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sexta-feira, 27 de abril de 2018

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Correio da Manhã  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
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Aula erótica acaba em pedido de socorro
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Casa Branca manifesta esperança de que cimeira das Coreias conduza a "futuro de paz"
Predador caçado a filmar crianças
Eurovisão divulga lista insólita de proibições para o Festival
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À Política o que é da Política e à Justiça o que é da Justiça
Cartas ao director
A cimeira das Coreias começou com um histórico aperto de mão
Messi vence batalha legal para registar o seu nome como marca
Homem colhido por comboio na estação de Campanhã
A luta contra xenofobias e populismos é “guerra sem fim e sem quartel”
Politólogo luso-venezuelano foi transferido para uma cadeia militar

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Sindicato denuncia ameaças e agressões contra inspetores da AT
Hospital S. João. MP recolhe elementos sobre contratos de aluguer dos contentores
Cosby, a antiga bússola moral americana, completa a queda
Liga Europa. Atlético de Madrid empata e Marselha vence
Rede que reúne cidades do sul da Europa contra turismo em massa
Vírus Zika pode vir a eliminar tumores cerebrais
Trump visita Reino Unido em julho

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Expresso  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Arábia Saudita executou 48 pessoas nos primeiros quatro meses do ano
Vírus Zika mata tumores cerebrais humanos em experiência com ratos
Ministério Público recolhe elementos sobre contratos de contentores no Hospital de São João
Marques Guedes encarregado de primeiro esboço de parecer sobre viagens dos deputados
Depois de anos de acusações, Bill Cosby é condenado por abuso sexual

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Jornal Económico  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Carta de Deveres e Obrigações dos Humanos, proposta por Saramago, chega à ONU
Kim Jong-un já está a caminho da histórica cimeira com a Coreia do Sul
A era da automação
Em defesa do jornalismo
Desmontar uma geringonça
Os 44 anos da III República
Big Show Sic

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Jornal Negócios  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Governo quer facilitar arrendamento de casas hipotecadas ao banco
Inquilinos propõem reduções de IRS para rendas mais baixas
Fotogaleria: Novo Classe A - Hey Mercedes!
Marcelo: luta contra xenofobias e populismos é "guerra sem fim e sem quartel"
ERS: Pagamento dos salários nos últimos meses de 2017 esteve em risco
ERSAR: Renda, vigilância, material de escritório e limpeza em causa
Anacom: Verbas foram descativadas pelo regulador

Capa do Diário de Notícias

Diário de Notícias  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
PS estuda proposta para congelar despejos
Costa regressa ao sítio onde foi feliz (mas só até outubro)
Filas no aeroporto: reforço de inspetores do SEF só no final de 2019
CDS quer comissão de peritos a avaliar eventuais adoções ilegais
Críticas e demissão por quebra de anonimato em barrigas de aluguer
Olá Portugal: a semana que muda a vida a crianças lusodescendentes
"Há cada vez mais interesse em aprender português"

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Jornal de Notícias  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Suspeitos do caso Marlon implicados em ajuste de contas
Investigadores portugueses travados pela burocracia
Famílias não entregam corpos doados à Medicina
Primeira página em 60 segundos: Mais de metade dos despejos concentrados em Lisboa e no Porto
Homem morre em acidente com trator em Vila Nova de Foz Côa
Coligação admite ter causado 883 mortes de civis no Iraque e na Síria
Miniconcerto de Viviane na redação do JN

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Destak  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Kim Jong-un disponível para visitar Seul se for convidado por Moon Jae-in
Casa Branca manifesta esperança de que cimeira das Coreias conduza a "futuro de paz"
Cimeira das Coreias começou com Kim Jong-un a saudar uma nova "era de paz"
Kim Jong-un e Moon Jae-in dão aperto de mão e iniciam cimeira das coreias
Moon Jae-in a caminho da zona desmilitarizada para a cimeira com Kim Jong Un
Carta de Deveres e Obrigações proposta por Saramago chega à ONU
Feira de S. Mateus’18 divulga mais nomes

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Expresso Economia  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Ministro da Saúde desbloqueia impasse na deslocalização do Infarmed para o Porto
PBX: Satisfazer as necessidades de consolo
PS vai fazer duas convenções nacionais em 2019 antes das europeias e legislativas
Obama vai ao Porto em julho para uma conferência
Uma blockchain para seguir o rasto de diamantes e metais preciosos

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A Bola  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Capitão do Valência sem dúvidas sobre o valor de Gonçalo Guedes
«Há que ter coragem para defender assim 80 minutos»
Wakelin esgotado e Trump aliviado
Bons ventos de Espanha trouxeram-nos Barbara Rodiles
Trump nos ‘oitavos’ e Wakelin na memória
«Jogar com mais um não foi uma vantagem»
«Oblak é o melhor guarda-redes da atualidade»

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Record  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Fejsa desejado pelo Tottenham
Bilhetes entre 25 e 40 euros para os Barreiros
Tondela 'garante' folga no dérbi
Palco complicado para o Sporting
Vítor Oliveira vs. Jorge Jesus: Decanos desavindos têm tira-teimas
Uma mão-cheia de novas pérolas
Vieira antecipa 22 milhões de euros para lá do mandato

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O Jogo  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Inteligência artificial permite diagnósticos "precoces e assertivos" - especialista
Pelo menos sete mortos durante um motim numa prisão da Guatemala
Enfermeiros avisam que se caminha para um "SNS para pobrezinhos"
Moçambique e UE formalizam hoje acordo de parceria económica
Polícia Federal do Brasil pede mais 60 dias para investigar o Presidente Temer
Ovibeja abre hoje para celebrar 35 anos a mostrar "todo o Alentejo deste mundo"
Gripe espanhola: Cruz Vermelha foi fundamental no apoio aos doentes - Francisco George

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Entre as brumas da memória


26.04.1937 - Guernica

Posted: 26 Apr 2018 11:09 AM PDT

Guernica foi bombardeada em 26 de Abril de 1937.
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26/27.04.1974

Posted: 26 Apr 2018 06:42 AM PDT

O mais importante foi isto.
.

Passado. Para sempre

Posted: 26 Apr 2018 03:03 AM PDT

«Antes do 25 de Abril de 1974, a minha escola tinha um muro que separava rapazes de raparigas.

Antes do 25 de Abril de 1974, o meu pai confinava as críticas ao regime e ao pouco que a vida nos dava, às paredes da casa.

Antes do 25 de Abril de 1974, a minha mãe inibia-se de pintar as unhas, sinal de exterior de uma mulher putativamente devassa.

Antes do 25 de Abril de 1974, um tio fugiu para escapar à guerra colonial. Outros fugiram simplesmente para ir à procura de uma vida melhor.

Antes do 25 de Abril de 1974, o meu avô, galego marcado pela guerra civil espanhola, indignava-se com a guerra colonial portuguesa e questionava: porque não lhes dão a independência.

Vale a pena lembrar sempre o 25 de Abril de 1974, "por muito repetitivo que pareça", como sublinhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, porque ele ofereceu a todos o bem mais valioso para a construção de uma sociedade, a liberdade. A liberdade política, a social, a religiosa, de expressão e económica.

Aquilo que hoje parece um dado adquirido não o é. Foi por isso que na Assembleia da República alertou para os perigos do messianismo e defendeu a necessidade de renovação do sistema político. "A permanente proximidade aos cidadãos e aos seus problemas é essencial para evitar fenómenos de lassidão" disse o Presidente, acrescentando que é preciso combater o cepticismo em relação aos partidos que pode ser usado por "tentações perigosas de apoios populistas, ilusões sebastianistas, messiânicas e providenciais".

Basta olhar para os populismos preconceituosos que crescem na Europa (sem esquecer as ditaduras que habitam noutros continentes), para concluir que os alertas presidenciais não são apenas retóricos.

A memória é decisiva para construir um país melhor, orientado pelo farol das liberdades. É por isso, por muito repetitivo que pareça, que o 25 de Abril de 1974, deve estar sempre presente. Para que as escolas com muro, o condicionamento industrial ou a censura sejam parte do passado. Para sempre.»

Celso Filipe
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E depois veio a Junta de Salvação Nacional

Posted: 25 Apr 2018 04:26 PM PDT

Quando ouvimos isto, pela 1:30 am de 26 de Abril, depois de uma espera de várias horas, o ambiente pareceu um pouco sinistro, quando comparado com o que tínhamos vivido nas ruas. Mas a elas voltámos, poucas horas depois, sobretudo em Caxias, na longa espera pela libertação de todos os presos políticos.

15 dicas para poupar centenas de euros por ano em electricidade

Novo artigo em VortexMag


por admin

Reduzir a conta de electricidade. Quem nunca pensou nisso? Apagar as luzes, desligar aquecedores, trocar as lâmpadas por outras mais económicas. Pequenos gestos que podem reflectir-se numa grande poupança. Se pensar que uma redução de 20 euros na factura mensal traduz-se numa poupança de 1.200 euros em cinco anos, talvez comece a pensar em alterar o seu comportamento. No total, as sugestões que lhe apresentamos permitem poupar, no caso de uma família média portuguesa, cerca de 300 euros por ano na factura da electricidade. Se não sabe como e por onde começar siga alguns truques para poupar electricidade que poderá começar a por em prática:

1. Compare tarifas

Verifique qual a melhor tarifa, dentro de cada operador, que se adequa à sua família e procure ajustar a potência eléctrica da sua casa às suas necessidades

2. Atenção aos tipos de electrodomésticos

Compre apenas electrodomésticos que consumam pouca electricidade. Quando estiver às compras procure na etiqueta de eficiência energética sobretudo a classe A (a mais eficiente). As categorias vão até à G (menos eficiente). Por exemplo, ao trocar o seu velho frigorífico por um novo mais eficiente (categoria A), pode economizar até 35 euros da factura anual da electricidade.

3. Substitua as lâmpadas incandescentes

Compre lâmpadas fluorescentes de alta eficiência, que consomem aproximadamente 1/4 de energia para produzir a mesma intensidade luminosa, e duram vários anos mais. Embora sejam mais caras do que as incandescentes, a médio-longo prazo acabam por compensar. Considerando um uso de quatro horas diárias, pode conseguir poupar cerca de 55 euros ao fim de quatro anos.

4. Atenção aos aparelhos em stand-by

Não deixar os aparelhos electrónicos em modo de repouso (stand-by) é uma regra básica, já que assim eles continuam a gastar energia. Por isso, deve-se desligar a televisão, DVD, aparelhagem, etc. no botão e não com o comando de controlo remoto. Caso estes não estejam a ser utilizados durante muito tempo, é preferível desligá-los também na tomada. Estima-se que o consumo anual médio em Stand-by para cada lar Português seja de 377 kWh/ano, o que corresponde a uma despesa superior a 40 euros. Apresentam-se em seguida alguns exemplos de consumo em Stand-by de alguns aparelhos

5. Desligar as luzes quando não são necessárias

Esta é bastante óbvia, no entanto são poucas as pessoas que têm este hábito. O simples desligar no botão pode poupar centenas de watts diariamente. Além disso, também pode comprar um regulador de intensidade ou então remover fisicamente as lâmpadas do candeeiro.

6. Seja razoável com a iluminação

Opte por iluminação orientada ao que está a fazer (por exemplo: ler um livro) em vez de iluminar toda a divisão. Fora de casa, coloque sensores para que apenas acendam na presença de alguém.

7. Utilize uma ventoinha em vez de um ar-condicionado

No verão, tente sobreviver ao calor apenas com uma ventoinha para poupar energia. Caso use apenas o aparelho de ar-condicionado, não se esqueça de substituir os filtros regularmente (a eficiência pode chegar aos 5%). O ar-condicionado gasta muita electricidade quando está a funcionar. No verão pode poupar bastante mantendo uma temperatura ambiente de 25º em vez de baixar para 20º ou 21º. E se tiver a roupa adequada, não sentirá grande diferença de temperatura. No Inverno, baixe a temperatura alguns graus e agasalhe-se melhor.

8. Mantenha o frigorífico fechado

É um dos maiores consumidores de electricidade por isso deve ter sempre o termómetro ajustado com as indicações do fabricante e quando for ao frigorífico tire logo tudo o que necessita de uma vez só. Cerca de 20% do consumo global do frigorífico é causado pela abertura das portas.

9. Aproveite a luz natural

Aproveite ao máximo a luz natural para aquecer a casa durante os dias de sol de Inverno, comprando equipamento que isola as janelas e portas e impedir que o calor saia durante a noite. No Verão manter os estores fechados durante as horas de maior calor é uma boa forma de evitar ligar o ar condicionado por muito tempo.

10. Utilize luz "inteligente"

Nas áreas comuns dos prédios é possível colocar luzes temporizadas ou com sensores que acendem à passagem de pessoas, acautelando-se que a iluminação não está ligada desnecessariamente.

11. Modere o uso do microondas

Reduza a utilização do microondas para descongelar alimentos. Para isso, basta tirar a comida atempadamente do congelador.

12. Melhore a eficácia da máquina de lavar a roupa

Lave a roupa a 40º e, vez de 60º. Só esta alteração permite poupar 55% de energia

13. Melhore a eficácia da máquina de lavar a loiça

Utilize o programa mais económico da máquina de lavar a loiça. Os programas mais intensos demoram quase o dobro do tempo gastando mais electricidade e também muito mais água, na maioria dos casos sem necessidade.

14. Utilize o forno eléctrico de forma eficaz

Desligue o forno 10 minutos antes do final da cozedura. Além de, com esse tempo de antecedência, conseguir cozinhar na mesma o seu prato, estará a reduzir uma boa parte de electricidade.

15. Evite máquinas de secar a roupa

Sempre que possível, seque a roupa ao sol e ao vento. Nem sequer são precisas contas para compreender o que poupa, uma vez que está a trocar a utilização de um aparelho eléctrico por um recurso natural, ou seja, uma fonte de energia gratuita.

Como poupar 50 euros em electricidade com tomadas inteligentes

Televisão, iluminação, máquinas de lavar, aquecedores, computadores, impressoras, portáteis ou ‘tablets’. A panóplia de equipamentos eléctricos e electrodomésticos que povoam as casas modernas absorve muita energia e está em constante crescimento. Por este motivo, a factura da electricidade é uma das que mais pesa no orçamento familiar.

Existem algumas formas de fazer baixar este valor e que requerem alguns cuidados na utilização da energia. No entanto, há uma forma poupar quase sem dar conta: recorrendo às tomadas inteligentes. Recentemente a EDP fez uma campanha em que ofereceu 80.000 tomadas desta natureza aos clientes. A campanha já acabou, mas explicamos como é que pode poupar recorrendo a este equipamento que, segundo a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, pode ajudar a poupar até 50 euros anuais na factura da electricidade.

A) Acabe com os consumos ‘stand-by’

Muitos aparelhos eléctricos que temos em casa podem consumir energia sem estarem a trabalhar, nomeadamente, se estiverem em modo ‘stand-by’ ou ‘off-mode’. No primeiro caso, os aparelhos estão a consumir energia sem estarem a desempenhar a sua função, mas têm indicação de consumo. É o que acontece quando, por exemplo, desliga a televisão com o comando e fica a luz de presença ligada. Já o consumo em modo ‘off-mode’ acontece quando o aparelho não está a funcionar e não há indicação de consumo. Para que este consumo aconteça, basta que deixe os aparelhos ligados à tomada: o gasto é mínimo, mas tudo junto é um desperdício da energia e faz subir a conta mensal. De acordo com o ‘site’ Ecocasa, estes consumos correspondem a 4,8% na factura energética anual. Eliminar estes consumos pode significar uma redução de 88 kWh/ano no consumo de electricidade (cerca de 2,3% do consumo de uma família).

Os equipamentos informáticos e de entretenimento são os grandes responsáveis por estes consumos. Se optar por desligar estes aparelhos no botão (evitando desligá-los apenas pelo controlo remoto), tirá-los da tomada ou recorrer a uma extensão eléctrica com corte de corrente (desligando o interruptor cada vez que não utiliza os equipamentos) poderá conseguir eliminar estes consumos.

B) Extensões inteligentes: como funcionam?

Na correria do dia-a-dia estes gestos são, por vezes, esquecidos e a conta da electricidade continua a subir. Se é o seu caso, saiba que é possível eliminar estes consumos recorrendo a uma extensão inteligente, que corta a corrente automaticamente assim que um dos aparelhos entra em ‘stand-by’. De acordo com um estudo efectuado pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, se escolher o modelo certo, poderá poupar quase 50 euros por ano em electricidade. Pode não parecer muito, mas se juntar esta poupança a outros cuidados que pode ter com a electricidade, pode chegar ao fim do ano com mais umas centenas de euros na conta bancária.

As extensões têm múltiplas tomadas e são dotadas de um sistema inteligente que corta a energia com base no consumo do equipamento instalado na primeira ficha.

Para utilizar correctamente estes dispositivos deve:

1. Ligar o equipamento principal ao ponto de entrada principal;

2. Ligue os equipamentos secundários nos restantes pontos de entrada;

3. Sempre que o equipamento principal estiver em ‘stand-by’, a tomada inteligente irá desligar automaticamente todos os equipamentos e eliminar os consumos “vampiros”.

Algumas coisas que sabemos

por estatuadesal

(Alexandre Abreu, in Expresso Diário, 26/04/2018)

abreu

Sabemos que Portugal tem um dos níveis de pobreza energética mais elevados da Europa. Um estudo da Universidade de Lisboa concluiu, com base nos dados dos Censos de 2011, que 22% dos idosos não têm possibilidade de aquecer adequadamente as suas casas no inverno. Outro estudo, da Universidade de Oxford, estimou em 2016 que a mortalidade invernal excessiva (excesso de mortes no inverno face ao verificado no verão) regista em Portugal o segundo nível mais elevado entre 30 países europeus.

Sabemos que os preços da energia pagos em Portugal são dos mais altos da Europa. O preço por quilowatt-hora das tarifas básicas é o segundo mais elevado, a seguir à Grã-Bretanha. O peso da despesa com electricidade no salário médio mensal líquido é também o segundo mais alto, a seguir à Bulgária.

Sabemos que, de 2005 para cá, a EDP registou todos os anos lucros superiores a 800 mihões de Euros. Em 2017 foram cerca de 1.100 milhões. A rendibilidade média dos capitais próprios nos últimos cinco anos foi cerca de 12% ao ano, um valor extraordinariamente elevado para uma actividade com um nível de risco baixo. Estes montantes eclipsam o que o Estado recebeu pela alienação da sua participação ao longo das várias fases de privatização.

Sabemos que uma parte importante destes lucros é o reverso da medalha de perdas incorridas pelo Estado, como no caso da prorrogação sem concurso público das concessões do domínio hídrico à EDP, que a REN estima terem beneficiado a empresa, e prejudicado o Estado, em mais de 850 milhões de Euros. Mas sabemos também que uma parte importante tem sido paga directamente pelos consumidores, como sucede com os chamados CMEC, que acrescem às facturas da energia dos portugueses ao abrigo de um regime fabulosamente lucrativo criado em 2004 pelo governo de Santana Lopes a que pertencia António Mexia e alterado em benefício da empresa em 2007 pelo governo de José Sócrates em que Manuel Pinho era ministro da Economia.

Sabemos que, segundo dois pareceres jurídicos do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, os actos administrativos que terão criado uma parte dos CMEC enfermam de vícios formais que implicam a sua nulidade. Terão por isso sido cobrados indevidamente 510 milhões de Euros aos consumidores. Essa é a parte nula, ilegal, das rendas excessivas. A parte ilegítima e imoral é bastante maior.

Soubémos entretanto que o rascunho da resolução do Conselho de Ministros sobre os CMEC aprovada em 2007 terá sido redigido e feito chegar ao governo pela própria EDP. E nos últimos tempos ficámos a saber que, enquanto era ministro e deliberava sobre estas matérias, Manuel Pinho terá alegadamente recebido mais de um milhão de Euros do BES, accionista da EDP, canalizados do saco azul do banco para offshores detidas pelo ministro, para além de ter mais tarde beneficiado das benesses associadas à cátedra da Universidade de Colombia paga directamente pela EDP.

Caberá à justiça estabelecer se, e de que forma, tudo isto está ligado. E espera-se que daí sejam retiradas as devidas consequências, tanto a nível penal como da eventual nulidade de actos administrativos praticados em benefício de interesses privados.

Mas há consequências políticas mais gerais que podemos retirar desde já de toda esta história. Dizem respeito às consequências da promiscuidade entre o poder económico e o poder político em sucessivos governos, ao carácter ruinoso desta e outras privatizações e à urgência de enfrentar seriamente as rendas do sector energético. Quando se transforma a provisão de serviços públicos essenciais numa arena para negociatas, este é o tipo de resultados que se obtém.

Marionetas ou ativos cúmplices dos ainda donos disto tudo?

por estatuadesal

(Jorge Rocha, in Blog Ventos Semeados, 26/04/2018)

balseiro

Às vezes surgem situações no nosso quotidiano que levam um ateu confesso (como é o meu caso!) a questionar se fazem algum sentido aquelas palavras de Cristo na cruz quando, a propósito dos que lhe promoviam o martírio, confidenciava ao Deus-pai: «perdoai-lhes Senhor, que não sabem o mal que fazem!».

Esse pensamento voltou-me à baila a propósito do muito enfatizado discurso da jotinha laranja na Assembleia durante a cerimónia evocativa do 25 de abril, ou nos dias anteriores, o das consecutivas violações aos mais elementares princípios deontológicos incorridos pelos «jornalistas» incumbidos de promoverem a pornográfica exibição dos interrogatórios da Operação Marquês.

A difusão da ideia generalizada em como todos os políticos são corruptos tem sido estratégia bem sucedida de quem vê a realidade prestes a alterar-se significativamente com a entrada em força da robótica, e da informática em geral, em áreas até agora poupadas à sua plena utilização, e sabe inevitável o engrossamento dos exércitos de desempregados que não encontrarão colocações precárias, nem apoios sociais suscetíveis de lhes satisfazerem as necessidades mais elementares.

As décadas mais recentes - mormente desde a Operação Mãos Limpas em Itália! - têm sido elucidativas sobre os efeitos decorrentes da suposta higienização das sociedades contra os corruptos, prendendo os mais expostos (normalmente escolhidos criteriosamente à esquerda por juízes e magistrados ideologicamente coniventes no processo!), e abrindo larga margem para proliferarem os Berlusconis, ainda mais envolvidos em trapaças financeiras e empresariais, mas dotados de força mediática (o controle da imprensa) e policial para sonegarem à maioria descontente a plena expressão da sua indignação.

Tem sido assim que Putin na Rússia consolida o seu poder às costas de oligarcas mandados prender para servirem de fáceis alibis de um desígnio escondido atrás de vestes nacionalistas, mas relacionado com os interesses que tão facilmente assim se acobertam. E explicam-se, da mesma maneira, os Orbans, os Erdogans, os Temers, que parecem justificar a ascensão inabalável das extremas-direitas.

Esse véu de fumo tende a escamotear-nos a realidade, a preparar-nos para regimes políticos onde os pensamentos contrários sejam esmagados, em que vigore uma única caracterização do presente e se adie tanto quanto possível a consciência coletiva de estarmos prestes a chegar a um daqueles momentos históricos, identificados por Karl Marx, como sendo aqueles em que as contradições alcançarão um tal ponto de rutura, que volta a fazer sentido substituir a possibilidade transformadora das reformas (mormente as ilusões sociais-democratas de alguns!) pelas revoluções de cunho marcadamente socialista.

Daí que se justifique a questão de saber se Margarida Balseiro Lopes ou Ricardo Costa têm alguma consciência relativamente ao mero papel de marionetas, que lhes é dado por quem maneja para que o futuro seja uma distopia fascista? Sabem o que fazem ou papagueiam aquilo que os verdadeiros patrões lhes insinuam como próprios dos  papéis enquanto, respetivamente, deputada da Nação ou diretor da SIC?

Nos próximos dias este blogue cirandará pelo controverso mundo dos fundos-abutres, que manobram as economias mundiais através dos paraísos fiscais e são os principais responsáveis pelo incremento acelerado das desigualdades e outras facetas injustas, que integram os nossos quotidianos...