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terça-feira, 20 de março de 2018

Não é Ódio a Passos Coelho e Nádia Piazza. É Medo.

por Cristina Miranda

Todos aqueles que vomitaram um aparente ódio visceral a Passos Coelho, desde a esquerda radical à moderada, passando pelo próprio PSD e seus militantes mumificados de estimação, todos sem excepção estiveram na verdade estes anos todos em luta contra si mesmos. O "puto que vinha das jotas" chegava a líder e ainda por cima estava a ser bem sucedido na megalómana tarefa de retirar o país do pântano socialista (outra vez) em que o magnífico e agora "académico" Sócrates nos tinha mergulhado. País esse que - vou lembrar de novo - não tinha dinheiro senão para mais um mês de pagamentos de salários e pensões. O desejo de falhanço era o sonho das suas vidas mas, azar do caneco, o "puto jotinha", em 4 anos, não só nos tirou da bancarrota como pôs o país a crescer com a recuperação da confiança internacional. E ainda venceu com maioria quase absoluta as eleições de 2015! O ódio emanado não passava assim de admiração secreta por uma conquista que gostavam que fosse deles. Mas não foi.

Para cegar aqueles que viam esse sucesso e confundir aqueles que sozinhos nunca conseguem ver nada, atiraram toneladas de areia aos olhos criticando e distorcendo coisas tão óbvias como uma redução da dívida, do défice, do desemprego, aumento de exportações, aumento de investimento, crescimento económico, sem ser à boleia doutros mas sim, por coragem de aplicar medidas (pecou por serem insuficientes) que deram o impulso necessário para fazer emergir o país.

Ora, como é sabido, esse sucesso personalizado e eternizado em Passos Coelho - que foi enaltecido por Tsipras - não pode de forma alguma ser ensinado nas Universidades onde vegetam os "intelectuioides" parasitários defensores de regimes igualmente parasitários que vivem da exploração e escravidão dos seus povos. Ensinar os jovens a serem bem sucedidos e evitar bancarrotas nas suas vidas pessoais e profissionais é torná-los a si e seus países, independentes. E isso é o que menos interessa aos marxistas.

Daí o tsunami à volta da contratação de Passos na Universidade. Não é ódio, é medo. Medo de perderem o controlo sobre as ideologias que professam. Medo de ver os jovens  a serem autónomos e dispensarem o Estado para serem bem sucedidos. O medo de perderem o poder que lhes foi dado pelas universidades de lavarem cerebralmente os indefesos garotos que serão o futuro de amanhã.

No entanto, já não é celeuma nenhum ter o brilhante Sócrates da bancarrota - que nos hipotecou a todos até 2035 com dívidas colossais por desvios de dinheiro e  contratos ruinosos - a mandar umas baboseiras dia 21 de Março na FEVC sobre"O Projecto Europeu depois da Crise Económica" (Ah! Ah! Ah! Só pode ser piada). Mas recuemos. Mário Soares foi professor catedrático convidado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (1996-1998) e da Universidade Lusófona (2001-2002) com a particularidade de ter sido o pai de duas bancarrotas. Será que é esse o requisito para poder ser professor catedrático neste país ou fazer uma conferência? Parece que sim.

Por outro lado temos a Nádia Piazza, a quem os cães de fila rosnaram assim que souberam que ela não iria ficar num canto da casa a chorar as perdas irreparáveis dos fogos criminosos do verão passado mas sim, arregaçar as mangas para mudar o que efectivamente não funciona neste país,  participando de um projecto político. Ódio a esta senhora? Não. Medo. Muito medo. Porque tal como Passos Coelho, ela personifica também o crasso falhanço dos governantes socialistas mas desta vez não na economia mas sim na protecção e segurança. Trata por "tu" a maldita inércia que lhe ceifou entes queridos. Perigosíssima, assim, aos olhos daqueles que nos querem vender um país maravilhoso ao som de uma ideologia  que nos empobrece e  mata. Literalmente.

O Medo, porque é disso que se trata realmente entendo-o perfeitamente e no lugar deles, até as pernas me iriam tremer porque na verdade o Mundo está em viragem e só um cego não vê que caminha lentamente para o fim do socialismo que vence cada vez menos eleições.

Sarkozy é de esquerda

Sarkozy é de esquerda

Publicado por João Mendes

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Existe uma certa direita, primária e estupidificada, representada em Portugal por sites de fanáticos acéfalos como o Direita Política, que associa frequentemente todo e qualquer ditador ou terrorista ao socialismo, ao marxismo ou a qualquer outra corrente de pensamento que se mexa à esquerda. Um evento permanente de degustação de gelados com a testa.

Claro que, quando o ditador ou o terrorista não é passível de ser associado à esquerda, deixa automaticamente de ser ditador ou terrorista. Por exemplo, Pinochet não foi um ditador. Pinochet era um conservador. Como conservadores são os governantes polacos e húngaros, que tanto têm feito pela liberdade de imprensa, de expressão, pela separação de poderes e pelos direitos humanos. O mesmo se aplica a corruptos. Lula da Silva é corrupto, Michel Temer é conservador, logo não pode ser corrupto, porque é conservador e conservador é bom.

Serve o introito para vos dizer que, a partir de hoje, e mais ainda caso se prove que Sarkozy foi mesmo financiado por Kadhafi, que terá injectado 50 milhões de euros na campanha que levou à sua reeleição de 2007, o ex-presidente francês passará a ser oficialmente de esquerda, porque um homem de bem (ou seja, de direita), principalmente um conservador, liberal e democrata cristão que fundou um partido afiliado ao PPE, nunca se deixa envolver com patifes que financiam políticos corruptos e sem escrúpulos com dinheiro sujo de sangue das vítimas de uma ditadura sanguinária. Isso é coisa de esquerdalhos.

Facebuques e quejandos

20/03/2018 by Carlos Garcez Osório

As redes sociais têm tanto de bom como de (muito) mau. Só que a parte (muito) má é, avassaladoramente, irritante e desprezível. Nem que não seja pelo evidente “double standard” na viralidade das opiniões publicadas.

Por exemplo, criticar, ridicularizar ou insultar Donald Trump, é algo, largamente, difundido e, pacificamente, aceite. A ideia que perpassa é que as pessoas que o fazem quase que necessitam de o fazer para demonstrar quão inteligentes e perspicazes são. Como se a constatação que um idiota é um idiota fosse género requisito indispensável para entrar na Mensa International.

Já Putin, um assassino sórdido, despudorado e impune, escapa entre os pingos da chuva. São ambos líderes de superpotências, mas criticar ou apontar o constante desprezo pelas regras mais básicas da humanidade que o Russo, desde sempre, ostentou, não tem o “glamour” esquerdista que não deixa de alicerçar o que é ou não viral nas redes sociais.

Um asqueroso atentado a um jornal em Paris, gera uma infinita proliferação de “je suis isto ou aquilo”. A execução diária, consistente, massiva e ininterrupta de civis na Síria (com o apoio de quem?), conduz, no máximo, a um pequeno e efémero esgar de pena que logo é superado com um qualquer vídeo sobre gatinhos fofos ou a última gaffe do Trump.

A tragédia de um povo como o da Venezuela que viu a sua qualidade de vida descer para níveis, criminosamente, desumanos perde, óbvia e desavergonhadamente para a última revelação de mais uma vítima de assédio sexual, sendo indiferente se o assédio em causa foi, realmente, grave ou se não passa de uma patetice de quem procura protagonismo.

A pressão dos cibernautas aumentou, determinantemente, a onde de choque criada pelo brutal assassínio de Marielle Franco. O facto de ser, simultaneamente, de raça negra, homossexual, feminista e de esquerda, transformou-a, de imediato, num ícone do rebanho “politicamente correcto” que mais não é que a STASI das redes sociais. Consequência (entre outras) da pressão exercida: vai haver, e bem, uma escola Marielle Franco no Rio de Janeiro. Helley de Abreu Silva Batista (não sabe quem é, pois não?) que morreu em Outubro, também, terá uma creche com o seu nome. Mas o seu exemplo de coragem e altruísmo não fizeram dela um ícone da manada. Porquê? Porque não era, simultaneamente, de raça negra, homossexual, feminista e de esquerda.

Fachos, ditadores e outros detritos humanos

por João Mendes

Putin lá venceu as eleições presidenciais na Rússia, é uma grande vitória, especialmente depois de já ter vencido as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

A propósito de António Champalimaud

por helenafmatos

Jaime Nogueira Pinto: Era o tempo da segunda industrialização e do início de um ciclo de oiro do desenvolvimento económico-social, que acabaria entre a crise energética de 73 e o 25 de Abril. Um tempo de grandes patrões da indústria e da banca – Jorge e José Manuel de Mello, Manuel Boullosa, Manuel Queirós Pereira, Manuel Espírito Santo, Artur Cupertino de Miranda e outros. Apesar da guerra de África – ou devido a ela – o país mudava em mentalidade, e a sociedade portuguesa ia absorvendo o que acontecia lá fora. (A ideia de que foi o 25 de Abril que mudou socialmente os hábitos e os costumes é uma visão ideológica de propaganda que toma o efeito por causa e não quer perceber que foi o contrário: precisamente porque a sociedade já estava em mudança é que veio a mudança política… que, curiosamente, interrompeu o tempo de crescimento e desenvolvimento).

O golpe de Estado-revolução não poupou os grupos económicos, ainda que os seus líderes tivessem prestado lip service à nova situação. Foi um processo a contramão da História: quando o socialismo soviético e leste-europeu entrava em crise disfuncional e a China estava nas vésperas das reformas de Deng Xiao Ping, instaurava-se aqui um socialismo mais ou menos burocrático, oportunista e folclórico, cujas consequências se prolongariam e ficariam connosco muito para além do tempo e dos eventos que lhe deram origem.