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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Montanhas Mágicas: há um novo segredo para descobrir no centro de Portugal


por admin

Localizadas no centro/norte de Portugal continental, entre os rios Douro e Vouga, as Montanhas Mágicas encontram-se numa posição de transição entre o litoral e o interior do país. Com 1.688,6 km2 de área geográfica (cerca de 2 vezes o arquipélago da Madeira) este território acolhe cerca de 127.000 habitantes orgulhosos da sua história e do seu património natural e cultural.

Maciço da GralheiraMaciço da Gralheira (Rui Videira)

As Montanhas Mágicas abrangem as serras da Freita, Arada e Arestal, pertencentes ao maciço da Gralheira, e a serra do Montemuro, inserida no maciço com o mesmo nome. Território de excepcionais valores naturais, certificado como destino turístico sustentável, desde Novembro de 2013, engloba quatro sítios da Rede Natura 2000 e um geoparque da UNESCO, pautando-se pela oferta de um modelo turístico responsável e sustentável, focado no ecoturismo, no geoturismo e no turismo activo.

DraveDrave (Rui Videira)

A singularidade dos fenómenos geológicos que aqui ocorrem, a notável biodiversidade que alberga, e as particularidades da sua geomorfologia, fazem das Montanhas Mágicas um destino de excelência para a observação e interpretação da natureza e para a realização de inúmeras actividades de desporto e aventura, entre as quais se destacam o rafting, o kayaking, a canoagem, o canyoning, o pedestrianismo e o BTT.

Rio TeixeiraRio Teixeira

Ocupado desde tempos pré-históricos, por todo o território são visíveis vestígios arqueológicos e monumentos que testemunham a sua longa história: enigmáticas gravuras rupestres de arte atlântica, monumentos megalíticos, pontes e vias romanas, mosteiros e templos medievais, santuários e igrejas de toda a feição, aldeias típicas de xisto e granito, minas históricas e muito mais. Unido pelos maciços do Montemuro e da Gralheira, o território encontra-se numa posição de fronteira entre o norte e o centro de Portugal continental e entre o litoral e o interior.

As Montanhas e os Vales

O relevo do território é predominantemente montanhoso, sendo constituído por dois grandes maciços: o maciço da Gralheira, no qual se inserem as serras da Freita, Arada e Arestal; e o maciço do Montemuro, dominado pela serra do Montemuro, a oitava maior elevação de Portugal Continental e a terceira maior a sul do rio Douro.

Serra da FreitaSerra da Freita - Rui Videira

Morfologicamente esta área situa-se no sector centro-norte do conjunto montanhoso designado por Montanhas Ocidentais do Centro-Norte de Portugal (serra do Montemuro e Maciço da Gralheira), a que sucede, para sul, a Serra do Caramulo. A altitude média é de 600 metros podendo atingir os 1.381 metros na serra do Montemuro (Pico do Talegre) e os 20 metros nos vales dos rios Douro e Vouga.

AroucaArouca (Rui Videira)

Dominado por uma extensa mancha natural, possui zonas de forte densidade florestal, que contrastam com alguns planaltos e a formação de numerosos vales de baixa altitude, entre os quais se destacam, pela sua dimensão e importância, os Vales do Douro, Vouga, Paiva e Bestança.

Os Rios

As Montanhas Mágicas apresentam uma rede hidrográfica abundante e de grande qualidade, integrando as bacias do rio Douro, a norte - municípios de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire e Cinfães, e do rio Vouga, a sul - municípios de Vale de Cambra, São Pedro do Sul e Sever do Vouga.

Rio BestançaRio Bestança

Neste sentido, a região norte é drenada pela margem esquerda do rio Douro, com ênfase para os afluentes Arda, Paiva, Bestança e Cabrum; a região sul é drenada pela margem direita do rio Vouga, com destaque para os afluentes Caima, Mau, Arões, Teixeira, Varoso, Sul e Mel. Destacam-se ainda os rios Paivô, Frades, Ardena, Tenente e Vidoeiro, afluentes do rio Paiva.

Rio PaivôRio Paivô

A maioria destes rios oferece condições excepcionais para a prática das mais variadas modalidade de desporto aventura, destacando-se o rio Paiva como o melhor, a nível nacional, para a prática de rafting.

História e Monumentos

Os monumentos medievais são testemunhos irrefutáveis de importantes episódios, acontecimentos e feitos históricos que ocorreram neste território ao longo do conturbado período da Idade Média. Relativamente aos monumentos, merecem uma referência especial os mosteiros cistercienses de Arouca e de S. Cristovão de Lafões, que dos primitivos aos actuais edifícios marcaram fortemente a vida, a economia e a cultura dos diversos povos que ao longo dos tempos se fixaram nestas terras.

locais para visitar na Serra da FreitaDrave (Rui Videira)

Merecem igual destaque os monumentos românicos presentes em quase todos os municípios, do território, nomeadamente em Cinfães, Castelo de Paiva, Castro Daire, Arouca e Vale de Cambra, e que se apresentam sob a forma de templos e mosteiros católicos, pontes, memoriais e torres sineiras, evidenciando os traços mais expressivos da arte e da arquitectura românicas.

Aldeia da PenaAldeia da Pena

Em todos os municípios surgiram ricos solares e imponentes casas senhoriais, ostentando elaborados brasões de família nos portais das fachadas principais e adoptando os mais diversos estilos arquitectónicos e artísticos.

Aldeia da Pena

Foi, também, a partir do século XVIII que se verificou um significativo aumento da construção ou reedificação de igrejas, capelas, santuários e calvários, distribuídos de forma equilibrada por todos os municípios das Montanhas Mágicas. Salvo raras excepções, torna-se impossível definir um estilo artístico ou arquitectónico únicos para estes monumentos religiosos, uma vez que na sua grande maioria os mesmos reflectem vários estilos, o que permite ao visitante fazer uma viagem no tempo, contemplando características de várias épocas num só edifício. Importa salientar que um número significativo de igrejas e capelas estão classificadas como Imóveis ou Monumentos de Interesse Público e, em menor número, como Monumentos Nacionais.

aldeia da penaAldeia da Pena (São Pedro do Sul)

A partir do início do século XX, um dos principais acontecimentos que marcou a história das Montanhas Mágicas foi a corrida ao Volfrâmio, minério, utilizado no fabrico de armas e munições no decorrer da I e II Guerras Mundiais. A história da prospecção mineira nas minas de Regoufe, Rio de Frades, Moimenta, Chãs e Fraga da Venda ficou, desta forma, inevitavelmente associada à história da Europa e do Mundo. As ruínas do património mineiro e a memória dos homens que viveram de perto esta realidade constituem um património material e imaterial de inestimável valor.

Esta vila sobe dois centímetros por ano. Ninguém sabe porquê

HÁ UMA HORA

Há uma vila em Inglaterra que tem subido de altitude dois centímetros por ano pelo menos de 2015. Os cientistas não sabem porquê, mas admitem que algo nocivo para a natureza pode estar a acontecer.

Wikimedia Commons

Autor

A altitude da vila de Willand, uma terra na cidade de Devon em Inglaterra, está a subir dois centímetros por ano, descobriram os cientistas da Universidade de Notthingham. As imagens de satélite reveladas por uma companhia subsidiada por aquele estabelecimento universitário, a Geomatic Ventures Limited, descobriu que Willand tem sofrido uma elevação pelo menos desde 2015, mas não sabem explicar porquê.

A descoberta foi possível depois de os investigadores terem o primeiro mapa nacional de movimentações de terra da Grã-Bretanha, que desvenda como é que a terra se mexe debaixo dos pés dos britânicos. Embora esta seja uma tecnologia inovadora, ninguém consegue entender o que está a motivar essa elevação. Andy Sowter, um dos cientistas envolvidos no projeto, explica ao The Telegraph que “normalmente vemos este tipo de levantamentos em lugares onde houve exploração mineira porque a água se infiltra no solo”.

Mas esse não pode ser o caso em Willand porque a Sociedade Geológica Britânica já informou que não há nem nunca houve exploração mineira nesta vila com menos de quatro mil pessoas, que só tem um bar, uma quinta e uma escola primária com 300 crianças. Por serem alterações pequenas, ninguém reparou na diferença de altitude na vila e é possível que a elevação nem sequer tenha provocado danos nas infraestruturas. No entanto, as imagens de satélite mostram que a região tem um formato elíptico com dois quilómetros de diâmetro.

Os cientistas acreditam que a resposta para este mistério está “em profundidade”, já que afeta não só as zonas rurais mas também as zonas urbanas na vila. É que “a vila inteira está a mexer-se”. “Acho mesmo que as autoridades deviam ir lá e investigar o que se está a passar”, defende o cientista. E insiste: “Se for um líquido a infiltrar-se no subsolo ou algum tipo de descarga de lixo, isso pode ser uma ameaça para o ambiente”. Certo é que “esta não é uma situação natural, portanto há algo sintomático a acontecer e é importante descobrir o quê”, sublinha Andy Sowter.

Televisão russa dá dicas sobre como sobreviver a uma guerra apocalíptica

13/4/2018, 18:48

Um jornalista da televisão estatal russa deu conselhos sobre como a população se deve preparar para uma guerra apocalíptica. O momento surge depois da tensão entre Rússia e Ocidente ter aumentado.

YouTube

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Um canal de televisão estatal russo, o Rossiya-24news, publicou um programa em que o jornalista deu conselhos aos telespectadores sobre como antecipar e sobreviver a uma guerra apocalíptica como a III Guerra Mundial. O pivô do noticiário explicou que alimentos devem ser comprados, como é que a população se deve proteger e como deve agir caso “o Dia do Julgamento” chegue. O momento televisivo, que já chegou às redes sociais, surgiu após as tensões entre a Rússia e o Ocidente terem aumentado à conta do ataque ao ex-espião russo e das divergências sobre a questão síria.

Nas imagens, Alexey Kazakov surge ao lado de um monitor gigante a aconselhar a população a comprar iodo para proteger o corpo da radiação emitida pelas armas nucleares e a comprar “menos doces e mais água”. Entre os alimentos que o jornalista diz para comprar estão o arroz e a aveia, carnes e peixes enlatados porque os prazo de validade são muito longos.

O pivô do canal pertencente ao Kremlin aconselha ainda a adquirir leite, açúcar e sal, mas a deixar para trás quaisquer alimentos doces como chocolates ou gomas: “É verdade que a glucose é uma importante fonte de energia, mas os doces vão-lhe deixar com sede e a água será o recurso mais valioso para os residentes de um abrigo anti-bombas”, explica Alexey Kazakov.

O jornalista contou ainda com a ajuda de Eduard Khalilov, um especialista em sobrevivência em momentos de emergência. Em entrevista no programa, o especialista disse: “Armazene água: pode aguentar duas a três semanas sem alimentos mas só vai aguentar dois a três dias sem água. Até vai precisar da água para fazer a digestão, por isso pense na água primeira”.

ONU denuncia a “pior situação humanitária” na Síria desde o início da guerra

HÁ UMA HORA

A ONU destacou a gravidade da situação em zonas como Ghouta oriental, Ildeb, Afrine ou Al Raqa, e o sofrimento dos civis. Em 2017, mais de 700 mil pessoas foram forçadas a abandonar estas regiões.

YOUSSEF BADAWI/EPA

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  • Agência Lusa
A Síria vive atualmente a pior situação humanitária desde 2011, quando se iniciou a guerra no país, alertaram esta sexta-feira as Nações Unidas. A organização alertou para a “deslocação em massa” de populações, com mais de 700 mil pessoas forçadas a abandonar as suas regiões de origem em 2017, devido às violências que se instalaram em diversas frentes.

O coordenador humanitário para a Síria das Nações Unidas, Panos Moumtzis, destacou a gravidade da situação em zonas como Ghouta oriental, Ildeb, Afrine ou Al Raqa, e o sofrimento de centenas de milhares de civis.  Na província de Idleb, para onde foi enviada grande parte da população das zonas rebeldes recuperadas pelas forças governamentais, escasseiam os locais para acolher mais pessoas, advertiu.

A ONU está confrontada em 2018 com escassez de fundos para atender as necessidades da população, segundo referiu Moumtzis em conferência de imprensa. De momento, a organização apenas recebeu 14,6% dos cerca de 3,5 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) que solicitou para ações humanitárias na Síria em 2018. Segundo Moumtzis, trata-se do nível mais baixo neste período do ano desde o início do conflito sírio.

Governo revê desemprego de 8,6% para 7,6% este ano

13/4/2018, 18:15

Programa de Estabilidade que será entregue esta sexta-feira ao Parlamento também espera uma melhoria no emprego, toda à custa do crescimento do emprego no setor privado.

PAULO NOVAIS/LUSA

Autor

O Governo está mais otimista e para além de esperar que a economia cresça ligeiramente mais do que aquilo que antecipava há meio ano no Orçamento do Estado para 2018, também vai rever a taxa de desemprego que espera para este ano. A taxa de desemprego deverá atingir os 7,6%, menos um ponto percentual que o esperado em outubro.

Mais crescimento, menos défice e mais emprego. Apesar de os números ainda poderem ser conservadores, o Governo está mais otimista com a evolução da economia ao longo deste ano face aquilo que esperava há meio ano.

No Programa de Estabilidade que apresentará esta sexta-feira, o Executivo vai rever a sua previsão para a taxa de desemprego dos atuais 8,6% para 7,6%, uma diferença de um ponto percentual.

A revisão deve-se, nas contas do Governo, exclusivamente ao crescimento do emprego do setor privado, que o Executivo antecipa agora que cresça 2,2%, o dobro do ritmo previsto no Orçamento do Estado para 2018, que foi entregue ao Parlamento em outubro.

O Ministério das Finanças mantém, no entanto, a confiança de que será possível controlar o número de funcionários públicos. Tal como no Orçamento do Estado, o Governo conta que o emprego público desça 0,2%.

Em 2016 e em 2017, Mário Centeno também apontava que o número de funcionários públicos descesse por via das saídas para a reforma e de um controlo apertado nas entradas no Estado, e contestou as dúvidas da Comissão Europeia sobre a poupança que era estimada com este controlo. No entanto, o número de funcionários públicos acabou por aumentar nos dois anos, em especial devido ao reforço de funcionários feito em áreas consideradas estratégicas como o Serviço Nacional de Saúde ou as escolas.

No novo cenário que o Governo apresente ao final da tarde desta sexta-feira, será ainda revisto o crescimento da economia para este ano, dos atuais 2,2% para 2,3% do PIB. O Governo espera que a economia cresça exatamente ao mesmo ritmo nos dois anos seguintes – 2019 e 2020 -, abrandando de seguida para os 2,2% e 2,1% em 2021 e 2022, respetivamente.

A meta que mais dores de cabeça tem dado ao Governo, a do défice, será mesmo revista para 0,7%, depois do défice abaixo do esperado em 2017 – excluindo o impacto da operação de capitalização da Caixa Geral de Depósitos. A diferença face ao défice alcançado no ano passado é inferior a 300 milhões de euros, e se não contarmos com a parte que diz respeito à redução dos juros da dívida pública que o Estado prevê pagar, então a redução seria inferior a 170 milhões de euros. Face ao défice acordado no orçamento, o défice cairia cerca de 750 milhões de euros.

O maior ajustamento é esperado para 2019, altura em que o Governo conta reduzir o défice de 0,7% para 0,2%, num ajustamento que a rondar os 1150 milhões de euros. Isto deixaria o défice num valor perto dos 310 milhões de euros, muito perto do equilíbrio no último ano da legislatura, e sem contar com possíveis melhorias nos custos com juros, que têm dado uma ajuda significativa na redução do défice nos últimos anos (só em 2017 ficaram mais de 400 milhões de euros abaixo do que esperado).

Nas contas de Mário Centeno, o saldo seria finalmente equilibrado no primeiro ano do próximo Governo, onde atingiria um saldo positivo de 0,7% do PIB, valor que duplicaria para os 1,4% em 2021.