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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

TVI notificada para retirar reportagens sobre a IURD do site

Jornal Económico com Lusa

18:58

A TVI exibiu uma série de reportagens denominadas "O Segredo dos Deuses", na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

A TVI foi notificada de uma providência cautelar que pede a retirada das reportagens “Segredos dos Deuses” envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), e vai contestar, disse hoje à Lusa fonte oficial da estação.

Questionada pela Lusa sobre o assunto, a mesma fonte confirmou que “a TVI foi notificada de uma providência cautelar proposta por Luís Carlos Andrade, uma das crianças adotadas e atualmente pastor da IURD, em que é pedida a remoção das reportagens ‘Segredos dos Deuses’ do ‘site’ da TVI e bem assim que se abstenha de difundir factos da vida privada e a imagem do requerente”.

A estação de Queluz adianta que “está em prazo para contestar, o que fará, não tendo sido tomada, à data, nenhuma decisão judicial sobre a mesma”.

A TVI exibiu uma série de reportagens denominadas “O Segredo dos Deuses”, na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

A IURD tem vindo a refutar as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal de crianças portuguesas e considera-as fruto de “uma campanha difamatória e mentirosa”.

Segundo informações avançadas pela TVI, a IURD tem atualmente nove milhões de fiéis, espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

Caso Centeno: deputado do PS partilha críticas a Joana Marques Vidal

POLÍTICA

29.01.2018 às 18h25

Porfírio Silva, deputado e membro do secretariado nacional do PS, insurge-se contra a atuação do Ministério Público se se confirmar a investigação ao ministro das Finanças

Expresso

EXPRESSO

O deputado e membro do secretariado nacional do PS, Porfírio Silva, sugere a demissão da Procuradora-Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, por causa da investigação do Ministério Público ao caso dos bilhetes que o ministro das Finanças pediu ao Benfica para assistir a um jogo.

No Facebook, o deputado partilhou a posição do jurista Francisco Clamote com a menção "Partilho um ponto de vista de um jurista em quem confio". A publicação de Clamote diz que "a confirmar-se a história de que o Ministério Público está mesmo a investigar o ministro Mário Centeno pelo 'crime' de ter aceitado, quiçá, pedido dois bilhetes para assistir na tribuna do estádio da Luz a um jogo do Benfica, acho que a procuradora-geral da República faria um grande favor a si própria se tomasse a iniciativa de pedir de imediato a sua demissão. Uma tal investigação é um insulto à democracia portuguesa e uma vergonha para o Ministério Público".

Este fim de semana, a Procuradoria-Geral da República confirmou que realizaram-se "buscas para recolha de prova documental no âmbito de um inquérito em investigação no DIAP de Lisboa"."O inquérito não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça", anunciou a PGR em comunicado.

Contactado pelo Expresso, Porfírio Silva nada quis acrescentar. No passado, o deputado também já havia partilhado um post do mesmo jurista em que este defendia que deveria existir "uma vassourada no Ministério Público", a propósito do chamado Galpgate, que levou à demissão de três secretários de Estado que assistiram a jogos do Euro2016 da seleção portuguesa a convite da petrolífera.

Rota dos Azeites: Alentejo, uma cultura milenar 1

This entry was posted in Roteiros and tagged alentejoazeiteportugalroteiro em portugal on 15 de Dezembro de 2013 by Soul Portugal.


Muito mais do que um simples alimento ou sustento, o néctar das oliveiras é parte integrante da vida nesta região. Por entre olivais centenários e lagares de última geração, podemos descobri-lo num agradável passeio.

Entre as fileiras de oliveiras novas, alinhadas geometricamente, avistam-se, aqui e acolá, altos zambujeiros centenários. Estamos na Quinta de São Vicente, nos arredores de Ferreira do Alentejo, e a imagem das velhas oliveiras bravas, algumas com mais de quinhentos anos, neste olival de última geração resume com perfeição o que tem sido a relação do Alentejo com a olivicultura ao longo dos últimos dois mil anos. O azeite está desde sempre presente nesta propriedade, onde a família Passanha o produz desde o século XVIII. “A herdade conta com três gerações de lagares: o de varas, de origem romana, um a vapor, em funcionamento nos séculos XIX e XX, e, mais recentemente, um de força centrífuga”, sublinha o atual proprietário João Passanha, que construiu um novo e moderno lagar e apostou na produção de um azeite de excelência. A quinta retomou a produção em 2008 e logo ganhou, passados dois anos, a medalha de ouro dos prémios Mario Solinas (considerado o óscar do setor), na categoria Frutado Maduro com o azeite D.Diogo, um de suas marcas premium. Mas o reconhecimento internacional dos azeites do Alentejo não é de agora. Já na época do romanos gozava de grade reputação, como se pode verificar nos Escritos de Estrabão referentes à exportação para Roma do “magnífico azeite” proveniente de Portugal.

Azeite no Alentejo, Portugal. Quinta de São Vicente.

Um dos exemplos máximos da modernização dos lagares alentejanos fica ali bem perto, na Herdade do Marmelo. Inaugurado em 2010, o Lagar Oliveira da Serra elevou ao máximo a fasquia da modernidade. O edifício, de autoria do arquiteto Bak Gordon, merece visita por si só. O percurso guiado começa no lagar, onde, através de um corredor central com paredes de vidro se pode observar as diferentes áreas de produção. Em seguida, o visitante é convidado a provar alguns dos melhores néctares da casa, com os rótulos Vintage, Lagar do Marmelo, Ouro e Primeira Colheita. A vista continua fora deportas, ao longo de um percurso de dois quilómetros, em que o visitante tem acesso a tudo. Ao todo são setecentos hectares de olival só nesta herdade, com as árvores plantadas no sentido norte-sul para um melhor aproveitamento da luz solar e sistema computadorizado de rega por telemetria.

A gastronomia alentejana também marca relação milenar da região com o azeite. A tradicional açorda é um dos símbolos máximos, um prato com tanto de simples como de complexo no modo com interliga ingredientes tão banais com o alho, coentros, pão e, claro, o azeite. No restaurante São Pedro, em Portel, é a rainha da casa. Na ementa constam sete variedades: de alho (com bacalhau e ovo), de cação (com ovo), de beldroegas (bacalhau, queijo e ovo), de tomate (com carne frita), de espinafres (bacalhau, queijo fresco e ovo), de salsa e cebola com silarcas, e de pescada, camarão e amêijoa.

Azeite no Alentejo, Portugal. Herdade do Marmelo, Lagar Oliveira da Serra.

A etapa seguinte é Moura, onde a cultura do olival se confundem com a própria história da cidade. É aí que está instalado o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, que inclui loja e um espaço museológico. Mediante marcação, o visitante pode também aprender a fazer provas. Henrique Herculano, diretor técnico, toma o leme: “Os parâmetros principais são o frutado, o amargo e o picante. Mas depois também conta muito com a harmonia e a persistência dos sabores, tal como o vinho.” Mais: “O azeite deve ser provado a 28 graus, num copo com vidro escuro, tapado com vidro de relógio, pois o contato com o ar adultera-o rapidamente. Destampa-se e inspira-se duas vezes, provando em seguida, de modo a envolver toda a boca. Depois, deve inspirar-se um pouco de ar pela boca, fazendo-se sair pelo nariz, para ativar as sensações retronasais.”

Para conhecer verdadeiramente o azeite da região, não basta aprender a prová-lo, é necessário também compreender a sua importância nesta parcela do Alentejo. E um dos melhores lugares par o fazer é o Lagar de Varas de Fojo, em Moura, com uma prensa do século XIX transformada pelo município em espaço de memória. A mó era movida a força animal, por dois burros que se revezavam ao longo da 24 horas do dia. “Era um trabalho duro e sujo, muito mal pago”, descreve a historiadora Marisa Bacalhau. “Durava meses e ocupava três homens a tempo inteiro” Durante esse período, os lagareiros quase não saíam deste espaço, aí dormindo e fazendo as suas refeições. Assim nasceu a tradição da tiborna, o pão torrado com azeite e sal.

Azeite no Alentejo, Portel, Moura e Lagar Varas do Fojo.

Diante do museu, fica o Parque Público Miguel Hernández, onde se pode apreciar diversas oliveiras centenárias. Em Moura é praticamente impossível escapar as coisas do azeite. E muito menos à hora da refeição: uma boa opção é jantar no “O trilho”, situado num antigo armazém de azeite onde poderá provar o tradicional caldinho de espinafres, com bacalhau, ovo escalfado e queijo fresco, feito com o afamado ouro líquido mourense, que de tão bom originou a expressão “tão fino como o azeite de Moura”. Para dormir, uma boa opção é a Horta de Torrejais, uma idílica pousada de charme localizada a poucos quilómetros da cidade, cercada por mil oliveiras centenárias que, para além de darem sombra à piscina e embelezarem a paisagem, servem para o proprietário Luís Infante Ferreira produzir azeite biológico, sob o selo da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos.

A despedida deste Alentejo de extensos olivais, mais uma vez, à mesa. Agora no Sem-Fim na aldeia do Telheiro. A escolha não é inocente: este restaurante, instalado num antigo lagar, é o exemplo máximo de como a modernidade pode ser fiel à tradição. Além das refeições, em que se destacam os pratos feitos com azeite, como o polvo salteado com batatinha nova e salada de couve ou bacalhau alhado, frito a baixa temperatura em azeite virgem extra. A memória do edifício está também presente nas visitas guiadas ao lagar, nas provas do precioso néctar ou na publicação de um livro de receitas.

Alentejo azeite em Moura.

Como se não bastasse, o Sem-Fim fica junto a um dos locais mais emblemáticos da milenar história olivícola do Alentejo, onde a Associação de Defesa dos Interesses de Monsaraz, em parceria com a Cooperativa Agrícola de Reguengos, implementou uma série de percursos pedestres ao longo  de diversos sítios arqueológicos, como as Antas do Olival da Pega ou o Menir da Bulhoa, situados junto a oliveiras centenárias. “Estas árvores são um património tão importante como os monumentos”, defende Jorge Cruz da ADMIN. Um dos conjuntos mais importantes está situado no Caminho Real da estrada da Amendoeira, que ligava Vila Viçosa à Herdade de Roncão D´El Rei, onde o rei D.Carlos caçava. “Algumas destas oliveiras são anteriores à construção do castelo de Monsaraz”, saliente Jorge Cruz. “Já assistiram a muitas mudanças e por cá vão continuar.” Por muitos séculos, esperamos.

O ROTEIRO

Rota dos Azeites: Alentejo

Rota dos Azeites: Alentejo

Distância percorrida: 170km

A: Quinta de São Vicente

B: Lagar do Marmelo – Oliveira da Serra (38.087778,-8.174444)

C: Restaurante São Pedro (Portel)

D: Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (Moura)

E: Restaurante Sem-Fim (Telheiro)

HOSPEDAGEM

Horta de Torrejais: www.hortadetorrejais.com

RESTAURANTES

São Pedro: Largo 5 de Outubro 6A, Portel | +351 266611520

Sem-fim: www.sem-fim.com

O Trilho: www.otrilho.com

VISITAS

Lagar de Varas do Fojo: www.cm-moura.pt

Quinta de São Vicente: www.passanha.eu

Lagar do Marmelo (Oliveira da Serra): www.oliveiradaserra.pt

Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo: www.azeitesdoalentejo.com

VINHOS E AZEITES (Outras visitas na região):

Herdade da Malhadinha Nova: http://www.malhadinhanova.pt

Herdade do Esporão: http://www.esporao.com

Com este breve texto esperamos ter contribuído no planejamento de sua viagem a Portugal!

Para maiores informações e esclarecimentos, entre em contacto conosco através do email info@soulportugal.com, que teremos todo o prazer em ajudá-lo!

Boa viagem!

Carta à Joana

por estatuadesal

(Carlos Matos Gomes, in Facebook, 29/01/2018)

corruptor

Mando o computador ou o Ministério Público vem a casa? Ex.ma Senhora Procuradora Geral da República e chefe do Ministério Público, não sou menos que o Mário Centeno, ministro das finanças. Quero informar V.Exª que no próximo dia 31 vou à bola de borla.

Fui convidado, ou fiz-me convidado para ir assistir ao jogo Sporting Clube de Portugal, Vitória de Guimarães, num camarote do estádio Alvalade (não sei se é este o nome, ou se já é uma Arena qualquer).

Também não sei se dispensei alguém do IMI de alguém do dito clube, mas pode ter acontecido. Sou contra o IMI (e também contra o IRS, o IVA e mais uma série de maldades, incluindo claques de futebol, coiratos, cachecóis de clubes, multidões em geral, cânticos).

Mas vou ao futebol de borla, convidado. Logo sou corrupto. Devo ter emails trocados com o meu corruptor no computador. O que faço? Prendo-me eu, ou prende-me o seu Ministério Públio? Já agora, tragam um antivírus que eu mando o computador.

Costumava tratar dos assuntos do computador na PC Clinic, mas li que a Procuradoria trata agora desses problemas.. É a sociedade da informação. Bem haja.

PS (Post Scriptum):

Solicitava a V.Exª que, à semelhança do que julgo ter sido feito para o borlista Mário Centeno, os serviços que V.Exª tão superiormente dirige mandem a notícia da minha ida à borla e, com certeza, com as devidas contrapartidas, ao respeitável Correio da Manhã, para esse órgão de serviço público, promover a minha exposição no pelourinho.

Agradecido.

A direita, a Justiça e a PGR

por estatuadesal

(Carlos Esperança, in Facebook, 29/01/2018)

justiça2

Esta direita não hesita em desacreditar o Estado para regressar ao poder. A demonização dos titulares da PGR, Cunha Rodrigues, Souto Moura e Pinto Monteiro e a promoção da atual, prova que é político o cargo e insólito o apetite de reconduzir Joana M. Vidal.

Parece irrelevante o entendimento da própria, manifestado numa conferência, em Cuba, reiterado em entrevista publicada na revista da Ordem dos Advogados, de que ‘é único o mandato’, embora não expresso na lei. Lastimável é o seu silêncio, perante a chicana da direita, não reafirmando a posição, para manter a coerência e a dignidade do cargo.

A PGR é um órgão do Estado a cujos interesses não pode ser alheia. A repetida violação do segredo de Justiça, que lhe cabe defender, faz temer que não seja incompetência, mas cumplicidade. O Correio da Manhã e a TVI penetram mais facilmente nos processos do que o MP na investigação dos crimes graves.

A PGR é lesta a destruir a honorabilidade de políticos, a comprometer as relações entre Estados e a ser notícia; displicente a enviar processos para julgamento, prevenir mortes por violência doméstica ou adoções de crianças; intolerável nos juízos de valor que faz, quer sobre a Justiça de países soberanos e amigos, quer sobre os processos que arquiva, por falta de provas.

Não há um Estado de direito sem independência da Justiça, mas esta não está ao abrigo do escrutínio da opinião pública. As coincidências são suspeitas. A ministra da Justiça, a quem assassinaram um irmão na revolta de Nito Alves, estava de partida para Angola quando o MP constituiu arguido o seu ex-vice-presidente. Era uma viagem crucial para as relações entre os dois países e para a própria, pelo seu nascimento e drama pessoal. A viagem foi, naturalmente, considerada inoportuna pelas autoridades de Luanda.

Mário Centeno, ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, ao iniciar funções no importante órgão da União Europeia, é alvo de devassa, para averiguar se “o ministro, e presidente do Eurogrupo, prometeu como contrapartidas um benefício fiscal” pelos dois bilhetes que solicitou para um jogo de futebol.

Entretanto, Maria Luís, do alto da sua competência de economista, já deu nota negativa ao desempenho do professor de Harvard, como ministro.

Tragam Passos Coelho, Maria Luís e Cavaco de volta, mas não deixemos abrasileirar a justiça portuguesa, sob pena de alguém seguir o exemplo polaco.