Há muitos anos que fomos alimentados por um projeto (ou uma ideia) de uma união de países que decidiram unir-se, para evitar mais uma horrorosa guerra mortífera e destruidora, como foi a Segunda Guerra Mundial.
Os pensadores e fundadores deste projeto tiveram sempre em mente a solidariedade, a liberdade, prosperidade e construção de uma zona de paz e que viessem a usufruir da prosperidade dos seus ideais.
Tudo correu bem até à altura em que homens ilustres como François Mitterrand, Helmult Khol, Jaques Delors, Oloff Palm, entre outros, baseados nos ideais socialistas e democrata-cristãos deixaram, uns pela sua idade e outros pelo seu desaparecimento do mundo dos vivos, foram sendo substituídos pessoas que deixaram de se rever nos fundamentos para a criação da Comunidade Económica Europeia e foram, passo a passo, criando um monstro e incluir países que, até à sua inclusão, nunca deram mostras de se poderem integrar numa verdadeira comunidade solidária, livre, envolvida no desenvolvimento das suas populações e de uma zona de paz que fosse um exemplo para todo o mundo.
François Miterrand - Helmut Kholl - Olof Palme - Jaques Delors |
A Alemanha de Merkel e a França de Sarkozy abriram a as portas a todos os países que quisessem entrar no “Grupo”, para defenderem os seus interesses e aumentarem o seu poder sobre os novos membros.
Agora estamos a assistir ao princípio da “erosão” daquilo que os seus fundadores imaginaram como um “paraíso na terra”.
O Brexit está confirmado e o Grupo de Visegrado tem-se vindo a afastar dos princípios democráticos, elegendo governos que perfilham pensamentos de extrema-direita.
Hoje decorre em Bratislava, na Eslováquia, uma cimeira da União Europeia da qual não espero grandes notícias.
Amanhã voltarei a escrever sobre este tema.
Ovar, 16 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira