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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Opinião: Quando os autarcas querem mandar na vontade dos cidadãos…

Isto estará na “Dimensão Oculta”? É que não encontrei isto nas “Promessas Eleitorais/Salvador Malheiro – 2013.

Joaquim Castro - Colaborador de imprensa


Parece que há câmaras que pensam estar numa qualquer ditadura do terceiro Mundo. Isto vem ao caso, porque é sabido que os recandidatos a algumas câmaras se acham no direito de proibir os dirigentes de participar em actividades dos outros candidatos à mesma autarquia.
É uma situação recorrente, mas preocupante que urge ser denunciada, por quem recebe ameaças veladas, por vezes, pelos assessores ou adjuntos dos presidentes, para não comprometerem esses mesmos candidatos ou recandidatos.
Há dias, um dirigente de uma colectividade do concelho de Ovar, tornou público um episódio, que já muita gente conhece, em que esse dirigente foi acusado de ingrato. Neste caso, pelo adjunto, na presença do presidente. Depois disso, o dirigente associativo também teve direito a mimos, por um candidato da mesma cor política, à presidência da Junta de Freguesia, onde está essa associação.
Quem se lamenta da situação, que supõe que as reprimendas se devem ao facto do clube a que preside, ter recebido, recentemente, a colocação de relva sintética no campo de futebol, por oferta do município, o que, aliás, aconteceu em outras colectividades do concelho.



O que diz o dirigente associativo
“A silly season já começou!
Chegámos ao Verão e à “silly season “(época tola) em que os partidos e candidatos autárquicos se apresentam, dão a conhecer as suas ideias e lançam as suas "farpas". As atoardas também são habituais e até desculpáveis. Afinal, estamos na “silly season”.

Não posso, não devo aceitar e tenho de recriminar as tentativas de denegrirem a minha atuação enquanto indivíduo e cidadão de um país livre, ao ir a um jantar de um candidato colando tal situação ao clube ao qual presido.
Ao Nosso Clube* está interdita toda e qualquer manifestação política e religiosa, pelo que os seus membros e representantes, se estiverem presentes, assistirem e/ou participarem em algum evento de cariz político e/ou religioso, fazem-no unicamente a título pessoal.
Assim, quer eu, quer qualquer outro membro de qualquer órgão do Nosso Clube não estamos mandatados para representar a coletividade, seja em que manifestação política, ou religiosa se nos apresente.
Dito isto, quer eu, quer qualquer outro membro de qualquer órgão do Nosso Clube, como cidadãos de plenos direitos de um país livre, como é o nosso, podemos e somos livres de fazer e estar presentes onde e quando queremos em manifestações tanto políticas, como religiosas, sejam elas, respetivamente de que partido ou religião forem.
Agradeço, pois, aos candidatos e suas comitivas partidárias que tenham a decência de respeitar a associação à qual presido.
Tendo presente o respeito e a decência que a instituição do Nosso Clube merece e o meu direito como cidadão, pois que continue a silly season.


22.07.2017”
*”Nosso Clube” é uma designação genérica, aplicável a outras colectividades

Joaquim Castro
(joaquimdecastro@gmail.com)

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