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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Os 12 melhores locais para visitar em Sevilha

por admin

Aqui mesmo ao lado, na vizinha Espanha, fica uma das mais interessantes cidades da Península Ibérica: Sevilha. Repleta de história, Sevilha ganhou importância regional ainda antes da formação de Espanha, quando esteve sob domínio muçulmano e se converteu num dos principais centros comerciais e culturais da Ibéria. Mais tarde, já sob domínio espanhol, passou a ter um papel crucial na conquista das Américas pois daqui partiam as embarcações rumo à América dominada pelos espanhóis e para aqui voltavam carregadas de ouro e outras riquezas. Com tudo isto, Sevilha cresceu e floresceu e é hoje uma imponente cidade, repleta de monumentos de várias épocas, desde os muçulmanos até modernas construções do século XXI.

SevilhaSevilha

Felizmente Sevilha é uma cidade relativamente compacta, o que lhe permitirá visitar os marcos mais importantes em apenas dois dias, mas serão dias muito preenchidos! Muitos visitantes começam no centro, na margem leste do rio Guadalquivir (o maior rio de Sevilha), onde se situam dois dos monumentos mais famosos da cidade: o Alcázar e a Catedral de Sevilha, com a sua Torre Giralda. Há tantos locais para visitar em Sevilha que terá de regressar mais vezes à cidade para os ver a todos.

O Alcázar fica a um passo da catedral. Os governantes mouros começaram a construção deste deslumbrante palácio e depois os reis católicos de Sevilha terminaram as obras quando expulsaram os Mouros. Os edifícios foram concluídos segundo uma estética mourisca e os reis contrataram até operários muçulmanos para terminar a construção. A propriedade é complexa e não é fácil orientar-se lá dentro (o que torna a experiência ainda mais emocionante), mas o Alcázar vale bem o tempo que investir nele.

SevilhaSevilha

A catedral é uma visão majestosa e impressionante. O túmulo de Cristóvão Colombo encontra-se no seu interior, mas onde estão na realidade os seus restos mortais é ainda matéria para debate. Quando ressoam os sinos da Giralda, lembrando aos mais esquecidos onde fica a catedral, é importante recordar que esta torre de tijolos brancos começou por ser um minarete. Trata-se de um maravilhoso exemplo de arquitectura Almohad, com um acrescento tardio de arquitectura renascentista ao ápice – como uma cereja no cimo de um bolo.

Se gosta de arte e cultura, então deverá visitar o Museo de Bellas Artes na Plaza del Museo, que exibe obras de Goya, Murillo e Ribera, entre outros. Aventure-se pelo Barrio Santa Cruz para saborear o contraste de culturas, onde o antigo bairro judeu (judiaria) tem imensas praças repletas das famosas laranjeiras de Sevilha. Este antigo bairro assistiu a muita miséria no passado, mas é hoje um excelente sítio para repousar ou passear. Se gosta de touradas, então não perca a Plaza de Toros de la Real Maestranza. Mergulhe na longa história desta praça, ou assista a uma verdadeira tourada na Primavera. Convém dizer, contudo, que é um espectáculo que poderá impressionar os mais sensíveis.

SevilhaSevilha

Mesmo a leste de Alcázar fica a majestosa Plaza de España, cuja forma em meia-lua é percorrida por bonitas charretes. A maior parte dos edifícios foi construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929. A sul da Plaza de España fica o verdejante Parque de María Luisa, um vasto espaço verde cheio de caminhos que se cruzam, aves a nadar nos lagos e palácios ocultos por detrás da folhagem das árvores.

Naturalmente, qualquer visita a Sevilha ficaria incompleta sem um passeio ao longo da margem do rio Guadalquivir, no bairro de El Arenal, ou sem uma passagem pela torre de vigia do rio – a Torre del Oro (Torre do Ouro), construída pelos Mouros e usada mais tarde como prisão e armazém para os tesouros trazidos das Américas.

Depois do pôr-do-sol poderá ir em direcção ao bairro de Triana para um bom jantar e para dançar, ou então opte por um espectáculo de flamenco em El Arenal, correndo os bares de tapas locais. As tapas são uma tradição culinária muito antiga da Andaluzia e de Sevilha, e são uma delícia. Estas são apenas algumas das sugestões que esperamos que tenham aberto o seu apetite para tudo o que pode ver em Sevilha. Quer tenha muito ou pouco dinheiro para gastar, a capital da Andaluzia oferecer-lhe-á todo o tipo de entretenimento e diversão.

1. Praça de Espanha

A Praça de Espanha é o melhor lugar para se ir em Sevilha quando tudo que queremos é relaxar, conversar e encher os nossos olhos com belas visões, sem precisar enfrentar filas. Situada dentro do parque Maria Luísa, esta praça transmite um clima de tranquilidade, seja pelos barcos que deslizam nos canais que a contornam, pela música ao vivo, ou pelos jovens namorando nos seus bancos azulejados extremamente coloridos. Esta praça foi construída por Anibal Gonzales para sediar a exposição Ibero-Americana de 1929. Construída em tijolo e cerâmica, em forma semicircular, rematada por uma torre em cada ponta, parece estar de braços abertos, como que acolhendo todos os que por lá passam, para que de perto observem os seus bancos.

Praça de EspanhaPraça de Espanha

Estes aliás, são o grande chamariz da praça. No total são cinquenta e oito bancos decorados com magníficos painéis de azulejo, que representam episódios históricos, de cada província da Espanha. No chão de cada banco encontra-se uma mapa de cada região. Acompanhando o desenho da praça, existe um canal semicircular cercado por uma grade que dá ao lugar uma ambiência muito especial e romântica. Cruzando os canais, existem quatros pontes pintadas em estilo mourisco com padrões florais, que representam os quatros reinos medievais da Península Ibérica. No começo de cada canal é possível alugar barcos para uma diversão sem compromissos e ter uma nova perspectiva da praça.

2. Catedral de Sevilha

Uma das maiores igrejas católicas do mundo, atrás apenas da St. Paul de Londres e de São Pedro, no Vaticano, a Catedral de Sevilha, assim como tantos outros importantes monumentos da Andaluzia, tem raízes muçulmanas. Foi erguida entre 1402 e 1506, sobre as bases de uma antiga mesquita moura – herança da ocupação árabe na cidade – que acabou em ruínas depois de um forte terremoto, em 1356. Na época, Sevilha florescia económica e culturalmente e isso precisava ser demonstrado na construção do novo templo. E tudo ali é feito com esse objectivo. São 80 capelas, a nave central mais comprida da Espanha, quatro naves laterais igualmente impressionantes e uma área de 23.500 metros quadrados. Quando foi finalmente inaugurada, a igreja tomava o lugar da Hagia Sophia, em Istambul, como maior catedral do mundo.

Catedral de SevilhaCatedral de Sevilha

Embora grande parte dos símbolos do Islão tenham desaparecido ou sido cristianizados ao longo dos anos, a influência moura ainda é bastante evidente na Catedral de Sevilha. Em especial no Pátio de los Naranjos, um jardim de laranjeiras que, antigamente, servia de local para ritos e festas islâmicas. E se você acha que a Catedral de Sevilha não poderia ficar mais interessante, é ali dentro que, dizem, jazem os restos mortais de Cristóvão Colombo, aquele mesmo, o das Américas. O seu túmulo é sustentado por estátuas que representam os reinos de Castela, Aragão, Navarra e Leão, que mais tarde vieram a formar parte daquilo que a gente hoje conhece como Espanha. Não faltam motivos para que a igreja conste na lista de Patrimónios Culturais e Históricos da Humanidade da UNESCO, onde figura desde 1987, e a visita é sem dúvidas um dos grandes momentos de qualquer viagem à Andaluzia.

3. Alcázar de Sevilha

O Alcázar de Sevilha é um dos conjuntos monumentais mais representativos da cidade, do país e da cultura do Mediterrâneo. Entre seus muros e jardins conserva a evolução da história da cidade durante o último milénio, reunindo influências que, começando na época árabe, passam pela mudéjar da Baixa Idade Média chegando até o Renascimento, o Barroco ou o século XIX. A declaração como Património Mundial pela UNESCO, em 1987, significou o reconhecimento da sobrevivência de um conglomerado harmónico de culturas e civilizações, no qual estão presentes todos os seus elementos.

Alcazar de Sevilha

O visitante poderá conhecer um ambiente único através do legendário al-Mutamid, o monarca e poeta sevilhano do século XI, ou alguns dos personagens que iluminaram a Espanha moderna por volta de 1812. Você está prestes a entrar em um dos conjuntos mais visitados do mundo, num espaço onde se sentirá como parte da Humanidade, e onde o Patronato do Real Alcázar, junto com a Prefeitura de Sevilha, organiza uma série de actividades culturais e educativas, às quais também poderá assistir: ciclos de conferências, concertos, o Teatro de Primavera ou as Noites nos Jardins do Alcázar. Bem-vindo: sinta-se em casa, você está em um dos Palácios Reais mais Anuario antigos da Europa ainda em uso.

4. Praça do Cabildo

Concentrando grande quantidade de monumentos históricos, os bairros de Arenal e Santa Cruz, no centro histórico ou Casco Antiguo, recebem muitos visitantes para conhecer atracções como a Torre del Oro, o Teatro de la Maestranza, os Reales Alcazares, o Archivo de Indias, a Plaza del Triunfo, a Torre da Giralda e a Catedral. Com tanta gente a explorar a área, é curioso descobrir que junto a tanta agitação exista uma graciosa praça que de tão sossegada, parecer não existir nos mapas: a Praça do Cabildo. Em formato semicircular, a praça que se assemelha a um pátio interno, acompanha a fachada decorada com frescos de um prédio de três andares com balcões floridos. No térreo, as arcadas sustentadas por colunas de mármore formam uma passagem coberta abrigando um pequeno “shopping” com lojas de antiguidades e objectos coleccionáveis como selos, moedas e revistas,  além de artigos de decoração.

Praça do CabildoPraça do Cabildo

Do lado oposto, há uma fonte circular e uma curiosidade: a parede é um dos poucos traços remanescentes da antiga muralha moura. A praça recebeu este nome por ficar no terreno anteriormente ocupado pelo Colégio de San Miguel administrado pelo Cabildo da Catedral ao lado. O portal, o acesso pela Avenida de la Constituición e algumas das colunas no pátio são os vestígios que restaram. A quase sempre serena Praça do Cabildo se transforma aos Domingos quando recebe uma feira de filatelia, numismática e antiguidades. Além das barraquinhas procuradas por coleccionadores que vão trocar ou comprar selos e moedas, há outras vendendo artigos curiosos como cartões postais, pedras semipreciosas, insectos e outras bugigangas de antiguidade duvidosa.

Entrevista com o diabo

por estatuadesal

(João Quadros, in Jornal de Negócios, 19/01/2018)

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Negócios: Olá, Diabo. Este é o segundo ano em que aceita ser entrevistado. Desde já, o nosso agradecimento.

Diabo: Eu é que agradeço o convite. É a minha oportunidade para esclarecer algumas coisas que têm sido ditas. Não sou de confissões, mas tenho de confessar que me tem incomodado ser constantemente associado ao PSD. Não sei se é por ter esta cauda com formato de seta na ponta, mas eu quero deixar bem claro que sou apartidário.

Negócios: Mas sabe que o líder do PSD, que tantas vezes chamou o seu nome em vão, já foi afastado e que o partido tem um novo líder?

Diabo: Eu sei, a minha filha disse-me.

Negócios: O diabo tem uma filha?

Diabo: Tenho, sim senhora. Se Deus teve um filho, e o sexo para aqueles lados é pouco popular, por que raio não havia de eu ter uma filha?

Negócios: E também nasceu em Belém?

Diabo: Não, nasceu em Estremoz, distrito de Évora. Tinha de ser no Alentejo porque, a nível de temperatura, era o mais parecido com a casa do pai.

Negócios: Mas, afinal, a sua filha é quem?

Diabo: A Teodora Cardoso. Se o filho de Deus veio ao mundo para salvar a humanidade, a minha filha veio ao mundo para assustar os portugueses. Mas ando um bocado chateado com ela porque, como dizia Fernando Pessoa, o que era suposto era Jesus Cristo não saber nada de finanças, agora, a minha filha tem obrigação de dominar o tema.

Negócios: Acha que ela tem sido demasiado pessimista? Pode ter sido com boa intenção.

Diabo: De boas intenções está o inferno cheio, e eu vivo lá e preciso de espaço. Ela sabe isso! Já não há onde pôr boas intenções. Tive de arrendar um armazém em Odivelas  para pôr lá umas quantas.

Negócios: É uma grande revelação que nos faz.

Diabo: Outra coisa que queria deixar bem claro é que eu não tenho nenhum negócio com a Doutora Manuela Ferreira Leite. Absolutamente nada, apesar de algumas pessoas pensarem que fui eu que lhe vendi o guarda-roupa.

Negócios: Isso vem a propósito das recentes declarações da Doutora Manuela, que admitiu "vender a alma ao diabo" para afastar o PS e a esquerda do poder?

Diabo: Exacto! Não estou minimamente interessado nesse tipo de negócios. Eu deixei de comprar almas uns anos antes da crise do "subprime". Por isso é que se deu a crise.

Negócios: Portanto, não há a menor hipótese de o PSD voltar ao poder através da venda da alma ao diabo?

Diabo: Esqueçam. Tentem vender aos chineses. O investimento em almas não compensa. As almas desgastam-se, são demasiado tangíveis. Mesmo que quisesse, não podia, agora tenho tudo investido em bitcoins.


TOP-5

Vender a alma

1. Governo vai avançar este ano com projetos-piloto de "cabras sapadoras", com rebanhos dedicados à gestão de combustível florestal - Ao menos para as "cabras sapadoras", finalmente faz sentido arranjar um bode expiatório.

2. "Querem saber se o Metro de Lisboa está com problemas? Já tem uma app para isso" - Está. Não preciso de uma app para isso, basta.

3. Trabalhadoras da Triumph deram cinto de ligas vermelho ao ministro da Economia - Depois o Ministro vai dizer que elas estavam mesmo a pedi-las.

4. Produtora de "SuperNanny" confirma "compensação de mil euros" às famílias - Compensação presume que causaram um estrago.

5. Governo tenciona largar 150 mil cabras em Portugal que irão limpar o mato e floresta - Queremos cabras que limpam florestas, mas também queremos ursos-pardos que atacam e desmembram incendiários.

Onde Estão os Hipócritas Defensores dos Direitos Humanos?

por Cristina Miranda

Há um silêncio ensurdecedor à volta do que se passa na Venezuela. A começar pela comunicação social, essa aliada do governo em ofuscar, omitir ou atenuar tudo o que possa beliscar quem manda agora neste país. Eles que não nos poupam com o Trump seja porque bebeu água com as duas mãos, seja por causa de uns exames médicos que fez, seja por umas calinadas linguísticas, aqui tudo é importante escrutinar TODOS OS DIAS (tudo que não seja positivo, claro) sobre esta criatura. E a Venezuela com mais de 500 mil luso-descendentes a morrer à fome, miséria, opressão, não interessa? Onde estão agora, também, os intelectuais e os políticos que tinham em Maduro uma referência política? Ficaram mudos porquê? Estes portugueses não interessam a ninguém?

A Venezuela está a ser assassinada por um louco que mata a economia apesar de ser um grande produtor de petróleo (mas que ironia), provocando escassez severa de alimentos com uma inflação de mais de 2,300%. Que mata opositores entre eles Oscar Perez. Que mata o povo por falta de assistência médica. Que mata crianças por falta de comida. Um louco fanático que para não reconhecer o fracasso das suas políticas de esquerda rejeita apoio internacional. Mas um louco com lucidez suficiente para desarmar a população e aceitar ajuda de Cuba com milícias da sua tropa de elite, as "Vespas Negras ", para oprimir movimentos populares usando qualquer método dissuasivo como tortura ou morte. Com lucidez suficiente para comprar pessoas com caixas de comida barata para assegurar votos sob coação e manter-se eternamente no poder (não sei o que isto me lembra).

Entretanto há 31 milhões de pessoas desesperadas para sobreviver à morte certa.Fugas em massa com quilómetros de fila para a Colômbia, assaltos a supermercados e armazéns de comida, apedrejamento de vacas em propriedades privadas para matar a fome, a comerem do lixo, a comerem alimento para cães com a ONU a observar, observar, observar... que é o que de melhor sabe fazer. Observar. No meio deste observatório todo, marca debates, uns atrás dos outros, e vejam só até houve lugar a elogios ao esforço da Venezuela ao introduzir uma série de medidas em linha com as que foram recomendadas por Alfred de Zayas,( especialista independente da ONU para a promoção de uma ordem internacional democrática e equitativa), para melhorar a distribuição de alimentos e medicamentos. Está-se mesmo a ver o esforço de Maduro. Até lhe sinto o suor daqui... Francamente!

A História já nos demonstrou que com loucos tem de haver uma acção drástica por parte da Comunidade Internacional para resgatar os povos da morte e não esta hipocrisia monumental do "faz de conta que não é assim tão grave". Lembram-se do holocausto nazi? Enquanto decorria quem conseguiu escapar denunciou a chacina. Revelou os campos de concentração. Que fizeram os aliados? No imediato, nada. Só dois anos e meio depois. Porque se o tivessem feito, muitas vidas teriam sido poupadas. Factos.

Nem mesmo com as evidências todas de uma nação literalmente a morrer de fome (veja aqui) a Comunidade Internacional se mexe para acudir a esta catástrofe humanitária. Onde andam os histéricos defensores dos direitos do homem? Não andam. Sumiram.

Quem sabe se isto fosse antes um caso de pseudo assédio de artistas de Hollywood ou uma manifestação contra Trump ou alguém a manifestar-se contra a islamização da Europa, a agitação não fosse maior e aí já teria destaque no "prime time" televisivo. A toda a hora.

Quem sabe.

REPENSAR A PRESIDÊNCIA?

por estatuadesal

(Joaquim Vassalo Abreu, 19/01/2018)

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Há já uns largos dias escrevi na minha página no Facebook que doravante deixaria de escrever acerca dos casos e casinhos que vão alimentando, com a ajuda solícita e pronta dos jornais e das televisões, a nossa Direita.

Que não daria mais para esse peditório e, por isso, mas não só por isso, fiz um pequeno hiato no meu hábito de escrever pois que, como já não escrevo mais por tudo e por nada, como os profissionais que disso vivem, me passou a faltar assunto.

Assunto de reflexão que até surgiu no final do ano no discurso de Marcelo, em que aquela sua frase é preciso reinventar a confiança me fez pensar e logo escrevi um rascunho de texto que intitulei precisamente de “ REINVENTAR A CONFIANÇA”.

Mas, à face de ulteriores acontecimentos ocorridos desde o início de ano, vi-me forçado a também eu reinventar o texto e, mais ainda, o seu título. Porquê? A seguir verão…

O discurso e a frase foram proferidos pelo Sr. Presidente da República, o “General” Marcelo de Sousa, o mais alto dignitário da Nação e, portanto, seu Chefe de Estado e principal responsável. Mas, Chefe de Estado, disse eu? Pois deveria sê-lo. Mas, quando as coisas correm bem e daí obtém louros, ele é-o. Mas, ao mesmo tempo, quando correm mal, deixa de o ser. Aí nada mais faz do que enjeitar responsabilidades…

É que durante deste controverso ano de 2017, como principal figura do Estado e seu principal responsável, confirmamos que só às vezes o foi. Naquelas questões a que a imprensa se fartou de afirmar serem “falhas do Estado”, aí ele já não constava como o seu mais alto dignitário remetendo, tal como toda a imprensa, a total responsabilidade para o Governo! Aí o Governo passava a ser o Estado…

E daí resulta do seu discurso que o País terá perdido a confiança nas suas Instituições e mais concretamente no seu Governo pelo que, no seu douto raciocínio, seria preciso “reinventar” essa mesma confiança.

Pelo que, sendo preciso que o País retome a confiança no seu Governo, ele terá que mudar. Isto é, terá que demitir esta maioria e eleger uma outra de Direita. Mais claro não pode ser. Mas ele está fora disso, pois nele, pensa ele, o País confia. Circunstancialmente até pode ainda confiar, mas nesta Direita, confiará mesmo?

Mas esta estratégia, que pretendia ser obscura, é bem clara. Até pode não ter sido combinada com a Direita, e mais propriamente com seu Partido, e daí as preocupações da Cristas, mas foi por ele sempre seguida.

Primeiro foi testar o Governo, impondo metas que o seu Partido achava impossíveis de alcançar. Assim o fez, mas falhou! Segundo, impondo consensos que tinha por  impossíveis e novamente falhou porque a maioria se manteve estável! Terceiro, jogando tudo no resultado das Autárquicas, onde rotundamente falhou e, quando no início afirmou que as Autárquicas seriam o seu barómetro, engoliu em seco e foi forçado a admitir que, afinal, a maioria era mesmo estável!

E chegaram os incêndios! O alfa e o ómega da sua montra e visibilidade. Fez de bonzinho e desfez-se em beijos e abraços. O Povo gosta? Claro que gosta! Mas que foi ele mais que isso? Capelão, apenas Capelão! O protector das almas, do conforto das almas e do “tenha paciência”. E também dos “culpados não ficarão impunes”! O Governo, claro está!

Mas, para mal dos seus pecados, não foi e o resultado das Autárquicas comprovou-o. E porquê? Porque o Povo, que conhece a Natureza como ele nunca conhecerá, reconheceu nessa mesma implacável Natureza, ultrajada durante dezenas e dezenas de anos, a principal responsável e dizia: “Não havia nada a fazer…”.

É que ele, velho intérprete das mais diversas traquinices, velho inventor de factos políticos, das mais diversas urdidelas e das mais que sabidas “vichissoises”, sob todos as suas capas e mantos, em tudo mudou e tornou a mudar, menos numa coisa: na sua matriz! Uma matriz que vem do seu berço, de uma linhagem que transitou do anterior regime: a sua Matriz de Direita. De uma Direita vetusta e reaccionária que, aceitando a Democracia, nunca aceitará que ela seja protagonizada pelas ESQUERDAS!

Mas factos são factos e por muito que reclame uma reinvenção da confiança do Povo no seu Estado, quer dizer Governo, os factos teimam em traí-lo. Na sua estratégia e na estratégia angustiada dos seus pares.

Porque, como também é bem patente, ISTO MUDOU! E tanto mudou que o nosso “Marechal” anda calado! Parece ter, ainda por cima, apostado no cavalo errado (Santana)! A estratégia falhou e agora o que se diz ser na política caseira premente é repensar a Direita. Uma Direita que, perante os sucessos crescentes do tal Governo que requer “reinvenção da confiança”, ficou sem discurso.

A não ser o de desalojar as Esquerdas, nem que para isso necessitem de “vender a alma ao diabo”!

E que tal REPENSAR a sua PRESIDÊNCIA, senhor “Marechal” sem tropas?


PS.:

É mesmo verdade que o seu orçamento, o da Presidência, se mantém nos tais 16 milhões? Igual ao de Cavaco? Mas Cavaco tinha a Maria! O O Sr. Presidente não tem! O Cavaco tinha 38 assessores! O Sr. Presidente tem? Para quê se não lhe ensinam nada? E para quê um cozinheiro se o Sr. não come?

Que faz S.Exª a tanto dinheiro? Terão tido ao menos as vítimas dos incêndios, para lá dos beijos, dos abraços e dos afectos, algo de visível, quer dizer palpável, assim daquilo com que se compram os melões, está a ver? Será? Não me diga que não. É que, sabe, nós depois iremos informar-nos das contas da Presidência!

V. Exª gasta o dobro que a Corte Espanhola? Que venha é um Rei! Pois, esqueci-me: é que o Sr. Presidente, além de “Marechal” também é Rei. De uma rica Corte, olá se não é! Bolas…

Abaixo Donald Trump! Viva a Monsanto!

por João Mendes

Não que a mensagem contida no novo tema e vídeo dos U2 não seja actual e relevante. É claro que é. Mas, corrijam-me se estiver errado, estes são os mesmos U2 que têm como vocalista Bono Vox, o multimilionário activista que defende o capitalismo como meio de acabar com a pobreza, apesar das desigualdades e da exploração que gera, e que anda de mãos dadas com os agro-terroristas da Monsanto, o Daesh que envenena a nossa comida, certo? Infelizmente, não há registo de cantigas de pseudo-intervenção com a mira apontada aos Trumps das sementes geneticamente modificadas. Só paleio de saco humanitário.