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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Trabalhadores da Sorgal em greve exigem aumento de salários

Trabalhadores da Sorgal em greve exigem aumento de salários

Publicado por: OvarNews 7 Dezembro, 2017 Deixe um comentário

Trabalhadores da empresa Sorgal, unidade de rações em Ovar do grupo Soja de Portugal, manifestaram-se hoje à porta da empresa no âmbito de uma greve pela actualização dos salários, que dizem sem aumentos há 10 anos.
A paragem laboral teve início esta quarta-feira às 22 horas, abrange os três turnos da produção, prolonga-se até às 23:59 de hoje e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação do Norte (STIANOR), está a registar uma adesão de 95% entre a força laboral da empresa – que contará, em Ovar, com um total de cerca de 60 funcionários. Para exigirem a actualização dos salários, que dizem sem aumentos há 10 anos, os trabalhadores da Sorgal, em Ovar, estiveram em greve.
“Estamos há 10 anos sem aumentos salariais e a ser nivelados pelo salário mínimo nacional, quando antes estávamos bem acima disso”, declarou o dirigente sindical Alfredo Teixeira, que é funcionário da unidade em greve, à Lusa. “A empresa tem dinheiro e está bem, mas prefere fazer festas de Natal em que paga a artistas de renome para lá irem quando devia é remunerar-nos a nós melhor”, defendeu esse responsável, para aprovação geral dos colegas que o rodeavam. José Lapa, que também é dirigente do STIANOR, mas não exerce funções na unidade, afirmou que “o objectivo da Sorgal é deixar caducar o contrato colectivo de trabalho”, porque “não há nenhuma negociação de jeito a decorrer”. “A administração anda a protelar o encontro para analisar as reivindicações dos trabalhadores e, com isso, quer arranjar forma de não actualizar o salário a ninguém”, acrescentou.
O aumento agora reclamado pelos grevistas é de 10%, valor que o sindicato reconhece como “diferente do habitual”, mas atribui à necessidade de “compensar os trabalhadores por 10 anos sem nenhuma melhoria nas suas remunerações”. Além disso, “este trabalho é penoso e um bocado complicado, e muitas pessoas foram saindo da unidade ao longo dos anos sem que se repusessem esses postos laborais”, pelo que “a empresa tem que começar a assumir as suas responsabilidades”. Já quanto à situação financeira da Sorgal, para avaliar se esse aumento salarial será possível, vários trabalhadores garantiram que “é boa” e que a unidade de Ovar “está muito bem”. “De segunda a sexta-feira a fábrica trabalha 24 horas por dia e estamos sempre a fazer horas extraordinárias para conseguir responder a todos os pedidos”, fundamenta Alfredo Teixeira.“A seca deste ano também serviu para aumentar o volume das vendas de rações”, salienta.
Contactada pela Lusa, a Sorgal – Sociedade de Óleos e Rações S.A. não tinha nenhum membro da administração disponível para comentar o assunto. A empresa produz rações para animais de criação, animais de estimação, peixes, aves e caracóis. Integra o grupo mais vasto da Soja Portugal, que, além da empresa homónima e da Sorgal, inclui ainda a Avicasal, Savinor, Granja Avícola de S. Tiago, Sociedade Avícola do Freixo e SPA, detendo as marcas Sojagado, Pronuti e Aquasoja.

Nota de Álvaro Teixeira:
Desde que este grupo de empresas foi comprado na Bolsa, numa OPA hostil, por um Fundo Predador (Luxpar), os direitos dos trabalhadores foram espezinhados, só se passou a ver dinheiro, as rescisões, por mútuo acordo, ludibriam-se os trabalhadores com 2.500 Euros, ficando o maior bolo das indemnizações, para o famigerado "saco azul", entre muitas outras atrocidades como o despedimento colectivo muito mal explicado e aceite. Conheço todos os autores desta "façanha", mas por ocuparem grandes cargos políticos ou económicos abstenho-me de pronunciar os seus nomes.
Força, trabalhadores da Sorgal. Estou e estarei, sempre, do vosso lado. Coragem!!!

Denunciar mitos ruinosos

ladroes de bicicletas

Posted: 07 Dec 2017 02:35 PM PST


Na edição de Dezembro propomos uma análise crítica, feita por Ana Alves da Silva e Jean-Philippe Martin, do ruinoso mito das virtudes do empreendedorismo. Propagado em Portugal como em França e noutras paragens, ele esconde processos de desregulamentação do trabalho, de empobrecimento e de integração na crescente financeirização das economias. Reflectimos também sobre as políticas portuguesas de cooperação para o desenvolvimento (Ana Filipa Oliveira) e revisitamos os 25 anos do Teatro Meridional (César Madureira e Carla Baptista). No internacional, destaque para a terrível guerra no Iémen, olhando para os papeis dos actores regionais, e para o crescimento das direitas no Brasil. As escolhas de política do Estado chinês para explorar a sua inserção na globalização e o que se sabe afinal do «Russiagate», entre obsessões e paranóias de ingerências russas nos Estados Unidos e no mundo, são algumas das propostas que destacamos.


No sítio do jornal é possível ler os editoriais deste mês de Serge Halimi sobre as guerras religião e de Sandra Monteiro sobre o orçamento, o presente e o futuro. Não percam.

A Crato o que é de Crato


ladroes de bicicletas

Posted: 07 Dec 2017 07:12 PM PST

No ano passado, Nuno Crato tentou chamar a si os louros pelos resultados do PISA de 2015, que revelaram uma franca melhoria do desempenho escolar dos alunos portugueses. Para o ex-ministro, o sucesso alcançado era um reflexo das políticas que ele próprio adotara, em particular a introdução das «novas metas curriculares» e dos «exames finais» no 4º e 6º ano. Sucede, porém, como se demonstrou aqui, que não era sequer possível estabelecer essa relação de causalidade. Porquê? Porque os alunos avaliados pelo PISA, que iniciaram o seu percurso escolar em 2004/05, não chegaram a realizar os referidos exames nem foram abrangidos pelas metas curriculares. Ou seja, Crato estava «tecnicamente» impedido, logo à partida, de chamar a si o mérito ou demérito pelos resultados obtidos.
Ora, ao contrário do que se passou com o PISA de 2015, Nuno Crato está agora irrevogavelmente associado aos resultados do PIRLS de 2016, ontem divulgados. De facto, esta avaliação da literacia de leitura dos alunos do 4º ano, cujos testes decorreram no início de 2016 (com o atual governo em funções há apenas dois meses) recai sobre alunos que iniciaram a sua escolaridade em 2012/13 e comparam com os resultados do PIRLS de 2011, quando não havia «novas metas curriculares» nem «exame final» no 4º ano. E, convenhamos, a comparação não corre nada bem ao ex-ministro da direita PAF. Portugal não só passa de uma pontuação de 541 para 528 (sendo 500 o ponto intermédio de classificação), como desce da 19ª para a 30ª posição no ranking de países envolvidos. Ou seja, Portugal não só piora o seu desempenho como é «o país da Europa que mais caiu e o segundo que mais piorou», nos cinquenta países em análise.

Concretamente, o PIRLS avalia duas dimensões: a literacia literária (ler como experiência literária e de conhecimento) e a literacia informativa (ler para adquirir e utilizar informação). Finalidades que são cruzadas com níveis progressivos de desempenho em termos de processos de compreensão da leitura: Baixolocalizar e retirar informação de diferentes partes do texto»); Intermédiofazer inferências diretas»); Elevadofazer inferências e interpretações baseando-se no texto») e Avançadointegrar ideias e informação de vários textos para apresentar argumentos e explicações»). Sucede pois que entre 2011 e 2016 não só diminui a percentagem de alunos portugueses que atingem níveis de desempenho mais relevantes (de 9 para 7% no patamar «Avançado» e de 47 para 38% no patamar «Elevado»), como se inverte a posição relativa de Portugal face à média dos valores dos países avaliados. Se em 2011 registávamos percentagens comparativamente superiores nos níveis de desempenho mais significativos, essa situação inverte-se em 2016.

O que tem isto que ver com as opções educativas do ex-ministro Nuno Crato? Muito. Como referiu o Secretário de Estado da Educação João Costa na apresentação do PIRLS de 2016, estes dados refletem uma então «excessiva preocupação com os resultados e o produto e uma baixa preocupação com os processos», ao que acresce a imposição de uma «lista fechada de leituras» que os alunos tinham que fazer e uma lista «interminável de coisas que todos tinham que saber». Isto é, a desvalorização da aquisição de competências a troco de uma lógica de fixação de conteúdos, que compromete as aprendizagens e a versatilidade cognitiva associada à leitura.
Na resposta ao Secretário de Estado, contudo, Nuno Crato não só não resiste a enjeitar responsabilidades pela deterioração dos resultados dos alunos portugueses no PIRLS de 2016, como volta a sugerir, com total despudor, que os méritos do PISA de 2015 decorrem da sua visão da educação e das suas políticas educativas. Pior era impossível.

Prepotência em defesa do modelo neoliberal

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por Ana Moreno

De 10 a 13 de Dezembro terá lugar a 11a Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Buenos Aires, Argentina (a primeira vez na América Latina). Como em todas as anteriores, está prevista uma forte presença de centenas de organizações da sociedade civil que, com manifestações, workshops e debates protestam contra a dominância dos interesses económicos de poderosos bancos, fundos de investimento e multinacionais nesta organização que visa a liberalização e desregulação dos mercados e a privatização de bens públicos. A contradição entre os objectivos de sustentabilidade globais da UN e o desregulamento comercial multilateral é varrida para debaixo do tapete, o combate à pobreza não tem lugar na agenda.

Desta vez, e pela primeira vez na história da Organização Mundial do Comércio, o Governo do país anfitrião, chefiado por Mauricio Macri, decidiu à última hora revogar as credenciais de activistas e observadores da Europa, Ásia, África e da América Latina que tinham já obtido a sua acreditação junto da Organização Mundial de Comércio, impedindo-os assim de participar e recusando-lhes a entrada no país. Obviamente, está-se perante um grave precedente em matéria de relações internacionais e de uma violação dos termos do acordo com o país anfitrião que, conforme numerosas ONGs exigem, não pode ser aceite pela OMC.

Sem sequer apresentarem razões formais para a revogação das credenciais aos representantes das ONGs, as autoridades argentinas alegaram no entanto "preocupações de segurança", devido a “incitação à violência para gerar caos” supostamente ocorridas nas redes sociais.

Esta acusação a organizações como a Friends of the Earth International ou a Oxfam Germany, cujos representantes estão a ser impedidos de participar, é totalmente falsa e não passa de um abuso de poder do governo argentino. Por exemplo, uma das pessoas que está a ser impedida de passar a fronteira é Petter Slaatrem Titland, coordenador da Attac Norway, uma organização que recebe fundos do governo norueguês pelas suas campanhas de informação em matéria de políticas comerciais, paraísos fiscais e outros, e que declara claramente a sua rejeição da violência.

Caricatamente, até a comissária europeia para o comércio, Cecilia Malmström, conhecida por ignorar o movimento europeu contra o CETA e outros acordos de comércio “livre”, respondeu ao apelo da rede europeia de organizações da sociedade civil, considerando lamentável que as autoridades argentinas não tenham especificado claramente as razões de segurança que levaram a tais decisões e esperando que “esta decisão seja revogada e sejam encontradas soluções para permitir a participação da sociedade civil, que pode contribuir para o sucesso desta Conferência”. Malmström afirma ainda que vários estados-membros terão intervido junto do governo argentino em favor das ONGs baseadas nos seus respectivos países para a revogação da decisão, sem no entanto obterem um resultado que permita a entrada no país de todos os representantes em causa.

Mais uma vez, são assim abusivamente e escandalosamente abafados os protestos da sociedade civil contra o dogma neoliberal e se reforça o poder das multinacionais à custa da democracia, do bem-estar dos cidadãos e do meio ambiente.

O nosso euroman

por estatuadesal

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 08/12/2017)

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1 Há dois anos, Mário Centeno estava emprateleirado num qualquer discreto departamento do Banco de Portugal: Carlos Costa, o governador que o Governo Passos/Portas reconduziu sem querer esperar pelo resultado das eleições, não tinha especial ternura por ele. De um só salto, passou a ministro das Finanças, em cujas funções obrigou Carlos Costa a abrir mão dos lucros do BP muito para lá do que o governador queria. Agora que Centeno vai presidir e representar a política financeira da zona euro, Carlos Costa é o primeiro derrotado com a sua eleição.

Durante meses, antes das eleições de 2015, António Costa não abriu a boca, não soltou uma palavra que fosse sobre que ideias tinha para sustentar uma política económica diferente da do Governo que se propunha substituir. Estava à espera que Mário Centeno concluísse a sua preparação e estudo e lhe servisse um guião de bandeja. E o guião foi simples: era possível fazer diferente, aliviando a austeridade e apostando no consumo interno, conseguindo ainda melhorar as contas do défice. Os resultados, até ver, foram muito além do que devem ter sido as expectativas do próprio Mário Centeno. Mas manda a verdade que se diga que grande parte disso não foi mérito deste Governo ou do anterior, mas de uma conjugação de factores externos (o prosseguimento da política de compra de dívidas soberanas pelo BCE, que fez baixar os encargos com a dívida, e a retoma económica na UE) e internos, que se ficaram a dever apenas à resiliência da iniciativa privada: o aumento das exportações e o disparo do turismo. Apesar da crise, apesar da infernal burocracia, apesar da perseguição fiscal do Estado. Mas o que fica para a história — e o que tornou Centeno um candidato vencedor para o Eurogrupo — foi a assumida inversão de estratégia perante o dogma do TINA (“There is no alternative”), imposto por Schäuble, policiado pelo “social-democrata” Dijsselbloem e adoptado como mantra pelo Governo anterior.

Por isso, os segundos grandes derrotados desta eleição são Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque, Pedro Passos Coelho e, por pacífica conivência, Paulo Portas. Há muito tempo que não me ria tanto como me ri ao ouvir alguns robustos espíritos do PSD, tais como o doutor Catroga, da EDP e da troika, atribuírem a eleição de Centeno... ao desempenho do Governo Passos/Portas!

Podiam ao menos dar-se ao trabalho de passar os olhos pelos títulos da imprensa estrangeira de referência para perceberem que o que sucedeu foi exactamente o oposto: assinalou-se o fim de um ciclo e o começo de qualquer coisa de diferente — que pode não ser um ciclo novo, mas será sempre uma abordagem diferente e mais abrangente. Com a retirada de cena de Schäuble e a eleição de Centeno, o Sul deixou de ser visto apenas como a terra “dos copos e das mulheres”, de que falava o arrogante Dijsselbloem, e passou a ser considerado como o outro lado da equação, com outra abordagem e outras soluções possíveis para os mesmos problemas. Em parte, por via da capacidade de resistência mostrada pela Grécia, mas sobretudo pelo exemplo do “caso português”, cuja alternativa, aqui e lá fora, nos tinham jurado ser impossível. Eu sei que em política jamais se reconhece uma derrota ou o mérito de uma vitória alheia. Mas, apesar de tudo, há uma diferença entre perder mal ou perder transformando derrotas em vitórias de anedota.

Os terceiros derrotados com a eleição de Centeno são o PCP e o BE, os parceiros estratégicos do Governo. E, se dúvidas houvesse, honra lhes seja feita, eles não esconderam, mais do que o desconforto, a oposição frontal à ideia de terem um português a presidir ao Eurogrupo. Na sua visão maniqueísta das coisas, aquilo que é bom para a Europa é mau para Portugal e vice-versa. O seu ideal de situação é ter uma Europa que nos manda dinheiro e um ministro das Finanças que é um guerrilheiro anti-europeu no Eurogrupo; é aumentar livremente os défices e queixar-se do “espartilho financeiro” de Bruxelas; é assim ir aumentando a dívida pública para a geração actual e as futuras e simultaneamente reclamar contra a “exploração dos mercados” e exigir a reestruturação da dívida... para depois poder voltar a aumentá-la livremente. Nesta idílica concepção de vida que é da extrema-esquerda portuguesa, ter um ministro das Finanças que vai também ser presidente do Eurogrupo — que vai ter de ser capaz de simultaneamente defender a contenção orçamental cá dentro e uma mudança de políticas lá fora — representa tudo o que eles mais abominam: o triunfo dos moderados, dos reformistas, contra os vários extremismos. Está escrito nos livros de História: para os marxistas-leninistas, se o “Estado burguês” não pode ser imediatamente derrubado pela força das “massas”, ao menos que seja de tal forma injusto que a revolução acabe por se impor como única alternativa. O que, não resolvendo jamais o problema da miséria dos povos, resolve o problema dos autores da História.

E, para fechar a lista dos derrotados com a eleição de Mário Centeno, há um autoderrotado absolutamente incompreensível: Marcelo Rebelo de Sousa. De facto, desde a primeira hora em que a possibilidade se tornou real (ao contrário do que alguns, soberbamente, ridicularizaram), o Presidente não escondeu toda a sua animosidade à ideia. E, mesmo sabendo nós que o seu espírito analítico viaja várias galáxias à frente do nosso, não ignorando que o homem nunca dorme em serviço nem fora dele, é difícil, para não dizer impossível, entender tanto mal-estar. Terá Marcelo medo ou ciúmes do prestígio internacional do Governo? Terá achado que era altura de dar uma mão aos derrotados da direita, mesmo que para isso se tenha encostado à posição da extrema-esquerda? Francamente, não sei e não entendo.

2 No meio de tudo isto, por entre a espuma dos dias e a substância das coisas — das quais nenhuma é mais importante e urgente do que as terríveis consequências, a todos os níveis, da assustadora seca que vai destruindo o país e que é invisível a partir de Lisboa — anda para aí o PSD em campanha para escolher um futuro líder, entre o nada que é Rio Rio e o já visto demais que é Santana Lopes. A querela, se assim lhe podemos chamar, tem merecido dos portugueses zero de interesse, zero de atenção. Conta-se que ambos percorrem o que chamam “país” — isto é, as concelhias do partido — em interessantíssimas conversas com os militantes. Mas parece que estamos a falar de um país oculto, que o resto dos portugueses ignora por completo. Ora isto é mais grave do que o nosso desinteresse imagina. O PSD é um partido do regime, um tradicional partido de poder. Um presidente seu é, por inerência, candidato a governar Portugal. E, a esta luz, o que vemos é assustador. Rio tem com ele o baronato quase completo: gente que já conhecemos de ginjeira e de que ninguém deve ter saudades; Santana tem as bases nostálgicas do tempo dos discursos empolgantes em congressos de província e um mandatário nacional que não é outro que o brilhante Rui Machete — sim, esse mesmo, cujos dotes de “estadista” se revelaram em todo o seu esplendor quando Passos e Portas fizeram dele o mais patético ministro dos Estrangeiros que já tivemos. De resto, além de coleccionaram “apoios” para que o país se está nas tintas e de caciquarem as bases, confundindo-as com o país, nenhum deles avançou até agora com a mais pequena, insignificante, modesta ideia de como servirem Portugal. Caramba, será isto o melhor que o PSD tem para propor aos portugueses?

(Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia)