por estatuadesal |
(Por Joseph Praetorius, in Facebook, 26/08/2017)
Joseph Praetorius
(A qualidade e a análise desassombrada deste texto incita-nos a profunda reflexão sobre a comunicação social, sobre a liberdade de imprensa, sobre a nossa cidadania e, em consequência, sobre as instituições políticas em que assenta a nossa vida colectiva. Perguntei-me se algum órgão da comunicação social tradicional teria coragem e mente aberta para o publicar e, não querendo ser dogmático, estimei que a probabilidade de tal suceder não deveria passar dos 5%, sem esforço ou exagero. É por poderem surgir textos deste calibre que os mainstream tanto se encarniçam contra as redes sociais, já que desmascaram a podridão em que navegam e os interesses que servem. Um abraço e os meus sinceros encómios ao autor.
Estátua de Sal, 26/08/2017)
A notícia de encerramento da Visão é fenómeno quanto ao qual todos querem ignorar um detalhe: a imprensa partilha do desprestígio do inteiro sistema político. Não tem auditório por isso.
Os jornalistas, sem nada a dizer segundo tudo indica, veiculam metades de ideias alheias sobre tudo, como se fossem opiniões próprias. Promovem-se uns aos outros. São analistas. Especialistas. Chefes. Editores. Imaginam até que têm curriculum.
Como o português médio, nasceram para polícias. Querem sê-lo. Foram chantagistas, também. –“Senhor Ministro, se nos der alguma coisa sobre algum dos seus colegas que valha o que temos sobre si, podemos publicar isso em vez disto”. E os ministros do Cavaquismo desfizeram-se uns aos outros. Parecia divertido, até.