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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Lixo humano, político e jornalístico por j. manuel cordeiro

O que se passou nos últimos dias apresenta todos os contornos de uma campanha orquestrada entre comunicação social e políticos. A página dos truques faz a resenha, que aqui fica para memória futura. Creio não errar ao afirmar estarmos perante o mais rasca lixo humano, político e jornalístico a que assistimos na política pós-25 de Abril. Faltou referir  o episódio do suicídio, bem como o patético ultimato do líder para lamentar do PSD e a sua vanglória pelos resultados (?) alcançados. Merece esta gente um lugar no Parlamento? Eu acho que não.
A cobertura mediática da tragédia de Pedrógão Grande foi logo desde o início bastante discutida. Câmaras a captar testemunhos sem filtro e em momentos inapropriados, diretos ao lado de cadáveres, drones que sobrevoavam a (rapidamente denominada) ‘Estrada da Morte’, o estranhíssimo caso do correspondente do El Mundo – Sebastião Pereira, a não-queda do Canadair… No fundo, um espetáculo intenso e com uma carga emocional invulgar, que se traduziu inevitavelmente em notícias com contornos que até agora desconhecíamos.
Poderíamos dizer, em resumo, que para além de toda a tragédia de Pedrógão Grande, este foi, também, um laboratório com alguns dos maiores desafios contemporâneos que a imprensa tradicional enfrenta: perante a turbilhão informativo do twitter, perante os lives do facebook, perante o acesso franco do público à opinião de inúmeros especialistas e “especialistas”, perante as fontes e as “fontes” que surgiam, ainda mais, de todo o lado…
Ao longo das últimas semanas, têm sido diversas as reflexões produzidas em torno do sucedido e as opiniões são mais ou menos convergentes num ponto: houve jornalistas e órgãos que tiveram prestações exemplares (demos aqui o exemplo de José António Pereira, da RTP) e houve quem tivesse reagido com grande dificuldade. Houve casos de aproveitamento explícito, especulação, propagação de notícias falsas e sensacionalismo.
Mais de um mês depois, quando já tudo parecia ter assentado, a polémica reacendeu, desta vez em torno do número de mortos do incêndio. É certo que desde 24 de Junho víamos este assunto aflorado nas redes sociais, através de muitos apontamentos individuais que sugeriam “isto e aquilo” com elevado grau de certeza, mas reduzido grau de credibilidade. Foi, no entanto, no passado sábado, 23 de Julho, que o caso ganhou outra robustez. O Expresso fez manchete com “Lista de 64 mortos exclui vítimas de Pedrógão” e estava prometido um escândalo com proporções inimagináveis.
Já aqui falámos, no próprio dia da publicação do jornal, de como este título planta a dúvida em relação ao número de vítimas, sem apresentar depois factos que confirmem a afirmação que faz. O Expresso diz na primeira página que o número era superior no plural, mas na própria peça menciona apenas mais um caso no singular, que não sendo considerado como “morte direta”, acabaria por nem pertencer à lista. Depois, afirmava que se tratava de uma lista “que o governo não queria divulgar”, sendo que ela pertencia ao Ministério Público e, estando sob segredo de justiça, era apenas ao próprio Ministério Público que cabia a possibilidade de a tornar pública. Por fim, ignorava que os critérios que determinavam os conceitos de “morte direta” e “morte indireta” eram oficiais e muito anteriores à tragédia.

Mandem os fuzileiros procurar Passos Coelho



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 26/07/2017)
Piromanos
Imagem in Blog 77 Colinas - 26/07/2017
Passos Coelho desapareceu, deixou de se ver desde que foi beber ponchas na Madeira e a bezana lhe deu para dizer que o PSD era o partido mais português e que na hora das decisões caramba que só ele as sabia tomar. Desde então apareceu a Teresa Morais a inventar mortos e o Hugo Soares a dizer que o armário de Costa estava cheio de cadáveres não contabilizados como vítimas do Estado gerido pela geringonça.
Como Passos não apareceu ainda com os burrinhos na areia da Manta Rota e, tanto quanto se sabe, ainda não foi andar por aí, há forte motivos de que tenha ido em busca de cadáveres perdidos ou de suicidas pendurados nas árvores em consequência da ausência de António Costa. Com tantos incêndios é possível que o desgraçado tenha sido ele próprio uma das vítimas por contabilizar e só isso explica que tenha desaparecido, entregando o partido ao cuidado daquele senhor com umas faces tão rosadas e uma linguagem tão primária, que faz lembrar um taberneiro.
Não, Passos não desapareceu, é uma pena mas deve estar bem de saúde. O que Passos está fazendo é algo tão sinistro como inventar vítimas de suicídios. Ainda que não seja grande coisa a experiência de governante deve ter sido suficiente para saber que a investigação não é competência do governo e se mandou a Teresa ou o taberneiro falar de listas de mortos foi apenas para enganar o país. É por isso que anda desaparecido, para não dar a cara pela manobra suja que promoveu.
Aquilo a que o país tem assistido é a manobra política mais suja e asquerosa a que o país assistiu, foi Passos Coelho que a concebeu, que a tem dirigido e é por isso que tem estes desaparecimentos intermitentes, para que a sua imagem não fique associada ao oportunismo sem limite, ao aproveitamento político do sofrimento alheio e ao deseja descarado de que se multipliquem as vítimas e os incêndios. Não é a primeira vez que um incêndio ajudou um canalha a chegar ao poder.
Nunca o PSD desceu tão baixo, ninguém vê Passos Coelho e a sua equipa dar qualquer apoio, mostrar o mais pequeno sentido de Estado. Eles não aparecem na desgraça para motivar os bombeiros, para confortar as populações. Passos aparece quando tudo passou para cobrar votos, para cobrar pelo sofrimento alheio.
É por isso que desaparece de vez em quando, enquanto manda a Teresa e o taberneiro fazer o papel triste aguarda por mais uma qualquer desgraça, que ocorra mais um roubo, que uma qualquer maluca em busca de “algo” apareça a inventar mortos, que um oportunista sem escrúpulos de uma qualquer Santa Casa lhe diga que sabe de suicídios. Há os que bem ou mal combatem os incêndios e dão a cara junto de quem sofre e há os que estão no conforto da sua escassa esperando que a desgraça alheia os ajude nas eleições.
por estatuadesal

Promessas Eleitorais de 2013 (Comentadas)- Um pouco de humor faz bem…

Vejam como eles ficaram, depois de lerem as promessas, sem os comentários:

Carlos Abreu Amorimcavaco silva

EIXO 1 – PROMOÇÃO DA ECONOMIA LOCAL E A AFIRMAÇÃO DE UM TECIDO ECONÓMICO RESILIENTE, INDUSTRIALIZADO, INOVADOR E QUALIFICADO:
• Competitividade e Internacionalização do Tecido Empresarial (COMPETIR) – Ninguém quer jogar. Vamos ganhar por falta de comparência…
• Investigação & Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo (IDEIAS) – Não passou das idéias e quem tem idéias é idio...
• Especialização Inteligente (ESPECIALIZAR) – Em contra-informação…
• Agricultura e Floresta – Continuam como estavam antes…
• Mar – Faz ondas e tem muita água salgada, porque tem bacalhau de molho...
• Turismo – Também quero ver Jogos do Euro 2016 …
• TICE – Não será TIDE, o tal que lava mais branco?
• Materiais – Adquirir massa cinzenta…
• Biotecnologia – Não passa de palavra linda, mas vamos pôr no programa, porque o povo gosta destas palavras…
• Saúde e Bem-Estar – Dos amigos?
EIXO 2 – REFORÇO DO POTENCIAL HUMANO E CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL DAS ENTIDADES:
• Educação (EDUCAR) – Quem? O PPC?
• Transição para o Mercado de Trabalho (EMPREGAR) – Onde foi construído esse mercado? Não ouvi falar, devo ser mouco…
• Aprendizagem ao Longo da Vida – Sim, mas parece que não aprenderam nada, devem ser burros…
• Captação de Talentos (TALENTO©) 3 – Para o GAP – Presidência ?
• Desenvolvimento de Cidadãos Plenos e Saudáveis (CIDADANIA) – Depois mandá-los emigrar ou puxar as redes na praia dos Marretas…
• Demografia e Política de Família (POVOAR) – Abaixo os preservativos e a pílula…
• Capacitação Institucional (CAPACITAR) – Do Executivo?
EIXO 3 – FORTALECIMENTO DA COESÃO SOCIAL E TERRITORIAL, POTENCIANDO A DIVERSIDADE E OS RECURSOS ENDÓGENOS:
• Coesão Social (APROXIMAR) – Com papas e bolos se enganam os tolos.
• Coesão Territorial (CONVERGIR) – Incluindo o Algarve.
EIXO 4 – CONSOLIDAÇÃO DA ATRACTIVIDADE E QUALIDADE DE VIDA NO TERRITÓRIO:
• Rede Urbana e Qualificação das Cidades (URBES) – Tapar buracos, para inglês ver.
• Acessibilidades, Logística e Mobilidade (MOVIMENTOS) – As acessibidades não estão feias, ex. Av. D. Maria II.
• Outras Infraestruturas de Apoio à Competitividade (DINAMIZAR) – Festas e mais festas…
• Cultura e Conservação do Património (CONSERVAR) – Basta ir à Biblioteca em dias de chuva…
EIXO 5 – AFIRMAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DOS RECURSOS E A DESCARBONIZAÇÃO:
• Ciclo da água e gestão dos resíduos (PRESERVAR) – E descarregá-los na Ria (Carregal)…
• Gestão de Resíduos e Descontaminação de Solos – Principalmente aqueles onde os “laranjas” pisam...
• Proteção do ambiente, recursos naturais e prevenção de riscos (SUSTENTAR) – Não cortar os eucaliptos junto das habitações e na berma das estradas…
• Redução da Emissão de Gases com Efeito de Estufa e Qualidade do Ar – Onde é que já ouvimos isso?
• Prevenção de Riscos Naturais, Ambientais e Tecnológicos – Pedir ao S. Pedro para fechar as torneiras, quando chove, e rezar a Santa Bárbara, quando troveja…
• Conservação da Natureza e Biodiversidade – Principalmente das mimosas, das austrálias e dos eucaliptos e cortar as ávores do Jardim Ameida Garret...
• Florestas 4 – Pensei que tínhamos mais do que 4!!!
• Recursos hídricos – Construir rios e ribeiros...
• Promoção das Energias Renováveis e da Eficiência Energética (PERENE) – Claro. As faturas da EDP são elevadas e dinheiro vai para o Mexia, Catroga e chineses…
Em vez de enquadramentos teóricos, conferimos um carácter muito prático às nossas propostas. – Se o ridículo matasse, já há muito tempo que a Câmara não tinha Executivo…
Sabemos que os Ovarenses conhecem bem o nosso Município e que, por esse motivo, entendem o sentido das medidas que apresentamos ligando-as aos problemas que, no nosso entender, são de resolução prioritária. – Como a “remodelação” do Jardim Garrett e o Abate de Árvores e Monumento (mamarracho) aos combatentes da Guerra do Ultramar…

Com esta carga, parti um EIXO. Vou mandar reparar e volto para a semana.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sorte a deles que o ridículo não mata

por João Mendes




Os outros é que estão mortos, mas o PSD é que se enterra cada vez mais. - Cátia Domingues

Fonte: Aventar

Têm 24 horas, caso contrário chamo o Hugo Soares


por João Mendes
Foto via Cátia Domingues@Twitter
Sobre as declarações de Isabel Monteiro, a tal empresária que afirmou ter a confirmação de 73 mortes em Pedrógão Grande, crescem agora as suspeitas de que possam ter a mesma credibilidade que os suicídios confirmados por Pedro Passos Coelho, esse ex-líbris do nojento aproveitamento político que o PSD vem fazendo deste caso.
A confirmar-se a veracidade do comunicado emitido ontem pela Procuradoria-Geral da República, o número de vítimas mortais da tragédia mantém-se igual: 64. Significa isto que um certo número de jornais e jornalistas está a prestar um péssimo serviço ao país, aldrabando-o. Por este motivo, proponho um ultimato à comunicação social, com vista a apurar que forças se escondem por trás do spin a que temos sido submetidos nos últimos dias. Têm a partir de agora 24 horas para esclarecer o país, caso contrário chamarei o Hugo Soares para por ordem nisto.