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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Buracas do Casmilo: um segredo escondido no Maciço do Sicó

por admin

Perto da aldeia do Casmilo há paredes de rocha esburacada. Que nem queijo suíço, mas à escala supra humana. São grutas que exploram as deficiências do calcário, que aqui é rei. Chamaram-nas, convenientemente, de Vale das Buracas do Casmilo. O que hoje se vê são aberturas de grutas que entretanto já não lá estão. Foram abruptamente esmagadas pelo chão da serra que está acima. E com elas, segundo se diz, enterrou-se ouro mouro para não mais voltar à superfície.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Quando falamos de grutas, o réu é quase sempre o mesmo, e é também quase sempre declarado culpado: o calcário. Os sistemas cársicos, isto é, estes que aqui vemos, salvo raras excepções, são sempre motivados por esta rocha que é tão parte da província da Estremadura, principalmente, mas também de outras, como a da Beira Litoral, que é o caso presente. Mais concretamente num muro natural da Serra do Rabaçal, inscrito no quadro cársico do Maciço de Sicó.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Mas adiante. As Buracas do Casmilo estão perto de Condeixa-a-Nova, e podem ser miradas em muitos sítios mas é junto à aldeia com o mesmo nome onde há maior concentração. As covas são de desenho vagamente horizontal, de média profundidade – podem chegar à dezena de metros, mas não muito mais do que isso.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Além do efeito pouco comum que tem na paisagem, importa falar de como é que estas covas nasceram. A verdade é que estas eram entradas para túneis maiores, autênticas grutas. Foi o desabamento do tecto que se sobrepunha a elas que acabou por tapar esses antigos corredores, ficando apenas estas luras de grande escala.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

O que hoje é uma mistura de curiosidade geológica com palco de escalada desportiva, foi antes abrigo – e mesmo casa improvisada – de gente do calcolítico e do paleolítico, como ratificam alguns materiais de lá sacados e pinturas que se fixaram anos a fio naquelas paredes carregadas de dobras. Mais tarde, em tempos medievos, este lado acolhedor das covas manteve-se uma realidade.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Ao lado das buracas, encontra-se uma outra serra de nome sugestivo, a Senhora do Círculo – poderá estar o nome ligado a uma cristianização de um ritual antigo? Conta-se, a par com muitas outras grutas que existem em Portugal, que dentro daquelas buracas se esconde ouro. Ouro antigo, de anterior posse moura. Veio todo do Castelo de Soure, ali ao lado, numa altura em que os sarracenos tiveram de se retrair para sul como consequência das investidas cristãs vindas do norte. Verdade ou mito, não sabemos.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Sabemos sim que ainda há quem lá vá com essa fé, a de encontrar a luz doirada que faz um homem rico. Adultos e crianças aventuram-se a desenterrar o que as mãos conseguem, não vá realizar-se uma das inúmeras lendas que versa sobre as Buracas do Casmilo serem um reservatório de tesouros perdidos.

Vale das Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Não é para menos: as lendas têm invenção na mesma proporção que realidade. Nenhum texto lendário é criado exclusivamente da imaginação – isso tem o nome de conto. E por isso tente-se esse dois em um: o de ver o Vale das Buracas do Casmilo, e o extra de sair de lá mais pesado de ouro.

Buracas do CasmiloBuracas do Casmilo

Se ao visitante comum, as buracas impressionam pela imponência, aos espeleólogos e praticantes de desportos de outdoor (escalada, montanhismo, orientação, rappel…) constituem-se em desafio empolgante. Para chegar ao Vale das Buracas do Casmilo, tenha em conta as seguintes indicações: tomando como ponto de referência a vila de Condeixa-a-Nova, apanhe o IC2 em direcção a sul. Siga, depois, para a povoação da Arrifana (à saída de Condeixa) e, por fim, suba o monte na direcção da aldeia do Casmilo.

EUA e Rússia evocam a Guerra Fria: “paz impossível, guerra improvável”

Entrevistamos Reginaldo Nasser, professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP e pesquisador do INEU (Instituto de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os EUA), sobre a tensão diplomática que está ocorrendo entre as potências presentes na Síria. Ele fala que as chances de uma guerra são “praticamente zero”, e sobre o Irã, que agora é uma potência difícil de ser invadida.

Nada novo sob o sol: para o professor Reginaldo Nasser, as ameaças de Trump de bombardear a Síria podem até se concretizar, mas não seriam “nada que eles já não estejam fazendo nesse momento”. O que está acontecendo é um “jogo de encenação”. O confronto não é em relação aos interessas das grandes potências, como foi nas guerras mundiais, portanto a probabilidade de guerra é praticamente zero, apesar de “não termos uma bola de cristal”. “Já estão bombardeando a síria a muito tempo”, diz.

Reginaldo Nasser

Para o professor, as diferenças entre os Estados Unidos e a Rússia são notórias, mas não devemos nos deixar levar: eles têm diversos interesses em comum, como por exemplo os acordos comerciais. Nasser relembra a frase imortalizada durante a Guerra Fria, proferida por Raymond Aron e muito válida para a ocasião: “Paz impossível, guerra improvável”. Essa é a relação entre as potências envolvidas nos confrontos na Síria.

Nasser lembra que houve momentos muito mais tensos em termos geopolíticos entre Estados Unidos e Rússia (por exemplo o episódio da Bahia dos Porcos, que terminou com a Rússia retirando seus mísseis de Cuba, ou a invasão do Afeganistão pela União Soviética, que os EUA responderam dando armas aos Talibãs, causando drásticas consequências que ecoam até hoje no país do Oriente Médio), mas que mesmo assim ambos os países nunca entraram em um confronto direto; dessa vez não seria diferente.

Segundo o professor, não teria chances dos Estados Unidos atacarem a Rússia com mísseis, e muito menos o Irã, a quem o presidente Donald Trump acusa de estar envolvido com terrorismo. “As acusações dos Estados Unidos contra o Irã são completamente infundadas. O país não está envolvido com terrorismo, pelo contrário, ele foi alvo de terroristas. Não existem fatos objetivos contra o Irã”, lembra Nasser.

As chances dos Estados Unidos entrarem em um confronto em solo iraniano é baixo, uma vez que o Irã não é o Iraque desmantelado da época da Guerra no Iraque, e sim uma potência”

Diz o professor. Ele explica a situação, isto é, o proque dos EUA ameaçarem tanto Teerã: o Irã incomoda, e muito, Israel, o aliado de uma vida toda dos Estados Unidos e que antes era a única potência na região.

“O Irã é pragmático e não causa danos diretos aos EUA, mas é uma pedra no sapato de Israel por ser outra potência na região; além disso, o Irã apoia o Hamas, o Hezbollah e confronta a Arábia Saudita, país árabe que sempre foi parceiro de Israel. O lobby nos EUA é poderoso, e Israel pressiona os norte-americanos para que enfrentem o Irã” explica Nasser, sem deixar de lembrar a crise interna vivida pelo país israelita. “Isso porque Israel já passa por uma crise moral, um porque Benjamin Netanyahu está sendo acusado de corrupção, e dois porque a violência dos israelenses contra os palestinos está chocando o mundo, incluindo países que antes não se envolviam no conflito”, conta.

O que pode acontecer, conclui Nasser, é a continuidade e o agravamento dos confrontos violentos, mas sempre em território sírio que, segundo o professor, não seria uma mudança, uma vez que estes embates já estão acontecendo. Os EUA já estão financiando terroristas e já estão bombardeando a síria; o que pode acontecer é o aumento desses ataques sustentados por uma nova justificativa.

Por Alessandra Monterastelli | Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado

RTP - O Essencial

O Essencial

12 Abril, 2018

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Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

Bem-vindo

Ataque à Síria aumentará a instabilidade no Médio Oriente, avisa al-Assad. Governo do Reino Unido reúne-se de emergência para aprovar opção militar. Papa reconhece “graves erros de avaliação” sobre abusos sexuais no Chile. Governo aprova Programa de Estabilidade 2018-2022 com ultimato do Bloco e avisos de Marcelo como banda sonora. António Mexia entende que a EDP tem servido de bode expiatório para as consequências dos incêndios do verão passado. Em cima da hora: anunciada nova ponte a unir Porto e Gaia.


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O Presidente sírio avisa que qualquer ação militar contra o seu país provocará ainda maior instabilidade na região, numa altura em que Reino Unido e Estados Unidos estudam várias opções de retaliação contra o uso de armas químicas por parte do Governo sírio. Após o ominoso aviso de Donald Trump, a Rússia reforçou a presença militar na Síria, em mais um episódio que demonstra a escalada internacional da tensão no conflito. Em Inglaterra, a primeira-ministra Theresa May, reúne hoje de emergência o seu Governo para aprovar a participação britânica na provável ação militar contra o regime de Bashar al-Assad, que terá também a participação de França, para além dos EUA. Apesar dos continuados apelos (do secretário-geral da ONU, por exemplo) à calma, parece cada mais ser essa a opção das principais potências ocidentais para responder ao suposto ataque químico lançado no passado fim-de-semana pelas forças governamentais sírias contra Douma, perto de Damasco.


Papa "envergonhado" pede desculpa

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O Papa Francisco admite ter errado com gravidade na apreciação que fez ao escândalo de pedofilia que implicou elementos da Igreja Católica no Chile, polémica que foi encoberta pela hierarquia religiosa do país, antes de cair com estrondo na praça pública. Numa carta divulgada ontem pela Igreja chilena, o Papa faz um ato de contrição, revela vergonha por ter acusado de calúnia as vítimas de abuso e diz-se esperançado em pedir-lhes desculpas pessoalmente.


Governo aprova Programa de Estabilidade em tempos instáveis

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Com o ultimato do Bloco de Esquerda relativamente ao défice de 2018 e os consequentes avisos do Presidente da República a ressoarem nos tímpanos, o Conselho de Ministros reúne-se esta quinta-feira para aprovar o Programa de Estabilidade 2018-2022 e rever as metas orçamentais. O plano dará entrada na Assembleia da República amanhã. O Bloco de Esquerda que, tal como o PCP, já não tinha gostado da contenção orçamental abaixo do previsto em 2017, não admite que o mesmo aconteça este ano e exige que o défice de 2018 se mantenha como previsto no OE2018. Essa meta foi agora revista em baixa pelo Governo para 0,7%. O apoio da esquerda parlamentar ao Governo durante a discussão orçamental para 2019 poderá estar em causa com esta divergência de entendimentos.


EDP recusa ser "bode expiatório" dos incêndios

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António Mexia entende que a EDP tem servido de bode expiatório para as consequências dos incêndios do verão passado. Em entrevista à TSF, o homem forte da elétrica garante que a empresa não alterou nenhum procedimento no quadro da prevenção de incêndios nas florestas e que todos os terrenos da sua responsabilidade foram devidamente limpos.


Porto e Vila Nova de Gaia vão ter uma nova ponte para circulação automóvel e pedonal. O anúncio foi feito ao final da manhã pelos autarcas das duas cidades.


Tragédia no Meco

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Os corpos dos dois austríacos praticantes de parapente que estavam dados como desaparecidos no mar da praia do Meco, em Sesimbra, foram encontrados esta manhã, informa a Autoridade Marítima Nacional. O trágico acidente, ocorrido na segunda-feira, resultou na morte dos três envolvidos.


Sporting-At. Madrid culmina semana tempestuosa para os leões

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O Sporting recebe hoje o Atlético de Madrid para a segunda-mão dos quartos-de-final da Liga Europa, uma semana depois do turbilhão causado pela reação de Bruno de Carvalho à derrota na capital espanhola. À entrada para o desafio decisivo para a carreira europeia da equipa de Jesus esta temporada, a direção leonina decidiu arquivar os processos disciplinares contra a grande maioria dos jogadores do plantel. O Sporting-Atlético de Madrid desta noite não contará com, pelo menos, quatro habituais titulares: William e Piccini, por lesão, e Coentrão e Bas Dost, por impedimento disciplinar.


A NÃO PERDER

Ossos (encharcados) do ofício

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O direto em televisão tem muito que se diga. Frequentemente, a forma como se apresenta um determinado tema sobrepõe-se ao próprio conteúdo, na tentativa de prender a atenção do espectador e prevenir o zapping para outro canal. Neste caso, que se passou com o profissional da BBC Mike Bushell, há uma ilação, digamos, líquida a tirar: a ideia de conversar de uma maneira “fora da caixa” com pessoas numa piscina devia ter sido previamente estudada em todos os seus pormenores…

Deputados, negócios e manhas

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

  • Eduardo Louro
  • 12.04.18

Resultado de imagem para deputados negócios e manhas

De tempos a tempos fala-se de incompatibildades no exercício de cargos políticos. E quando se fala disso, fala-se dos deputados, e quando se fala de deputados fala-se do tema da exclusividade. E, invariavelmente, a coisa fica sempre na mesma... É que, se o exercício da actividade parlamentar obrigar a exclusividade - diz-se logo - no parlamento só ficam os que não sabem fazer coisa nehuma. Os incapazes.

Por isso, para que o parlamento não tenha mais incapazes do que os que já tem, esqueçam lá isso da exclusividade.

Muito bem, aceitemos que sim, esqueçamos isso. E esqueçamos que ninguém tira proveitos ilegítimos da sua condição de deputado  no exercício da sua actividade profissional. Que os bons, os melhores, são deputados, bons, dos melhores, evidentemente  e que, como nata que são, ganham bem a vida na sua actividade privada, e com privados. Honestamente, sem merecerem quaisquer reparos.

Outra coisa seria se ganhassem a vida a prestar a sua actividade ao Estado. Aí já seria de desconfiar, aí já haveria reparos a fazer. Na verdade, nem faria sentido que os deputados, os melhores entre os melhores nas suas actividades, pudessem fazer negócios com o Estado de que, enquanto deputados, fazem parte. Era assim quase uma coisa como fazer negócios consigo mesmo. Seria de resto até de suspeitar que aos melhores entre os melhores nas suas actividades, disputados nos seus mercados e com clientes privados que pagam bem melhor que o Estado, sobrasse ainda tempo para dedicar a negócos com os organismos públicos.

Mas enfim... Suponhemos que os melhores entre os melhores, de tão bons que são, conseguiam ter ainda tempo para negociar com o Estado. E que o próprio Estado não pode, ou não deve, abdicar dos melhores entre os melhores só porque são deputados. Bom, nesse caso, os deputados que fazem as leis do país, cuidariam de legislar para que basicamente não pudesse existir essa pouca vergonha do negócio consigo mesmo.

Claro que o fizeram. Criaram o Estatuto dos Deputados que, no seu artigo 21º, relativo a impedimentos, diz que é vedado aos deputados “no exercício de atividade de comércio ou indústria, direta ou indiretamente, com o cônjuge não separado de pessoas e bens, por si ou entidade em que detenha participação relevante e designadamente superior a 10% do capital social, celebrar contratos com o Estado e outras pessoas coletivas de direito público, participar em concursos de fornecimento de bens ou serviços, empreitadas ou concessões”.

Perfeito. Veja-se que basta que um deputado tenha uma ligação de mais de 10% para já haja impedimento de negócios com o Estado. Ó diabo: "no exercício de atividade de comércio ou indústria"!

Pois é. A Assembleia da República está cheia de comerciantes e industriais. Advogados e consultores é que são poucos. E só lá estão para fazer leis. Não negócios. E muito menos de má fé!

Tão manhosos que eles são...

Ladrões de Bicicletas


Hoje, em Lisboa

Posted: 11 Apr 2018 04:36 PM PDT

Organizado pelo CES Lisboa e pela Fundação José Saramago, o Encontro «O Futuro das lutas democráticas: Em defesa da democracia brasileira», realiza-se no Capitólio (Parque Mayer), a partir das 18h00. Apareçam.

O ‘mito’ transformado em ‘papão’

Posted: 11 Apr 2018 05:00 AM PDT

A catadupa de notícias sobre habitação nos jornais e nas televisões reflete bem a importância do tema nos dias de hoje, sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto. No entanto, as notícias são frequentemente acompanhadas pelo ‘papão’ do congelamento das rendas, identificado como um dos principais responsáveis pelo estado a que se chegou.
Aqui já se procurou, e por variadas vezes, desfazer o mito do congelamento das rendas, lembrando-se, por um lado, o reduzido peso do mercado de arrendamento, desde sempre preterido pelos poderes públicos em favor da aquisição de casa própria com crédito bancário, e, por outro, a liberalização deste mercado em 1990, bem como as sucessivas alterações ao regime de arrendamento cada vez mais desfavoráveis aos inquilinos.
Contudo, o ‘congelamento das rendas’ continua a ser evocado como uma das principais causas da situação calamitosa da habitação perante a ‘epidemia de despejos’ que se antevê em resultado da ‘triplicação’ das rendas a partir de 2020. Mas esta calamidade é resultado, isso sim, da liberalização do mercado de arrendamento.
O último artigo da Fernanda Câncio revela bem esta contradição. Na mesma frase em que explica, e bem, que “muitos dos despejos são resultantes da não renovação de contratos posteriores a 1990, quando o mercado de arrendamento foi liberalizado”, considera que a solução para a “calamidade que se vive nos centros de Lisboa e Porto” passa por “pensar uma forma de intervir que limite a possibilidade de aumento histérico das rendas sem desmotivar o interesse dos proprietários pelo arrendamento de longa duração.” Mas evitar o aumento histérico das rendas é apenas outro nome para a necessidade de controlar o valor das rendas do mercado liberalizado. E aumento histérico das rendas é precisamente a exigência dos proprietários para o arrendamento de longa duração, já que estes só estão disponíveis para investir no mercado de arrendamento acessível em troca de aliciantes incentivos fiscais. Veja-se o exemplo mais recente da Fidelidade.
Chamar o ‘papão’ do congelamento, neste momento, não contribui em nada para a discussão do problema, que deve incluir a regulação do mercado de arrendamento no atual contexto e a promoção de outras formas, públicas, de provisão da habitação que não passem por mais incentivos fiscais aos que vêm lucrando com a crescente fragilidade dos inquilinos.