reconduzir Joana Marques Vidal (ou qualquer outro PGR) seria voltar aos tempos em que Cunha Rodrigues concentrava imenso poder e daria aos políticos a capacidade de pôr PGR a trabalhar para o segundo mandato. Seja fazendo-lhes favor, seja tornando-os reféns. Nem uma coisa nem outra são saudáveis. O mandato longo e único não está na Constituição mas devia estar.

A suspeição que se instalou mal se pôs a possibilidade de fazer com esta PGR o mesmo que se fez com os dois anteriores é a melhor prova que a recondução obriga a leituras políticas dos mandatos dos PGR contribuindo para a politização do Ministério Público. Para não ficar sob suspeita, qualquer governo teria de reconduzir eternamente qualquer PGR que estivesse a investigar políticos. E o facto de haver tanta gente que acha que os julgamentos fundamentais dependem de Joana Marques Vidal já devia servir de aviso. Não podem depender. Não pode ser assim que a justiça funciona.

A acusação de tentativa de intromissão do poder político na Procuradoria Geral da República, por se dizer que se acha que se deve fazer o mesmo que se fez nos últimos 17 anos, é totalmente descabida. A ministra, mesmo que não o devesse fazer, concluiu o que todas as pessoas atentas já tinham concluído: que, desde que os mandatos do PGR passaram para seis anos, todos os que ocuparam o cargo apenas estiveram lá um mandato. Mas tudo o que era banal nos últimos vinte anos passou a ser escandaloso nos últimos dois.

A reação da oposição política e mediática, tentando passar a ideia que estamos perante um afastamento, que já levou a artigos delirantes em que se acusa o governo de um Watergate à portuguesa, é especialmente absurda quando se sabe que Joana Marques Vidal disse, em 2016, exatamente o mesmo que Francisca Van Dunem: “O mandato tem uma duração única de seis anos”. Nisto, Joana Marques Vidal e a ministra estão de acordo. E foi só isso que a ministra disse.

Pedro Santana Lopes não acredita em Pedro Santana Lopes

10/01/2018 por João Mendes 

Fotografia via ECO

Depois do que passei, em 2004, 2005, depois do que aconteceu, com mais culpa minha ou não, acho que se concorresse a primeiro-ministro não tinha possibilidades de ganhar as eleições. Não tenho dúvida nenhuma sobre isso, nem que o vento mudasse 10 vezes

Pedro Santana Lopes, CMTV, 2013

Presidente da Fundação “O Século” usava comida doada para festas da família

SOCIEDADE

Denúncia que originou investigação descreve o que se passa no interior da Fundação “O Século”. Em causa a gestão de Emanuel Martins e as suas ligações à maçonaria e à política. Tudo para ler na VISÃO desta semana

Catarina Guerreiro

CATARINA GUERREIRO

Editora Executiva

Sílvia Caneco

SÍLVIA CANECO

Jornalista

A Fundação “O Século”, que está a ser investigada pelo Ministério Público, foi dominada pela maçonaria, políticos e por uma família - a do presidente da Instituição, o socialista e maçon da Grande Loja legal de Portugal, Emanuel Martins.

A denúncia, que originou a inspecção da Segurança Social e depois o processo de investigação criminal, descreve-a como “a família do rei”:

“Diariamente, nas horas de almoço”, o presidente “e os seus capachos” costumam ser servidos na cantina da instituição, numa mesa redonda “distinta dos demais”, com “loiça de qualidade, copos de pé-alto cheios de vinho de reserva” e onde até a fruta “por exigência, lhes é cortada”. Por outro lado, acrescenta o documento, as festas de aniversários dos netos de Emanuel Martins realizavam-se na instituição com “comida doada destinada aos utentes”.

O caso está agora sob investigação, tendo sido efectuadas buscas às instalações da Fundação no início deste mês de Janeiro, durante a qual foram apreendidos vários documentos, como atas e contratos.

CHUAlgarve esclarece denúncia dos enfermeiros nas Urgências do Hospital de Faro

CHUAlgarve esclarece denúncia dos enfermeiros nas Urgências do Hospital de Faro

PM - diáriOnline 07 Jan 2018 14:00 Saúde

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em comunicado enviado hoje à nossa redacção, que transcrevemos a seguir na integra, esclarece sobre os problemas sentidos nas Urgências do Hospital de Faro, cuja noticia foi ontem difundia pela RTP e da qual este jornal fez eco.

Na sequência de um comunicado enviado hoje, de forma anónima e a partir de um email não institucional, à imprensa denunciando alegadas situações de disfuncionalidade no Serviço de Urgência da Unidade de Faro, vem por este meio o Conselho de Administração esclarecer o seguinte:

  • O Conselho de Administração não recebeu formalmente o referido documento, tendo apenas obtido conhecimento do mesmo através da comunicação social.
  • Em nenhum momento, a denominada equipa de enfermagem mencionada no comunicado, contactou através da sua chefia os atuais membros do conselho de Administração no sentido de expor as situações referidas no comunicado agora enviado.
  • A missiva agora enviada cita, e tem como base, uma informação endereçada em Julho de 2017 à anterior administração, uma vez que à data do referido documento esta administração ainda não tinha tomado posse.
  • O atual Conselho de Administração tem vindo a trabalhar de uma forma responsável, séria e em permanente diálogo com todos os profissionais no sentido de colmatar e resolver alguns dos principais constrangimentos sobejamente conhecidos, sendo esse aliás o principal objetivo da administração.
  • Os factos descritos no referido comunicado, ilustrados com fotografias claramente de outra altura do ano, em nada se coadunam com a situação vivenciada nestes últimos meses, sendo por isso falsos no que respeita à falta de material, à alimentação dos utentes ou ainda que respeita à organização do próprio serviço, que apesar das dificuldades provocadas pelos picos de afluência às urgências, consegue dar respostas de qualidade às situações clínicas dos nossos utentes, graças ao empenho de todos os seus profissionais.
  • O Conselho de Administração estranha ainda o timming de envio do referido comunicado para a imprensa por parte da equipa de enfermagem que subscreve o documento, no qual o seu enfermeiro-chefe do serviço de urgência não se revê, isto numa altura em que o hospital tem conseguido dar resposta de forma positiva ao pico de afluência, de acordo com os tempos de espera expectáveis para este período de pico da atividade gripal e quando o dispositivo de contingência regional foi acionado com aumento de camas de internamento, alargamento dos horários dos centros de saúde e reforço das equipas.
  • Considera, por isso, a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve que este documento, com referência a situações datadas de Julho de 2017, enviado nesta época de elevada procura aos serviços, na qual todos deveríamos estar concentrados, em nada contribui para o normal desempenho das urgências hospitalares e para a confiança dos utentes no trabalho dos profissionais de saúde.

Astronauta cresce nove centímetros? Afinal foi engano

ESPAÇO

Japonês Norishige Kanai corrige informação que tinha dado no Twitter e afinal cresceu dois e não nove centímetros. O crescimento no espaço é normal e acontece devido à microgravidade.

Claudia Carvalho SilvaCLAUDIA CARVALHO SILVA

9 de Janeiro de 2018, 18:50 actualizada às 7:58


O astronauta japonês Kanai, antes de entrar na cápsula Soiuz que o levaria à estação espacial

Foto

O astronauta japonês Kanai, antes de entrar na cápsula Soiuz que o levaria à estação espacial REUTERS/KIRILL KUDRYAVTSEV/POOL

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O astronauta japonês Norishige Kanai anunciou na terça-feira que cresceu nove centímetros desde que chegou à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa), há pouco mais de 20 dias. A notícia correu o mundo, até porque o astronauta receava não caber na cápsula que o trará de volta à Terra, em Abril. Mas afinal, diz ele agora, tudo não passou de um engano nas medições.

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Nesta quarta-feira, Norishige Kanai revelou que terá havido um erro nas medições e que afinal cresceu apenas dois centímetros, um valor considerado normal.

"Peço desculpa por ter publicado uma notícia falsa", escreveu o astronauta no seu Twitter em japonês.

Norishige Kanai revelou que o comandante da ISS, o russo Anton Shkaplerov, ficou céptico quando soube dos alegados nove centímetros. "Por isso, medi-me rapidamente e estava com cerca de 182 cm, mais dois centímetros do que a minha altura na Terra", escreveu o astronauta. "Portanto, foi um erro de medição (?), mas parece que há muita gente a falar disso", acrescentou.

PÚBLICO -

Foto

O astronauta pouco antes de ser lançado para o espaço REUTERS/SHAMIL ZHUMATOV

O crescimento no espaço é normal e acontece a quase todos os astronautas, que ganham entre dois a cinco centímetros de altura durante a sua estadia espacial. Este crescimento deve-se à pouca gravidade que há no espaço – quando regressam à Terra, regressam também ao seu tamanho normal, por força da gravidade.

Um bom exemplo é imaginar que a coluna vertebral humana é como uma mola: quando está sujeita à força da gravidade terrestre, fica compactada; se estiver no espaço, com pouca gravidade, pode “relaxar” e ficar mais esticada, fazendo com que fiquemos mais altos. Algo similar acontece quando nos deitamos durante algum tempo, o que justifica que acordemos ligeiramente mais altos do que quando nos deitamos.

O caso dos gémeos Kelly: o que acontece ao corpo humano depois de um ano no espaço?

O caso dos gémeos Kelly: o que acontece ao corpo humano depois de um ano no espaço?

Isto acontece porque a nossa coluna vertebral é composta não só por vértebras mas também por um tecido cartilaginoso. Segundo explica o cirurgião russo Vladimir Joroshev à agência RIA Novosti, este tecido é muito flexível e susceptível de sofrer mudanças quando a carga sobre a coluna vertebral é diminuída, o que leva a um alargamento do tecido cartilaginoso dos discos intervertebrais e a um consequente aumento do comprimento dos astronautas.

Num artigo publicado há alguns anos pela agência espacial norte-americana NASA sobre o crescimento dos astronautas no espaço, é referido que, por norma, este aumento não causa problemas. Mas pode sê-lo, já que os seus fatos espaciais são feitos à medida e têm de ser feitos deixando uma margem para este crescimento.

No tweet de terça-feira, Kanai explicava em japonês: “Cresci como uma planta aqui em apenas três semanas. Nunca me tinha acontecido algo assim desde o secundário. Estou um pouco preocupado sobre se caberei no banco da Soiuz [cápsula russa utilizada no transporte dos astronautas] no regresso”.

Agora, o japonês de 41 anos, que trabalha na Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial e está na sua primeira viagem espacial, sente-se "aliviado" e considera que "provavelmente" caberá na cápsula quando voltar à Terra em Abril.

O caso dos gémeos Kelly

Para estudar as alterações ao corpo humano no espaço, a NASA fez um estudo que envolvia dois gémeos astronautas: um deles ficou em terra, e o outro passou um ano no espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional. Nas primeiras conclusões do estudo, publicadas em Fevereiro, era revelado que o corpo do astronauta Scott Kelly tinha mudado subtilmente.

Em comparação com o seu irmão Mark, Scott Kelly cresceu cinco centímetros enquanto esteve no espaço. Regressou à Terra no início de Março de 2016. Os resultados deste estudo podem ser, segundo a NASA, importantes para avaliar o impacto que teria uma viagem até Marte no ser humano, viagem essa que, no total, pode durar até cerca de dois anos.

Além do crescimento, os astronautas tendem a ficar também com uma estrutura óssea mais fraca – já que passam a flutuar em vez de caminhar assim que chegam à estação –, músculos mais frágeis, problemas de equilíbrio e até um coração mais pequeno.

PÚBLICO - O cosmonauta russo Anton Shkaplerov (no centro), o astronauta norte-americano Scott Tingle (à direita) e o astronauta japonês Norishige Kanai (à esquerda). É a terceira missão do russo à Estação Espacial Internacional e a primeira dos outros dois astronautasO cosmonauta russo Anton Shkaplerov (no centro), o astronauta norte-americano Scott Tingle (à direita) e o astronauta japonês Norishige Kanai (à esquerda). É a terceira missão do russo à Estação Espacial Internacional e a primeira dos outros dois astronautas REUTERS/POOL

Fotogaleria

Há 21 dias no espaço

A cápsula espacial que transportou o astronauta japonês a 17 de Dezembro – atracando dois dias depois na estação espacial, situada a cerca de 400 quilómetros da superfície terrestre – levava também a bordo o astronauta norte-americano Scott Tingle (da NASA) e o cosmonauta russo Anton Shkaplerov (da agência russa Roscosmos). Os três juntam-se aos tripulantes que já estavam na estação espacial desde Setembro: Alexander Misurkin, da Roscosmos, e Mark Vande Hei e Joe Acaba, da NASA – estes três últimos permanecerão na estação espacial até ao próximo mês.

Kanai e os outros dois astronautas mais recentes a bordo ficarão mais quatro meses a trabalhar e a viver na Estação Espacial Internacional. Segundo a NASA, desenvolverão durante a sua estadia cerca de 250 investigações científicas em áreas como a biologia, as ciências da Terra e tecnologias.

A Estação Espacial Internacional, que dá 16 voltas à Terra por dia, já recebeu mais de 50 missões nos seus 17 anos de funcionamento — durante todo esse tempo, houve sempre humanos a bordo. Ao todo, são mais de 200 os humanos que lá viveram, originários de 18 países (como a Suíça, o Canadá e a Alemanha). com H.D.S.

Notícia actualizada às 7h58 de 10/01/2018, com a informação de que o astronauta corrigiu a informação inicial e afinal cresceu dois e não nove centímetros.

Israel, uma espécie de Irão, versão capitalista, que encarcera menores que ousam beliscar o regime

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Fotografia@Expresso

O violento regime de Telavive mantem reclusa uma adolescente palestiniana de 16 anos, Ahed Tamimi, filmada a dar uma chapada num soldado israelita. Ahed faz parte de um universo de 300 menores encarcerados pela democracia de fachada que impera em Israel.

Na passada Segunda-feira, Ahed Tamimi tinha audiência marcada no tribunal militar criado pelo regime israelita para lidar com palestinianos insubmissos que se recusam a ficar de braços cruzados perante as sucessivas ocupações territoriais levadas a cabo por Israel. Como se julgar uma adolescente num tribunal militar por uma chapada, possivelmente bem aplicada, a um soldado do regime opressor não fosse, por si só, suficientemente estúpido, a audiência foi adiada, o que significa que Ahed ficará detida por mais uma semana.

Assim vai a ditadura favorita dos democratas ocidentais.

Quero o divórcio, mas não vamos falar disso agora que ainda não é altura

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por vitorcunha

Querida Maria,

Como sabes, fui muito feliz contigo durante estes anos. Fizemos coisas engraçadas e tudo, mas ambos sabíamos que isto não poderia ser para sempre, de acordo com a Constituição. Não deve ser surpresa para ti que eu esteja a pensar agora no divórcio, apesar de - admito - não ser algo sobre o qual queira falar agora. Escrevo-te esta carta porque, como sabes, a Constituição não permite que continuemos casados, não porque ando a namorar a Júlia. Quando for altura para falarmos sobre isso, falaremos. Por agora só quero que penses que somos muito felizes e temos coisas melhores em que pensar, como na desgraça que é terem ido tantas pessoas ao meu local de trabalho ocupar o meu tempo, que, de outra forma, chegaria perfeitamente para atender todos se não ficassem tantos doentes ao mesmo tempo.

Um beijinho.

Teu Tóninho

P.S.: levo vinho logo para o jantar que nos vais fazer.

15 fantásticos locais para ver neve em Portugal

Novo artigo em VortexMag


por admin

O Inverno em Portugal não é tão rigoroso como noutros países do norte da Europa e, geralmente, quando cai neve ela não dura muito tempo e acaba por derreter rapidamente ao fim de poucos dias. No entanto, há locais onde é possível ver neve durante mais tempo, nomeadamente nas zonas altas da Serra da Estrela, no Parque Nacional da Peneda Gerês, na Serra de Montesinho e nas Serras do distrito de Viseu. Em alguns anos, é mesmo possível observar neve em alguns locais do Alentejo, como Marvão. Nem todos os anos são bons anos para nevar em Portugal mas, quando neva, o espectáculo é belíssimo e as famílias fazem autênticas romarias às serras para mostrar a neve às crianças. Em todo o país existe apenas um local onde é possível esquiar e fica situado na Serra da Estrela. Descubra 15 fantásticos locais para ver neve em Portugal!

1. Vale do Rossim

Além da água translucida e do ar puro podemos encontrar no Vale do Rossim todos os condimentos necessários para um dia bem passado… ou um fim-de-semana… ou o tempo que entendermos. Esta lagoa artificial, construída na Linha de Água da Ribeira da Fervença, foi concluída em 1956 e permitiu que fossem criadas à sua volta um conjunto de condições que transformam este sítio numa das melhores zonas de lazer em toda a Serra da Estrela. Ao longo dos anos têm sido criadas e melhoradas as infraestruturas circundantes. Existe um Restaurante, um Bar e o Parque de Campismo foi modernizado recentemente (Vale do Rossim Eco Resort). Há ainda a possibilidade de prática de desportos aquáticos e/ou radicais.

Vale do Rossim

Em Agosto o “Vale do Rossim” transforma-se num ponto de romagem com muita gente à procura da frescura da água da lagoa. Pessoalmente gosto de visitá-lo em épocas menos movimentadas… em que posso desfrutar de alguns sons que só a tranquilidade possibilita. Se gosta de fotografia visite-o também no Inverno. É um excelente sítio para caminhadas… Aconselha-se uma volta completa ao espelho de água e se ainda se sentir em forma pode sempre optar por uma visita ao Lagoacho (cerca de 4 Km). É importante levar calçado adequado e uma reserva de água.

2. Manteigas

Situada a aproximadamente 700m de altitude, num vale glaciar da Serra da Estrela, onde corre o rio Zêzere, a Vila de Manteigas, sede de concelho, é conhecida pela sua afamada indústria têxtil, e hoje em dia, pelo desenvolvimento turístico, dada a importância nesta área da Serra da Estrela. A região prima por uma beleza natural única, com paisagens absolutamente magníficas, que forneceram ao longo dos séculos a região com a matéria prima necessária para a produção dos seus produtos típicos: as pastagens para os rebanhos originarem a lã para os famosos têxteis e o leite para o conceituado Queijo da Serra da Estrela. A ocupação humana na região data de épocas bem anteriores à Era Cristã, mas não se conhecem muitos pormenores, sabendo-se que o primeiro foral de Manteigas foi atribuído pelo Rei D. Sancho I, em 1188.

ManteigasManteigas

O património edificado de Manteigas é muito interessante e conta uma história beirã que importa conhecer nas Igrejas de Santa Maria, a mais antiga da Vila, na de São Pedro e na da Misericórdia, construída provavelmente em meados do Século XVII, e nas muitas Capelas, como a do Senhor do Calvário, a de São Lourenço, a de São Gabriel, a de Santa Luzia, entre tantas outras. Digna de registo é o imponente Solar da Casa das Obras, cuja construção levou desde 1770 ao primeiro quartel do Século XIX. O Património natural da região é riquíssimo, e pontos como o Poço do Inferno com a sua deslumbrante cascata, muitas vezes transformada em gelo no Inverno, a Pedra do Urso, o Vale do Rio Zêzere, as Penhas da Saúde, são locais imperdíveis e apaixonantes. Toda a gastronomia da região da Serra da Estrela está bem representada e apresentada em Manteigas, com uma boa oferta de Restauração e de Hotelaria.

3. Bragança

Bragança, cidade sede de distrito e município, situada no extremo Norte de Portugal, próxima da fronteira com Espanha, na região anteriormente conhecida como Trás-os-Montes, é uma histórica e bem antiga cidade em que, a dificuldade de acessos e a localização num dos extremos do País, permitiu a manutenção de tradições e costumes por longos séculos. Bragança era já uma povoação importante no período de ocupação romana, tendo mesmo sido apelidada de “Juliobriga” e “Brigantia”, mas vestígios de ocupação anterior, no Paleolítico, foram também encontrados.
D. Sancho I repovoou a cidade, e nomeou-a finalmente de Bragança, após muitas ocupações e pertenças e, dada a sua situação estratégica, sobretudo a nível militar e de controlo de vias de trânsito, sendo igualmente um local de passagem para as peregrinações a S. Tiago de Compostela desde o século XII.

BragançaBragança

O núcleo urbano medieval, murado e acastelado, no século XII, mantém-se na Cidadela, dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, edifício único na Península Ibérica de arquitectura Românica, com a forma de um pentágono irregular, construído no século XII, e a Torre da Princesa, um magnífico miradouro com vista para a cidade. O centro da cidade, já fora da cidadela Bragantina, é constituído por excelentes monumentos dignos de registo como a bonita Praça da Sé, o Cruzeiro de 1689, a Sé Catedral do século XVI e o Palacete dos Calaínhos do século XVIII. O património religioso é igualmente rico, como se pode observar nas Igrejas da Misericórdia, de São Bento, de São Vicente, ou o Convento e igreja de São Francisco e, já fora do centro, a importante Igreja do Mosteiro de Castro de Avelãs do século XII. Bragança é, pois, uma bonita cidade histórica, com forte legado medieval, com muito para mostrar e contar, onde a tradição é acarinhada e continuada, como se pode observar nos variados trabalhos artesanais, de tecelagem, couro, burel, olaria, cestaria ou cobre, ou na típica e deliciosa Gastronomia transmontana.

4. Montalegre

Vila transmontana, sede de concelho, situa-se na linda região das terras altas de Barroso, que incluem as serras do Gerês, do Larouco e do Barroso, e formam uma zona natural de serras, carvalhais, rios e ribeiros, árida e ao mesmo tempo aconchegante. Devido ao seu longo isolamento ainda se encontram em Barroso costumes que vêm desde remotos séculos, já desaparecidos noutras regiões, mas tão bem mantidos por esta zona. Parte do concelho de Montalegre está inserido no importante Parque Nacional da Peneda-Gerês. Um pouco por toda a região encontram-se vestígios arqueológicos que mostram uma presença humana já desde tempos pré-históricos, de facto no local onde se encontra a vila de Montalegre, é provável que tenha existido um povoado castrejo pré-histórico que, mais tarde, teria dado lugar a um povoado de vocação agro-pastoril.

MontalegreMontalegre

Por Montalegre habitaram Lusitanos, Celtas, Visigodos, Suevos e, claro, Romanos, que deixaram um importante património arqueológico, tendo sido posteriormente uma terra importante na Idade Média, dado a sua localização estratégica. Montalegre conta, pois, com uma interessante história e um património rico.
O seu castelo do século XIV, com a imponente Torre de Menagem com 27 metros de altura, provavelmente o terceiro castelo a ser construído nesta localidade, a Capela da Misericórdia, e toda a arquitectura rural granítica atestam o valor patrimonial de Montalegre. Todo o concelho de Montalegre respira este ambiente histórico e pitoresco, como as Igrejas Românicas de São Vicente de Chã e de Viade e as várias casas senhoriais espalhadas pela região, que tão bem têm sido mantidas, muitas delas hoje em dia transformadas em unidades de alojamento turístico de qualidade. Região de forte cariz tradicional, conserva o seu artesanato típico de peças de madeira e bordados em linho e rendas, e uma gastronomia afamada, sobretudo no que toca à produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias.

5. Marvão

Bem próxima com a fronteira de Espanha, situada entre Castelo de Vide e Portalegre, no ponto mais alto da bonita Serra de São Mamede, na região Alentejana, encontra-se a encantadora Vila de Marvão. Num ambiente de paz de espírito e tranquilidade, rodeada por muralhas do século XIII e do século XVII, Marvão ergue-se bem alta esta histórica vila de ruas sinuosas e branco casario, mostrando que o tempo não é tão rápido e veloz como tantas vezes parece. Os vestígios históricos da região remontam aos períodos Paleolítico e Neolítico, tendo sido encontrados inúmeros menires e antas, bem como uma importante estação romana, que atestam a longevidade destas paragens.

Marvão

A sua localização estratégica, por se encontrar no ponto mais alto da Serra de São Mamede, com difíceis acessos, que serviram como protecção natural, e tão próxima da fronteira, fez com que fosse um bastião defensivo Português durante séculos, travando-se aqui diversas batalhas e lutas políticas. Ao visitar Marvão tem-se a certeza de se visitar a própria história, que corre nestas ruas estreitas de arquitectura alentejana, heranças góticas, manuelinas e testemunhos medievais de outros tempos e mesteres, marcados no típico granito local. O Castelo e as imponentes muralhas do século XIII são monumentos inesquecíveis da Vila, mas Marvão tem bem mais para oferecer, como a Igreja Matriz do século XV, a antiga Igreja de Santa Maria, hoje interessante Museu Municipal, albergando colecções etnológicas e arqueológicas da região. Localizada bem às portas do Parque Natural da Serra de São Mamede, do alto de Marvão tem-se vistas surpreendentes sobre toda a envolvente área, destacando-se pontos como a Torre de Menagem ou a Pousada de Santa Maria, de onde se conseguem panoramas fantásticos.

O desagravo do pastel de bacalhau

Novo artigo em Aventar


por Autor Convidado

Santana Castilho

Fui à minha galeria de grotescos inscrever o despacho nº 11391, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, publicado no D.R. de 28 de Dezembro do ano findo. O verbete anterior é de Abril de 2015 e regista que, em consultas compulsivas de saúde ocupacional, as mulheres tinham de apertar as mamas até esguicharem leite, se queriam continuar a ter reduções de horário para amamentação dos filhos. Concedo que, comparado com isto, o Ministério da Saúde melhorou. Agora, apenas decidiu proibir a venda de uma extensa lista de produtos em bares que funcionam em instalações suas.

Do cortejo imenso de carências e problemas do SNS, o iluminismo do Governo escolheu os malefícios dos rissóis e dos pastéis de bacalhau e, do ano saboroso, na proclamação do seu cardeal, o governo do PS retirou o gosto da mortadela e congéneres. Numa pressurosa lista de sinal bom, recomendam-se sandes de alface e cenoura ralada e fixa-se “a disponibilização obrigatória de água potável gratuita”, não passasse pelos neurónios politicamente desalinhados de algum comerciante disponibilizar versões de água com suspensões de coliformes de terceira geração. Ler mais deste artigo

Entretanto, na Alemanha...

Fonte: Quinta Emenda

  • Eduardo Louro
  • 09.01.18

Resultado de imagem para eleições na alemanha

É verdade! Na Alemanha - quem diria? - continuam à espera de um governo. As eleições foram em Setembro, para quem ainda se lembra...

Parece que, agora, é que é. Ou é esta semana ou já não vai ser, e lá terão que ir a eleições de novo. Se assim for, este ano não vai ficar atrás do último, já com eleições em Itália, República Checa e Hungria. E na Rússia, que não é bem a mesma coisa...

Capitalismo imobiliário

Ladrões de Bicicletas


Posted: 09 Jan 2018 04:43 PM PST

A habitação é um tópico relativamente pouco estudado pelos economistas. Parte deste desinteresse deve-se mais à escassez de dados comparáveis, entre economias e para horizontes temporais latos, do que a uma menor relevância económica do sector.
Òscar Jordá e colegas têm vindo a compilar de uma forma sistemática informação estatística para um conjunto significativo de países e para longos horizontes temporais que confirma a extraordinária importância da habitação no capitalismo.
Em estudo anterior já haviam sublinhado que o forte crescimento da dívida agregada privada, observada nas principais economias capitalistas na segunda metade do século XX, se deveu ao crescimento do crédito à habitação, que se tornou a principal atividade da banca, crescendo de um terço para dois terços, substituindo a sua tradicional vocação de financiamento às empresas.
Num novo estudo, para uma amostra de 16 países e cobrindo um período de 150 anos, de 1870 a 2015, Jordá e colegas mostram que a habitação é o ativo com a maior taxa de rendibilidade em termos reais (isto é, sem o efeito da inflação), superando a taxa de rendibilidade das ações na generalidade dos países, apesar da sua menor volatilidade, contrariando assim as previsões da teoria económica convencional. Em termos médios, para o conjunto dos países, a taxa de rendibilidade da habitação é 8.0%, enquanto a taxa de rendibilidade das ações é de 6.7%, sendo a taxa de rendibilidade das Obrigações do Tesouro de 2.5%. Estes valores são, respetivamente, 8.5, 7.1 e 2.8 para Portugal.

Suportando a conclusão de Piketty, o mesmo estudo mostra que a taxa de rendibilidade do capital tem sido sistematicamente superior à taxa de crescimento do PIB em todos os países (exceto durante as duas Grandes Guerras), o que significa que a riqueza cresce proporcionalmente mais que o PIB. Como esta está concentrada nos mais ricos, o crescimento desproporcional da riqueza (6.8%) face ao PIB (2.9%) significa o aumento continuado da desigualdade. Portugal não é exceção, registando um crescimento do PIB de 3.4% e uma taxa de rendibilidade de 7.6%.

A inclusão da habitação na análise da evolução das taxas de rendibilidade de longo prazo dos vários tipos de capital não só reforça as conclusões de outros estudos, como mostra que a habitação é parte integral do processo de geração de desigualdade. No atual contexto de baixas taxas de crescimento e de baixas taxas de juro é cada vez mais evidente a metamorfose da habitação em ativo financeiro, ganhando peso crescente nos portfólios de investimento dos muito ricos.
No caso português, estes incluem estrangeiros que enriquecem não só por se tornarem proprietários, mas também porque beneficiam de importantes apoios do Estado, ou seja, enriquecem à custa daqueles que vivem do rendimento do trabalho desigualmente distribuído.

Et voilá

por helenafmatos
Nous défendons une liberté d'importuner, indispensable à la liberté sexuelle

Le viol est un crime. Mais a traição insistante ou malabarismo não é um delito, nem a galanterie une agression machiste.

A la suite de l'affaire Weinstein a eu lieu un légitime prêmio de consciência das violências sexuais exercícios sobre as mulheres, nomeadamente no campo profissional, onde certos homens abusivos de seu poder. Elle foi necessária. Mais essa liberação da liberdade em nosso contrário: em nós intime de parler comme il faut, de taire ce qui fâche, e achar que é recusado de se plier à final de instruções, de acordo com as especificações.

Ou é o serviço do bem-estar, os argumentos da proteção das mulheres e da sua expulsão para melhor os enchamados a um estado de saúde, as pequenas coisas sous l'emprise de phallocrates démons, como au bon vieux temps de la sorcellerie.
Délations et mises en accusation

De fait, #metoo a entraîné na imprensa e nos meios de comunicação social de uma campanha de degressos e de postos em acusação de pessoas privadas de direito, de pessoas sem fins lucrativos, Sur le même plan que des agresseurs sexuels. Esta justiça expeditiva a déjà ses victimes, des hommes sanctionnés no exercício de seu métier, contraints à la démission, etc., então não são suficientes para um único tort que de um touro de trabalho, tenté de voler un baiser, parlé de choses «intimes», de um jantar profissional ou de um envio de mensagens à connotation sexuelle à une femme chez qui l'attiance n'était pas réciproque.


Esta é uma tradução para os "porcs" à l'abattoir, o longe d'aider les femmes à s'autonomiser, servir en réalité les intérêts des ennemis de la liberté sexuelle, des extrémistes religieux, des pires reactions et de ceux qui estiment, au nom d'une conception substantielle du bien et de la moral.

Rússia: em Moscovo alguém decidiu construir uma casa inspirada no Palácio da Pena

Novo artigo em VortexMag



por admin
Ohomem sonha e a obra nasce. Este artigo poderia começar com esta célebre frase. Ou então poderia começar com uma alusão à loucura de quem tem dinheiro a mais e bom senso a menos. Ou bom gosto... depende do ponto de vista. Se está a pensar visitar Moscovo e precisa de sugestões, descubra este pequeno tesouro que vai fazê-lo sentir-se num local familiar. O Palacete de Arsénio Morozov (em russo Особняк Арсения Морозова), situado na centro histórico de Moscovo, na rua Vozdvizhenka 16, foi construído entre 1895 e 1899 pelo arquitecto Víctor Mazyrin para o milionário Arsénio Morozov. Ao combinar elementos do Art nouveau e o Ecletismo, o edifício representa, no contexto arquitectónico moscovita, uma exótica amostra sui generis da brilhante estilização inspirada no Manuelino e o Neomourisco.
Palacete de Arsénio MorozovPalacete de Arsénio Morozov
História da criação do Palacete
No início dos anos 1890, Arsénio Morozov (1873—1908), descendente de uma família rica de comerciantes russos, estava a viajar por Portugal e Espanha, acompanhado pelo seu amigo, Víctor Mazyrin (1859—1919). O milionário, bem como o arquitecto, ficaram tão profundamente impressionados com o Palácio da Pena, em Sintra, que Arsénio Morozov se entusiasmou com a ideia de erguer em Moscovo uma casa-castelo que recriasse em traços gerais o estilo do Palácio de Sintra.
Palacete de Arsénio MorozovPalacete de Arsénio Morozov
Pouco tempo depois, sobre o terreno com o qual a mãe de Arsénio, Varvara Alekséyevna, presenteou o filho no seu vigésimo aniversário, em vez de uma casa neoclassicista dos princípios do século XIX elevou-se um edifício de aspecto estranho. Ainda em fase de construção, o palacete tornou-se alvo dos boatos e gracejos da população moscovita, assim como das críticas por parte dos jornais. A opinião pública da época recebeu o palacete extravagante com quatro pedras na mão, qualificando-o como expressão de uma exorbitante excentricidade.
Palacete de Arsénio MorozovPalacete de Arsénio Morozov
Esta situação foi reflectida, por exemplo, por Leon Tolstói no seu romance “Ressurreição” (publicado em 1899): o príncipe Nekhliúdov, passando por uma rua vizinha à mansão de Morozov, raciocina sobre a construção “de um palácio tolo e supérfluo para um ser humano estúpido e inútil.” Existe ainda uma lenda que conta que a mãe de Arsénio, uma senhora muito recta e satírica, logo após ter visitado, em Dezembro de 1899, a casa recém-construída do seu filho, exclamou desesperadamente: “Antes fui só eu quem conhecia que és parvo, mas agora todo Moscovo vai aperceber-se disso!”
Palacete de Arsénio Morozov
O estilo neomourisco manifestou-se da maneira mais expressa na concepção do portal principal flanqueado por duas torres. O vão arqueado da entrada acentuado por duas colunas torsas, as conchas moldadas sobre as torres, a cornija e o ático rendilhados brindam ao palacete um colorido irrepetível. Noutras partes do edifício pode-se vislumbrar elementos de diferentes estilos. Assim, há janelas que estão ladeadas por colunas classicistas. O desenho geral da casa, com pronunciada assimetria das partes do edifício, remonta-se aos modelos típicos da arquitectura do Art nouveau.
Palacete de Arsénio MorozovPalacete de Arsénio Morozov
O acabamento interior também reflectiu um amplo leque de interesses do proprietário do palacete. A sala de jantar, o denominado Salão dos Cavaleiros, foi ornamentada em estilo do Revivalismo Gótico. O salão de gala, no qual se ofereciam bailes, estava concebido em estilo Império. O boudoir da esposa de Arsénio Morozov apresentava elementos do estilo Barroco. Igualmente, houve interiores decorados em estilos árabe e chinês.
Palacete de Arsénio Morozov
Arsénio Morozov, afamado boémio e farrista, não teve sorte de viver durante muitos anos no luxo da sua residência exótica. Um dia, em 1908, apostou em que o ser humano é capaz de aguentar qualquer dor e, para prová-lo, deu-se um tiro na perna. Passados três dias, faleceu com a idade de 35 anos, vítima de uma septicemia.
O Palacete durante a época soviética
Após a Revolução de Outubro de 1917, no palacete albergou-se, durante um curto espaço de tempo, o estado-maior dos anarquistas. Mas já em Maio de 1918, estabeleceu-se lá a Primeira companhia operária móvel do teatro Proletkult, com a qual, no início dos anos 1920, colaborou Serguéi Eisenstein, realizando na ex-mansão de Morozov vários espectáculos vanguardistas.
Palacete de Arsénio MorozovPalacete de Arsénio Morozov
Em 1928, o edifício foi entregue ao Comissariado do Povo para as Relações Exteriores. Entre 1928 e 1940, era a sede da Embaixada do Japão; de 1943 a 1945, a redacção do jornal inglês em russo “Britanski Soiuznik” ( “O Aliado Britânico” ); a partir de 1952 durante dois anos, a Embaixada da Índia. Em 1959, o palacete passou à União das Sociedades Soviéticas de Amizade e Relações Culturais com os Povos dos Países Estrangeiros. Na Casa da Amizade, como o palacete começou a ser chamado comummente, efectuavam-se conferências, encontros com personalidades do mundo da cultura estrangeiras, projectavam-se filmes, etc.
Estado actual do Palacete
Em 2003, a Direcção de Assuntos Gerais da Presidência da Rússia empreendeu a reconstrução, a restauração e o reequipamento do edifício. Em Janeiro de 2006, no palacete foi inaugurada a Casa de Recepções do Governo da Federação da Rússia. Actualmente, a antiga mansão de Morozov utiliza-se para levar a efeito encontros entre delegações governamentais, negociações diplomáticas e outros eventos internacionais. É um monumento arquitectónico inscrito no Registo de Património Cultural da Federação da Rússia.