Translate

domingo, 28 de janeiro de 2018

Arruda dos Vinhos: Um vale encantado repleto de misticismo

Arruda dos Vinhos: Um vale encantado repleto de misticismo

26 JANEIRO, 2018

Arruda dos Vinhos: Um vale encantado repleto de misticismo

Quem já não ouviu ou utilizou a expressão ‘Bruxa d’Arruda’? Quem não conhece ou ouviu falar da ‘Erva Arruda’? Ambas são expressões que refletem, em grande medida, todo o misticismo que rodeia Arruda dos Vinhos…

Arruda dos Vinhos é um concelho do Oeste de Portugal, situado a cerca de 30 minutos de Lisboa.
É muito apreciado pelas suas verdejantes paisagens, pela sua gastronomia que atrai ao município inúmeros visitantes e pelos seus vinhos.
É ainda um concelho também repleto de misticismo…
De seu nome Ti’Ana, desempenhava o papel de curandeira ou ervanária, realizava tratamentos e concedia consultas. Também era conhecida por afastar o mau-olhado, tratar o quebranto e dar alegria a quem se encontrava na tristeza.
Para tal, eram utilizadas orações, leituras do azeite, receitas e ervas medicinais peculiares, onde a erva Arruda (que esteve na origem do nome da vila) tinha um papel de destaque, mas era acompanhada pelas malvas, as barbas de milho, a hortelã, as tádigas, entre outras.
Contudo, a Bruxa não foi apenas uma mulher, mas sim uma longa sucessão de mulheres, que foram passando os seus conhecimentos e saberes “secretos” de geração em geração, que poderão ter sido ou não herdados de certas Curandeiras da Ordem de Santiago.
A sua personalidade tão característica remeteu para inúmeras lendas, daí se ouvir dizer múltiplas vezes que Arruda é a terra da Bruxa.
A sua popularidade foi tão notável que, a 29 de Novembro de 1906, o Diário de Notícias lhe consagrou uma reportagem.
A Bruxa d’Arruda tem hoje um papel muito importante no que toca ao património imaterial e oral da Vila de Arruda dos Vinhos.
Tanto no artesanato como na gastronomia, a Bruxa d’Arruda está presente no quotidiano de quem ali vive ou simplesmente visita este concelho, uma dos mais antigos desta região.
Todos os anos, aquando do Mercado Oitocentista, que decorre no primeiro fim de semana de Junho, o misticismo e as lendas deste Concelho são relembradas e celebradas, pois em Arruda dos Vinhos, entende-se que só se constrói um futuro melhor se nunca nos esquecermos do nosso passado e das nossas raízes.

Vinho e gastronomia: outros predicados para visitar Arruda

A Bruxa d’Arruda, como foi referido, surge no quotidiano desta Vila até na gastronomia. As crenças e a sabedoria da Ti’Ana, revelam-se também em forma de doce: uma pequena torta feita à base de noz, doce de ovos e fios de chocolate, aguçam-nos o apetite para descobrir este concelho à mesa dos seus restaurantes.
Se pela tradição rural do concelho, as carnes de capoeira (coelho, galinha, galo, pato), são uma degustação secular em termos alimentares, há no menu de todos os restaurantes arrudenses a excelente carne produzida e transformada pelas empresas locais e o mais “fiel amigo” dos Portugueses, no que à mesa diz respeito, o Bacalhau.
Quem não conhece o famoso Bacalhau servido no ‘O Fuso’ sendo, atualmente, esta iguaria servida em quase a totalidade dos restaurantes deste Concelho, com uma qualidade ímpar, que leva a que os mesmos sejam dos restaurantes mais conhecidos da região e só por si façam deslocar a Arruda dos Vinhos inúmeros forasteiros.
E nada melhor para associar aos bons sabores da mesa que o bom néctar produzido nas encostas deste Vale Encantado.
Se a Erva Arruda esteve na origem do nome da localidade, os Vinhos também.
O concelho de Arruda dos Vinhos é atualmente o décimo concelho do país com mais área de vinha plantada, em termos percentuais, dados do IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), e os seus solos, o seu clima, a par da excelência e sabedoria de quem trabalha a vinha faz com que os seus vinhos sejam reconhecidos mundialmente.
A Adega Cooperativa e a Quinta de S. Sebastião são os principais produtores do Concelho e, provando os seus vinhos, entendemos o porquê de Arruda ser dos Vinhos e como se diz pelo concelho os vinhos são de Arruda.
Juntamos nesta pequena viagem o imaterial e o sensorial.
O imaginário, as lendas, os ritos, associados aos bons sabores da comida e dos vinhos, deixam-nos a pensar que tão perto de uma grande metrópole como é Lisboa e a sua área metropolitana, encontramos um concelho onde a tradição se mistura com a modernidade, onde a ruralidade se mistura com a urbanidade.
Ao chegarmos a Arruda, vindos de Lisboa pela A10, encontramos um vale coberto de nevoeiro, sentimos pela primeira vez o misticismo deste Vale Encantado, com o dissipar do nevoeiro surgem as belas e verdejantes paisagens, que podem sempre ser usufruídas através do acompanhamento gastronómico e brindado com o seu excelente vinho.
Razões mais do que suficientes para descobrir este Vale Encantado a 30 minutos de Lisboa.

O Presidente de todos os afetos completa dois anos de mandato

26 JANEIRO, 2018

O Presidente de todos os afetos completa dois anos de mandato

Eleito há apenas dois anos, Marcelo Rebelo de Sousa tem marcado a diferença, por exercer o mandato com muita popularidade e espírito interventivo, estando em permanência no centro da vida social e política, analisando e deixando recomendações sobre todos os temas da atualidade.
O ex-comentador político e professor universitário de direito, que completou 69 anos no mês passado, foi eleito Presidente da República em 24 de janeiro de 2016, à primeira volta, com 52% dos votos, e tomou posse em 9 de março desse ano, após um ciclo de dez anos de Aníbal Cavaco Silva em Belém.

Logo a seguir às eleições presidenciais, elencou os seguintes princípios para o seu mandato: “Afetos, proximidade, simplicidade e estabilidade”.
Embora vindo da mesma área política, e sendo igualmente um antigo líder do PSD, o novo chefe de Estado distinguiu-se do seu antecessor, desde logo, no registo informal de proximidade com os cidadãos e na agenda intensa, em contraste com o estilo mais contido e formal de Cavaco Silva. Nos seus primeiros 100 dias em funções, Marcelo Rebelo de Sousa teve mais de 250 iniciativas e falou praticamente todos os dias, em regra várias vezes ao dia. Mostrou também diferenças na interpretação da função presidencial ao exercer um acompanhamento permanente e ativo da governação e da atividade parlamentar, ouvindo regularmente – de três em três meses – os partidos com assento na Assembleia da República, as confederações patronais e sindicais e o Conselho de Estado.

já convocou o conselho de estado oito vezes

Em menos de dois anos, já convocou oito vezes o Conselho de Estado. Em contraste, nos dez anos de mandato de Cavaco Silva, este órgão de consulta presidencial tinha-se reunido, no total, 12 vezes. Ainda não recorreu ao Tribunal Constitucional, mas utilizou seis vezes o poder de veto político, em relação a dois decretos do Governo, sobre acesso a informação bancária e o estatuto da GNR, e a quatro diplomas do parlamento, sobre gestação de substituição, os transportes do Porto e de Lisboa e alterações ao financiamento dos partidos.
Em janeiro de 2017, perante alunos de uma escola secundária, em Cascais, definiu-se como um Presidente da República que não recorre frequentemente ao Tribunal Constitucional como “uma espécie de defesa”, mas que exerce “sem complexo nenhum” o veto político, perante fortes divergências.
Enfrentando um quadro de bipolarização resultante das legislativas, o início do seu mandato foi marcado pela desdramatização da atual solução governativa minoritária do PS, suportada pelas forças à sua esquerda, e por um tom de distensão e descrispação, embora com reparos e alertas para a necessidade de mais crescimento e de salvaguarda do equilíbrio orçamental.
Defensor da estabilidade política, o chefe de Estado tem, em termos gerais, elogiado os resultados da governação e estado em convergência com o executivo chefiado por António Costa. Contudo, a sua atuação mudou na sequência dos incêndios de 2017, de forma agravada quando em outubro se repetiram dezenas de mortes.
Tornou-se mais vigilante e exigiu “um novo ciclo” com ação urgente, numa comunicação ao país em outubro do ano passado, em que também pediu uma clarificação do apoio ao Governo no parlamento, aconselhou um pedido de desculpas, sugeriu mudanças de equipas e prometeu usar todos os seus poderes para assegurar que o Estado cumpre o dever de proteção das populações.
O chefe de Estado classificou os fogos de junho e de outubro, que no seu conjunto mataram mais de cem pessoas, como “o ponto mais doloroso” da sua presidência e prometeu nunca mais largar o assunto, tendo decidido passar o Dia de Natal e o final do ano nos municípios mais atingidos.
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa teve de ser operado de urgência a uma hérnia umbilical, no dia 28 de dezembro, o que o obrigou a cancelar toda a sua agenda até 1 de janeiro, incluindo a deslocação às regiões atingidas pelos fogos prevista para a altura do fim de ano, e a abrandar o ritmo nas semanas seguintes. O Presidente da República tem apelado a acordos de regime setoriais, defendendo ao mesmo tempo a necessidade de um Governo e de uma oposição fortes, que sejam espaços alternativos – ideia que reiterou neste início de 2018, depois de ver Rui Rio ser eleito para a liderança do PSD, contra Pedro Santana Lopes.

mais de 30 visitas em matéria de política externa

No plano da política externa, já fez mais de 30 deslocações ao estrangeiro, a maior parte a países da Europa.
Em 2017, esteve em Madrid, Bruxelas, Andorra, Barcelona, Atenas, Malta, em curtas visitas oficiais ou conferências internacionais, e foi à posse do novo Presidente de Angola, João Lourenço. Além disso, dividiu as cerimónias do 10 de Junho entre o Porto e as cidades brasileiras de São Paulo e Rio de Janeiro – repetindo um modelo inédito iniciado em 2016 de celebração do Dia de Portugal junto das comunidades portuguesas no estrangeiro – e visitou os 140 militares portugueses em missão na Lituânia. Fez, até agora, oito visitas de Estado, a Moçambique, Suíça e Cuba, em 2016, Cabo Verde, Senegal, Croácia e Luxemburgo e México, em 2017, seguindo-se São Tomé e Príncipe, em fevereiro próximo. Em território nacional, no último ano, destacam-se as suas visitas às nove ilhas da Região Autónoma dos Açores, que percorreu em duas etapas.

Marcelo no seu espelho de selfies

por estatuadesal

(José Pacheco Pereira, in Público, 27/01/2018)

JPP

Pacheco Pereira

Os ciclos de amor e desamor políticos com o Presidente da República são isso mesmo, ciclos. Até aos incêndios e as reprimendas públicas que fez ao Governo, o Presidente era detestado à direita, que via nele uma muleta essencial da “geringonça”, e era afavelmente tolerado pela esquerda, que o via como inesperado aliado. Depois dos incêndios, passou a ser amado pela direita a tal ponto que foi a direita portuguesa a principal força “comemorativa” dos seus dois anos de Presidência. Antes via nele uma força perversa que funcionava atrás de António Costa por ódio a Passos Coelho, agora considera-o o grande disciplinador do Governo, que o impede de se deitar nos braços malditos do BE e do PCP.

Há depois uma terceira tese, que certamente não desagradará ao Presidente — é de que estas oscilações de simpatias e antipatias revelam a independência do seu mandato, nem dependente da esquerda, que governa, nem da direita, que é oposição. E, em anexo, uma quarta tese, muito vocal nos “homens do Presidente” que são comentadores em prime time, de que a sua enorme popularidade lhe dá uma força política própria, que o coloca por cima dos partidos e que em última instância lhe permite fazer literalmente o que quiser. Quem manda no país é ele, em união directa com o povo sem intermediários, que faz do Presidente o primeiro dirigente político genuinamente “popular” de há muito tempo a esta parte. Por último, uma humilde e solitária quinta tese, a minha, é de que nada disto é o que é, e apenas “parece” ser, porque não há verdadeiro escrutínio dos actos presidenciais e do seu significado e o Presidente, assim solto das amarras da crítica e da razão, faz uma política própria que tem aspectos positivos, mas também aspectos negativos e alguns mesmo mais do que negativos — perigosos.

Marcelo Rebelo de Sousa ganhou a Presidência por uma combinação de méritos próprios, uma intensa campanha conduzida na e pela comunicação social, por ele ser “um deles”, e uma conjuntura de cansaços e esperanças que teve o seu apogeu como momento de viragem em 2015 e lhe deu um país politicamente estável. Como já disse e repito, Marcelo não seria o Presidente que é sem ter por detrás uma conjuntura que todos imaginavam como altamente instável, mas que se revelou solidamente estável: a aliança política do PS com o BE e o PCP e mesmo o PAN. Pela primeira vez, havia uma alternativa à esquerda que podia competir com a tradicional aliança PSD-CDS, este grupo de partidos que funcionava como uma “frente de rejeição” do PAF, mudava a realidade nacional, pondo a direita longe de poder governar sem ter maioria absoluta. O risco de tal solução para todos envolvidos gerava uma moral de resistência, que hoje está já um pouco esbatida, mas que permitia assegurar que seriam ultrapassadas todas as dificuldades que poderiam pôr em causa a solução de governo.

Cavaco Silva fez tudo para que tal solução não fosse possível, Marcelo acolheu-a como favorável a uma estabilidade política de que ele faria parte e cujos frutos seria capaz, como foi, de recolher. Já era evidente na campanha que o terreno que desejava para a sua presidência era o da estabilidade política, e António Costa era o único que lho podia dar. Quando os primeiros resultados económicos favoráveis começaram a surgir, era ouro sobre azul e a colaboração entre Marcelo e Costa correspondia a uma respiração natural que irritava profundamente o PSD do Diabo.

Marcelo começou a ser o Presidente dos afectos, dos abraços, dos beijos, das selfies com enorme sucesso. Antes havia antipatia, quer pelo anterior Presidente, quer pelo Governo da troika, agora havia um período de um novo optimismo que precisava de um símbolo. O “povo” tinha um enorme cansaço, recusa e hostilidade para com Cavaco Silva, que faria de um qualquer seu sucessor que sorrisse uma vez por mês um génio de afabilidade. Marcelo sorriu quinhentas vezes por dia e conquistou o país. Mas a história não ficou por aí, porque ele sabe melhor do que ninguém que beijos, abraços e selfies só dão poder político se houver um adversário, se forem contra alguém. Não podia haver na cena política portuguesa dois optimistas, por isso passou a haver um que era “irritantemente optimista”, António Costa, e outro que era o príncipe dos afectos, sempre do lado do “povo” contra os poderosos, que é quem o “povo” quer sempre ao seu lado.

A tragédia dos incêndios foi o que mudou tudo. E mesmo que não apareça nas sondagens, mudou mesmo tudo. Não estou a dizer que o Presidente “usou” a tragédia para encontrar o contraponto que precisava para transformar os beijos, abraços e selfies em poder político duro — estou convencido que nos fogos no essencial a postura de Marcelo foi genuína e sincera; o que acontece é que a atitude do Presidente foi a certa na tragédia e a de Costa e do Governo a errada. E, se as coisas tivessem ficado por aí, o Presidente recolhia os méritos de uma vez por todas ter usado a sua personalidade e proximidade para sarar feridas, e o Governo recebia o demérito através de uma quebra do estado de graça que potenciará sempre qualquer coisa negativa que lhe aconteça. Mas a partir daí Marcelo passou a comportar-se como proprietário da dor dos portugueses, afirmando um poder político que extravasa as funções presidenciais. Assumiu comportamentos que são populistas — o que nele não era novidade, já os tinha tido como comentador — e passou a ter um aproveitamento pessoal dos beijos, abraços e selfies. Tudo isto já lá estava antes? Já, mas passou a funcionar como um contraponto de poder que é negativo para a democracia portuguesa, mais do que para o Governo.

Esses aspectos negativos são vários. O Presidente faz um contínuo meta-discurso sobre tudo o que acontece, seja na governação, seja na vida partidária, seja na Justiça, seja nas questões europeias, seja na cultura e, se esse metadiscurso era visto de forma benévola como a dificuldade de Marcelo-Presidente deixar de ser Marcelo-comentador, hoje é sujeito a uma interpretação que procura (e encontra) distanciações e reservas face aos outros poderes, seja o executivo, seja o legislativo.

Desde sempre critiquei essa pletora verbal, porque desgastava o poder da palavra presidencial para quando fosse necessária, mas hoje está-se noutro patamar e esse mesmo metadiscurso aparece agora como um conjunto de prevenções, de sinais, de avisos que, não sendo novo nos discursos dos anteriores presidentes, no caso de Marcelo ganha outra amplitude, porque vem mais em continuidade do que foi o seu discurso de comentador de décadas conhecido pelo seu cinismo, a propensão para a intriga e mesmo ajustes de contas nas antipatias próprias. Uma espécie de amnésia colectiva esquece que esta era a “imagem” de Marcelo antes de ser Presidente, e, se se pode mudar, nunca se muda tanto.

E o que torna perigoso esse processo é que, em vez de valores de audiências, hoje temos uma base muito mais complexa que é a da “popularidade” política pessoal e intransmissível. Numa altura em que as democracias estão sujeitas ao assalto populista, temos um presidente que não se coíbe de usar as armas dos políticos populistas modernos, feitos pela televisão, para cultivar uma “proximidade” cujo sucesso é sempre ser “contra” alguma coisa.

Os gregos antigos não se caracterizavam por matar por razões políticas. Os poucos assassinatos políticos ocorridos na Grécia fazem da Atenas democrática uma excepção quase única na história antiga e moderna. Mas um dos instrumentos principais da democracia ateniense, a expulsão da cidade, era usado contra todos os que pareciam ser muito “populares”, mesmo tratando-se de generais vitoriosos. Os atenienses, nessa experiência também única, que foi a democracia antiga, temiam o efeito para a saúde da sua democracia da popularidade, porque a consideravam perigosa para o poder dos cidadãos que na colina do Pnyx se reuniam e votavam.

Mesmo a contragosto de 80% dos portugueses que “amam” Marcelo, convém lembrar que a essência da democracia não é a popularidade, em particular nestes tempos tablóides.

Forbes considera Portugal “o novo destino para investir”

Revista considera o país um "reservatório de talentos", referindo-se à população jovem, especializada e grandemente desempregada. Infraestrutura de apoio ao empreendedorismo é também elogiada.


25 DE JANEIRO DE 2018, ÀS 11:37

Revista considera o país um "reservatório de talentos", referindo-se à população jovem, especializada e grandemente desempregada. Infraestrutura de apoio ao empreendedorismo é também elogiada.

Portugal está a tornar-se num destino europeu privilegiado para o investimento e para os negócios.A opinião é de Hugues Franc. O colunista da Forbes francesa destaca, como fatores positivos da nação lusitana, a população “jovem e especializada”, o setor imobiliário “acessível”, a rede aérea desenvolvida e a robusta infraestrutura de apoio às startups.

“Portugal tem uma população jovem e especializada, particularmente nos setores de engenharia, negócios e design”, começa Franc, referindo, no entanto, que 33% desses cidadãos estão desempregados. O colunista considera, por isso, que Portugal é um “reservatório de talentos à espera de se expressarem”.

Google, “a primeira” de várias gigantes a caminho de Lisboa

Ler Mais

Além disso, o setor imobiliário, isto é, a sua acessibilidade e o interesse que tem gerado junto de várias celebridades, é também realçado como fator para a afirmação de Portugal como novo destino de investimento. Em terceiro lugar, a revista elogia a rede aérea de que Portugal dispõe, considerando-a “desenvolvida”.

Portugal, o país das aceleradoras

De acordo com a Forbes, Portugal conta, neste momento, com mais de duas mil empresas emergentes (das quais, 34% são estrangeiras) e 121 incubadoras, que, a juntar aos programas de aceleração e apoio institucional, formam, segundo a publicação, uma infraestrutura robusta de suporte ao empreendedorismo.

Muitos encontros e conferências são realizadas regularmente, permitindo que as comunidades de tecnologia e startups floresçam”, assinala ainda Hugues Franc. Destaque também para a “facilidade de acesso ao investimento”, já que, segundo o colunista, o capital de risco anda de olho no ecossistema português.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Os pedregulhos de Portugal

Maria Luis albuquerque fracois hollande merkle lagarde pedregulhos

A ministra das Finanças afirmou que “o pedregulho que temos às costas é bem mais pesado do que antes e vai demorar muito tempo a resolver, porque temos muita dívida pública, privada e externa”.”Dizer às pessoas, de frente, que a pedra não vai desaparecer e que vai demorar tempo até que comece a pesar muito menos é uma forma honesta de colocar a questão, situação que acredito que os portugueses percebem”, salientou. Em sua opinião, “não vale a pena prometer o que não se pode cumprir, porque as pessoas já não acreditam”.

E se a Sra Ministra fosse á merda. A dívida pública é na sua maioria Privada e criada pelos bancos, instituições que ela não se cansa de defender e onde já foram enterrados milhares de milhões. Depois quem carrega com o pedregulho têm sido os mais pobres e os reformados. Os seus amigos continuam a viver à grande e de barriga cheia. Depois este pedregulho foi criado propositadamente para permitir a aplicação de uma agenda neo-liberal de roubo de tudo o que é publico, de perda de direitos dos trabalhadores e dos cidadãos, de democracia e de liberdade num esquema engendrado pelos senhores do mundo para quem é assalariada e lacaia. E, dizer que só não vale a pena prometer só porque as pessoas já não acreditam e não por ser mentira só mostra a sua desonestidade moral e o seu desrespeito pelas pessoas. Vá à merda Sra Ministra.