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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A presidente da IPSS do PS que apoiava o PSD

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 18/12/2017)

Daniel

Daniel Oliveira

A tese que subrepticiamente foi sendo espalhada foi esta: Paula Brito e Costa estava feita com o Partido Socialista, onde desenvolveu uma rede de contactos e favores para depois lhes sacar o “guito”. Entre esses favores está uma viagem de ida num dia e volta no outro à Suécia, para participar numa conferência, de que todos devemos sentir imensa inveja. Podem ver AQUI a festa em que Sónia Fertuzinhos participou.

Apesar de já ter sido divulgado que Paula Brito e Costa fez parte da Comissão de Honra da candidatura do PSD à Câmara Municipal de Odivelas, em 2013, deixo aqui um vídeo que mostra que a relação da presidente da Raríssimas com o partido era um pouco mais próxima (a inauguração de uma sede partidária é um momento especialmente interno) e manteve-se pelo menos até abril de 2015, data destas imagens. No meio de um longo artigo e sem grande destaque, o “Observador” já tinha divulgado fotos que constavam no mural de Facebook de Paulo Brito e Costa, onde surge ao lado dos principais dirigentes locais e do secretário-geral do PSD. Ela não escondia o seu apoio ao partido. Curiosamente, estes registos desapareceram da memória por não se encaixarem na narrativa da IPSS que andava de braço dado com o PS.

Este vídeo prova alguma responsabilidade do PSD pelo que sucedeu na Raríssimas? Tanto como a relação de pessoas do PS com esta senhora. Nada. O que ele desmente é a tese que começa a circular, de que João Miguel Tavares foi o mais ousado e delirante autor e que resumiu nesta ideia: “Paula [Brito e Costa] tinha a casa. Vieira da Silva o ministério. Sónia [Fertuzinhos] tratava da estratégia. É o que basta para termos uma IPSS feliz”. A ideia é que a estratégia de Paula Brito e Costa dependia do regresso do PS voltar ao poder para que o “guito” pudesse finalmente chegar. Estratégia que o “DN” quase confirmava, divulgando a informação falsa e por si próprio desmentida de que o financiamento quadruplicou no atual governo. Afinal fora no governo anterior. E bem, porque resultava do aumento da oferta em cuidados continuados pelo qual o Estado paga.

Não deixa de ser estranho que quem está, como defende João Miguel Tavares, desde 2013 a preparar-se para o regresso do Partido Socialista ao governo se envolva tão ativamente, mesmo em vésperas de eleições, na vida partidária do PSD. Talvez seja altura deste debate voltar onde devia ter ficado

Enquanto a senhora se combinava com o PS (com a conivência ativa ou ingénua de Maria Cavaco Silva, Leonor Beleza ou Maria da Graça Carvalho), para ter uma “IPSS feliz”, participava na vida interna do PSD, apoiando candidaturas e participando em inaugurações de sedes. Não deixa de ser estranho que quem está, como defende João Miguel Tavares, desde 2013 a preparar-se para o regresso do Partido Socialista ao governo se envolva tão ativamente, mesmo em vésperas de eleições, na vida partidária do PSD. Talvez seja altura de este debate voltar onde devia ter ficado.

O que estas imagens desmentem é a vergonhosa tentativa de arrastar o triste caso da Raríssimas e de Paula Brito e Costa para a arena partidária. O que estas imagens exibem é até que ponto uma investigação jornalística se transformou numa campanha de intoxicação política.

Que fique claro: estou convencido que o PSD de Odivelas e a sua deputada Sandra Pereira, que em 2013 convidou Paula Brito e Costa para a Comissão de Honra da sua candidatura à Câmara, se aproximaram desta senhora pela razão que afirmou ao “Observador": “Eu, tal como o Presidente da República, o ministro e várias outras figuras, valorámos o trabalho relevante, de reconhecido mérito nacional e até internacional na área das doenças raras”. E terá sido por isso mesmo que, em 2015, propôs com sucesso, enquanto vereadora, que lhe fosse atribuída a Medalha de Honra, grau de ouro, do município de Odivelas. Não recrimino Sandra Pereira, só não acho que a boa-fé seja um exclusivo de uma parte dos políticos.

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Combater (algum) consumismo faz bem à economia

Ladrões de Bicicletas


Posted: 19 Dec 2017 01:00 AM PST

Há quem pense que o consumismo é bom para o crescimento económico e a criação de emprego. Segundo este raciocínio, se as pessoas consumirem mais as empresas investem mais, criando emprego e obtendo lucros, que servem por sua vez para gerar mais consumo e mais investimento. Em termos genéricos faz sentido pensar assim. No entanto, as economias não são todas iguais e os produtos de consumo também não – o que faz toda a diferença.
Isto não é novidade nenhuma, mas a actualização recentemente feita pelo INE dos dados sobre conteúdos importados das várias componentes da procura agregada permitem ilustrar bem o que está em causa (a tabela anexa foi retirada do Boletim de Inverno do Banco de Portugal) .

No que respeita ao consumo privado (feito pelo conjunto dos indivíduos e famílias portuguesas), é clara a diferença entre bens duradouros e não-duradouros. Cerca de metade dos primeiros – onde se incluem automóveis, produtos electrónicos, electrodomésticos, etc. – é produzida fora do país. Isto significa que o aumento do seu consumo tem efeitos moderados na actividade económica e no emprego em Portugal. Por contraste, só 1/5 dos bens não-duradouros consumidos vêm do exterior.
As diferenças ainda são mais marcadas quando se trata de investimento. Quando as empresas compram máquinas, equipamentos e material de transporte (incluindo os “automóveis da empresa”), quase ¾ do que gastam vai para fora do país, por envolver bens importados. Quando se trata de construção, só 1/6 é importado.
O que muita gente não nota é que também as exportações têm uma forte componente de importações. Isto é especialmente verdade quando se trata da exportação de bens: por exemplo, grande parte do que a Autoeuropa ou a Galp exportam (automóveis e petróleo refinado, respectivamente) tem por base produtos importados (componentes de automóvel e petróleo em bruto). A exportação de serviços (onde se inclui a prestação de serviços de transporte, alojamento e restauração a turistas que visitam Portugal) tem uma componente importada muito menor.
Já o consumo público – determinado essencialmente pelos gastos do Estado nos serviços públicos de saúde, educação e protecção social – tem uma componente de importações diminuta.
Estes dados sobre o conteúdo importado do consumo, do investimento e das exportações são indispensáveis para pensar a política económica de um país como Portugal, que tem uma tendência histórica para défices externos e uma dívida externa acumulada que é das maiores do mundo (e que é uma fonte permanente de instabilidade).
Há algumas mensagens que importa reter daqui:
1) Aumentar muito as exportações não deve ser um fim em si mesmo, pois não significa necessariamente reduzir muito a dívida externa, principalmente quando se trata da exportação de bens.
2) O estímulo ao investimento em capacidade produtiva deve ser altamente selectivo - e, desejavelmente, acompanhado de um maior esforço de desenvolvimento de capacidade tecnológica endógena.
3) A despesa social do Estado não só contribui para aumentar a equidade e o bem-estar da população (e, a longo prazo, para aumentar a produtividade), como tem um impacto directo reduzido no agravamento da dívida externa (ao contrário que vários tipos de consumo privado).
4) O consumo privado contribui tanto mais para a actividade económica quanto menos se basear nalguns dos produtos que são hoje vistos como símbolos de estatuto social. No dia em que formos consumistas não tanto em automóveis, smartphones e festivais de música, mas na utilização intensiva de transportes públicos, na compra de bens alimentares de produção local, no investimento em educação e formação, em vistas a monumentos históricos e áreas protegidas nacionais, ou em idas ao teatro e outros espectáculos produzidos por cá, aí sim poderemos dizer que o consumismo faz bem à economia.

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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

HÁ MAIS PORTUGAL PARA ALÉM DE PEDRÓGÃO

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 18/12/2017)
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Todos sabemos que as comoções trazem mais simpatias; quando alguém da alta sociedade abraça uma pobre velhinha quem fica com os louros da fotografia é o senhor, o pobre funciona como figurante, só está ali para que a comunicação mostre como o senhor é bondoso. Passados minutos o senhor continuará a pavonear-se nas televisões, dele dirão ser um grande coração, cheio de amor para dar. A pobre velhinha cuja fotografia correu mundo será ignorada, minutos depois ninguém a reconhecerá, a sua tragédia será esquecida, as suas dores ignoradas, cumpriu o seu papel de engrandecimento dos que já eram grandes.

Compreende-se que numa sociedade os likes sejam tão importantes para quem tem o poder. São ainda mais importantes para quem não só tem o poder que resulta dos votos, como quer transformar esse poder numa arma de destruição política, combinando-o com uma popularidade alcançada a qualquer custo. Compreende-se que não se queira evidenciar os sucessos, pior ainda, recorre-se ao jogo sujo de palavras manhosas para envergonhar os que tiveram sucesso, mesmo sabendo-se que graças a esse sucesso é mais fácil acorrer às vítimas das tragédias.

Alguém honesto diria que ainda bem que apesar das calamidades temos sucesso na economia, que os juros da dívida são mais baixos, que não estejamos à beira de um segundo resgate. Graças a esse sucesso o país pode libertar mais recursos para acorrer às vítimas, pode ajudar uns sem que isso sirva de justificação para tirar o escalpe a outros, sem que isso sirva de argumento para inventar mais um “desvio colossal”. Quem tanto gosta de acorrer às vítimas e cobrar isso sob a forma de popularidade nas sondagens do Expresso deveria estar grato.

Mas há mais uma dimensão que deveria levar algumas personalidades a pensar. As tragédias que assim são tratadas na comunicação social são necessariamente coletivas, mas na verdade cada tragédia é um somatório de tragédias individuais, não há mortes coletivas. Para a família de alguém que morreu num pequeno incêndio a tragédia é tão grande quanto para o familiar de uma vítima dos incêndios de Pedrógão ou dos que ocorreram em Outubro.  Isso é verdade para as vítimas dos incêndios, como o é para as vítimas dos acidentes de viação, dos acidentes no trabalho ou dos naufrágios. Em muitos deles o Estado também falhou, da mesma forma que falhou quando uma vítima de violência doméstica é assassinada apesar de ter feito sucessivas queixas na polícia.

Um país é feito de sucessos e de insucessos, de tragédias e de alegrias, de riqueza e de pobreza. Um presidente devia estar grato porque o país tem sucessos apesar dos momentos trágicos que atravessou, um presidente que quer que o país tenha mais capacidade para acorrer às vítimas dos incêndios ou para ajudar os mais pobres deveria estar grato porque esse mesmo país pode aceder a financiamento mais fácil e mais barato, por ter menos défice público podendo libertar recursos para situações imprevisíveis, para continuar a crescer apesar de tudo o que de mau aconteceu em 2017.

É lamentável que o Presidente desta República não pense assim e pareça estar mais interessado na desgraça e na instabilidade, não sei se por lhe dar gozo, por mera inveja ou porque assim se sente mais poderoso. Mas é pena, revela alguma pobreza de espírito.

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Porque respeitamos o luto de Vera Ellen e não o da brasileira de Pedrógão

por estatuadesal

(Jorge Rocha, in Blog Ventos Semeados, 18/12/2017)

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Às vezes podemo-nos questionar se este país tem algum conserto, sobretudo se nos ativermos ao que a comunicação social vai emitindo. Distanciarmo-nos dela por umas horas acaba por ser atitude judiciosa para a sanidade dos neurónios e sobrepõe-se como prioridade mobilizá-los para outros estímulos, que não os de uma Cristas a reivindicar para o desgoverno em que participou parte substancial do mérito da saída da notação de lixo pelas agências de rating, ou a mal educada brasileira de Pedrógão a demonstrar, para quem dúvidas tivesse, que o seu propósito nada tem a ver com a tragédia, mas com a sua evidente ambição política.

Em dias assim a alternativa pode ser «Natal Branco», o musical de Michael Curtiz de 1954, que o meu amigo Henrique Nabais programou para uma sessão dominical na Associação Gandaia da Costa da Caparica e nos permitiu rever um universo de valores solidários cada vez mais ausente dos tempos atuais.  E então se olharmos para as nossas direitas, só as movem padrões opostos explicitados no permanente esforço de colorirem a realidade com a cinzentude medíocre das respetivas deformidades morais.

No filme temos protagonistas empenhados em convocar o melhor de si e dos que conseguem motivar para salvaguardarem o futuro de quem o parece não ter. Quem é que nas direitas de hoje pode reivindicar esse intento? Marcelo Rebelo de Sousa? Deixem-me rir: por muito que os seus defensores teimem em não querer ver, ele continua a ser quem sempre foi e a idade acrescentou-lhe defeitos não lhe trazendo nenhumas qualidades complementares.

Para além da conhecidíssima canção, que ouviremos repetidamente nos próximos dias, «White Christmas» também tem a espantosa Vera Ellen, por muitos considerada como a melhor bailarina a ter alguma vez pisado os palcos da Broadway, superando em muito Ginger Rogers, Cyd Charisse e outras que tais. Ora, durante a rodagem do filme ela engravidou da única filha, que faleceria aos três meses com o síndrome da morte súbita. O que lhe aconteceu depois? Apesar da brilhante carreira, que estava a ter logo a abandonou e pouco mais se deixou ver nas telas de cinema ou nos palcos. O desgosto por tal perda tolheu-lhe a vontade para cantar e dançar como até ali.

Um luto desse tipo justifica o nosso respeito. Não o da tal brasileira, que nos vai assombrando naqueles curtos instantes em que o zapping resolve a indesejada intromissão no nosso quotidiano. Irrita ouvi-la perorar como se fosse dona da razão, algo de que muito desconfiamos.

Porque a perda do filho - que estava confiado ao pai de quem ela se separara! - não merece que nos questionemos quanto á sua responsabilidade? Teria ele falecido na estrada da morte se ela o tivesse consigo? Daí que repugnem as suas palavras sobre o primeiro-ministro, que achou desmerecedor de ser convidado para partilhar com ela, e com quem ela manipula, as filhoses e as fatias douradas da festa de Natal.

Alguém duvida que ela não sabe quem anda a mobilizar fundos para a reconstrução das casas e das vidas de quem sobreviveu? Terá ouvido o bombeiro, que agora regressou a casa após longa hospitalização, a dizer quanto teria sido impossível vencer o monstro de fogo, que se abateu naquele dia sobre aquela região? E haverá quem não desconfie da intenção de atiçar confrontos institucionais entre Belém e São Bento?

Marcelo denuncia neste, e em muitos outros casos, a sua ambiguidade ética, e isto para lhe ser simpático na qualificação. Porque acaso não fosse viperino o sorriso aberto com que posa para as selfies dos estarolas, aceitaria ser figurante principal de uma farsa, que pretende empolá-lo para melhor denegrir António Costa? Também ele sabe que nem uma única casa de Pedrógão é reconstruída por sua implicação direta nas decisões, que cabem apenas ao executivo. No entanto ele é aquele que surge neste filme como o pretenso progenitor de filhos que não são seus...

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O dedo de Varoufakis e a cara de Scarlett Johansson

O que acontece quando uma figura pública, como um político, é apanhada a fazer ou dizer algo impróprio num vídeo que acaba por correr a Internet? E o que acontece quando esse político desmente o vídeo, afirmando categoricamente que aquela imagem não é dele? Raramente o desmentido, mesmo que verdadeiro, tem a eficácia das imagens originais.

Em 2015, circulou um vídeo do então ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis a dizer que os gregos deviam mostrar o dedo do meio aos alemães. Acompanhava a afirmação com o respectivo gesto. Varoufakis assegurou que o vídeo era uma montagem, mas a desculpa não parecia convincente. A imagem era clara, a voz era a de Varoufakis, aquele discurso frente a uma plateia tinha existido. E o dedo, ao que tudo indicava, tinha sido visivelmente erguido. Na verdade, Varoufakis era o autor daquela frase (algo que o próprio nunca negou), mas o dedo em riste foi o resultado de uma montagem profissional, feita em estúdio por um programa humorístico alemão, que recorreu a um duplo (de dedo) do protagonista. Foi preciso que o apresentador do programa desencapotasse a farsa para pôr fim a uma polémica com potenciais impactos na economia europeia.

Mais recentemente, a cara da actriz Scarlett Johansson, bem como a de outras artistas famosas, acabou justaposta ao corpo pouco vestido de outras actrizes, num tipo de filme que não recebe nomeações para os Óscares. Mas há uma grande diferença em relação ao dedo de Varoufakis: estes vídeos foram feitos com ferramentas de inteligência artificial open source (que estão ao dispôr de todos), incluindo uma ferramenta criada por uma equipa do Google. As imagens das caras foram obtidas a partir das muitas fotografias e vídeos publicados online.

Actrizes famosas inseridas em filmes pornográficos é um género antigo. Mas a pessoa que partilhou estes vídeos diz ter criado um sistema de inteligência artificial que aprende a ser cada vez melhor a colocar a cara de uma pessoa no corpo de outra, o que permite automatizar o processo. O poder de processamento necessário não é extraordinário: um bom computador pessoal chega para a tarefa.

Este tipo de montagem com inteligência artificial ainda não está ao alcance de qualquer um (o autor daqueles vídeos não se quis identificar, mas disse ser um programador com interesse em aprendizagem automática, ou machine learning). Mas não é implausível acreditar que, mais cedo do que tarde, alguém fará uma aplicação para isto. Mesmo que a actriz famosa venha depois negar ser ela nas imagens, muitos nunca terão conhecimento destas afirmações, e outros optarão por decidir que são falsas: já viram a actriz de Hollywood num filme pornográfico e essa é a sua realidade.

É fácil perceber que isto pode ter contornos mais sérios. Com a graça da Internet, da inteligência artificial e da "criatividade" humana, caminhamos para um mundo onde o “ver para crer” não funciona. Já está a ser pantanoso.

Digno de nota
- O Facebook decidiu perguntar: “Passar tempo nas redes sociais é mau para nós?” É significativo que a rede social esteja num momento de introspecção (ou talvez seja apenas relações públicas; ou um misto de ambos). Já tinha sido o tema da edição anterior desta newsletter.
- Miguel Esteves Cardoso diz que o novo Kindle não dá para ler e que a versão anterior era melhor. Por cá, continuamos fãs de modelos mais antigos (circa 2012), sem ecrã sensível ao toque: leves, finos e com botões físicos para “virar as páginas”. A Amazon já não os vende, mas é possível encontrá-los em segunda mão e podem ser uma boa prenda.
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