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sábado, 23 de setembro de 2017

O sublime a que temos direito



por estatuadesal
(António Guerreiro, in Público, 22/09/2017)
Guerreiro
António Guerreiro
As catástrofes naturais anunciadas com hora marcada, como é o caso dos furacões, provocando o êxodo temporário de populações urbanas, são sempre uma “decepção”. O mundo inteiro prepara-se para o espectáculo da destruição radical, actualizam-se as narrativas e representações do Dilúvio, o tom milenarista e teológico sobe a um elevado nível de amplitude, abrem-se instruções ao processo da teodiceia, como fez Voltaire, no século XVIII, depois do terramoto de Lisboa de 1755, mas tudo acaba mais ou menos em cálculos para as seguradoras, nos países ricos, e em prolongamentos da catástrofe regular e permanente, nos países pobres.