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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Dr.ª Cristas justiceira

  por estatuadesal

Por Carlos Esperança, in Blog Ponte Europa, 08/08/2018)

cristax

A Dr.ª Cristas apareceu no ministério da Agricultura como António Barreto, num antigo Governo do PS, ou Pilatos, no Credo Romano. Não se adivinham as obscuras razões.

A Dr.ª Cristas, confundindo eucaliptos com legumes, incentivou a cultura intensiva dos primeiros e jamais imaginou a jurista que as couves e os nabos não são a matéria prima das celuloses, e bastava-lhe ler jornais para perceber que o aquecimento global, de que só Trump duvida, e os eucaliptos têm uma ação devastadora nas florestas nacionais.

Para cúmulo da ironia foi a Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território no XIX Governo e só perdeu as pastas do Ambiente e do Ordenamento do Território depois da demissão do irrevogável Portas para, no regresso as ceder a Jorge Moreira da Silva, um ministro que acrescentou ao CDS, além da vice-presidência do Governo para si próprio. A Dr.ª Cristas continuou na Agricultura e no Mar.

Conhecida pela lei dos despejos, gosto das touradas e pela leviandade com que aceitou a resolução do BES, sem conhecer o assunto e indiferente às consequências, a pedido da amiga, ministra das Finanças, é hoje a voz da ciência e a consciência crítica do país que finge conhecer. Perora sobre tudo e parece o Nuno Melo de saias, a debitar a raiva da pequenez do partido que Portas lhe endossou.

Enquanto o menino guerreiro, sem generais nem soldados, se prepara para ser o Manuel Monteiro do PSD e Rui Rio é pasto das chamas do seu grupo parlamentar, os jornais e as televisões, sem saberem quem hão de ouvir no PSD, procuram-na com a avidez com entrevistam o PR em calção de banho e lhe exibem a flácida ginecomastia bilateral.

Nos intervalos dos incêndios, Marcelo e Cristas são os convidados de turno de todos os programas.

É nauseante ouvi-la criticar os contratos dos 40 helicópteros que não previram o uso de retardantes, como se a ausência do ‘espumífero’ fosse incúria do Governo, declaração que a comunicação social amplificou, e não fosse motivada por reduzir a capacidade de transporte de elementos operacionais a bordo. D. Cristas ignorou que “nos contratos celebrados para o período 2013-2017 não foi prevista, igualmente, a utilização destes produtos”, apesar de integrar esse governo, onde chegou a ministra da Agricultura, tal como o Conde d’Abranhos a ministro da Marinha, apesar de enjoar.

Mas o pior de tudo é ouvir esta direita falar de ética. Haverá mais leveza ética do que a ida de Barroso para a Goldman Sachs, após a crise financeira da UE, emprego dourado aparentemente negociado ainda antes da sua saída de presidente da CE? Ou da ministra das Finanças, Maria Luís, para assessorar a Arrow Global a aconselhar o fundo abutre em operações de risco que podem envolver Portugal, com saberes que não adquiriu pela via académica ou profissional, mas pela tutela do ministério das Finanças?

Para esta direita, vale tudo. E tem sólidos apoios e cumplicidades insuspeitadas!

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Lei Maria da Penha completa 12 anos

08/08/2018 by Sotero

O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo em  defesa dos direitos das mulheres. Sancionada em agosto de 2006, pelo ex-presidente Lula, a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, foi um importante marco para combate à violência contra a mulher.

Os dados porém revelam que nos últimos anos (principalmente após o Golpe que possui forte caráter machista e misógino)  as altas taxas de feminicídio do país colocam o Brasil como o quinto país em numero de mortes de mulheres.   São 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres. Em 2017, foram registrados 4.473 homicídios dolosos de mulheres (Agência Patrícia Galvão). O número pode ser maior uma vez falta padronização e registros, o que atrapalha o monitoramento desse tipo de violência no país.

Na noite dessa terça, 07, mulheres protestaram em Minas Gerais em razão de 433 casos de feminicídio registrados no estado.

Ativistas temem que com avanço de forças políticas conservadoras e machistas cujos representantes incentivam a violência contra mulheres, o número de assassinatos de mulheres aumentem no país após as eleições. Vários casos recentes de assassinatos brutais de mulheres no Brasil, tiveram como autores seguidores e eleitores dessas correntes políticas fascistas.

CP: como destruir um serviço público para vender a preço de saldo

08/08/2018 by João Mendes

Imagem: Público via Maquinistas.org

A situação actual em que se encontra a CP é vergonhosa e indigna de um país desenvolvido da Europa Ocidental. Num momento em que os nossos parceiros europeus investem na ferrovia, em Portugal assistimos à degradação de infraestruturas e equipamentos, às constantes supressões de comboios, atrasos e avarias, enquanto a imprensa afiliada aos interesses privados trata de doutrinar a opinião pública, estendendo a passadeira vermelha para a “inevitável” privatização.

As grandes empresas ferroviárias europeias, claro, estão já com os olhos postos em Portugal. Porque o negócio da ferrovia nacional é atractivo e, bem gerido – não confundir com a gestão medíocre de boys partidários – será seguramente um negócio lucrativo. Para não falar nos subsídios públicos que virão indexados ao negócio. E nas cativações do Dr. Centeno, que deixarão de dar o ar da sua graça. É que já estamos em Agosto, e dos 44 milhões de euros (quase nada) previstos no OE18 para investimentos da CP, pouco mais de 10% foi executado. Assim é fácil destruir um serviço público.

O climatologista

  por estatuadesal

(Dieter Dellinger, 07/08/2018)

climatologista

O climatologista, Carlos da Câmara

Este climatologista da Faculdade de Ciências de Lisboa, Carlos da Câmara, disse que o fogo de Monchique era uma desastre anunciado por causa da imensa massa verde ou combustível ali existente.

Mas ao Observador não explicou como se acende uma massa verde grande ou pequena, pois o calor no Algarve e, em particular, na Serra do Monchique não foi superior ao verificado em todo o Portugal.

Porque não ardeu o Parque do Monsanto, algo anunciado na Assembleia da República pelo Curto no passado inverno?

É evidente que o climatologista não diz três coisas: 1) Como se acende a massa verde; 2) porque não arderam as muitas massas verdes e serras existentes por todo o Portugal; porque razão no ano passado ardeu Pedrógão Grande, Pinhal de Leiria, Sertã, registaram-se 16.450 incêndios no País e não ardeu Monchique com as mesmas temperaturas.

É óbvio que o Carlos da Câmara e o Observador (pasquim do PSD) querem politizar um incêndio sem explicarem quem o ateou.

Toda a gente sabe que o fogo só aparece por via de uma chama de uns 800ºC e nunca pela temperatura de 40ºC e é uma vergonha que um professor ou investigador da Faculdade de Ciências não saiba isso. Eu frequentei essa Faculdade, mas já sabia isso da temperatura do fogo do laboratório de química e física do Colégio Moderno.

Qualquer que fosse as massa verde existente na Serra do Monchique e nas outras serras do país só há fogo se alguém chegar uma chama violenta a uma parte da massa verde.

Os estúpidos do Observador julgam que o povo português acredita que um incêndio aparece por falta de ordenamento da floresta e salientam o caso dos eucaliptais das celulósicas que não ardem.

Claro, não ardem porque quem paga aos INCENDIÁRIOS não lhes deu ordens para isso.

Basta ver as estatísticas: em 2016 arderam cerca de 66 mil hectares; em 2017 foram 563 mil hectares queimados por INCENDIÁRIOS motivados pelo PSD e Magistrados que não levaram ninguém a tribunal para que Rui Rio possa dizer que com os fogos o Governo terá de ser demitido e o Rio passar a Primeiro Ministro com apoio do PS??????.

António Costa sabe que Rui Rio tem tanto conhecimento de incêndios e até de política como um drogado arrumador de carros e parece que o homem da Faculdade de Ciências deve estar ao mesmo nível.

Leva essa tralha medíocre contigo, Santana!

08/08/2018 by João Mendes

Fotografia: Luís Barra@Expresso

À terceira é de vez: Pedro Santana Lopes abandonou mesmo o seu partido de sempre, o PPD-PSD, e vai criar um novo partido, cujo nome, expectavelmente, será PPD-qualquer coisa. Isto acontece seis meses após ter declarado o seu amor eterno ao mesmo PPD-PSD, sob o mote “Unir o partido, Ganhar o país“. Estou certo que os seus mais acérrimos apoiantes estão muito orgulhosos da sua decisão, até porque os spin doctors do esgoto passista já decidiram que a decisão é boa.

Sim, estamos na silly season. E se é para ser silly, o momento é agora. Porém, estamos perante um político que se dizia totalmente comprometido com o seu partido de sempre (apesar de ter já ameaçado, por duas vezes, com os papéis do divórcio), e que pediu aos seus companheiros “união” para “ganhar o país”. Durou pouco, a união santanista-passista.

Já agora, será que os passistas que convenceram Santana a ser sua barriga de aluguer se juntarão à debandada? Afinal de contas, eles odeiam a social-democracia, o sector público e o Estado Social, odeiam e não perdem uma oportunidade de fazer a vida negra a Rui Rio e vão, pelo menos os mais rebeldes, perder o lugar elegível para as Legislativas de 2019. Se não estão lá a fazer nada, porque não arriscar a sua sorte junto daquele que escolheram para seu líder, há meio ano atrás?

Simples: porque o partido de Santana será um flop e os carreiristas que quiseram fazer de Santana fantoche do seu laboratório neoliberal sabem que precisam do dinheiro do PSD para regressar a cargos de poder. Porque esses carreiristas, formados na mediocridade das jotas, sabem que, globalmente, não valem um tostão furado. Para não falar nos boys e girls que gravitam em torno destes carreiristas, mentecaptos e inúteis, que precisam dos tachos e avenças que resultarão da chegada dos seus padrinhos aos lugares de poder. E sem PSD não há cargos de poder, tachos, avenças ou negócios ilegais com empresas de publicidade. E os tipos têm que viver de alguma coisa, não é?