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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

HUGUINHO: O DONO DA BOLA?

por estatuadesal

(Joaquim Vassalo Abreu, 24/01/2018)hugosoaresNota Prévia: No mesmo registo do anterior texto, mas hoje com pontuação!

No meu tempo de criança era assim: O dono da bola, de capão claro está, coisa apenas acessível a uns poucos privilegiados, é que escolhia a equipa e se a coisa não estivesse a seguir segundo o seu capricho, pegava na bola e ia embora…sob o protesto de todos e mesmo choro de alguns! Ele era o dono da bola!

Mas também me lembro de há uns longos anos, princípios da década de oitenta, ter visto uma rábula protagonizada pelo Óscar Branco que aí vestia a mítica figura do “Toninho Piranha”! Sucede que um Huguinho qualquer também tinha comprado uma bola nova, uma bola cheia de um ar redondo, como a definia o Toninho Piranha, pois ela “pinchava”! Mas quando o Toninho Piranha ia marcar um penalti, o tal Huguinho virou-se para ele e avisou-o: Ó Toninho, olha que a bola é nova!

E o Toninho Piranha, sob o peso de todo aquele ar redondo, o ar redondo que fazia “pinchar” a bola, descobrindo que no penalti a bola não “pinchava”… falhou o penalti!

Este preâmbulo é apenas para introduzir mais um “compère” nesta espécie de peça, o Ruizinho!

De modo que o “Ruizinho”, parceiro na vida real do Huguinho, tal como ele bem nascido e desde sempre dono de qualquer coisa, transformou-se em dono do campo, quis de imediato fazer uma nova equipa e, ainda mais, quis substituir o anterior capitão. Só que o Huguinho ergueu lentamente seu dedo indicador e disse-lhe: Na, Na, Na…Aqui o capitão da equipa sou eu e, mais, a bola é minha! E virando-se para o Ruizinho disse-lhe: Tu até podes ser dono do campo, mas…substituir a equipa? Mudar de capitão? Olha, tu até podes ser dono do estádio, até podes formar uma nova equipa, mas…sem bola? Quem é que joga? E relembrou-lhe: É que a bola é minha!

E o Ruizinho, à maneira de um Jasus qualquer, logo pensou: Mas como é que eu, com esta porcaria de equipa - equipa que eu até derrotei nas urnas -, posso conseguir os meus “objectivos”? Que me adiantará levantar a cabeça e seguir em frente, como dizem os Jasus todos?

Então, tolhido de gestos e de imediatas acções, lá reuniu com o Huguinho que, à falta de outra bola, era o dono da única! Mas o Huguinho, com o seu anterior chefe em vias de se fazer à vida, resolveu julgar-se o lídimo repositório da sua sequela e perguntou-se: Mas quem sucede a Passos e à sua imemorável actuação? E quem sucederá ao incompreendido mas mais que fabuloso pensamento de Santana para o futuro deste País? Quem se não eu?

Quem melhor para travar este menino da Foz que quer fazer do nosso inesquecível passado recente tábua rasa e fazer esquecer estes dois valores da Pátria, ao nível de qualquer Infante da ínclita geração, ou de qualquer Vasco da Gama ou  Albuquerque? Quem? Quem mais para travar este menino mimado que aqui chega e quer logo mudar de equipa, de táctica, de capitão, de tudo…pensando que é logo tudo dele? Pois é, falta-lhe a bola, e sem bola não há jogo! A bola é minha e se ele quer a bola para jogar, esta tem que ser muito bem negociada!

E então lá surgiram todos os comentadores, todos os analistas, todos os politólogos e até economistas e todos os seus afins, a afirmarem alto e bom som: suicídio político! De quem? Dos dois! Um porque fez finca pé e, como alvitrou Marques Mendes, deu sinal que ficou agarrado à bola e o outro, o Ruizinho, porque não soube exercer a sua autoridade e ficou fragilizado!

Isto é: o Huguinho colou-se à bola e só sabia dizer que a bola era dele e sem a sua bola não haveria jogo, fazendo birra! E o outro porque ganhou o campo, mas…nem uma bola conseguiu arranjar, quanto mais uma equipa!

Pelo que, neste imbróglio, o jogo continua parado! E parado por falta de bola! Se ainda fosse por falta de energia eléctrica…E o que é certo é que ninguém lhe dá a bola, ao Ruizinho, que é o mesmo que dizer, como se diz cá na minha terra, “ninguém lhe passa bóia” ou “ninguém lhe liga bóia”!

E assim a pergunta final é: Que vai fazer o Huguinho com a bola e que vai o Ruizinho fazer com o campo? O Huguinho vai jogar sozinho? O Ruizinho vai rapar a relva?

É assim este “nosso” (melhor, Vosso) PPD, que também se auto intitula de PS+D! “D” de divertido

PS- Como sempre digo: analistas políticos anestesiados, economistas assalariados e comentadores deslumbrados há muitos! De modo que eu dedico-me à “medicina alternativa”!!!

Os 12 melhores locais para visitar em Leiria

por admin

"Leiria tem um rio que corre para cima, uma torre que não tem Sé, uma Sé que não tem torre e uma Rua Direita que o não é." Este é o ditado popular que os próprios leirienses usam para definir a sua lindíssima cidade. Situada no centro de Portugal, perto de locais tão emblemáticos e visitados como o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro de Aljubarrota, Fátima e Nazaré, Leiria assume uma posição central e pode ser o local ideal para funcionar como ponto de partida para visitar vários locais em seu redor. No entanto, há muito para visitar em Leiria.

LeiriaLeiria

Leiria é uma cidade animada, dinâmica e muito agradável, que mistura influencias medievais e modernas, que se encontra junto a um monte fortificado desde a época mourisca, na confluência dos rios Liz e Lena. O imponente Castelo de Leiria, graças à sua localização estratégica, domina por completo a cidade. Esta é uma cidade histórica com muita importância para Portugal. Aqui Afonso III convocou as cortes em 1254, Dom Dinis estabeleceu a sua residência principal no castelo durante o século XIV e em 1411 a comunidade judia da cidade construiu a primeira fábrica de papel do país.

LeiriaLeiria

Na actualidade Leiria apresenta-se como uma cidade agradável e discreta, onde abundam os bons restaurantes, cafés e bares; as suas ruas encontram-se repletas de lojas de várias categorias. A zona antiga é a Praça Rodrigues Lobo, perto da qual encontraras numerosos hotéis e restaurantes. O Castelo de Leiria, localizado numa colina repleta de árvores, é de visita obrigatória se passas por esta cidade. Aqui encontrarás um tranquilo jardim, onde se ergue a Igreja de Nossa Senhora da Pena, de estilo gótico; existe ainda o Palácio Real, com numerosas áreas que merecem ser visitas, em especial a galeria central.

LeiriaLeiria

Ao lado da praça, onde se encontra o quartel da policia municipal, verás a Igreja de São Pedro, românica (do século XII). Seguindo as ruas até mais abaixo chegarás à Sé ou Catedral de Leiria, também de visita indispensável, e em frente desta ergue-se a famosa Pharmácia Leonardo Paiva, decorada com uns interessantes painéis de azulejos nos quais aparecem Hipócrates, Galeno e Sócrates. O novelista Eça de Queirós viveu na Travessa Topografia, perto da catedral, e costumava reunir-se na dita farmácia com um grupo literário, que actualmente se converteu num pub irlandês.

Se continuar pela rua Barão de Viamonte, que começa em frente ao largo da Sé, chegarás à Igreja da Misericórdia (século XVIII). Junto a um troço do rio Lis está instalado o ponto de Turismo, e nas suas imediações poderás visitar a Igreja do Espírito Santo (século XVII), de fachada barroca; e um pouco mais acima o Convento de Santo Agostinho, com uma igreja de finais do século XVI, e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Acima do rio alcança-se o Convento de São Francisco (século XVIII), cuja igreja conserva uma capela renascentista com um altar da Piedade. Descubra os melhores locais para visitar em Leiria!

1. Castelo de Leiria

O Castelo de Leiria conta com uma extraordinária e estratégica localização, num lugar habitado em tempos pelos romanos, onde o primeiro Rei de Portugal, Afonso Henriques, edificou em 1135 este castelo para defender a fronteira sul do seu reino, já que Santarém e Lisboa estavam ainda sob o domínio árabe. Após a reconquista destas cidades em 1147, o castelo perdeu importância militar e caiu em ruína, até ao século XIV, o rei Dinis, reconstruiu o castelo para lá residir com a sua mulher, a rainha santa Isabel. Na actualidade o castelo mantém-se como um símbolo monumental da historia da cidade.

LeiriaLeiria

A arquitectura dos edifícios actuais foi modificada no século XVI devido a uma cuidadosa restauração. Após entrar no primeiro recinto do castelo, passando pela porta ladeada de duas imponentes torres, chegará a um pátio muito florido e refrescante. À esquerda encontrará uma escada que chega até ao coração do castelo, orientada para o Palácio Real, localizado em frente à torre de homenagem, e à direita a Igreja de Nossa Senhora da Pena, construída no século XV, e que ainda conserva um elegante presbitério de estilo gótico. No seu interior não deve deixar de visitar o Núcleo Museológico da Torre de Menagem, onde se encontram expostos muitos materiais arqueológicos encontrados no castelo, assim como réplicas de armamento medieval. O Palácio Real conta com muitas áreas que merecem ser visitadas. Umas escadas conduzem à galeria central, a partir da qual se contemplam maravilhosas vistas sobre a cidade de Leiria, através de oito arcos góticos apoiados sobre outros tantos pares de colunas.

2. Sé Catedral de Leiria

A necessidade de um edifício destinado a Sé surgiu em 1545 quando D. João III apoiou a criação do Bispado de Leiria, dando a sua jurisdição ao reformador do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, Frei Brás de Barros, primeiro bispo da Diocese. Em 1546, teve início a construção, segundo um projecto do arquitecto Afonso Álvares, que optou pelo estilo maneirista para o exterior, conservando um interior harmonioso com três naves da mesma altura, de inspiração renascentista tardia. A igreja foi sagrada apenas em 1574. Algumas alterações foram efectuadas nos séculos seguintes graças à acção episcopal, salientando-se a que sucedeu ao terramoto de 1755 e que acentuou a sobriedade da fachada.

Sé Catedral de LeiriaSé Catedral de Leiria

No interior, destaca-se a capela-mor do séc. XVII, da autoria de Baltasar Álvares e Frei João Turriano, em estilo maneirista. O retábulo enquadra pinturas de Simão Rodrigues, com episódios da vida da Virgem Maria. Dois órgãos de grandes dimensões em estilo barroco que sobrepõem dois cadeiras laterais completam a decoração. No séc. XVIII, aquando das obras na fachada, D. Frei Miguel Bolhões e Sousa mandou construir a torre sineira um pouco afastada do edifício, sobre a antiga torre medieval das Portas do Sol que marcava a entrada Sul na muralha do Castelo.

3. Praça Rodrigues Lobo

No coração Leiria, a Praça Rodrigues Lobo assume-se actualmente como a sala de visitas da cidade, espaço de lazer e convívio nas muitas esplanadas ali existentes. A calçada à portuguesa, a realização de iniciativas culturais e de lazer, e a vista para o castelo de Leiria são alguns dos atractivos do espaço. Na época medieval foi esta a Praça de São Martinho, onde se localizava a Igreja de S. Martinho, já existente em 1211. Defronte desta, situaram-se no início do século XV a Casa da Câmara, a Cadeia, o Pelourinho e o Paço dos Tabeliães.

Praça Rodrigues LoboPraça Rodrigues Lobo

O actual edifício do Ateneu de Leiria, foi o antigo palácio setecentista da família Oriol Pena, cujo brasão ainda ostenta na fachada voltada para a Rua Vasco da Gama. Nele funcionou no século XIX, a Assembleia Leiriense de que Eça de Queirós era sócio e onde ia ler os jornais. No seu romance “O Crime do Padre Amaro”, a praça era o local de encontro dos notáveis da cidade. Nesta praça situou-se o Banco Raposo de Magalhães onde trabalhava José Maria Gomes, ou Tomé, amigo de Miguel Torga.

4. Santuário de Nossa Senhora da Encarnação

O Santuário de Nossa Senhora da Encarnação encontra-se sobre o Monte de São Gabriel, na zona Este da cidade de Leiria, Portugal. Trata-se de uma igreja de peregrinação que foi edificada no século XVI sobre a antiga Ermida de São Gabriel. A grande escadaria que a precede foi construída no século XVIII por ordem do Bispo D. Frei Miguel de Bolhões, cujo brasão encontramos num dos lanços.

Santuário de Nossa Senhora da EncarnaçãoSantuário de Nossa Senhora da Encarnação

Junto à entrada destaca-se uma galeria marcada por sete arcos, sendo o central mais elevado e sobreposto por um frontão trabalhado onde se encontra uma estátua do arcanjo São Gabriel. No seu interior conta com um altar maior onde se exibe uma imagem de Nossa Senhora da Encarnação, padroeira da cidade. A igreja é revestida por painéis de azulejos policromáticos do século XVII, sobrepostos por pinturas relacionadas com a vida da padroeira. Existem ainda algumas pinturas sobre os milagres de Nossa Senhora da Encarnação.

Director de campanha de Rio investigado pelo MP

PORTUGAL

06:56 por A.R.M.0

Salvador Malheiro terá beneficiado líder da concelhia do PSD de Ovar com um negócio por ajuste directo em quase dois milhões de euros.

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Bruno Colaço

O Ministério Público está a investigar alegados negócios do presidente da Câmara de Ovar e director de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro.

Ao DN e Observador, fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou que há um inquérito. "Este processo corre termos no DIAP de Aveiro, não tem arguidos constituídos e está em segredo de justiça", terá dito.
Tal como o Observador avançou, o autarca fez contratos com clubes para relvados sintéticos, beneficiando a empresa do líder da concelhia do PSD de Ovar e futuro vereador, Pedro Coelho, com um negócio por ajuste directo em quase dois milhões. Os negócios foram fechados durante o primeiro mandato de Malheiros, entre 2013 e 2017.

carta aberta aos meus camaradas

por rui a.

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Meus Caros Amigo, Companheiros e Camaradas de esquerda e de extrema-esquerda,

Por favor, percam lá, de uma vez por todas, esse mau vício, que tão mal vos fica, de defender corruptos.

Ou antes, e em nome da tolerância, vou refazer esta frase: percam lá esse mau vício de defenderem pessoas sobre as quais recaem fortes indícios de corrupção, ou pessoas que já foram acusadas pelos órgãos legítimos de Estados de Direito, ou que já foram julgadas e condenadas por tribunais democráticos.

Por amor da Santa, deixem de ser seletivamente «escrupulosos» nos vossos juízos morais a propósito de políticos. Não se encrespem quando aqueles que vocês consideram, infelizmente, os vossos, sentam os rabos no mocho e prestam contas à justiça. Não criem distinções entre bandidos «bons» e bandidos «maus», muito menos por razões ideológicas. Sabem porquê? Porque esses tipos não têm qualquer espécie de ideologia. São simples ladrões que se riem de vocês, quando vos vêem a defendê-los e a porem as mãos no fogo pela «inocência» deles.

Deixem lá, de uma vez por todas, de exultar quando o Oliveira e Costa ou o Duarte Lima vão presos, ou quando a justiça cai em cima do Salgado, para depois acusarem a justiça, a mesma justiça que condenou aqueles “fascistas”, de perseguição ao José Sócrates (aí, o Costa, que é mais fino do que vocês, bem se pôs a léguas do mártir, deixando-o entregue à «sua verdade»...).

Deixem lá, de uma vez por todas, de exaltar com a prisão do Eduardo Cunha ou do sexagenário Maluf (o fascista da Arena que se tornou num compagnon de route do “Lulinha, paz e amor”, que com ele tirou fotografias aos abraços para elegerem, em São Paulo, o Haddad…), para depois apontarem o dedo aos juízes que, em vários tribunais e diferentes instâncias, condenaram «o político mais sério do mundo» a vários anos de prisão. Será que o Moro e os três juízes que ontem confirmaram, fundamentadamente, a sentença de primeira instância são todos corruptos? Bonzos do grande capital a perseguirem o «paladino do povo»? Vocês conseguem dizer isso sem se rirem? Que lata!

Ou será que para vocês o Estado de Direito se faz nas ruas? Ficaram muito impressionados com aqueles milhares de apoiantes do Lula, reunidos à porta do tribunal? Vamos fazer justiça popular? Vamos linchar os juízes que condenaram «o filho do povo» e levar o camarada Lula, aos ombros, para o Palácio da Alvorada? E por falar nos direitos políticos do «Lulinha, paz e amor», fazem vocês alguma ideia de quantas centenas de políticos brasileiros estão impedidos de se candidatarem seja ao que for por suspeitas de corrupção? Por que não escrevem em favor desses pobres «perseguidos» pela justiça «corrupta» do Brasil? Sabem como é que se enchem praças brasileiras de «apoiantes» seja de quem for? Sabem como é que os caciques brasileiros chamam aos eleitores cujos votos dominam e vendem a quem lhes der mais dinheiro: os «currais eleitorais». Tratam as pessoas, o povo que vocês dizem defender, como porcos.

E se vocês se preocupam tanto com a voz das ruas, por que é que não escrevem nada, como a Menina Mortágua escreveu sobre o Lula, a condenar o Maduro por continuar a oprimir um povo que nelas se manifesta e por ter mandado assassinar o maçon Oscar Pérez? E já agora, perdoem-me a ironia, por que não rasgam as vestes para defender esse filho do povo norte-americano que responde ao nome de Donald Trump da perseguição que lhe tem sido feita pela comunicação social às ordens de alguns sinistros capitalistas, como George Soros? E, se é a rua que dita a lei, querem contar as cabeças que aparecem nas fotografias do III Reich, com populares alemães a esticarem o braço direito ao Hitler? Não é por aí, pois não?

Pois é, meus caros: a Democracia e o Estado de Direito assentam no princípio da igualdade. Neles não há cidadãos de primeira, de segunda e de terceira. Todos somos iguais perante a lei. Somos iguais uns aos outros. Não vendam os vossos ideais – se é que ainda os têm – pela «honra» de ladrões. Não conspurquem a justiça se ela chamar à responsabilidade aqueles que foram os vossos heróis. Lamento muito, mas enganados uma vez todos podemos ser. Duas, só se formos os burros ou desonestos.

Os 12 melhores locais para visitar em Guimarães

por admin

“Aqui nasceu Portugal.” Esta frase, gravada num pedaço das muralhas medievais que restam no bem tratado centro histórico de Guimarães, que é um dos lugares mais fotografados do país, demonstra plenamente que estamos em uma das cidades históricas mais importantes de Portugal. Associado à formação e identidade de Portugal, o centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado Património Mundial pela UNESCO com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado.

GuimarãesGuimarães

A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros. Por momentos imaginamo-nos num cenário medieval, onde a nobreza foi construindo as suas moradias como a casa Mota Prego, o Palácio de Vila Flor, do Toural e tantos outros que dão a Guimarães uma atmosfera única. Visitar Guimarães é regressar ao passado e sentir o local e as ruas onde Portugal nasceu.

GuimarãesGuimarães

Guimarães é uma cidade com um passado histórico glorioso. A sua história relaciona-se com a fundação da identidade nacional e a língua portuguesa, no século XII. A cidade tem preservado o seu ilustre passado como cidade natal de Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal e nascido em 1110. Também neste mesmo local, o rei deu início à principal ofensiva de reconquista contra os mouros.

Guimarães dispõe de um impressionante centro histórico com uma arquitectura exclusiva, com um labirinto de ruelas e praças pitorescas rodeadas de edifícios medievais. Todo o centro histórico foi classificado como “Bem Único” pela UNESCO em 2001 e assim incluído na lista de bens do Património Mundial.

GuimarãesCastelo de Guimarães

Mas esta cidade não se destaca apenas pelos seus tesouros históricos: é também lar de museus, praças repletas de cafés e restaurantes com um ambiente extraordinário. Além do mais, Guimarães é “A Cidade Universitária” e os seus estudantes dão vida a toda a zona. Especialmente no mês de Agosto durante a celebração das “Festas da Cidade e Gualterianas” onde se prepara uma antiga feira com danças populares, concertos de rock, fogo-de-artifício, desfiles e touradas.

A cidade também adquire uma atmosfera especial durante a “Feira Afonsina”: feira medieval que deverá ocorrer em junho. Em Novembro, ocorre um dos maiores festivais de Jazz do país e tem duração de três semanas. Alguns locais de passagem obrigatória para quem está de visita à cidade são: Paços dos Duques de Bragança, Castelo de Guimarães, Igreja de São Miguel do Castelo, Praça São Tiago, Jardins do Palácio de Vila Flor, Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Igreja de São Francisco, Igreja de São Gualter, Museu Alberto Sampaio, Museu Arqueológico Martins Sarmento. Descubra os 12 melhores locais para visitar em Guimarães!

1. Castelo de Guimarães

O Castelo de Guimarães, situado no Monte Largo - “alpis latitus” no latim de documentos da época - evoca o misto de lenda e heroísmo que envolve o início da História de Portugal. Mumadona, condessa galega, mandou construir neste local, cerca do ano 968, um castelo onde a população se pudesse refugiar dos constantes assaltos de hordas de vikings, vindos dos mares do norte da Europa e dos muçulmanos que acorriam dos territórios que ocupavam a sul. Quando o Conde Henrique recebeu de seu sogro, Afonso VI de Leão, o governo da província portucalense, mandou construir outra edificação mais ampla e sólida, que constituiu o início do importante conjunto defensivo que vemos hoje, dominado pela torre de menagem. Embora o facto não esteja documentado, é provável que o edifício que se encontra encostado à parte interna da muralha norte tenha sido a morada do Conde D. Henrique e local do nascimento de seu filho Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Castelo de Guimarães

Ao castelo, liga-se a história militar da fundação do reino nos diversos combates em que Afonso Henriques defrontou em 1127 seu primo Afonso VII, rei de Leão. Liga-se também à abnegação de seu aio, Egas Moniz, que se ofereceu para fiador da palavra do infante quando este, vendo que não conseguia vencer o cerco de Afonso VII, prometeu constituir-se seu vassalo, tendo renegado a promessa ao sair-se vencedor. Até finais do séc. XIV no castelo de Guimarães protagonizaram-se heróicos combates para a defesa da integridade do jovem reino de Portugal, abalado por questões dinásticas com Castela que tornavam vulnerável a sua independência. Com o nascimento das novas armas de artilharia, o castelo de Guimarães, como tantos outros, conheceu o início do fim das suas glórias. Abandonado à incúria do tempo e dos homens, veio a ser cuidadosamente restaurado na sua original grandiosidade e beleza, na primeira metade do séc. XX.

2. Paço dos Duques de Bragança

O Palácio dos Duques de Bragança eleva-se sob o centro histórico de Guimarães, no Norte de Portugal. Construído no século VX, sob as ordens de D. Afonso (filho ilegítimo de D. João e Dona Inês Pires Esteves), 1º Duque da Casa de Bragança e 8º Conde de Barcelos. As suas torres e chaminés cilíndricas em tijoleira destacam-se sobre quase qualquer ponto de vista do centro histórico.

Paço dos Duques de BragançaPaço dos Duques de Bragança

O palácio sofreu uma intensa deterioração durante alguns séculos, pois a soberana família que lá residia mudou-se para Vila Viçosa, no Alentejo; no entanto foi incrivelmente restaurado para ser utilizado como residência presidencial de Salazar. Actualmente ainda conserva muitas das suas relíquias originais. Ao visitar o palácio poderá visitar muitos dos seus quartos e observar as suas tapeçarias flamengas e armas antigas (séculos XV e XVI). Ainda dentro do palácio, poderá contemplar uma capela com vitrais deslumbrantes.

3. Centro Histórico

Nesta terra teria nascido em 1109, segundo a lenda, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, numa altura em que Guimarães era um pequeno aglomerado urbano medieval protegido por um castelo de pedra e madeira. O aglomerado urbano intramuros foi-se bipolarizando durante toda a Idade Média, para se estabilizar e homogeneizar no século XVIII. E não pode haver melhor forma de apreciar uma cidade antiga senão entendê-la como um "conjunto" sedimentado no tempo. De facto, mais do que de monumentalidade, em Guimarães pode falar-se de uma "atmosfera" criada pela rudeza sombria do granito, contrastando com as cores vivas dos rebocos.

GuimarãesGuimarães

Essa atmosfera é marcada por monumentos emblemáticos para a história de Portugal – ao ponto de Guimarães se ter tornado num dos maiores "lugares de memória" nacionais – como sejam o Castelo (século XII-XIII) e o Paço dos Duques de Bragança (século XV). No século XXI, Guimarães ganhou dimensão e acrescentou novos espaços e equipamentos culturais, apresenta uma agenda cultural forte e contemporânea e propõe aos habitantes e visitantes experiências únicas e surpreendentes. Guimarães combina de forma harmoniosa e única a memória e a tradição com a abertura ao outro, o cosmopolitismo e a contemporaneidade.

4. Citânia de Briteiros

A partir do segundo milénio a.C. o noroeste da Península Ibérica foi povoado por comunidades humanas organizadas em tribos que habitavam locais elevados a que se deu o nome de "castros". Pela semelhança do povoamento edificado em vários pontos diferentes, pode-se dizer que se desenvolveu nesta zona, do Minho português à Galiza e Astúrias espanholas, uma "cultura castrense" que atingiu o seu apogeu no séc. II a.C., e da qual a Citânia de Briteiros constitui um dos exemplos mais significativos. O facto de estas citânias se localizarem em pontos altos do território permitia às populações defenderem-se melhor dos intrusos e observarem os movimentos estranhos à comunidade, o que explica que, apesar da romanização, alguns só tenham desaparecido do séc. V d.C., altura em que a Península foi invadida por povos do norte da Europa.

Citânia de Briteiros

Situada a poucos quilómetros de Guimarães, no alto do monte de São Romão sobre o magnífico vale do rio Ave, a Citânia de Briteiros, surpreenderá o visitante, quer pela sua beleza cénica, quer pelos vestígios deixados por estes nossos antepassados da proto-história. No local são bem visíveis os traços ainda incipientes da organização de uma "cidade", nos arruamentos protegidos por um conjunto de muralhas, dentro da qual se abrigavam as habitações de planta circular ou rectangular dispostas por vezes em pequenos "quarteirões", incluindo guaridas para o gado. Um dos monumentos mais significativos existentes na Citânia foi descoberto em 1930, quando se procedia à abertura da estrada que conduz ao monte. Trata-se de um forno crematório onde a fachada da fornalha é constituída por uma estela pentagonal que mostra a incisão de duas suásticas de braços curvos, com uma abertura em hemicíclo destinado à passagem do corpo.