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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Trump e a cimeira da NATO. “O jantar foi bem pior que o discurso”

Funcionários americanos a par de um jantar privado dos líderes da NATO durante a visita de Donald Trump a Bruxelas, em maio, dizem que o Presidente dos EUA ameaçou suspender o financiamento da aliança até que os europeus paguem o que devem
Há três semanas, na cimeira da NATO em Bruxelas, Donald Trump encheu manchetes com um discurso em que condenou 24 dos 29 Estados-membros da NATO por não gastarem mais dinheiro na Defesa comum, exigindo que cada um cumpra o requisito de alocar 2% do seu PIB à aliança. O que não se soube até agora é que, horas depois dessas declarações públicas, o Presidente norte-americano foi ainda mais longe nas condenações e exigências aos aliados, dizendo aos restantes líderes num jantar que 2% não é suficiente e que cada país devia desembolsar 3% do PIB para o orçamento da aliança.
À revista “Foreign Policy”, “várias fontes” informadas sobre o que se passou nesse jantar dizem que o encontro privado na noite de 25 de maio “foi muito pior que o discurso” e que os líderes da aliança ficaram “chocados” com o que Trump disse. Não só sugeriu aumentar em 1% do PIB o valor das contribuições de cada Estado-membro como ameaçou fechar a torneira americana se os europeus não repuserem os pagamentos em atraso rapidamente. “Foi um total desastre, foi terrível”, diz uma das fontes.
Contactada pela revista, a sede da NATO em Bruxelas escusou-se a comentar as informações, dizendo que “este foi um jantar confidencial dos líderes dos aliados e nós respeitamos a confiança deles”. No artigo publicado na sexta-feira, uma das fontes consultadas por Robbie Gramer diz que Trump tinha duas versões de discursos para o jantar em questão, uma mais tradicional e uma preparado por Steve Bannon e Stephen Miller, os dois controversos conselheiros do Presidente que têm uma visão mais cética da aliança. “Ele ignorou os dois e improvisou.”
A peça foi publicada na “Foreign Policy” no mesmo dia em que Trump finalmente aceitou dar o seu aval ao artigo 5.º, a chamada cláusula de defesa coletiva que é um pilar fundamental da NATO e que dita o compromisso de todos em defenderem um dos Estados-membros se este estiver sob ataque. “Comprometo-me em absoluto com o artigo 5.º”, disse o Presidente na sexta-feira.
Trump e a cimeira da NATO. “O jantar foi bem pior que o discurso”© STEPHANIE LECOCQ Trump e a cimeira da NATO. “O jantar foi bem pior que o discurso”
Durante o encontro em Bruxelas no final de maio, Trump recusou-se a honrar o compromisso declarado nesse artigo, um que só foi invocado uma vez na História, no rescaldo dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gémeas e o Pentágono.
Há uma semana, o “Politico” tinha avançado que Trump omitiu deliberadamente uma linha do seu discurso público na cimeira em Bruxelas onde se comprometia a respeitar e a cumprir a cláusula de defesa comum, em mais um passo “improvisado” que deixou a sua equipa de segurança nacional desorientada.
À FP, Jim Townsend, ex-enviado do Pentágono para a NATO na administração de Barack Obama, disse que a visita de Trump danificou muito a posição de Washington junto dos aliados. “Ele não tem qualquer autocontrolo. Disse o que tinha a dizer — de uma forma bem rude, na minha opinião — portanto por que não aproveitar o jantar à porta fechada para falar de qualquer coisa: Rússia, estratégia, Afeganistão… Não o fez.” Duas das fontes ouvidas pela revista garantem que o tópico Rússia não foi abordado uma única vez durante esse jantar.

Fonte: Logótipo de Expresso

domingo, 28 de maio de 2017

Merkel diz que Europa já não pode contar com os EUA e Reino Unido

Conclusão da chanceler alemã na sequência das cimeiras da NATO e do G7.
Depois das cimeiras da NATO e do G7, a chanceler alemã avisa que a Europa já não pode contar com os Estados Unidos nem com o Reino Unido e defende que chegou a hora dos europeus cuidarem do destino com as próprias mãos.
Num comício em Munique, Angela Merkel confessou que, nos últimos dias, compreendeu que chegou ao fim um tempo em que a Europa podia depender completamente de outros aliados e afirma que agora os europeus têm de saber que têm de lutar pelo próprio futuro.
A chanceler garante, no entanto, que tanto a Alemanha como a União Europeia vão continuar a fazer esforços para manter boas relações com os Estados Unidos e com o Reino Unido (depois do brexit) e ainda com a Rússia.
Depois da cimeira do G7, Merkel classificou os resultados da reunião como muito difíceis e insatisfatórios e resumiu o encontro como sendo de seis contra um. O encontro em Itália terminou sem ter sido alcançado um acordo entre os Estados Unidos e as seis maiores economias do mundo na luta contra as alterações climáticas.
O presidente norte-americano recusou-se a aprovar um acordo global afirmando que precisava de mais tempo para decidir. Já na reunião da NATO Donald Trump criticou os principais aliados por não contribuírem o suficiente para as despesa da Defesa.
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Merkel diz que Europa já não pode contar com os EUA e Reino Unido.

Fonte: MSN

Ovar, 28 de maio de 2017
Álvaro Teixeira

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Sociopatas e assassinos com o mundo nas mãos

José Goulão

José Goulão
Dirigentes sociopatas e assassinos com o destino do mundo nas mãos estão livres e à solta, protegidos, acarinhados até como salvadores dentro da bolha mediática. Se não forem os cidadãos livres, inconformados e informados a dar o alerta quem o fará por eles?
 
Donald Trump e Wilbur Ross

Donald Trump e Wilbur Ross / Agência Lusa
O frequentador, ainda que ocasional, da bolha mediática que envolve o mundo de hoje vive sob anestesia daqueles que serão, com elevado grau de probabilidade, os derradeiros tempos da situação planetária tal como a temos conhecido. Entretido com as peripécias engendradas para instaurar a censura férrea na internet a pretexto das fake news (notícias falsas) nas redes sociais – uma campanha conduzida pelos grandes operadores mediáticos, que assim pretendem reservar para si o monopólio das fake news – o desprevenido cidadão passa ao largo da multiplicação de manobras letais conduzidas por mentes assassinas que ascenderam ao governo mundial.
É verdade que conhecemos ao pormenor as intenções do agora benquisto presidente dos Estados Unidos para castigar o atrevimento do seu congénere da Coreia do Norte, que pretende ter bombas atómicas tal como Israel, por exemplo, com a diferença de que não esconde as suas intenções.
No entanto, quem se der por informado através do conteúdo dos telejornais, das publicações sensacionalistas ou de referência, tanto faz, fica a ignorar as duas outras facetas do mesmo problema: que a ameaça de Donald Trump e dos senhores da guerra que agora ocupam por completo a sua corte se dirige verdadeiramente contra a China; e que, como um espelho de feira da sua metade Norte, ampliando e distorcendo os defeitos, a Coreia do Sul é uma colónia norte-americana infestada de armas nucleares e funcionando em ditadura maquilhada de modo a parecer uma democracia neoliberal.
A versão incompleta, logo distorcida, transformou-se em regra na abordagem dos temas de envergadura mundial que se vão sucedendo nas manchetes e gritaria mediática, através das quais se repetem as mensagens primárias e maniqueístas para cada um decorar e multiplicar. O essencial fica por explicar, para não maçar as pessoas com coisas complicadas, para não sobrecarregar a sua limitada capacidade de atenção, ou porque não há tempo e os anunciantes reclamam o seu espaço, principescamente recompensado em numerário.
Através desta estratégia censória esconde-se da generalidade dos cidadãos o abismo para o qual o mundo caminha agora apressadamente, iluminado pela tese cada vez mais ganhadora de que os avanços tecnológicos e científicos no domínio militar permitem a utilização circunscrita de bombas atómicas, sem que haja risco de uma hecatombe nuclear generalizada.
E na bolha mediática não irrompe qualquer abcesso de inquietação, ao menos para gritar uma advertência do género salve-se quem puder. Pelo contrário, se acaso o assunto é aflorado por ilustres comentadores, uma tal tese é considerada verídica, podemos então dormir descansados, a desgraça será longínqua e limitada.
O Centro de Informação Nuclear das Forças Armadas dos Estados Unidos anunciou que foram testados há pouco, com êxito absoluto, os componentes inertes da nova bomba atómica B61-12, na verdade um novo engenho com capacidade para furar bunkers de silos nucleares e dispondo de quatro opções de potências selecionáveis entre 0,3 e 50 quilotoneladas, o que permite «dimensionar» os danos pretendidos.
«Wilbur Ross, secretário do Comércio de Trump, disse esta semana, durante uma conferência na Califórnia, que o bombardeamento contra a base de Cheirat na Síria, provocando a morte de vários civis, foi "uma sobremesa", um "divertimento" (...)»
Além disso, a Boeing forneceu um novo sistema de orientação que permite ao engenho procurar o alvo, dispensando-se o lançamento na vertical, considerado menos preciso. Enfim, tudo mais controlável, com a vantagem de a nova bomba ser utilizável pelos já existentes F-16 e Tornado, evitando a espera pelos míticos F-35, já vendidos a uma série de países da NATO sem existir um único protótipo.
A recepção da nova bomba atómica começou, aliás, a ser preparada no interior da NATO através do treino de pilotos de várias nacionalidades, designadamente italianos, belgas, alemães, holandeses e, para que conste, também turcos e polacos – oriundos, portanto, de uma ditadura fundamentalista islâmica e de um regime fascizante.
Em simultâneo, decorreu em Nova Iorque uma simulação de operações de socorro no caso de um ataque nuclear. Os comentários advertindo que um exercício deste tipo só faz sentido para precaver a defesa contra uma resposta nuclear a um eventual ataque norte-americano foram qualificados, obviamente, como fruto de teorias da conspiração, talvez de fake news das não toleráveis. Sim porque existe aquele incontestável soundbite garantindo que todas as armas norte-americanas são defensivas, Washington jamais atacará primeiro.
Por isso se condena a ousadia da China ao exigir a retirada do sistema THAAD de «defesa» antimíssil que os norte-americanos instalaram na Coreia do Sul; a exemplo dos escudos «defensivos» operacionais na Polónia, na Roménia e outros países da Europa de Leste, que eram contra o «perigo iraniano» e acabaram convertidos em prevenção contra a «ameaça russa»; tal como os SCUD oferecidos a Israel enquanto a NATO destruía o Iraque, a Líbia, a Síria, o Iémen, a Somália, o Afeganistão, o que mais adiante se verá.
Do mesmo modo que no caso da China, devem condenar-se igualmente os injustificados protestos russos e de países árabes contra os engenhos «defensivos» plantados nos territórios vizinhos. Portem-se bem e nada terão que temer.
Porém, em boa verdade o melhor ataque é a defesa. Os sistemas antimísseis multiplicados pelas Forças Armadas norte-americanas em zonas de conflito e frente às potências rivais pretendem assegurar a impunidade depois de um primeiro golpe; isto é, têm como principal objectivo garantir que a resposta de um país atingido pelo primeiro ataque será sempre menos eficaz do que este. E como agora já podem dosear-se os efeitos de uma agressão atómica, eis uma situação comprovando a tese da guerra nuclear limitada.
Wilbur Ross, secretário do Comércio de Trump, disse esta semana, durante uma conferência na Califórnia, que o bombardeamento contra a base de Cheirat na Síria, provocando a morte de vários civis, foi «uma sobremesa», um «divertimento» no final do jantar que o presidente norte-americano oferecia na ocasião ao homólogo chinês. Uma mensagem servida com um drink, em jeito de brinde. Em Roma, o circo para sacrificar seres humanos era limitado ao Coliseu; agora tem dimensões planetárias.
Sabe-se, entretanto, que os últimos lugares vagos na corte de Trump deixados por nomeados que se opunham à política de confrontação militar foram ocupados por Kurt Volker e Tom Goffus, duas figuras republicanas da máxima confiança do falcão John McCain, por sinal o elo de ligação entre o establishment norte-americano e os principais grupos terroristas ditos islâmicos, entre eles o Daesh ou Estado Islâmico.
Enquanto isso, as Forças Armadas dos Estados Unidos fizeram dois testes com mísseis balísticos intercontinentais «para validar e verificar a eficácia, prontidão e precisão do sistema de armas nucleares».
Dirigentes sociopatas e assassinos com o destino do mundo nas mãos estão livres e à solta, protegidos, acarinhados até como salvadores dentro da bolha mediática. Se não forem os cidadãos livres, inconformados e informados a dar o alerta quem o fará por eles?

Coimbra, 11 de Maio de 2017
Álvaro Teixeira

Salvar o capitalismo para quê? (estátuadesal)

 

(Maria de Lurdes Rodrigues, in Diário de Notícias, 10/05/2017)
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Robert Reich profere amanhã, quinta-feira 11, no ISCTE, uma conferência intitulada "Como a desigualdade nos Estados Unidos criou Trump: um aviso à Europa". Vale a pena assistir, como vale a pena conhecer as ideias e propostas deste economista norte-americano, professor de políticas públicas na Universidade de Berkeley, com uma intervenção cívica intensa na vida do seu país.
A originalidade de Robert Reich está em defender, simultaneamente, o capitalismo e mais justiça social. Afasta-se dos que, à esquerda, defendem um estado de grande dimensão e com forte presença na economia e é mais radical do que os defensores do Estado social europeu por defender mais distribuição da riqueza criada e não apenas mais redistribuição.
Reich combina nos seus trabalhos a análise rigorosa de dados históricos e séries longas de indicadores estatísticos sobre a evolução da economia norte-americana, com a formulação de propostas concretas de intervenção política, visando uma mudança das regras de constituição, funcionamento, regulação e controlo dos mercados, em quatro planos principais: propriedade, monopólios, contratos e falências.
No plano da propriedade, discute a necessidade de se imporem limites à apropriação e privatização de bens públicos, bem como à vigência e abrangência da propriedade intelectual e das patentes. Entre outros exemplos de práticas discutíveis, aponta o facto de a Google e a Apple terem, nos últimos anos, investido mais dinheiro a adquirir e a litigar sobre patentes do que a financiar investigação e desenvolvimento.
No plano dos monopólios, lembra que as leis antimonopolistas, quando foram inventadas, não se destinavam apenas, nem sobretudo, a defender os princípios da livre concorrência e a proteger os consumidores. Desde o início que, nos EUA, os "pais fundadores" tiveram a intenção de impedir a concentração do poder económico e a consequente emergência de agentes económicos com excessivo poder de influência sobre o poder político. E não se está a falar aqui de corrupção, mas apenas no poder de influência sobre a adoção de regras e escolhas que põem em causa o interesse coletivo e o bem comum. São numerosos os casos conhecidos, não apenas nos EUA, da incapacidade de os governos regularem e controlarem o funcionamento de certos mercados em consequência do excessivo poder de agentes económicos e da sua influência sobre as escolhas políticas e as suas condições de exercício.
No plano dos contratos, analisa a evolução das regras de regulação das relações de trabalho, observando a perda de capacidade negocial dos sindicatos e o impacto desta perda na degradação das condições de trabalho, sobretudo salariais, e no aumento das desigualdades. Conclui ser necessário reforçar todas as formas de negociação e de poder da parte mais fraca nas relações contratuais, sejam os trabalhadores ou os consumidores.
No plano das falências, analisa a evolução das regras da sua regulação, concluindo que, atualmente, a distribuição dos riscos resultantes das falências pesam muito mais sobre os trabalhadores e os contribuintes do que sobre os acionistas e os investidores. No caso da recente crise do sistema financeiro e das dívidas soberanas, pudemos observar como parte dos prejuízos privados foram transformados em prejuízos públicos, pesando sobretudo sobre os contribuintes.
Robert Reich defende a necessidade, antes de tudo, de políticas distributivas, como o salário mínimo, a negociação e a contratação coletiva e políticas fiscais fortemente progressivas. Defende-o muitas vezes de modo bem mais radical do que os sociais-democratas europeus. Mas é bastante distante da esquerda anticapitalista, porque defende a economia de mercado como essencial à democracia. De facto, se o capitalismo tem sobrevivido em todo o tipo de regimes políticos, a democracia tem florescido sobretudo em economias de mercado. Por isso o capitalismo deve ser salvo, mas, simultaneamente, profundamente reformado para que o seu desenvolvimento beneficie a maioria e não apenas uns poucos mais poderosos.
Ideias feitas
Os partidos são dispensáveis?
Não, os partidos políticos são indispensáveis à democracia.
Existe hoje quem manifeste, de muitas formas, uma fobia aos partidos políticos e uma adesão entusiasta às lideranças personificadas, apoiadas ou não em movimentos de apoio conjunturais e de fraca organização. Macron com o seu "En Marche", Rui Moreira com o seu "O Meu Partido é o Porto" são os exemplos desta semana.
Os partidos, enquanto instituições democráticas, existem por duas razões muito importantes: enquadrar e viabilizar a participação política dos cidadãos em torno de ideias políticas claras e coerentes e evitar o excesso de poder dos líderes políticos. Para atingir estes objetivos, ainda não inventámos melhores soluções.
Pode acontecer que os partidos políticos não estejam hoje a dar voz a todos, que não se esgotem neles os motivos de mobilização, ou que precisem de ser profundamente renovados. Mas não se retire daí que podem ser substituídos por nada ou por movimentos mais ou menos inorgânicos sem riscos maiores do que aqueles que se queria corrigir.

Coimbra, 11 de maio de 2017
Álvaro Teixeira

quarta-feira, 10 de maio de 2017

"Vais arrepender-te dos próximos quatro anos". Anonymous ameaçam Trump

17 DE JANEIRO DE 2017  17:24

DN

 
Hackers disseram que Trump tem "laços financeiros e pessoais com mafiosos russos, traficantes de crianças e branqueadores de capitais"
O grupo de hackers Anonymous ameaçou Donald Trump pelo Twitter esta segunda-feira. "Vais arrepender-te dos próximos quatro anos", escreveu o grupo numa das contas que mais usa no Twitter.
Os Anonymous aproveitaram uma publicação no Twitter em que Donald Trump criticava o diretor da CIA, John Brennan, para o acusarem de ter "laços financeiros e pessoais com mafiosos russos, traficantes de crianças e branqueadores de capitais".
Numa série de comentários à publicação de Trump, os Anonymous disseram que o presidente estava "implicado em porcarias pesadas" e relembraram que "já não estamos nos anos 80 e que a informação não desaparece, está por aí".
A insinuação de que os Anonymous podem ter e revelar informações secretas sobre Donald Trump causou um grande reboliço nas redes sociais.
O grupo disse que as pessoas devem reagir e fazer algo com as informações que já estão disponíveis sobre Trump em vez de esperar que os piratas informáticos as salvem, como sempre.
"Palavras dos democratas e apoiantes de Trump nos últimos 2 meses: Anonymous, por favor, ajudem-nos. Vocês são a nossa única esperança. Ataquem [inserir nome aqui]", escreveu o grupo. "'Vão atrás deles', 'Sejam melhores', 'Salvem-nos, por favor'. Não, vão vocês atrás dele. É o vosso dever como adultos. Nós demos-vos os recursos, usem-nos"
O grupo de piratas informáticos mais famoso do mundo aproveitou também o dia de ontem para deixar uma nota ao público em que dizia que não é o "exército pessoal" de ninguém.
"Uma mensagem àqueles que querem a nossa ajuda contra o Trump: o nosso alvo não é apenas o Trump mas sim o fascismo no mundo inteiro", escreveu o grupo.
"Nós não somos o vosso exército pessoal. Não estamos aqui para servir os vossos interesses políticos. Não somos patriotas nem nos interessamos pelo vosso Estado. Nós interessamo-nos pelos direitos humanos, a dignidade e a liberdade de existir em segurança. Não queremos saber das vossas necessidades políticas nem do vosso governo falhado", concluiu o grupo.
Donald Trump não respondeu ao comentário dos Anonymous e continuou a fazer publicações no Twitter sobre outros assuntos.
Os Anonymous já tinham declarado "guerra total" contra Trump em março do ano passado, altura em que prometeram lançar uma operação contra o republicano que iria "chocar todo o mundo".
O grupo acabou por não tomar nenhuma atitude relevante devido a cisões internas, segundo a Vice News, que entrevistou um dos piratas. Alguns membros que apoiavam Trump não concordaram com as decisões tomadas em grupo e acabou por não acontecer nenhum ataque informático.
Não é claro o que terá motivado a decisão dos Anonymous de ameaçar Donald Trump novamente.
 
Coimbra, 9 de maio de 2017
Álvaro Teixeira