O Departamento de Justiça dos EUA anunciou na segunda-feira que deteve e acusou uma analista de revelar informação classificada de um serviço de informações, sobre um eventual envolvimento da espionagem russa nas eleições presidenciais.
Em comunicado, o Departamento adiantou que a contratada Reality L. Winner, de 25 anos, foi detida este fim de semana no Estado da Geórgia e acusada de um delito contra a segurança nacional.
Winner trabalhava para a consultora Pluribus International e tinha autorização para manipular informação classificada como "muito secreta".
Ainda segundo o Departamento de Justiça, a acusada imprimiu, em 09 de maio, informação classificada e retirou-a das instalações para a entregar a um meio de comunicação.
Distribuir material classificado sem autorização ameaça a segurança da nossa nação e mina a confiança pública no governo", assegurou, em comunicado, o número dois do Departamento, Rod Rosenstein.
O meio digital The Intercept publicou na segunda-feira documentos da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) em que se detalham as intenções do governo russo de atacar informaticamente atores envolvidos no sistema de votação nos EUA, bem como para se infiltrar nas comunicações de funcionários relacionados com o sistema eleitoral.
Estas informações constam de um documento "muito secreto" da NSA, com cinco páginas, em que se explicam as técnicas de infiltração e 'phishing' (correio eletrónico malicioso) utilizadas pela Rússia.
No relatório da NSA, datado de 05 de maio, afirma-se que a espionagem militar russa atacou uma empresa de programas informáticos ('software') para eleições e enviou mensagens de correio eletrónico malicioso para mais de 100 dirigentes locais envolvidos no processo eleitoral, no fim de outubro ou início de novembro.
Fonte: JN