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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Há vida depois do clássico

1 de Dezembro de 2017

Nesta sexta-feira à noite, já depois de ter sido jogado o derby lisboeta entre Sporting e Belenenses, FC Porto e Benfica disputam um dos duelos mais intensos do futebol europeu. Primeiro e terceiro da classificação na Liga portuguesa, separados por três pontos no arranque da 13.ª jornada, rivais eternos, lutam pelos três pontos e pela liderança do campeonato nacional. Com os “leões” à espreita do que possa suceder no Dragão, o clássico mais importante do futebol nacional terá sempre implicações relevantes na classificação.

Em caso de triunfo dos portistas, e se o Sporting derrotar o Belenenses em Alvalade – algo que o ano passado não conseguiu fazer – o FC Porto segue na frente com a curta margem que o empate na ronda anterior, na Vila das Aves, lhe deixou (dois pontos). Mas em caso de empate ou derrota dos “azuis-e-brancos”, o campeonato quase que regressa à estaca zero, com FC Porto, Sporting e Benfica embrulhados uns nos outros no topo da tabela ou à distância de um ponto.

Se se olhar para os números, o FC Porto surge como favorito. Em casa, os “dragões” não perdem nas provas nacionais há 28 jogos e esta época, para o campeonato, o FC Porto venceu os seis jogos que disputou no Dragão, marcando um total de 23 golos (média de 3,8 golos por jogo). Mas… e há sempre um mas, chega ao clássico vindo de dois empates (uma para a Liga dos Campeões e o segundo, o tal, contra o Desportivo das Aves) e, nas últimas cinco partidas, só numa delas não consentiu golos.

Já o Benfica não perde para o campeonato há seis encontros e soma quatro vitórias consecutivas, o que é o seu melhor registo esta temporada. Por outro lado, nos dez jogos disputados pelas “águias” fora de casa esta época os resultados não têm sido muito inspiradores (soma tantas vitórias como derrotas – quatro) e só por duas vezes o Benfica não sofreu golos.

Minutos antes, o Sporting recebe o Belenenses. A realizar um dos melhores inícios de campeonato da sua história, os “leões” já levam sete jogos sem perder em todas as competições e, em caso de triunfo, podem ficar sentados na poltrona a ver o que sucederá no Dragão. Pela frente terão um Belenense que esteve 62 anos sem vencer em casa do Sporting. Um jejum que terminou a época passada. Na deslocação a Alvalade, o Belenense venceu por 1-3, depois de ter estado em desvantagem no marcador. E os “azuis” são mesmo a última equipa portuguesa a ter vencido em Alvalade. No entanto, o favoritismo não deixa de estar do lado “verde-e-branco” por os “azuis” já não vencem há três jogos, só tendo ganho um dos seus cinco últimos jogos.

A jornada completa da I Liga e os respectivos horários das transmissões televisivas estão aqui e aqui encontra o calendário da jornada da II Liga, um campeonato que se está a revelar bem competitivo. Prova disso mesmo é que há apenas seis pontos a separar o primeiro (Académico de Viseu) e o nono (Arouca).

No futebol internacional, o fim-de-semana traz dois jogos de abrir o apetite em Inglaterra e em Itália, sendo que um deles envolve um português. Na Premier League, sábado, o Manchester United vai ao terreno do Arsenal, naquele que será mais um embate entre José Mourinho e Arsène Wenger, dois homens que “não se gramam”. A partida tem o picante adicional de colocar frente a frente o quarto e o segundo da tabela, separados por quatro pontos, e realiza-se na jornada que antecede o escaldante derby de Manchester. Sim, no próximo fim-de-semana os “red devils” recebem os “citizens” e tudo o que menos querem é ver aumentada a distância que neste momento já existe para o Manchester City (oito pontos).

Em Itália, já nesta sexta-feira, o duelo é entre o primeiro e o terceiro. O Nápoles recebe a Juventus com quatro pontos de vantagem sobre o clube que há seis épocas consecutivas conquista o “scudetto”. É uma oportunidade soberana para os napolitanos cavarem um pouco mais o fosso que conseguiram construir, até porque a “vecchia signora” tem revelado alguma inconstância – conseguiu os três resultados possíveis nos seus últimos três jogos. Já o Nápoles, nesses mesmos três últimos jogos, venceu todos.

A próxima semana vai ainda trazer definições nas competições europeias. FC Porto e Sporting ficarão a saber o seu futuro na Liga dos Campeões. Encontra aqui o calendário dos jogos, mas se quiser perceber quais as contas que cada clube ainda tem que fazer pode espreitar aqui.

O mesmo se passa na Liga Europa. O Sporting de Braga já está na fase seguinte, mas ao Vitória de Guimarães resta-lhe ainda uma ténue esperança de se apurar. O calendário de todos os jogos está aqui e as contas que podem levar à qualificação aqui.

No sábado, o Planisférico vai falar-lhe do Amiens, o clube da terra de Emmanuel Macron, mas do qual o presidente francês não é adepto. Nem depois do emblema que se estreia nesta temporada na I Liga francesa lhe ter oferecido uma camisola.

Para o fim, fica, como é hábito, a sugestão da semana. Desta vez, basta-lhe olhar bem para o ecrã. Sugiro-lhe que pare uns segundos e admire esta foto. Quando a vi, de imediato surgiu na minha cabeça uma legenda para ela: o poder do futebol. O que se vê na foto é a imagem de Lorena, uma menina de 11 anos, e adepta ferrenha do Corinthians. Durante alguns minutos ela permaneceu sentada na sua cadeira de rodas à espera que os seus ídolos subissem ao relvado da Arena Corinthians para um treino à porta aberta, poucos dias depois de se terem sagrado campeões brasileiros de futebol. E, no momento em que os jogadores entraram em campo, ela agarrou-se à barra de ferro que tinha à sua frente e levantou-se, juntando a sua voz à dos perto de 15 mil adeptos para receber os seus heróis. Portadora de uma doença rara – mal formação congénita da coluna vertebral – que lhe condiciona o movimento das pernas, por momentos, Lorena superou essa sua limitação e ergueu-se.

Assunção Cristas lança a piada do ano: “Estou a preparar-me para ser primeira-ministra”

Assunção Cristas

Nov 30, 2017

Assunção Cristas lançou aquela que pode ser considerada a piada do ano ao afirmar que: “Estou a preparar-me para ser primeira-ministra

Enquanto o PSD, principal partido da oposição, se prepara para ir a votos, de modo a escolher a nova liderança do partido, Assunção Cristas vem a público afirmar que se está a “preparar para ser primeira-ministra”.

Para a líder do CDS-PP, António Costa governa para o “show-off e para a fotografia” e é “bonacheirão”, “incapaz de assumir responsabilidades” e de “lidar com a crítica”, como se ainda vivêssemos no “antigo regime”.

Ao Observador, Assunção Cristas assume que o CDS-PP está a preparar-se para “governar numa posição cimeira“, tentando ser “a primeira escolha dos portugueses”.
Após o óptimo resultado obtido nas eleições das últimas autárquicas de Lisboa, Assunção Cristas quer repetir a votação a nível nacional nas legislativas.

PS quer suspender militantes

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por Bruno Santos

Segundo dá nota o jornal PÚBLICO, a direcção do Partido Socialista prepara-se para instaurar processos disciplinares aos militantes - foram centenas - que integraram listas que concorreram contra o próprio PS nas ultimas eleições autárquicas. Nada a dizer, a não ser cumpra-se a lei e os estatutos do partido.

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Novo oprimido voluntário pelo capitalismo sem rosto

por vitorcunha

red-blue-pill

Se perguntarmos a um cínico sobre o que pensa do futuro do país, responderei que será igual ao presente e ao passado, queira e possa a Europa manter à tona este quintal de bárbaros dislexicamente embevecidos em simultâneo pela retórica patologicamente reciclada a Ulrike Meinhof e pelo alegre conforto que um cupão de desconto do Lidl pode proporcionar. Contudo, se fizermos a pergunta a um pragmático-optimista, o novo blasfemo que agora vos apresento responderá que o futuro é o que dele fizermos, hoje, amanhã e todos os dias que se seguirem, pedra sobre pedra, ideia consequente — como todas — sobre ideia consequente.

É por isso que, em nome de todos os blasfemos, dou as boas vindas ao mais amaldiçoado dos blogues pela religião oficial da república popular portuguesa ao apóstolo da ordem espontânea, cronista do encanto nacional pela fugacidade, teólogo da superioridade moral do laissez-faire, sociólogo especialista da casta exótica da insaciável regulação e psicólogo do neurónio cansado do infortunado socialista, a única pessoa com actividade cerebral que assistiu à chegada dos únicos compradores reais do último livro de Sócrates na sua apresentação formal na cidade do casario que se vê ao atravessar o rio junto à Serra do Pilar e um amigo que — garanto — paga a sua própria conta em restaurantes.

O seu nome é Telmo Azevedo Fernandes.

Devolução de Natal

por Telmo Azevedo Fernandes

Imbuídos do espírito natalício muitos difundem durante o Advento patetices impróprias para quem quer manter alguma sanidade mental.

Ouvem-se glórias e louvores à “responsabilidade social” de empresários e gente rica que nesta época decidem “devolver à sociedade parte do que esta lhes proporcionou”.

A expressão entre aspas anterior é a fórmula comummente usada por essa gente. O sublinhado enfatiza a ideia central que se pretende transmitir.

Confesso: não tenho pachorra para tamanho dislate!

“Devolver” pressupõe restituir a dono legítimo. Mas alguém roubou ou tirou algo de casa alheia?

Quem acha que houve apropriação indevida, apenas exige a devolução de parte do produto desviado?

Não havia necessidade de insulto nem de desonestidade intelectual…

Por regra, aqueles que têm elevados rendimentos foram capazes de produzir bens ou serviços dos quais a maioria de nós beneficia. De tal modo que estamos dispostos a dar dinheiro por eles.

Em sociedade as trocas são mutuamente benéficas. Facilitam a vida quotidiana, proporcionam-nos divertimento, dão-nos conforto e aumentam a nossa longevidade. Basta pensarmos em tudo aquilo que num só dia utilizamos e consumimos para perceber que é cada um de nós que, voluntariamente, torna ricos os ricos.

A superioridade moral do sistema capitalista advém desde logo de o mercado permitir que se acumule riqueza apenas servindo os interesses e necessidades dos outros. O bem-estar de uns não se faz à custa da miséria de terceiros. Não é um jogo de soma nula.

Uma economia liberal é justa porque defende o direito natural à propriedade daquilo que se cria e ganha em resultado do trabalho e criatividade dos indivíduos.

A retórica marxista da luta de classes e de que a desigualdade de rendimentos existe porque uns tiram a outros não só é factualmente falsa, como também revela um dos mais desprezíveis sentimentos humanos: a inveja.

Este desconforto com o sucesso alheio e o quase ódio aos ricos, aliados à soberba dos que se acham os únicos conscientes e preocupados com o bem-estar dos seus próximos, leva à tentativa de imposição daquilo que consideram ser os comportamentos correctos em comunidade, lá está: de “responsabilidade social”.

Nasce também daqui a ideia da progressividade dos impostos. Quem mais tem deve ser taxado, em termos relativos, de forma mais pesada do que os menos abastados. Mas se a ideia é moralizar o mercado e a sociedade capitalista, o resultado desta política é precisamente o inverso. Um comportamento forçado através da coacção tributária não torna nobre, nem moral nem benevolente a atitude das pessoas. Só a um acto individual, voluntário, emanado da consciência de cada um se pode atribuir valor moral.

A lengalenga da progressividade fiscal apenas serve o propósito da defesa dos interesses de quem não produz riqueza e do disfarce do roubo.

O discurso ardiloso do “devolver à sociedade” acaba por retirar valor a quem pratica a verdadeira Caridade, essa sim virtuosa e digna de elogio, a que a celebração da humanidade do Natal nos convoca.

A mesma farsa de sempre

Ladrões de Bicicletas


Posted: 30 Nov 2017 11:29 AM PST

A chamada candidatura de Mário Centeno à chamada presidência do chamado Eurogrupo não é propriamente uma surpresa. A ser bem-sucedida, trata-se de mais uma “exportação”, mas não desta solução governativa, que obviamente não é exportável, dado que corresponde, e responde, a circunstâncias de tempo e de espaço muito próprias deste nosso rectângulo. E o que se importará? Instabilidade, arrisco.
A ambição de Centeno parece estar em linha com a lógica de circulação de elites periféricas, que logo se imaginam no centro quando chegam ao governo, ou pouco tempo depois, e que tão bom resultado tem dado desde Durão Barroso. Centeno é diferente, dirão. Isto não é sobretudo pessoal. As elites periféricas circulam em função da sua adaptação aos interesses do centro. O centro tem mostrado interesse. E, para ser franco, creio que Centeno nem terá de se adaptar muito.
Trata-se afinal de contas de alguém com credenciais impecavelmente ortodoxas, incluindo uma útil “visão de mercado” das relações laborais, subtítulo de um dos seus livros, ou uma visão do sistema financeiro assente no escrupuloso cumprimento do princípio europeu do pagam, mas não mandam, típico de semicolónia. No fundo, a fidelidade ao Euro e suas regras que se requer. Tudo na ordem a sul, dirá quem manda a norte.
Neste contexto, na óptica de quem está no comando, a pergunta que se impõe é a seguinte: porque não haveria Centeno de ser uma útil e complementar adição à lógica da evolução na continuidade em curso nas instituições formais e informais europeia, permitindo ainda alimentar a ideia zumbi de que agora é que vai ser diferente na Zona Euro e na UE?
A tragédia é o Euro. Esta circulação é só a mesma farsa de sempre.

Resposta ao Inquérito de Louçã

1 Dezembro, 2017

Cristina Miranda

francisco louçã

Caro Francisco Louçã, permita-me que depois de ler seu artigo de opinião, no Público (https://blogues.publico.pt/…/2017/11/29/minha-cara-cliente/…) responda ao seu inquérito. Quer mesmo saber a que clientela pertenço?

Pertenço à clientela a quem lhe venderam um “produto” da banha da cobra que chamam de excelência, com pagamento mensal de entrega de mais de 50% dos seus rendimentos em impostos, mas recebe um serviço de porcaria onde tem direito a uma saúde que não presta, uma educação miserável , uma segurança inexistente, uns transportes ineficientes. Que recebe aumentos de pensões, salários, redução de IRS de uns míseros euros para depois deixar centenas deles no supermercado, na gasolineira, renda, gás, luz e água porque o ROUBAM com impostos indirectos em 3 orçamentos de Estado consecutivos.

Pertenço à clientela que ganha legionella numa consulta de rotina, morre queimada numa estrada a fugir do fogo , vive inundada sempre que chove, que é obrigada a pagar IMI de cinzas, come carne crua com E.Coli na escola e vai desta para melhor sem entrar nas estatísticas por ser vítima indirecta. Sou aquela junto de quem se congratulam que dão “topos de gama” mas em concreto não passam de “carroças sem bois”. Que deixa o pêlo e o pelaço do seu suor para lhes alimentar a gula e recebe migalhas para se poder sustentar. Que tem de trabalhar cada vez até mais tarde para que possam ao fim de 15 anitos reformarem-se à nossa conta.

Sou aquela que para pôr comida e pão na mesa tem de trabalhar arduamente porque não lhe cai do céu como no Parlamento. Sou cliente desgraçado que tem 1 “contrato” ruinoso tipo SIRESP com o Estado incompetente, mas não o pode rescindir porque é vitalício. Sou aquela que deixou de ser cliente há muito para ser mero sobrevivente

Sou da clientela que os sustenta enquanto gastam à fartazana, riem da nossa cara, mentem à descarada, porque sabem que uma vez dentro do Parlamento, SÓ o partido os pode tirar dali.

NÃO SOU da clientela que não faz voto de pesar por ver partir um grande empreendedor e empregador no país mas que tem uma overdose de tristeza quando morre ditadores assassinos que condenaram seu povo à fome e miséria. .

NÃO SOU da clientela que não admite riqueza nos outros mas esconde o elevado património do partido, recusa-se a pagar IMI e IVA e muito menos o imposto Mortágua.

NÃO SOU da clientela que passa a vida a defender o sector público mas transporta-se em Porsches e Maseratis, quando tem tonturas vai para o hospital da Cuf, e pôe filhos a estudar no privado. Que come com luxo na cantina do Parlamento pelo preço de uma diária. Que se auto-aumenta 10% todos os anos e repos as subvenções vitalícias. Que nunca moveu uma palha na vida mas vive como um lorde, sem mérito, à conta dos nossos impostos cada vez mais altos. Que emprega toda a família no Estado, faz adjudicações directas aos amigos, dá tachos no Banco Portugal e outros tantos organismos públicos sem concurso

E você, meu caro, de que clientela é?

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ADEUS ZÉ PEDRO!

por estatuadesal

(Joaquim Vassalo Abreu, 30/09/2017)

xutos

Poucas pessoas haverá na vida que nunca tendo entrado em nossa casa nos parece que dela nunca saíram! O ZÈ PEDRO era uma delas.

Daquelas pessoas de quem durante a vida apenas nos aproximamos, mas que temos por Amigo verdadeiro e indefectível. O ZÉ PEDRO é uma delas.

Uma pessoa que sendo Amiga de nossos Amigos é por inerência nossa Amiga. Daquelas que imediatamente tratamos por Tu, mesmo que nem apresentados sejamos.

Das que estando numa roda de Amigos em que pretendamos entrar nos convida logo para a mesma.

Uma pessoa de quem esquecemos todas as fraquezas por troca de um sorriso. De um sorriso único, de um sorriso tão convidativo que forçosamente nos contagia. De quem os nossos pequenos imediatamente gostam e para cujo colo logo vão.

A quem perdoávamos todas as imperfeições por troca de um Amor imenso e dedicado à Música e a todo o Rock and Roll. Que conhecia como ninguém.

A quem tudo perdoamos e tudo trocamos pela sua presença. Pela sua afabilidade e pela sua simpatia.

De quem nos aproximamos e por quem sofremos nas suas horas más, impelidos pela sua força de viver e pelo seu incandescente optimismo.

De quem nos fazemos de imediato participantes activos das suas causas, mesmo nelas só por simpatia participemos. Com quem estamos sempre, mesmo não estando.

Daquelas que sendo feitas de defeitos, na sua grandeza, transformamos em virtudes, pela maneira com que encaram a vida e nos ensinam dessa mesma grandeza.

Das que tendo visibilidade e palco, fãs de toda a ordem e seguidores sem fim, se portam na vida como qualquer pessoa decente se deve portar: Dando-se e dando-se sempre, como se qualquer gesto ou palavra fosse a redenção. E o elo fraterno que a todos une: o da cumplicidade.

O ZÉ PEDRO não era um virtuoso nem precisou nunca de o ser. Tinha o carisma dos grandes, daqueles que se dão à música como a maior invenção do Homem. Ou de Deus, tanto faz.

Mas não só na morte, porque na vida também assim todos fomos: seus enormes admiradores! Admiradores de quem nunca vimos ou ouvimos um lamento. Apenas um sorriso, sempre!

O Dr. Eduardo Barroso, que lhe fez o transplante do fígado, afirmou nunca ter tido um paciente assim. Um doente consciente dos danos que a vida lhe trouxe mas, ao mesmo tempo, confiante na própria vida e em quem lha poderia trazer de volta. Sem penas ou remorsos pelo que ela foi, mas com espírito sempre aberto à mudança e aos cuidados que a mesma lhe impunha. E sempre para a mesma disponível, até ao último segundo.

O ZÉ PEDRO foi e é, para além de um ícone transversal e único, um ser de uma simplicidade e humanidade desarmantes. Um ser que desconhecia a palavra ódio e só a Amizade trabalhava. Um ser incapaz de, por intrínseca educação, alguém menorizar.

Era uma pessoa progressista e virada sempre para o futuro. Sempre a matutar “cenas” de colaborações várias e sempre disposto à desinteressada ajuda. Participante de causas e agregador das mesmas. A sua simpatia a ninguém era indiferente. Ele unia!

Deixa um grande legado, para além da verdadeira Instituição que formou, os Xutos e Pontapés, banda sua, minha e de todos : o legado da BONDADE!

Adeus ZÉ PEDRO. Nós prometemos que não te vamos chorar. Prometemos que te vamos para sempre LEMBRAR!

Até sempre!

A mesma farsa de sempre

por estatuadesal

(João Rodrigues, in Blog Ladrões de Bicicletas, 30/11/2017)

centeno_eurog

A chamada candidatura de Mário Centeno à chamada presidência do chamado Eurogrupo não é propriamente uma surpresa. A ser bem-sucedida, trata-se de mais uma “exportação”, mas não desta solução governativa, que obviamente não é exportável, dado que corresponde, e responde, a circunstâncias de tempo e de espaço muito próprias deste nosso rectângulo. E o que se importará? Instabilidade, arrisco.

A ambição de Centeno parece estar em linha com a lógica de circulação de elites periféricas, que logo se imaginam no centro quando chegam ao governo, ou pouco tempo depois, e que tão bom resultado tem dado desde Durão Barroso. Centeno é diferente, dirão. Isto não é sobretudo pessoal. As elites periféricas circulam em função da sua adaptação aos interesses do centro. O centro tem mostrado interesse. E, para ser franco, creio que Centeno nem terá de se adaptar muito.

Trata-se afinal de contas de alguém com credenciais impecavelmente ortodoxas, incluindo uma útil “visão de mercado” das relações laborais, subtítulo de um dos seus livros, ou uma visão do sistema financeiro assente no escrupuloso cumprimento do princípio europeu do pagam, mas não mandam, típico de semicolónia. No fundo, a fidelidade ao Euro e suas regras que se requer. Tudo na ordem a sul, dirá quem manda a norte.

Neste contexto, na óptica de quem está no comando, a pergunta que se impõe é a seguinte: porque não haveria Centeno de ser uma útil e complementar adição à lógica da evolução na continuidade em curso nas instituições formais e informais europeia, permitindo ainda alimentar a ideia zumbi de que agora é que vai ser diferente na Zona Euro e na UE?

A tragédia é o Euro. Esta circulação é só a mesma farsa de sempre.