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terça-feira, 21 de novembro de 2017

As notícias falsas connosco

ladroes de bicicletas

Posted: 20 Nov 2017 01:51 AM PST

Aparentemente, a Comissão Europeia (CE) anda preocupada com a disseminação de notícias falsas. É caso para dizer que a CE anda preocupada consigo própria, já que tem sido uma potente disseminadora de mentiras. Afinal de contas, como já aquiassinalei, o actual Presidente da Comissão Europeia e antigo líder político de um pequeno país, o Luxemburgo, transformado num grande paraíso fiscal, disse um dia que a mentira é necessária quando as coisas ficam difíceis. A nova notícia falsa é que andam preocupados com um proclamado pilar social da UE.
Esta é a mesma instituição que tem passado os últimos anos, décadas mesmo, a promover a austeridade, o ataque aos direitos laborais ou o esfarelamento da segurança social pública. Foi de resto para isso que foi criado esse grande ataque aos modelos sociais nacionais chamado Euro, proibindo uma política económica orientada para o pleno emprego e impondo os ajustamentos sobre o salário directo e indirecto. Esta é, não se esqueçam, a maior e mais eficaz máquina supranacional de liberalização económica jamais criada. Só mesmo a crescentemente irrelevante social-democracia europeia e a sua decadente burocracia sindical de Bruxelas para apostar em mais esta notícia falsa.
No fundo, estão bem para Macron, a reveladora esperança do europeísmo realmente existente, apostado no reforço da integração, ao mesmo tempo que, em coerência, faz reformas fiscais claramente para beneficiar os 1% mais ricos (que captarão 44% do regressivo abaixamento previsto de impostos, segundo o Financial Times) e ataca os direitos laborais dos de baixo.
Felizmente, creio que a verdade sobre a lógica da integração é cada vez mais clara. Talvez por isto seja de esperar cada vez mais mentiras vindas de Bruxelas e dos seus aparelhos ideológicos em todos os países da UE.

sábado, 23 de setembro de 2017

O Expresso e os “relatórios secretos”



por estatuadesal
(Por Estátua de Sal, 23/09/2017, 18h)
expresso_4
Mas que grande tiro no pé, dr. Balsemão. Então o seu jornal, dito de referência, cai numa trapalhada deste jaez? Expliquemos o ocorrido.
Na edição de hoje, o Expresso dá conta da existência de um relatório, supostamente elaborado pelo Centro de Informações e Segurança militares (CISMIL), que arrasa o Ministro da Defesa e o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas no contexto da investigação ao desaparecimento do armamento dos paióis de Tancos.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

“Fake news” compensa

12/09/2017 por j. manuel cordeiro


Há dias, o Jornal Económico (JE) publicou uma “notícia” baseada numa crónica de opinião saída há um ano no Financial Times. O artigo foi partilhado no Facebook pelo DE e, posteriormente, apagado do jornal quando os leitores apontaram que este estava a criar um facto, em vez de noticiar um facto.
A história está detalhada em post anterior, escrito no dia 8 de Setembro de 2017. Nessa altura, acendendo ao artigo pela Google Cache, podia constatar-se que o artigo do DE tinha 1600 partilhas no Facebook. Hoje, passados 4 dias, o artigo já tem 2500 partilhas no Facebook. Portanto, mesmo com a “notícia” original apagada no jornal online, o artigo continua a viver no Facebook, onde está a ser partilhado.
Muitos utilizadores que partilham um post do Facebook não vão ler a notícia original, assim podemos concluir, pois ela foi apagada – nada que já não soubéssemos, mas agora há prova disso. Constata-se, ainda, que bastam títulos que captem a atenção, sem precisarem de reflectirem o conteúdo da notícia, para gerar partilhas no Facebook. Trata-se de uma variante de “fake news”, pois o leitor é tão enganado neste caso quanto numa notícia falsa. O reconhecimento deste comportamento, aliado ao fenómeno do “clickbait“, poderá explicar muito sobre as escolhas feitas pela comunicação social quanto aos títulos das suas peças e sobre o seu papel de gerador de factos, em vez de apenas os noticiar.
Perante esta fuga ao papel de órgão informativo, porque há-de o leitor consumir os conteúdos jornalísticos, em vez se limitar aos textinhos do Faceboook ou de um blog? Depois queixem-se por o jornalismo estar em crise.
Nota: Para aceder à cache do artigo apagado pelo JE, pesquisar no Google “Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times e depois clicar na setinha no texto verde, tal como mostrado na imagem seguinte.
Fonte: Aventar.eu
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sábado, 9 de setembro de 2017

“Jornalismo” militante na imprensa empenhada

09/09/2017 por j. manuel cordeiro

O Jornal Económico pegou num artigo do Financial Times com um ano (de Setembro de 2016), traduziu-o, publicou o seu próprio resumo, partilhou-o no Facebook e depois apagou-o.
«“Portugal está no centro de uma tempestade perfeita”, realça o Financial Times» (Google cache), assim titulou Leonor Mateus Ferreira a peça em causa. Nela se encontra o descrédito que os sábios estrangeiros sentenciam sobre Portugal e que os indígenas, ignorantes e manipulados por uma comunicação social comprada, não reconhecem. É o que se poderia pensar sobre o assunto, não estivéssemos nós perante uma variante de fake news.
Foi precipitação de quem não reparou na data, tal era o entusiasmo com a oportunidade de citar um cronista estrangeiro qualquer? Não sabemos, o jornal optou por apagar silenciosamente o artigo, sem se dignar a dar uma palavra aos leitores. Como se o que vai para a net alguma vez desaparecesse. Pega-se num artigo de opinião, dá-se-lhe um título assassino, eleva-se-o ao estatuto de ser um jornal a dizê-lo, estrangeiro, ainda para mais, e assim temos spin nacional para encher caixas de ressonância (teve 1.6 mil partilhas no Facebook).

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Mark Zuckerberg prepara-se para destruir o que resta da imprensa portuguesa

29/08/2017 por João Mendes

O Facebook prepara-se para reduzir a pó a esmagadora maioria da imprensa portuguesa, senão mesmo toda. Como é sabido, a imprensa nacional atravessa uma fase extremamente delicada, caracterizada pela descredibilização, pelos conteúdos manipulados e pela perda de receitas. E o pior poderá estar ainda para vir.
O recente anúncio do grande irmão Balsemão, que se prepara para vender todas as revistas do grupo, incluindo referências com a Visão e a Exame, a par das situações financeiras ruinosas do grupo Newshold (Sol, i) ou do grupo Cofina, que deve milhões ao Estado, ilustram na perfeição o estado a que a imprensa nacional chegou.
Desesperados, os órgãos de comunicação social portugueses encontraram nas redes sociais uma nova forma de financiamento, através de um novo segmento de publicidade que depende directamente do número de acessos dos leitores, ou cliques. Porém, na ânsia do lucro fácil, generalizaram-se o clickbait e as fake news, termos que entraram de rompante no nosso glossário, tal é o uso e abuso dos mesmos. Perante o desinteresse crescente por uma imprensa que deita fora a experiência e a excelência, para a substituir por precariedade a preço de saldo, o resultado não surpreende.
Porém, nesta era de vigilância multidireccional, não são apenas os governantes e as empresas privadas a monitorizar os cidadãos. Também os cidadãos, com acesso quase ilimitado à informação, vão monitorizando umas coisas, e a imprensa tem estado debaixo de fogo. E bem, porque mente e manipula que se farta. Recordam-se do caso do avião que (não) se despenhou em Pedrógão Grande? E das garantias que o semanário Sol dava da saída de Mário Centeno do executivo Costa? São dois exemplos, poderiam ser mil, e devem ser punidos. E se a ERC não serve para nada, valha-nos o big brother Zuckerberg. Corte-se a publicidade aos aldrabões!
Sim, isto coloca um sério problema a todos nós: se a imprensa se desmoronar, a gestão da informação corre o risco de ficar nas mãos de quem tem recursos ou seguidores nas redes sociais. Imperará o amadorismo populista, parcial e manipulador. A ausência de rigor. Mas, não está já a maioria da imprensa ao serviço de interesses privados e, pior, político-partidários? Não estarão o populismo, a demagogia e a falta de rigor instalados na maioria das redacções deste país? Então talvez esteja na altura da nossa imprensa olhar para dentro e decidir se quer que o jornalismo continue a ser a excepção ou que volte a ser a regra.

Fonte: Aventar

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Sordid season



por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 28/07/2017)
quadros
Infelizmente, este Verão, uma pessoa tem a televisão ligada e parece que tem uma daquelas lareiras falsas. Impressionante, em termos estatísticos, é ainda não ter ardido nenhuma padaria portuguesa. Mas é triste e medonho ver cavalgar politicamente o número de mortos de Pedrógão.
Esta foi uma semana de política necrófila. Fiquei assustado. Porque uns indivíduos que acusam o Governo de esconder mortos para não perder a popularidade são capazes de tudo, incluindo usar mortos para serem populares.
Do nada, o jornal Expresso fez manchete com os mortos da tragédia de Pedrógão Grande, afirmando que seriam mais do que o que havia sido divulgado. Segundo o Expresso, havia pelo menos uma senhora que foi atropelada, um senhor que morreu passado um mês com tuberculose e um indivíduo no Feijó que saiu à pressa da banheira para ir ver o incêndio de Pedrógão, na CMTV, e escorregou no chão molhado. No Expresso, um colunista falava em 100 mortos e demissão do Governo. Até no jornal Crime diziam - "eh pá, 100, calma, isso é demasiado sensacionalista." O jornal Expresso devia usar aquela calculadora da devolução da taxa extra do IRS para contar os mortos de Pedrógão.
De imediato, Hugo Soares, como um javali numa loja de porcelanas, deu 24 horas ao Governo para divulgar a lista nominal dos mortos. O PSD ameaçava contratar uma espírita para contar os mortos de Pedrógão. Hugo Soares queria estrear-se com uma entrada a pés juntos e só faltou exigir uma lista nominal de mortos, até agora, no Game of Thrones, e dar 24 horas a Paco Bandeira para revelar o número de discos que queimou.
Depois da divulgação da lista, pela PGR, Hugo Soares disse: "Finalmente foi posto um ponto final numa especulação criada pelo Governo." Criada por quem?! Estão a confundir os Costa. Este é o irmão, o do Expresso. Eu tenho uma lista de 64 nomes, que gostava de chamar ao Hugo Soares. A esta hora, está a desgraçada da mulher do Hugo Soares a querer dormir e ele a ler a lista dos mortos - "Ao menos, vai para a sala ver o Walking Dead". "Sozinho, não consigo. Tenho medo. Vou levar o sapo de peluche que o André Ventura me ofereceu."
Esta estratégia de transformar a "silly season" numa "sordid season" começou com os suicidas de Passos e continuou com os mortos escondidos pelo Governo. Toda esta celeuma nasceu de uma lista publicada no facebook por uma empresária que tinha andando a contar campas frescas. O chamado jornalismo de investigação.
A notícia tinha por base a informação de uma empresária fixe que estava a pensar propor um monumento às vítimas de Pedrógão e tinha feito uma lista de pelo menos 73 mortos no facebook, mas afinal havia repetidos. Eu imagino o estado em que está a contabilidade da empresária de Pedrógão. No estado a que isto chegou, estamos com sorte, porque ainda nenhum jornal se lembrou de aproveitar a tragédia e fazer uma colecção da panini com as vítimas de Pedrógão.

TOP-5
Esgravatar sepulturas
1. Pedrógão Grande: Assunção Cristas não exclui moção de censura ao Governo.Caso não esteja bom na praia.
2. Passos Coelho diz que o PSD precisa "pôr todas as forças no terreno". Vão limpar matas.
3. Marques Mendes "anuncia" descida da taxa de desemprego em maio para 9,4%. Só ele tem 20 empregos.
4. Vaticano fechou as fontes devido à seca prolongada em Itália. É rezar para que chova. É o sítio indicado.
5.  A "empresária" que "conta mortos" é a dona da Dialectus, empresa que ficou a dever mais de 250 mil euros a trabalhadores. O melhor é ela fazer um memorial a quem ficou sem a massa.