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terça-feira, 12 de setembro de 2017

“Fake news” compensa

12/09/2017 por j. manuel cordeiro


Há dias, o Jornal Económico (JE) publicou uma “notícia” baseada numa crónica de opinião saída há um ano no Financial Times. O artigo foi partilhado no Facebook pelo DE e, posteriormente, apagado do jornal quando os leitores apontaram que este estava a criar um facto, em vez de noticiar um facto.
A história está detalhada em post anterior, escrito no dia 8 de Setembro de 2017. Nessa altura, acendendo ao artigo pela Google Cache, podia constatar-se que o artigo do DE tinha 1600 partilhas no Facebook. Hoje, passados 4 dias, o artigo já tem 2500 partilhas no Facebook. Portanto, mesmo com a “notícia” original apagada no jornal online, o artigo continua a viver no Facebook, onde está a ser partilhado.
Muitos utilizadores que partilham um post do Facebook não vão ler a notícia original, assim podemos concluir, pois ela foi apagada – nada que já não soubéssemos, mas agora há prova disso. Constata-se, ainda, que bastam títulos que captem a atenção, sem precisarem de reflectirem o conteúdo da notícia, para gerar partilhas no Facebook. Trata-se de uma variante de “fake news”, pois o leitor é tão enganado neste caso quanto numa notícia falsa. O reconhecimento deste comportamento, aliado ao fenómeno do “clickbait“, poderá explicar muito sobre as escolhas feitas pela comunicação social quanto aos títulos das suas peças e sobre o seu papel de gerador de factos, em vez de apenas os noticiar.
Perante esta fuga ao papel de órgão informativo, porque há-de o leitor consumir os conteúdos jornalísticos, em vez se limitar aos textinhos do Faceboook ou de um blog? Depois queixem-se por o jornalismo estar em crise.
Nota: Para aceder à cache do artigo apagado pelo JE, pesquisar no Google “Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times e depois clicar na setinha no texto verde, tal como mostrado na imagem seguinte.
Fonte: Aventar.eu
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sábado, 9 de setembro de 2017

“Jornalismo” militante na imprensa empenhada

09/09/2017 por j. manuel cordeiro

O Jornal Económico pegou num artigo do Financial Times com um ano (de Setembro de 2016), traduziu-o, publicou o seu próprio resumo, partilhou-o no Facebook e depois apagou-o.
«“Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times» (Google cache), assim titulou Leonor Mateus Ferreira a peça em causa. Nela se encontra o descrédito que os sábios estrangeiros sentenciam sobre Portugal e que os indígenas, ignorantes e manipulados por uma comunicação social comprada, não reconhecem. É o que se poderia pensar sobre o assunto, não estivéssemos nós perante uma variante de fake news.
Foi precipitação de quem não reparou na data, tal era o entusiasmo com a oportunidade de citar um cronista estrangeiro qualquer? Não sabemos, o jornal optou por apagar silenciosamente o artigo, sem se dignar a dar uma palavra aos leitores. Como se o que vai para a net alguma vez desaparecesse. Pega-se num artigo de opinião, dá-se-lhe um título assassino, eleva-se-o ao estatuto de ser um jornal a dizê-lo, estrangeiro, ainda para mais, e assim temos spin nacional para encher caixas de ressonância (teve 1.6 mil partilhas no Facebook).