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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Um certo sarro de tempos longínquos

por José Gabriel


Ontem foi dia de festa na "universidade" (não uso minúscula mais pequena porque não há). Aníbal, o Cavaco, falava. E do que disse escorreu bílis, sobrou mediocridade, soprou vacuidade. Há nele um certo sarro de tempos longínquos, uma desconformidade com o que de mais nobre tem a democracia. Há nele aquele ódio que gela o espírito dos que pensam ser médium de uma qualquer verdade absoluta que paira no ar e, ao fim de muitos anos, começam penosamente a suspeitar de que talvez se enganem e, pior, que talvez tenham perdido a capacidade de enganar os outros. Em nós há a náusea, a incontível náusea.

Fonte: Aventar

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O que Cavaco vai ensinar aos jotas

Cavaco Silva semeou alcatrão por todo país, que ainda hoje pagamos e continuaremos a pagar, enquanto mandava matar agricultura e pescas.

Qualquer iniciativa partidária de aproximar os jovens da política e de lhes dar melhor formação é de louvar. Todos o fazem, por cá e lá fora, e a bondade das suas intenções é positiva. Li que na próxima Universidade de Verão da JSD, uma organização de muitos anos de um político de bem que é o Carlos Coelho, terá como convidado Cavaco Silva numa intervenção que terá por título: «A política da verdade vs. a da ideologia». E vou escrever o que ele deverá ensinar com a sua experiência.
Comer, mas fazer de conta que não gosta – Toda a vida política de Aníbal Cavaco Silva, a sua mitologia, é baseada no homem despojado, de serviço público, que não tinha nada a ver com politiquices. Era um homem providencial que, por mero atalho dos deuses, foi fazer a rodagem do seu novo Citroën e acabou entronizado líder do PSD num congresso. Nunca gostou da política, mas comeu, viveu dela, na carreira de poder mais longa do pós-25 de Abril. Apesar da cara de enjoado, nunca se enjoou do poder. Comeu e gostou. Espero que o diga em Castelo de Vide. Com verdade.