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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Provavelmente, o monumento mais bonito de Portugal

Novo artigo em VortexMag


por admin

Escolher o mais bonitos de todos os monumentos portugueses é sempre uma tarefa complicada, especialmente porque os gostos variam de pessoa para pessoa e também porque a variedade de monumentos é enorme. No entanto, há um monumento especial em Portugal e que não possui termo de comparação com nenhum outro: o Palácio da Pena. Aliás, este célebre palácio situado em Sintra não tem sequer comparação com outros monumentos do mesmo género em toda a Europa e apenas alguns palácios na Alemanha se assemelham a ele na sua beleza e na sua grandiosidade, facto que não é estranho se tivermos em conta que a construção desta obra prima foi inspirada pelo romanticismo alemão. O Palácio da Pena é, muito provavelmente, o monumento mais bonito de Portugal.

Palácio da Pena, Sintra (Paul Walker)

O Palácio da Pena ergue-se sobre uma rocha escarpada, que é o segundo ponto mais alto da Serra de Sintra (acima do palácio só se encontra a Cruz Alta, a 528m de altitude). O Palácio localiza-se na zona oriental do Parque da Pena, que é necessário percorrer para se chegar à íngreme rampa que o Barão de Eschwege construiu para se aceder à edificação acastelada. O Palácio propriamente dito é constituído por duas alas: o antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo e a ala edificada no século XIX por D. Fernando II. Estas alas estão rodeadas por uma terceira estrutura arquitectónica, em que se fantasia um imaginário castelo de caminhos de ronda com merlões e ameias, torres de vigia, um túnel de acesso e até uma ponte levadiça.

Palácio da Pena

Palácio da Pena

Em 1838 o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento de monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, que tinha sido erguido no topo da Serra de Sintra em 1511 pelo rei D. Manuel I e se encontrava devoluto desde 1834 com a extinção das ordens religiosas. O convento compunha-se do claustro e dependências, da capela, sacristia e torre sineira, que constituem hoje o núcleo norte do Palácio da Pena, ou Palácio Velho.

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Palácio da Pena

D. Fernando começou por efectuar reparações no antigo convento, que, segundo fontes da época, se encontrava em muito mau estado. Remodelou todo o piso superior, substituindo as catorze celas por salas de maiores dimensões e cobrindo-as com as abóbadas que hoje vemos. Cerca de 1843, o rei decidiu ampliar o Palácio através de uma nova ala (Palácio Novo) com salas de ainda maior dimensão, de que é exemplo o Salão Nobre, rematando-a com um torreão circular junto às novas cozinhas. A obra foi dirigida pelo Barão de Eschwege. No restauro de 1994 repuseram-se as cores originais no exterior do Palácio: rosa-velho para o antigo mosteiro, ocre para o Palácio Novo.

Palácio da Pena

Palácio da Pena - William Shatner

Ao transformar um antigo mosteiro numa residência acastelada, D. Fernando revelou ter uma forte influência do romantismo alemão, tendo-se provavelmente inspirado nos castelos à beira do Reno de Stolzenfels e Rheinstein, assim como na residência de Babelsberg em Potsdam. A obra do Palácio da Pena terminou em meados da década de 1860, embora posteriormente se fizessem campanhas de decoração de interiores.

Chalet Condessa d'Edla

Chalet Condessa d'Edla

D. Fernando mandou igualmente plantar o Parque da Pena nas áreas envolventes do Palácio à maneira dos jardins românticos, com caminhos serpenteantes, pavilhões e bancos de pedra a pontuar os percursos, bem como árvores e outras plantas provenientes dos quatro cantos do mundo, tirando partido do clima húmido da serra de Sintra e criando de raiz um parque exótico com mais de quinhentas espécies arbóreas.

Chalet Condessa d'EdlaChalet Condessa d'Edla

A construção mais interessante do Parque da Pena é o Chalet da Condessa (ou Casa do Regalo), que se encontra no extremo ocidental do Parque da Pena. Foi mandado construir por D. Fernando II e pela sua futura segunda mulher, Elise Hensler (Condessa d’Edla), como local de veraneio reservado. É uma construção de dois pisos com forte carga cénica, de inspiração alpina, que mantinha uma expressiva relação visual com o Palácio.

locais para visitar em SintraPalácio da Pena

O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Virar a página no debate sobre trabalho e competitividade (IV)

Ladrões de Bicicletas


Posted: 11 Jan 2018 05:38 PM PST

Na transição de ano, a questão dos feriados e das «pontes» de 2018 suscitou comentários e análises na imprensa e por parte de representantes do setor empresarial, que incluiu críticas aos seus custos para a economia e para o país. Essas críticas não são novas e, bem o sabemos, chegaram a tomar forma de lei, com a supressão de quatro feriados em 2013, repostos pela atual maioria de esquerda no início de 2016.
Os «custos dos feriados e pontes» são aliás um tópico recorrente no discurso de uma espécie de «brigada do reumático» do pensamento económico, que continua a dar sinais de vida e que, mesmo quando derrotada pela realidade, insiste na relação causal, linear e absoluta, entre o «fator trabalho» (que é reduzido, na verdade, a «tempo de trabalho»), a produtividade e a competitividade. Isto é, pessoas e entidades que provavelmente continuariam a eleger este como o livro do ano de 2017.

O argumento é simples e faz parte de uma narrativa mais ampla, que continua a vender bem na «opinião pública» que é diariamente intoxicada com balelas moralistas: os feriados e as «pontes» são um luxo e Portugal um país pobre, que não se pode dar a luxos. Aliás, somos pobres porque as pessoas, «regra geral», trabalham pouco. Lá está, o «fator trabalho» é que estraga tudo e é por isso que é preciso pô-lo no lugar, dilatando o tempo de laboração, suprimindo feriados, comprimindo salários e dissolvendo direitos e leis, essas modernices que alimentam a nossa, «regra geral», propensão para não produzir. É trabalhando mais tempo que se progride, é empobrecendo que nos tornamos competitivos.
Se o engodo intelectual persiste, é preciso continuar a responder-lhe com factos. E o que os factos dizem é que tanto na perspetiva da produtividade como da competitividade(ver gráficos), a existir alguma correlação destas variáveis com o tempo de trabalho, essa correlação é negativa. Os países que detém níveis mais elevados de produtividade e competitividade não são, ao contrário do que nos querem fazer crer, os países em que mais se trabalha. A existirem, as correlações são em sentido inverso, sugerindo que a questão do tempo de trabalho é basicamente irrelevante para tornar uma economia mais produtiva e mais competitiva.

Os fatores que contam para um verdadeiro desenvolvimento económico (e social, já agora) são outros. E nesse prisma vale a pena ler na íntegra o recente artigo de Maria de Lurdes Rodrigues, onde se assinala, de forma certeira, que a produtividade do trabalho nem sequer «se deve apenas aos níveis de qualificação e desempenho dos trabalhadores» (sendo fundamental, nesse âmbito, superar o nosso atraso estrutural em matéria de qualificações), mas também «ao investimento em tecnologia, à organização do trabalho e às competências de gestão». Isto é, a «variáveis que dependem sobretudo de decisões empresariais e do contexto da atividade económica».
Aliás, como bem lembra MLR, a história do trabalho e das empresas mostra-nos que «a possibilidade de aumentar sem custos o horário de trabalho nunca constituiu um estímulo à modernização económica». Pelo contrário, «a modernização da atividade económica foi muitas vezes a resposta aos obstáculos políticos levantados (...) à prática de longas jornadas de trabalho ou de salários muito baixos». O que significa, portanto, que «não é cortando direitos sociais e regressando a formas mais primitivas de capitalismo que Portugal ganhará tempo na recuperação do seu atraso económico».

Leituras: Revista Crítica - Económica e Social (n.º 14)

Posted: 11 Jan 2018 06:55 AM PST

A primeira edição de 2018 da revista Crítica inclui reflexões sobre a Europa e a Zona Euro (Francisco Louçã e Ricardo Cabral), o Orçamento de Estado de 2018(Mariana Mortágua e Ricardo Cabral) e o Relatório mundial das Desigualdades (Alexandre Abreu, Francisco Louçã e Ricardo Paes Mamede). Seguem-se três análises, sobre emprego público e privado, política fiscal e regionalização (Nuno Serra, Eugénio Rosa e Ernesto Figueiredo). O número 14 da revista Crítica está disponível aqui, para download gratuito. Boas leituras.

A vida às cores

Ricardo Marques

RICARDO MARQUES

JORNALISTA

12 de Janeiro de 2018


De que cor é este Expresso Curto? Negro como as letras que está a ler? Ou branco como o fundo em que elas aparecem? Talvez cinzento, como vai estar o dia?

Começa em tons de laranja, ou não terminasse a corrida à liderança no PSD. É certo que não há nenhum debate marcado - Santana dá uma entrevistaà Rádio Renascença e ao Público - mas os dois que querem o mesmo, e se tratam por tu, já mostraram que não precisam de marcação para discordar. E, bola para cá bola para lá, é quase certo que o assunto diretas esteja por todo o lado.

Ontem estiveram na rádio à conversa e não passaram ao lado das declarações de Miguel Relvas (uma pitada de verde, aqui).Encontra aqui um resumo do combate / embate / debate. Aproveite a embalagem e siga para a análise ao encontro televisivo de anteontem.

A nação laranja vota amanhã e quando chegar odomingo só um deles estará nas notícias de corpo inteiro e a cores. O outro remeter-se-á provavelmente ao mundo preto e branco a que gostamos de chamar “longe das luzes da ribalta”. É para lá que também parece caminhar Pedro Passos Coelho - o ainda líder do PSD anunciou que vai renunciar ao mandato de deputado e deixar o Parlamento em fevereiro.

Há sondagens mais favoráveis a Santana Lopes e outras bastante mais simpáticas para Rui Rio. Há 70 mil militantes em condições de votar - no início de dezembro, como notou ontem Pacheco Pereira na Quadratura do Circulo, na SIC Notícias, eram muito menos.

A revelação maior de Pacheco Pereira (que esta semana fala da sua biblioteca / arquivo / estação documental na revista E, do Expresso), porém, foi contar que em 2011 Santana o desafiou a criar um partido rival do PSD, que considerava morto. Encontraram-se num hotel na Lapa. Santana já disse que não é verdade. A discussão prossegue dentro de momentos.

Esta noite, Rui Rio fecha a campanha em Vila Nova de Gaia. Pedro Santana Lopes almoça em Lamego, vai ao fim da tarde a Viseu e acaba a jantar na Maia. Além de tudo o resto, e o que vão fazer se o PSD perder as eleições para um PS minoritário, haverá ainda no fim do caminho 20 quilómetros a separá-los… Não faltarão notícias sobre os repastos, mas aposto que ninguém lhe vai falar de Miguel Pereira.

Sabe quem é? Pois. Só que é impossível perceber Rio Santana sem perceber quem é Miguel Pereira - e é também para isso que serve o Expresso Curto. De outro modo, como poderia saber que se trata de uma cidade, com cerca de 25 mil pessoas, baptizada com o nome de um médico (Miguel Pereira, 1871-1918), neto de agricultores, que lutou pelo saneamento básico no Brasil. Mas acima de tudo, falar de Miguel Pereira é falar do Rio Santana, das suas águas transparentes e geladas.

A importância das coisas*

Eduardo Louro

  • 12.01.18

Resultado de imagem para desemprego jovem

Bem sei que a questão mais importante da semana é a de um segundo mandato da Procuradora Geral da República, que nunca houve e que poucos sabiam que pudesse haver, lá mais para o fim do ano. É realmente espantosa a capacidade que esta gente tem para reduzir a agenda mediática à simples espuma dos dias!

Por isso ninguém ligou muito às notícias que foram chegando sobre o emprego, com a divulgação dos dados do INE relativos a Novembro. Notícias que dão conta da mais baixa taxa de desemprego desde Novembro 2004, em 14 anos, portanto. No último ano a população empregada aumentou em perto de 160 mil pessoas!

São boas notícias?

Sim e não!

Sim, porque a diminuição do desemprego nunca pode deixar de ser uma boa notícia. Sim, porque resulta do crescimento económico, e a economia a crescer tem que ser sempre uma boa notícia.

E não. Porque o desemprego jovem continua a crescer, e em Portugal foi mesmo onde, na União Europeia, mais cresceu. Em Setembro era de 24,6 %, e em Outubro já ia em 25,6%: num mês, mais um em cada 100 jovens era desempregado.

E isto quer dizer muitas coisas. Quer dizer que continuamos a desperdiçar recursos, a deitar dinheiro fora, na educação por evidente desadequação entre a formação dada aos jovens e as necessidades das empresas. O drama é que isto não quer obrigatoriamente dizer que essa formação seja desadequada, quer dizer é que a retoma do emprego acontece em sectores que não valorizam as qualificações dos jovens mais preparados.

Por isso o desemprego jovem tem um comportamento simétrico ao do desemprego geral. Por isso há cada vez mais jovens sem trabalho ao mesmo tempo que, ao que dizem, faltam 70 mil trabalhadores na construção, 40 mil na restauração e outros tantos no calçado, no têxtil e na metalurgia.

Quer isto dizer – e pior notícia não pode haver - que na nossa economia nada mudou, que tudo continua na mesma. E toda a gente sabe que as mesmas coisas, nas mesmas circunstâncias, produzem sempre os mesmos resultados.

Mas parece que isto não tem importância nenhuma…

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Entre as brumas da memória


Dica (693)

Posted: 11 Jan 2018 01:12 PM PST

Ce jour-là en 68

«Si c'est surtout son mois de mai qui a marqué l'histoire de France, l'année 68 fut mouvementée sur toute la planète, au Nord comme au Sud. Alors que la «société de consommation» est en plein boom, la génération de l'après-guerre tente de se faire entendre, et les aspirations sociales montent. Premiers signaux des crises économiques, printemps de Prague, guerre du Vietnam… «Libé» remonte au jour le jour les différents fils qui vont se nouer pour faire de 1968 une année charnière.»

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Europa hipócrita

Posted: 11 Jan 2018 11:05 AM PST

Cada vez suporto menos esta Europa hipócrita, que vê morrer pessoas no Mediterrâneo e que quer agora evitar a dor das lagostas. Em breve virão as pulgas e as carraças.

«O Governo suíço proibiu a prática de cozer lagostas frescas e também vai deixar de ser permitido fazer o transporte destes animais vivos sobre gelo ou em água gelada.»

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Ontem fui sondada

Posted: 11 Jan 2018 09:13 AM PST

Tocou o telefone fixo e uma menina simpática pediu-me para responder a um conjunto de poucas perguntas «sobre política». Aceitei.

Tudo normal, o que penso de um ou outro aspecto da política nacional, da europeia, se sei quem é fulano ou beltrano. Com uma simples curiosidade, já mesmo a terminar: uma especial atenção e insistência a propósito de Carlos Moedas. Registei.

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Se adjectivar, não beba

Posted: 11 Jan 2018 07:36 AM PST

Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje:

Na íntegra AQUI.
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Retido para derreter?

Posted: 11 Jan 2018 03:10 AM PST

«Há quatro “tipos” de impostos: os directos, os indirectos, os disfarçados de taxas e os de “tesouraria”. Estes últimos são os mais subtis e não precisam de aprovação parlamentar. Sempre que há uma mudança de taxas e/ou de escalões no IRS com algum desagravamento, eis que surge a polémica, logo esquecida ao virar da página.

Foi o que aconteceu agora que foram publicadas as taxas de retenção de IRS sobre os salários e pensões a pagar em 2018. O Governo decidiu dividir, por dois anos, a modesta redução. Este ano, fazendo-a reflectir, ainda que parcialmente, nas taxas de retenção. Em 2019 – por acaso, ano de eleições – devolvendo o excesso de imposto retido.

Esta prática, verdade seja dita, não é só de agora. É recorrente, mas tem vindo a agravar-se. Se um contribuinte é devedor paga com língua de pau, ou seja, com juros legais a uma taxa que, em 2017, foi de 4,966%, sem contar com as omnipresentes coimas. Se é credor, recebe tarde e sem qualquer compensação. É este o quarto tipo de impostos: um tributo de empréstimo forçado ao Estado. Uma retroescavadora fiscal. Não que haja retroacção de pagamentos, mas, com o mesmo resultado, há diferimento por não recebimento a horas.

Bom seria que este “quase-imposto” passasse a ser regulado em sede orçamental parlamentar, até para que seja pleno o escrutínio do financiamento do Tesouro feito através de retenção mensal de IRS excessiva em relação à liquidação anual. Tanta tinta que corre à volta das cativações da despesa do Estado e tão pouca à volta destas outras cativações excessivas de receitas. Tanto barulho do BE e do PCP sobre as primeiras e tanto silêncio sobre as segundas!

É evidente que, matematicamente, as tabelas não podem ser completamente neutras. Mas, nos tempos que correm, nem sequer é difícil construir tabelas que repercutam, em termos médios, as deduções à colecta que as famílias fazem. É que estas não são uma excrescência, fazem parte substantiva da economia do imposto.

De acordo com dados oficiais conhecidos, a diferença entre as retenções na fonte e o valor final liquidado de IRS vem aumentando. Em 2014 (relativo ao IRS de 2013) estima-se que foi de 1,4 mil milhões de euros. Nos anos seguintes, o montante atingiu já 2,5 mil milhões de euros, com um reembolso médio por contribuinte de 955 euros! E é provável que o valor a reembolsar após a entrega, em 2019, da declaração de IRS deste ano exceda os valores até agora alcançados.

Este anestesiado “quase-imposto”, bem forçado por sinal, até está bem classificado no “ranking” fiscal: é o 5º, a seguir ao IVA, IRS, IRC e ISP. Está acima de todos os outros impostos indirectos. Em termos financeiros corresponde a 3,2 vezes o ISV (veículos), a 9,1 vezes o IABA (álcool), a 6,1 vezes o IT (tabaco), a 1,7 vezes o IS (selo), a 7 vezes o IUC (circulação).

É claro que os zelotas orçamentais da União Europeia favorecem esta ilusória e manipulável contabilidade. É que uma cobrança excessiva de receita no IRS num determinado ano não é corrigida no ano seguinte com efeitos retroactivos pelo montante do valor devolvido aos contribuintes. Tal significa que o IRS retido a mais em 2018 fica mesmo assim em 2018, ajudando a diminuir (em termos brutos) o défice. Depois, a devolução do que foi retido a mais apenas influencia o exercício de 2019, ano eleitoral…

Última nota: esta imposição repete-se anualmente. Assim, acompanhará o contribuinte com rendimentos de trabalho e pensões até ao fim da vida. É que, de facto, quando o Estado devolve o devido do ano anterior, já o contribuinte está a pagar a mais por via da retenção de rendimentos desse ano. E assim por diante…»

António Bagão Félix