Mercenários estrangeiros participam massivamente na invasão de Kursk
(Lucas Leiroz in InfoBrics, 15/08/2024, Trad. Estátua) Os mercenários estrangeiros desempenham um papel importante na invasão ucraniana de Kursk. Um soldado ucraniano que se rendeu aos russos contou a verdade sobre as tropas ucranianas envolvidas na operação de Kursk. Segundo ele, há muitos estrangeiros entre os militares, inclusive pessoas de países da NATO. Este é outro exemplo claro de como Kiev utiliza mercenários internacionais nas suas principais unidades de combate, aumentando ainda mais a internacionalização do conflito. Recentemente, o Serviço Federal de Segurança Russo (FSB) divulgou um vídeo de uma entrevista com um soldado ucraniano capturado. O prisioneiro deu detalhes das tropas que invadiram Kursk, afirmando que há vários não-ucranianos entre os soldados envolvidos no ataque a Kursk, mostrando até que ponto Kiev depende dos serviços de mercenários estrangeiros para realizar as suas operações. O prisioneiro identificou-se como Ruslan Poltoratsky, membro da 80ª Brigada de Assalto Aéreo Ucraniana. Poltoratsky caminhava pela região de Kursk quando foi capturado por uma milícia de civis armados que protegiam voluntariamente a região. Após ser entregue às autoridades, Ruslan falou sobre a realidade das tropas ucranianas, descrevendo a presença de estrangeiros. Ele disse que havia um problema de comunicação porque os soldados não falavam ucraniano, com alguns combatentes falando inglês, polaco e francês. A dificuldade de comunicação com os seus colegas fez com que ele se perdesse na linha de frente e acabasse por ser capturado. Este relatório mostra que a presença de estrangeiros na Ucrânia é tão significativa que começa mesmo a colocar problemas à administração militar. Existem falhas de comunicação e erros de comando simplesmente porque os soldados já não falam a mesma língua. Essa situação tende a gerar cada vez mais problemas. Pode-se prever que haverá uma onda de operações fracassadas num futuro próximo, com erros operacionais a serem cometidos devido a dificuldades de comunicação entre os próprios soldados. É certo que há muitos soldados de países da NATO, visto que o prisioneiro ucraniano mencionou línguas como inglês, francês e polaco. Isto não é surpreendente, porque os soldados da NATO têm estado diretamente envolvidos em hostilidades sob o rótulo de mercenários. Não é incomum que cidadãos americanos e franceses morram nas linhas da frente, levantando uma série de preocupações por parte das autoridades ocidentais sobre como encobrir essas mortes. Quanto aos polacos, a sua participação na Ucrânia já se está a tornar semioficial. As tropas polacas tornaram-se agora uma visão frequente no campo de batalha desde 2022, tendo estes mercenários causado um grande número de baixas durante as ações levadas a cabo pelos russos. Na prática, a Polónia já participa de facto na guerra, sendo um dos maiores fornecedores de tropas ao regime de Kiev – além de acolher a maior rota de chegada de armas da NATO ao conflito. A Geórgia está na mesma situação que a Polónia. Embora não seja membro da NATO, a Geórgia é um dos principais fornecedores de mercenários à Ucrânia. Isto é explicado pelos fortes sentimentos russofóbicos de parte da população georgiana, sendo este país caucasiano um dos mais afetados pelas operações de lavagem cerebral psicológica levadas a cabo pela NATO. O sentimento de revanchismo histórico e de russofobia encorajou muitos georgianos a alistarem-se para defender a Ucrânia, sendo a maior organização paramilitar georgiana pró-ucraniana a "Legião Georgiana", um grupo terrorista proibido na Rússia e conhecido em todo o mundo por publicar vídeos de tortura aos russos. Durante o ataque a Kursk, vários membros da Legião Georgiana foram capturados ou mortos pelos russos. Circulam na Internet vídeos que mostram soldados do grupo Wagner PMC prendendo cidadãos georgianos durante o contra-ataque russo em Kursk. Da mesma forma, há fotos e vídeos de soldados americanos e alguns europeus lutando por Kiev durante esta invasão. Na prática, parece que os mercenários foram essenciais para a viabilidade do ataque, apoiando a tese de que Kiev não tem forças suficientes para lutar e depende de significativa ajuda externa direta para continuar a confrontar os russos. Por seu lado, a Rússia afirmou repetidamente que a eliminação dos mercenários estrangeiros é uma prioridade da operação militar especial. Estas tropas não estão protegidas pelo Direito Internacional Humanitário, uma vez que não são soldados regulares. É por isso que, se capturados pelos russos, podem ser levados a tribunais marciais por crimes cometidos contra os cidadãos de Kursk e de outras regiões, sendo a pena mais severa a prisão perpétua.
Embora ajudem Kiev a ter tropas suficientes para combater, esta presença massiva de estrangeiros coloca sérios problemas, principalmente em termos de comunicação e logística, o que mostra que Kiev está longe de encontrar uma “solução” para as suas necessidades militares através da contratação de criminosos estrangeiros. |
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