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quinta-feira, 8 de março de 2018

Se hoje um homem lhe oferecer flores…

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 08/03/2018) 

Daniel

Daniel Oliveira

O Dia Internacional da Mulher nasceu da confluência dos movimentos socialista e sufragista do início do século passado. O 8 de março, que foi antecedido por outras datas, celebra duas exigências: condições de trabalho dignas e direito ao voto. Nasce como um movimento laboral e cívico de uma enorme radicalidade para a época, tendo chegado a ser violento. Vê-lo transformado no elogio à sensibilidade feminina, com entrega de flores, promoções de roupa, descontos em ginásios e cursos gratuitos de maquilhagem não é apenas uma perversão da data. É um insulto ao feminismo que ela celebra.

Um dos mais claros sinais da derrota de vários movimentos emancipatórios é a sua captura pelo mercado. Em Nova Iorque, a marcha do orgulho gay é hoje mais um evento social com forte investimento de marcas em busca de nichos de mercado do que uma manifestação cívica e política pelos direitos LGBT. Em Portugal, o 1º de Maio já serve para grandes superfícies, sobretudo as que mais exploram os seus próprios trabalhadores, organizarem grandes campanhas de descontos para fidelizar clientes. E há países onde a coisa está muito mais avançada e a data perdeu já o seu sentido político. E o 8 de Março passou a ser mais um dia em que a mulher é reduzida ao seu papel ornamental.

O 8 de Março nasceu da confluência dos movimentos socialista e sufragista, de uma enorme radicalidade para a época, tendo chegado a ser violento. Vê-lo transformado no elogio à sensibilidade feminina, com entrega de flores, promoções de roupa e atividades dirigidas às mulheres, é um insulto ao feminismo que ele celebra

O mercado, como único espaço de socialização, tomou conta de todas as celebrações. Não se limitou a conquistar o presente. Conquistou o passado, esvaziando de memória tudo o que não corresponda às suas necessidades. Ofuscando com as cores do néon tudo o que cheire a contracultura. Querem marca que mais venda do que uma t-shirt com a cara de Che Guevara?

A magia cultural do capitalismo é a sua capacidade de padronizar a diversidade, reduzindo-a ao seu valor de mercado. De mercantilizar a subversão, tornando-a inofensiva e lucrativa. De embrulhar todas as tradições e memórias, por mais antagónicas que sejam, no mesmo papel brilhante. Até o Natal, o 1º de Maio, o dia da mulher ou o dia dos namorados se equipararem. Há qualquer coisa de “1984” neste apagar da nossa memória coletiva. Só que em vez do Estado omnipresente, temos o mercado absoluto.

Da mesma forma que oferecemos às multinacionais das Tecnologias da Informação o que nunca demos a uma ditadura, é voluntariamente que participamos neste processo de amnésia histórica em que cada celebração se torna o seu oposto. Em que o 1º de Maio reduz o trabalhador a consumidor e o 8 de Março celebra todos os estereótipos femininos. Para manter vivas estas datas, que correspondem a lutas que ainda estão em curso, não se pode ceder um milímetro ao comércio que as toma.

Por isso, se hoje um homem lhe oferecer flores explique-lhe que elas foram pagas com os 17 cêntimos por euro que os homens recebem indevidamente a mais do que as mulheres. Que elas foram pagas por si.

Entre as brumas da memória


Passos Coelho no ISCSP? Alunos não querem

Posted: 08 Mar 2018 12:37 PM PST

Alunos fazem abaixo-assinado contra ida de Passos Coelho para o ISCSP


«Este grupo de alunos sustenta não ser "plausível" que alguém que "nunca leccionou, nunca preparou uma tese na sua vida, nunca trabalhou em investigação e nunca teve um percurso académico minimamente relevante seja capaz de preparar alunos de mestrado e doutoramento". (…)


Para os promotores do abaixo-assinado, "o salário obsceno do novo docente (tendo em conta a sua formação académica), equiparado ao de um professor catedrático, é uma ofensa grave à meritocracia inerente ao percurso académico normal de um docente universitário".


Estes alunos sinalizam ainda o que pode ser visto como "cartelização política" dada a proximidade entre Passos Coelho e o actual presidente da instituição, Manuel Meirinho, eleito deputado como independente nas listas do PSD em 2011.»

Secura de ideias

Posted: 08 Mar 2018 09:12 AM PST

«Voltou a falar-se da água em Portugal. Agora porque tem chovido muito a norte e pouco a sul. Como antes tinha sido notícia porque a seca do ano passado mostrava, claramente, que o tempo do equilíbrio ambiental no nosso país terminara. Mas ainda não chegámos ao extremo: aquele momento em que, à beira do abismo, a classe política indígena sente que tem de se mover para não perecer. Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, na Califórnia ou no Colorado, onde a água sempre inflamou a política, por aqui, enquanto as torneiras continuarem a verter o precioso líquido em Lisboa e no Porto, nada se modificará. As cidades olham, sobranceiras, para os problemas do interior. Ou do campo, como depreciativamente se referem àquilo que não é betão e auto-estradas. Não acreditamos que Portugal possa um dia tornar-se numa imensa Cidade do Cabo. Mas os sinais estão aí, mesmo que o distraído ministro do Ambiente continue a assobiar para o ar e a oposição considere que esse é um problema que o futuro resolverá. Esquecemos mesmo que alguns dos maiores projectos de engenharia das civilizações antigas tiveram a ver com o movimento e o controlo das águas.

Olha-se para o Tejo e percebemos a crise que aí vem. A política de Madrid sobre este rio emblemático e crucial, entre transvases e cortes no caudal (perante o mutismo das autoridades portuguesas), a agricultura intensiva e a poluição, está a matá-lo. A falta de água (e veremos como o Alqueva vai aguentar tanta pressão), que irá ser estrutural, demonstra a falta de políticas sérias do Estado para prevenir o futuro próximo. A classe política continua a cantar "Bridge Over Troubled Waters" de Simon & Garfunkel, como se nada se passasse. Mas o certo é que um dia destes haverá ponte, mas não existirá água para passar por baixo. As tentativas de privatização da água e a disseminação de empresas municipais de águas, uma canalização que se sabe há muito ser catastrófica, só ampliam o problema. Mas, à superfície, o Estado está calado. Seco de ideias.»

Fernando Sobral
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Dia da Mulher? Não

Posted: 08 Mar 2018 06:55 AM PST

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Portugal e direito a voto das mulheres

Posted: 08 Mar 2018 02:37 AM PST


Quanto a direito ao voto feminino, em Portugal foi assim:

Tudo começou com o decreto 19.692, de 5 de Maio de 1931. Mas com excepções, como a de Carolina Beatriz Ângelo (na foto) que foi a primeira mulher portuguesa a exercer o direito de voto (nas constituintes de 28.05.1911), concedido por sentença judicial, após exigência da condição de chefe de família, dada a sua viuvez.

Em 1933 e em 1946 foram levantadas algumas restrições, mas só quase no fim de 1968, já durante o marcelismo, é que acabaram por ser removidas quaisquer discriminações para a eleição de deputados à Assembleia Nacional. (Depois do 25 de Abril, o direito universal de voto passou a aplicar-se também às eleições presidenciais e autárquicas.)

As 100 palavras mais engraçadas da Língua Portuguesa e os seus significados

por admin

A Língua Portuguesa adoptou, ao longo dos anos, várias palavras de outros idiomas e origens, como o árabe, por exemplo, mas também dos povos com quem os portugueses contactaram durante a época dos Descobrimentos. Como resultado, a variedade de vocabulário da nossa língua é imensa. Algumas palavras antigas caíram em desuso e já raramente se utilizam. Outras palavras são pouco conhecidas. E outras... são simplesmente engraçadas. Algumas das palavras que aqui irá ler são bem conhecidas mas optámos por colocá-las apenas por soarem a algo engraçado. Nesta selecção estão ainda algumas palavras mais usadas pelos brasileiros do que pelos portugueses ou usadas em Portugal com outro significado. Descubra 100 palavras engraçadas da língua portuguesa! E divirta-se!

1. Abricó

Fruta cultivada em todo o Brasil, principalmente no Pará.

2. Arapuca

Armadilha que serve para apanhar aves vivas.

3. Araraquara

Nome de uma cidade perto de São Paulo, no Brasil.

4. Bagulho

Semente da uva ou de outro fruto baciforme. Também designa alguém com aspecto pouco cuidado.

5. Bagunça

Desordem, confusão.

6. Balacobaco

Atributo ou beleza extraordinários.

7. Balofo

Algo muito volumoso ou pessoa com excesso de peso.

8. Banguela

Pessoa sem dentes.

9. Batráquio

Grupo de animais ao qual pertence a rã.

10. Batuta

Peça usada pelo maestro para conduzir a orquestra.

11. Beiçola

Pessoa que tem um dos lábios com tamanho superior ao normal.

12. Berimbau

Instrumento musical de origem angolana.

13. Bicudo

Animal com um bico grande. Algo muito problemático.

14. Biruta

Dispositivo que consiste numa espécie de saco cónico de tecido colocado no alto de um mastro para indicar a direcção e intensidade do vento.

15. Bochecha

Parte da face. Usa-se sobretudo em crianças com em pessoas com cara redonda.

16. Bodum

Transpiração semelhante a fedor de bode não castrado.

17. Bombachas

Nome de uma peça de roupa.

18. Braguilha

Parte onde estão as casas e os botões ou o fecho de calças.

19. Cabrito

Nome de animal.

20. Caçarola

Recipiente cilíndrico mais largo que alto, geralmente de barro ou metal e com cabo, usado para cozinhar.

21. Cafuné

Acto de coçar a cabeça de alguém, dando estalidos com as unhas para fazê-lo adormecer.

22. Camundongo

Nome de um roedor.

23. Cangote

Parte superior e posterior do pescoço.

24. Carapuça

Parte de peças de roupa destinada a cobrir a cabeça.

25. Careca

Alguém que não tem cabelo.

26. Carrapato

Nome de um insecto.

27. Cauby

Nome próprio com origem brasileira.

28. Caxinguelê

Animal roedor semelhante a um esquilo.

29. Chinfrim

Grande desordem ou agitação.

30. Chorumela

Lamúria, lengalenga, algo de pouco valor.

31. Chouriço

Comida de fabrico artesanal feita, normalmente, de carne de porco.

32. Chuchu

Fruto/hortaliça muito comum no Brasil.

33. Chupeta

Artefacto que as crianças usam na boca.

34. Cueca

Peça de roupa.

35. Cuscuz

Cereal de origem árabe.

36. Dodói

Usado para designar um ferimento quando se fala com uma criança.

37. Empada

Prato que consiste em massa de pão recheada com carne ou outros ingredientes.

38. Enxaqueca

Dor forte de cabeça.

39. Esculacho

Maltrato, descuido, agressão.

40. Espiroqueta

Tipo de bactéria.

41. Faniquito

Pequeno fanico, ataque nervoso ligeiro.

42. Farofa

Tipo de alimento.

43. Filó

Tecido transparente, semelhante a uma rede muito fina, muito utilizado para véus, vestidos, saiotes, etc.

44. Fofo

Adjectivo para definir algo que é suave.

45. Fuinha

Tipo de animal.

46. Futrica

Designação dada, entre os estudantes de Coimbra, a quem não é estudante.

47. Gaiato.

Criança, menino.

48. Garrincha

Pequeno pássaro de plumagem vermelha.

49. Geringonça

Construção improvisada com pouca solidez. Nome dado à coligação dos actuais partidos políticos de esquerda que actualmente governam Portugal.

50. Goela

Espaço que antecede imediatamente a laringe dos mamíferos.

51. Gogó

Saliência na parte anterior do pescoço formada pela cartilagem tiróide.

52. Hermengarda

Nome próprio feminino.

53. Inhame

Tipo de planta algo semelhante à batata.

54. Jararaca

Tipo de serpente.

55. Jururu

Relacionado a tristonho, melancólico, apático.

56. Lambão

Pessoa gulosa, que come muito e de forma descontrolada.

57. Linguiça

Comida artesanal típica do fumeiro tradicional.

58. Lumbago

Dor nevrálgica, bastante intensa, que surge na região lombar e que é mais frequentemente de causa reumática ou consecutiva a um esforço inadequado.

59. Macacão

Peça de roupa usada em trabalho por vários profissionais, como por exemplo os mecânicos.

60. Maçaroca

Espiga de milho.

61. Mafuá

Embaraçado, bagunça, confusão.

62. Marmota

Animal roedor.

63. Matusquela

Que ou quem tem as capacidades mentais afectadas.

64. Mingau

Alimento de consistência cremosa, feito de farinha, leite e açúcar.

65. Minhoca

Tipo de animal.

66. Mixórdia

Mistura de coisas que não fazem sentido ser misturadas.

67. Mixuruca

Que se considera ter pouco valor ou pouca qualidade.

68. Mocotó

Mão de vaca preparada culinariamente. Homem velho, muito gordo e pesado. Planta silvestre, da família das acantáceas.

69. Pachola

Pessoa boa, simples, ingénua, para quem tudo está bem. Pessoa preguiçosa, vadia.

70. Pamonha

Bolo, doce ou salgado, feito de milho verde ralado, leite de coco, etc., cozido e enrolado em folhas de milho ou de bananeira. Que ou aquele que é pouco esperto ou pouco inteligente.

71. Papalvo

Indivíduo que se deixa enganar facilmente; pacóvio; simplório; lorpa.

72. Patusco

Que ou quem gosta de se divertir ou de divertir os outros; que ou quem é cómico ou divertido.

73. Pelanca

Pele excessivamente frouxa ocasionada por falta de elasticidade da pele (seja por idade, ou por emagrecimento rápido), ou falta de músculo.

74. Perereca

Espécie de rã que vive nas moitas e sobe às árvores. Conjunto das partes genitais femininas.

75. Peteleco

Pancada, geralmente com a cabeça do dedo médio ou indicador, curvando-o até apoiar a unha sobre a cabeça do polegar e endireitando-o de repente (ex.: peteleco na orelha).

76. Pipoca

Grão de milho que rebentou com o calor.

77. Pororoca

Grande vaga impetuosa que, em certos rios, se forma quando as águas do rio encontram as águas da preia-mar.

78. Quiproquó

Nome dado para uma situação onde determinado equívoco é gerado por engano.

79. Rapapé

Mesura, cortesia que se faz arrastando o pé para trás.

80. Risoto

Prato de arroz cozinhado com muita calda, de forma a ficar solto na altura de ser comido, por vezes colorido com açafrão, e a que geralmente se adiciona manteiga ou queijo ralado.

81. Sacripanta

Pessoa desprezível; canalha; patife; falso beato; hipócrita.

82. Sopapo

Pancada dada com a mão fechada na zona abaixo do queixo.

83. Supimpa

Muito bom, excelente, óptimo.

84. Tanajura

Formiga de asas. Mulher com rabo maior que o normal.

85. Tiririca

Designação comum a várias plantas da família das ciperáceas. Pessoa muito zangada.

86. Trambolho

Cepo que se prende ao pescoço ou ao pé dos animais domésticos para que não se afastem muito. Aquilo que não tem utilidade; aquilo que atrapalha ou incomoda. Pessoa considerada de pouco valor. Pessoa muito gorda que tem dificuldade em andar.

87. Treco

Coisa a que não se quer ou não se sabe dar um nome. Problema de saúde.

88. Trombone

Instrumento musical.

89. Tutu

Saia de tule em camadas que têm comprimentos diferentes, usada pelas bailarinas no ballet. Monstro imaginário com que se pretende assustar crianças.

90. Umbigo

Parte do corpo humano correspondente ao local onde estava o cordão umbilical.

91. Urucubaca

Tecido quadriculado em branco e preto. Variedade de larva dos cereais e do algodão.

92. Vitrola

Aparelho que reproduz sons gravados em discos colocados num prato rotativo, geralmente accionado mecanicamente. Pessoa muito faladora.

93. Xaveco

Conversa de quem deseja conquistar alguém. Patifaria; conduta daquele que age sem moral, de modo criminoso. Pequena embarcação, com três mastros, que navega a vela e a remo.

94. Xereta

Intrometido; mexeriqueiro; bisbilhoteiro.

95. Xexelento

É uma expressão popular usada para qualificar pessoas ou objectos de má qualidade, sem valor ou ainda que apresentam aspecto desagradável, má aparência.

96. Xodó

Expressão carinhosa para chamar uma pessoa de quem se gosta.

97. Zarolho

Que ou quem tem estrabismo. Que ou quem não tem um olho ou é cego de um olho.

98. Zebróide

Semelhante à zebra.

99. Zebu

Tipo de animal semelhante ao boi.

100. Zureta

Que ou o que é um pouco maluco. Que ou o que está agastado ou exaltado.

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​Guterres, Crato e as suas sombras

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08/03/2018 by

Autor Convidado

Santana Castilho*

Num artigo publicado no Observador, Nuno Crato arguiu contra uma afirmação de António Guterres, feita a propósito do seu recente doutoramento honoris causa (“o que hoje fundamentalmente interessa no sistema educativo não é o tipo de coisas que se aprendem, mas a possibilidade de aí se aprender a aprender”), concluindo que “aprender a aprender, em vez de aprender, é o caminho direto para nada aprender, nem sequer aprender a aprender”.

Esta decantada polémica, na qual se projectam sombras negras de Guterres e Crato, é responsável por um erro de décadas, que tem partido ao meio o que só unido pode dar certo. Com efeito, as alterações que o sistema de ensino tem sofrido caracterizam-se ciclicamente por uma divisão de natureza bipolar: ora se hipervalorizam as ciências da Educação, com desprezo pelo valor intrínseco do conhecimento, ora se hipervaloriza o conhecimento puro, com ignorância daquelas. Ora se centra tudo no declarative knowledge (conhecimento “declarativo“, teórico, baseado no estudo dos factos) ora apenas se considera o procedural knowledge (conhecimento “processual“, prático, mesmo que o actor o não saiba explicar, mas tenha “competências”).

Diz Crato, agora e bem, invocando uma das ciências a que outrora chamou “ocultas”, que “a psicologia cognitiva concluiu que as capacidades não podem ser adquiridas independentemente das matérias concretas estudadas”.

Quanto a Guterres, é de pasmar, para quem ainda for capaz de se deixar pasmar, a falta de memória da maioria, apagada pelos feitos internacionais do engenheiro. O gosto pelo diálogo, como forma de controlo dos erros governativos (são dele as primeiras “competências essenciais” e o “estudo acompanhado”), gerou uma lúdica imobilidade, que o levou da “paixão pela Educação” ao “pântano”, de que fugiu, deixando no trajecto, como descoberta sua, políticos (Sócrates e Armando Vara) que reinaram nos labirintos do poder como novos deuses de um Olimpo de subúrbio. Mas acerta agora, quando defende a necessidade de prover os alunos com a capacidade de gerir os seus próprios processos cognitivos, tornando-os aptos para escolherem os melhores métodos de aprender. É disto, afinal, que se ocupa a metacognição, de John Flavel.

Para a Educação, em geral, é tão redutor ignorar o papel e a importância da metacognição como menorizar a precedência do conhecimento factual relativamente ao conhecimento experimental.

Como provavelmente acontecerá com a maioria dos professores, estou farto deste assunto. E há uma boa razão para isso: é que o facto de até agora não ter sido possível enfiar pela goela dos professores de bom senso nenhuma destas posições extremadas, só prova que qualquer delas é por eles rejeitada.

Quanto mais tempo passarem, governos do meio, da direita ou da esquerda, a tentarem alinhar em carreiros separados o que é indissociável, maior será o equívoco de base e a dimensão do erro. Falo de uma espécie de golpe de estado pedagógico, alternado mas permanente, que coloca na clandestinidade os professores de bom senso, os que protegem os alunos, no dia-a-dia da sala de aula, de normativos fundamentalistas e de sequestros ideológicos.

Esta enorme perda de tempo, dinheiro e energias, convenientemente acompanhada por pancadaria verbal infindável, radica na preponderância, na política educacional, do proselitismo sem bases sobre o estudo fundamentado e do totalitarismo pedagógico por etapas sobre a ética e a deontologia docentes. Estas visões políticas, supostamente tendentes a apressarem o caminho do sucesso dos nossos jovens, mais não têm conseguido que moer o juízo dos seus professores.

Há décadas que bato neste teclado palavras para defender os professores daquilo de que ética e deontologicamente discordam e são obrigados a fazer. Falhada cada hipótese de mudança, sobrevém a próxima esperança. Porque o interesse livre dos alunos e dos professores vai sempre à frente do interesse de qualquer dicionário político que os pretenda aprisionar, por decreto, no capítulo das ideologias.

*Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)

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Qual o sentido do dia da mulher?

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Ouvi no radio uma enquete sobre se as mulheres gostam ou não de receber “feliz dia da mulher”. Achei curioso a ideia de que isso pode não ser uma coisa boa.

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O líder histórico da Resistência timorense, Kay Rala Xanana Gusmão, principal negociador das fronteiras marítimas, segundo uma carta divulgada pela ABC Radio Australia, terá acusado o governo australiano de eventual conluio com os parceiros do gasoduto de Darwin e com as empresas interessadas no Greater Sunrise, alegadamente com o apoio da Comissão de Conciliação da ONU.

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Em recente entrevista ao EXPRESSO, João Ferreira do Amaral volta a abordar a questão de integrarmos ou não a moeda única.

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RTP - O Essencial

O Essencial

8 Março, 2018

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Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

Bem-vindo

Ponte 25 de abril precisa de obras urgentes, diz relatório do LNEC. Há perigo de derrocada das torres sineiras do Palácio Nacional de Mafra. Assunção Cristas quer liderar uma eventual maioria de direita saída das próximas legislativas. Assessor jurídico do Benfica proibido de contactar com os outros arguidos do Processo e-toupeira.


Obras, já (1)

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Um relatório do LNEC qualifica de “urgente” a necessidade de realizar obras na Ponte 25 de Abril. A situação inspira cuidados aos especialistas, que aconselham a restrição da circulação de veículos pesados e comboios de mercadorias nessa travessia sobre o Tejo, se não forem feitos os trabalhos recomendados. Na sequência desta notícia, avançada pela revista Visão, a Infraestruturas de Portugal divulgou que vai lançar este mês uma empreitada para reparar e conservar a ponte. A Visão adianta ainda que o Ministério das Infraestruturas esteve seis meses à espera da autorização do Ministério das Finanças para avançar com as intervenções.


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Ameaças estruturais noutro monumento nacional. Agravado pelas condições meteorológicas dos últimos dias, o perigo de derrocada do conjunto sineiro do Convento de Mafra já obrigou à criação de um perímetro de salvaguarda das duas torres que suportam os 96 sinos dos dois carrilhões e à colocação de baias de segurança junto à entrada da basílica. A medida de segurança foi pedida pela Direção-Geral do Património Cultural, cuja diretora-geral explica que as obras de requalificação aguardam aprovação do Tribunal de Contas. Em declarações à RTP, o diretor do Palácio Nacional de Mafra reconhece que a degradação do monumento é um problema que não se circunscreve às torres sineiras.


Cristas que ser chefe do Governo

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A dois dias do congresso do CDS, Assunção Cristas assume, em entrevista concedida à RTP, que ambiciona chegar à liderança do Governo.  E para isso nem sequer é preciso que os centristas ganhem as eleições. Explica a líder do CDS que, com a solução governativa saída das eleições de 2015, “a prática constitucional mudou e, certamente, se pode mudar à esquerda, pode mudar em 2019 com o centro-direita“.


Paulo Gonçalves proibido de contactar outros arguidos

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Depois do interrogatório de ontem, o assessor jurídico do Benfica saiu em liberdade, proibido de contactar com os outros arguidos do Processo e-toupeira. Paulo Gonçalves é suspeito de um crime de corrupção activa e de quatro crimes de violação do segredo de justiça em co-autoria com José Silva, o técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira, que fica em prisão preventiva. Além destes dois arguidos, que foram detidos na terça-feira, o Processo e-toupeira já constituiu outros três arguidos: dois funcionários judiciais e um empresário de futebol.


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“Se pararmos, o mundo pára” é o lema da greve no dia Internacional da Mulher em Espanha. Uma inédita greve feminista para exigir o fim das desigualdades de género que é apoiada, pela primeira vez, por sindicatos e alguns partidos políticos. Estão organizadas 120 manifestações e já se fazem sentir os efeitos dos protestos, principalmente nos meios de comunicação social, escolas, hospitais e serviços de transporte.


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A Casa Branca acenou nas últimas horas com a possibilidade de a Administração Trump vir a excluir alguns países das taxas sobre as importações de aço e alumínio. Da Comissão Europeia já saiu uma resposta, pela voz do vice-presidente Jyrki Katainen: a isentar um Estado-membro, Donald Trump terá de isentar os demais. A Europa está já a preparar medidas retaliatórias, com recurso ao agravamento fiscal à importação de certos produtos dos Estados Unidos. Também a China já prometeu responder aos EUA, caso se confirme o início desta guerra comercial.


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Para tentar proteger os pandas, espécie em perigo de extinção, a China vai criar um Parque Natural dedicado a estes estranhos e fotogénicos animais. E não vai ser coisa pequena: terá uma área equivalente a quase um quinto do território continental português.


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Começa hoje a ser discutida a passagem aos quartos-de-final da Liga Europa. O Sporting tem pela frente o Viktoria Plzen, líder destacado do campeonato checo, e está com várias das suas principais figuras impossibilitadas de alinhar, devido a lesão. O pontapé de saída é às 20h05, no Estádio José Alvalade. Pode contar com o relato em direto na Antena 1.


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Língua Portuguesa: 42 palavras antigas que já ninguém utiliza


por admin

A língua portuguesa está em constante evolução e não é apenas por causa do novo acordo ortográfico que isso acontece. A evolução tecnológica ajuda a criar novas palavras e a fazer desaparecer outras. E além disso, a evolução social faz cair em desuso expressões ou palavras que se utilizavam antigamente e que agora deixaram de fazer sentido. Apesar disso, não é motivo para preocupações porque a evolução da língua portuguesa é salutar e sempre aconteceu. Ao longo dos séculos, foram várias as palavras novas adicionadas (especialmente provenientes de outras línguas europeias ou de línguas dos povos das antigas colónias) e outras desapareceram.

Algumas palavras caem em desuso e outras novas surgem. Conheça palavras antigas da língua portuguesa que já quase ninguém utiliza.

Absolto: sinónimo de absolvido.

Acartado: indicava um profissional diplomado.

Aguça: sinónimo de pressa.

Anóveas: indicava um valor nove vezes superior.

Asinha: sinónimo de depressa.

Assento: sinónimo de habitação.

Assunar: sinónimo de amotinar.

Botica: sinónimo de farmácia.

Brunir: Passar ou dar ao ferro.

Cagalhota: Mulher de baixa estatura e pescoço curto.

Carisma: sinónimo de epilepsia.

Coitar: sinónimo de machucar.

Comprir: sinónimo de cumprir.

Dada: sinónimo de doação.

Depós: sinónimo de após.

Embora: sinónimo de em boa hora.

Escala: sinónimo de escada.

Franquia: sinónimo de sinceridade.

Garçom: sinónimo de jovem.

Graveza: sinónimo de gravidade.

Jondra: Sostra. Rapariga pouco limpa e asseada.

Jorna: Dia de trabalho, "trabalhar à jorna".

Ladroa: sinónimo de ladra.

Lambisgoia: Pessoa intrometida quem se intromete em assuntos que não lhe dizem respeito ou vive a faer mexericos.

Lanfranhudo: Carrancudo, homem feio e mal humorado.

Malota: Corcunda

Patego: parolo, lorpa.

Pera: sinónimo de para.

Pertinência: sinónimo de pertença.

Polo: sinónimo de pelo.

Remelado: Com sintomas de conjuntivite bacteriana ou disfunção lacrimal.

Safanão: é o ato de puxar o braço de uma pessoa para dar um raspanete.

Seba: Porca gorda.

Sendo: indicava uma herdade cultivada.

Sirigaita: Sirigaita é uma das piores ofensas que uma moça do século passado poderia ouvir. Ao chamar uma mulher de sirigaita, uma pessoa queria dizer que ela era mal-educada e tinha atitudes constrangedoras.

Sisa: indicava um tributo pago ao estado.

Soer: sinónimo de costumar.

Soldo: indicava uma obrigação no arrendamento de terra.

Suso: sinónimo de acima.

Tença: sinónimo de posse.

Trepa: Coça, tareia, treino.

Vosmecê: sinónimo de você.

A tal ponte concessionada, mas só na parte de recolher receita

por j. manuel cordeiro

É preciso considerável lata para um jornal dar voz a uma notícia plantada como esta.
As pontes sobre o Tejo estão concessionadas à empresa dirigida pelo Ferreira Amaral, o ex-governante que foi para empresa que tutelou (sim, passado algum tempo, e então?). Mas parece que as PPP em causa só servem para recolher receitas, já que, para as obras de manutenção, é ao Estado que se apontam baterias.

Escreve o Público, em artigo não assinado, que o "caso foi detectado há três anos, revela ainda a Visão, que diz ainda que a empresa Infraestruturas de Portugal têm vindo a pedir, há pelo menos dois anos, uma intervenção, devido às fissuras graves na estrutura analisadas pelos técnicos". Afinal o Estado, via a empresa responsável, tem feito alguma coisa. Falta saber se a IP pediu a quem de direito, à empresa que explora as duas pontes.

Claro que sacudir a água do capote e fazer pressão pública sobre o Estado é mais cómodo do que entrar com os 20 milhões necessários para as obras. Vamos ver se temos um governo à altura ou se, por outro lado, se vai posicionar como passador de cheques.

Dia mundial das inimigas – Estórias a propósito do Dia Mundial da Mulher

por CGP

Em 2005, uma empresa indiana que já prestava serviços a empresas americanas decidiu atrair clientes europeus. Na falta de recursos humanos locais com conhecimento de línguas europeias que não o inglês, decidiu contratar uma série de estagiários de vários países europeus, incluindo o humilde autor deste texto. Aterrando num ambiente corporate ocidentalizado, alguns dos/as estagiários/as levaram o seu tempo a integrar-se na cultura indiana. Ao fim de algumas semanas, as estagiárias europeias são chamadas a uma sala de reuniões. Foram aconselhadas a vestir-se de forma mais modesta (leia-se, mangas compridas com 35 graus e um ar condicionado dado a falhas). Quem se tinha queixado? As chefias? Os homens conservadores que sentiam tentados ao ver cotovelos nus? Não. As estagiárias indianas, também elas na casa dos vinte e poucos anos.

Uns anos mais tarde, passei uma longa temporada num dos países árabes mais conservadores. Na empresa onde estava trabalhava um casal oriundo de um país ainda mais conservador que ocupavam ambos cargos de relevo. A certa altura convidam-me para a sua casa (um palácio quase no centro da cidade). Na sala de estar conversávamos como o fazíamos na empresa, mas ela, mais à vontade, retirou o lenço que lhe tapava o cabelo. Passado alguns minutos passa um homem mais velho que lhe diz qualquer coisa em árabe meio a sorrir. Continuamos a conversar como antes. Passado uns minutos ouve-se alguém a entrar. O mesmo homem mais velho entra na sala e diz qualquer coisa. A mulher coloca o lenço. Tinha chegado a mãe.

Numa reportagem sobre mutilação genital feminina num país africano a repórter quase só consegue encontrar mulheres disponíveis para falar. Entre as mais velhas, a opinião é unânime de que as mulheres que não são excisadas são menos higiénicas, menos fertéis e menos fieis. Uma dessas mulheres diz mesmo que sabe quando uma mulher não é excisada pelo cheiro: "cheira a bode", segundo a tradução da repórter. Uma especialista diz à repórter que a excisão feminina é também uma forma de defesa das mulheres mais velhas: ao tornarem o sexo uma actividade dolorosa para as mulheres mais novas, torna-se menos provável que elas se predisponham a fazer sexo com os seus maridos.

Recentemente, algumas feministas mais radicais protestaram pela existência das chamadas "grid girls", mulheres jovens e bonitas empregadas na Formula 1 para dar um colorido a um desporto maioriatariamente seguido por homens, que na sua maioria gostam de mulheres jovens e bonitas. Apesar de as próprias grid girls defenderem o seu papel e afirmarem que não se sentiam objectificadas, o protesto de outras mulheres que não grid girls levou a que perdessem o seu emprego. As feministas não entram todas na mesma categoria e há lutas bastante justas, mas não será por acaso que entre as mais radicais estejam quase sempre mulheres mais velhas. A ala feminista "all sex is rape" (como hiperbolicamente descrita num episódio de Family Guy) tem um fundo evolucionista (que não consciente!!) semelhante ao da excisão feminina: o de baixar as oportunidades de encontros sexuais das mulheres mais jovens e bonitas de forma a diminuir as oportunidades de infidelidade dos homens.

Finalmente, dois estudos já referidos neste artigo do Luis Aguiar-Conraria. Num deles, feito em Espanha, conclui-se que quando há mais mulheres num juri de selecção é menos provável que a pessoa escolhida para o emprego seja... mulher. Dito de outra forma, quantos mais homens estiverem na posição de escolher, mais provável é ser escolhida uma mulher para a posição. Num outro estudo, em que os investigadores enviavam CVs semelhantes com e sem fotografia, conclui-se que os homens bonitos beneficiavam em enviar CV com foto, mas as mulheres bonitas não. Motivo? A selecção dos CVs é maioriatariamente feita por mulheres e estas discriminam outras mulheres quando elas são bonitas.

3.9 mil milhões de euros em cima de outros 3.9 mil milhões de euros

por j. manuel cordeiro

7.8 mil milhões será o montante injectado no Novo Banco quando o Estado português colocar mais 3.9 mil milhões de euros neste banco para cobrir as imparidades, aos quais se fala de ainda virem a ser precisos outros 400 milhõese para cenas e coisas. Esta injecção de dinheiro resulta do acordo com a Comissão Europeia para capitalizar o buraco Novo Banco, criado com a jura de nenhum português lá precisar de colocar um cêntimo.

É oportuno recordar as palavras do Governador do Banco de Portugal, do ex-primeiro-ministro Passos Coelho e de toda a tropa de comentadores da direita, David Dinis e Raúl Vaz incluídos, que lançaram louvores à decisão ímpar, segundo eles, de o Governador e o Governo de então terem tido a coragem de enfrentar Ricardo Salgado, tese repetida ad nauseum, quando da retirada de Passos Coelho do Parlamento, através da qual os soldadinhos de chumbo procuraram lançar o spin de ainda se estar para ver a dimensão do grande líder tecnoformado.

Mas esta já se vê, com efeito. Aí estão os quase dez mil milhões de euros para pagar uma solução que o Banco de Portugal achava ser a melhor e que obteve a concordância do governo Passos Coelho / Paulo Portas / Assunção Cristas, a tal que assinou de cruz na praia. Mas, como disse recentemente o ex-grande líder laranja, a reforma que ficou por fazer foi a do código do trabalho. Prioridades.

Aproxima-se outro candidato a buraco tapado pelos contribuintes: o Montepio Geral. Abram os olhos, portugueses. Ou então, caso contrário, prepararem-se para abrir a carteira.

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Ladrões de Bicicletas


É melhor esperar?

Posted: 07 Mar 2018 05:08 AM PST

Na Itália, o Movimento 5 Estrelas (M5E) assume a sua fidelidade ao euro e propõe-se liderar um governo que executará as reformas pretendidas por Bruxelas, em coligação com o PD, os sociais-liberais derrotados. É o que se pode deduzir do artigo publicado no Guardian por um académico, candidato do M5E nestas eleições.

Assim, parece que a Itália vai continuar dentro do colete de forças do euro, sob tutela alemã. Antevê-se uma nova etapa de agonia da sociedade italiana e, por isso mesmo, o aumento dos desiludidos que levarão a Liga ao poder. Não há uma esquerda soberanista, em sintonia com os anseios do povo humilde, em condições de oferecer uma saída do euro, e uma solução para o problema da imigração, pela esquerda.

Ao mesmo tempo, na Alemanha os sociais democratas repetem o erro de dar o braço a Merkel, o caminho mais favorável à ascensão do partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) que no ano passado entrou no parlamento pela primeira vez com 12,6% dos votos. Uma sondagem de Fevereiro dá-lhe 16%, acima do SPD, tornando a AfD o segundo partido.

Desde há anos que estamos a assistir ao haraquiri da social democracia. Em Portugal, o xadrez partidário vai mesmo passar ao lado disto tudo? Não acham que era melhor começarmos a pensar na refundação da esquerda não-comunista? Eu sei, não há condições. É melhor esperar, talvez quando a nova etapa da crise bater à porta.

Dia da mulher é dia de igualdade na arte de WC

por vitorcunha

Sendo o “dia da mulher”, debruçar-me-ei sobre o problema da igualdade no mundo artístico.

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Os homens são, desde que importa recordar, representados em todo o esplendor viril, com detalhes de músculos, veias, pêlos púbicos e pénis. As mulheres são representadas como tendo osso pélvico e mais nada - não há vulvas, não há pêlos púbicos, não há qualquer tentativa de representar a existência de um sexo. Não admira que se pense que bebés vêm de França por cegonha ou a sua variante pós-moderna, de um supermercado de óvulos e espermatozóides devidamente misturados por indivíduos de bata pagos pelo contribuinte.

c-2005 (10)Nada. Nem um pequeno vale.

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Quando uma pessoa envia uma chamada dicpic para pantomineira exibicionista que não se coíbe de dizer ao mundo o quão boa é ao ponto de receber dick pictures por ridicularização do perpetrador, fica, naturalmente, à espera da equivalente cun6314674184_6c7182863a_mtpic. Porém, uma busca no urbandictionary.com revela a entrada de dicpic sem que se encontre o equivalente cuntpic, pussypic ou outro qualquer equivalente. Isto seria suficiente para originar a adição de nova acepção à definição de vagicide. Efectivamente, estão a matar a vagina na cultura pop.

A única forma que me ocorre de combater o heteropatriarcado é através da representação da vulva em graffiti. Não faltam pilas em paredes no estilo naïf-mas-ei-todos-podemos-ser-artistas, mas o défice de vulvas é particularmente alarmante.

Assim, no dia da mulher, pela igualdade e pela representatividade, é meu desejo que o vandalismo de paredes se torne inclusivo. Para o efeito, defendo quotas para arte de rua: por cada pila numa parede deverá haver uma vulva da mesma cor.

Uma “convulsãozita”. Com facas

por João Mendes

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via O Inimigo Público

Foi assim que Rui Rio se referiu à novela mexicana no interior do grupo parlamentar do PSD, protagonizada por Fernando Negrão e por uma rebelião de deputados, munidos de catanas afiadas, que humilharam o ainda assim eleito novo presidente da bancada parlamentar do partido. Que acusaram Rio de traição e Negrão de comportamento "autoritário e fascizante". Que aceitaram integrar a lista de Fernando Negrão para a bancada parlamentar, apesar de não lhe terem dado o seu voto. Que acusaram a nova direcção do partido de "desrespeito institucional grave". Ainda bem que Negrão não cumpriu a promessa. Seria uma "convulsãozita" interessante de se ver. A capa d'O Inimigo Público diz tudo. Não terá sido à toa que o novo líder do PSD esperou quase três semanas para se reunir pela primeira vez com o grupo parlamentar.

Jornais do Dia

Notícias

Capa do Correio da Manhã

Correio da Manhã  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
CDS/Congresso: Cecília Meireles defende que partido deve ir sozinho às legislativas
CDS/Congresso: "Todos estão confortáveis" com matriz democrata-cristã -- Cecília Meireles
CDS/Congresso: Cecília Meireles vinca que Monteiro deixou partido para fundar outro
Ordem dos Contabilistas critica ausência de Rui Rio nas eleições
CDS/Congresso: Senado criado em 2003 por Paulo Portas volta a ser órgão consultivo dos centristas
Condutores ficam revoltados com multas
Preso por tráfico 47 dias sem ir à casa de banho

Capa do Público

Público  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Quem chega primeiro ao futuro? E como chegará lá a política?
O mono
Cartas ao director
Benfica reitera confiança em Paulo Gonçalves e disponibilidade para colaborar com autoridades
Advogado de José Silva anuncia recurso da prisão preventiva no caso e-toupeira
Jardim do Campo Grande será inaugurado no 25 de Abril
Despiste de pesado leva ao corte do IP2 sem provocar vítimas

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i  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
ICA. Aumento para 40% dos apoios ao audiovisual é “inviável”
E-Toupeira. Conhecidas medidas de coação
Manchester City e Juventus eliminam Basileia e Tottenham
Operações para retirar navio encalhado no Bugio novamente suspensas
Autor do massacre na escola da Florida pode ser condenado à morte
Itália. Berlusconi apoia Salvini na liderança
Golfe. Tiago Cruz top-10 na Quinta de Cima

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Expresso  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
“Aron”, por Henrique Raposo
“Saúde: um custo que não tem preço”, por Henrique Monteiro
Ex-presidente da Petrobras condenado a 11 anos de prisão por corrupção
“Hipocrisias”, por João Vieira Pereira
Paulo Gonçalves proibido de contactar com todos os arguidos do processo

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Jornal Económico  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Augusto Santos Silva e o fim do Populismo
A “missão” da política de inovação
O Salário Mínimo Maximizado
Gestão feminina está mais representada nas micro empresas
Portugal é 6º melhor país do Mundo para as mulheres empreendedoras
Marcelo: “Quanto mais produzirmos, menos bens teremos de importar.”
“e-Toupeira”: Paulo Gonçalves sai em liberdade, mas proibido de contactar arguidos

Capa do Jornal Negócios

Jornal Negócios  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Governo negoceia redução da duração dos contratos a prazo
Palha da Silva afastado da administração da Oi
Benfica reitera confiança em Paulo Gonçalves e disponibilidade para colaborar com justiça
Por cada 10 homens a trabalhar só existem 6 mulheres
Deloitte paga às mulheres britânicas menos 43% do que aos homens
Ex-presidente da Petrobras condenado a 11 anos de prisão por corrupção
PS entende-se à direita nas regras para a Uber

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Diário de Notícias  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Risco de colapso leva Governo a anunciar obras na Ponte 25 de Abril
Plano de segurança para os aeroportos há seis meses na gaveta
Secretas ainda sem acesso aos metadados por atraso na lei
Vendas online. ASAE abre 64 processos-crime num ano
"Todos os ciclos da minha carreira foram desafios"
Jardim do Campo Grande será inaugurado no dia 25 de abril
Exército mantém abertos quartéis que aceitou encerrar em 2014

Capa do Jornal de Notícias

Jornal de Notícias  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Sétimo detido em prisão preventiva por tráfico de droga
Museu do Holocausto retira prémio atribuído a Suu Kyi
Por cada 10 homens a trabalhar só existem 6 mulheres
Casa Branca nega caso de Trump com antiga atriz de filmes pornográficos
Ex-presidente da Petrobras condenado a 11 anos de prisão por corrupção
Despiste de pesado leva ao corte do IP2 em Portalegre
Os números do Totoloto

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Destak  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
O Monstra - Festival de Animação de Lisboa começa hoje
Ordem dos Contabilistas critica ausência de Rui Rio nas eleições
Senado criado em 2003 por Paulo Portas volta a ser órgão consultivo dos centristas
Cecília Meireles vinca que Monteiro deixou partido para fundar outro
"Todos estão confortáveis" com matriz democrata-cristã -- Cecília Meireles
Cecília Meireles defende que partido deve ir sozinho às legislativas
Despiste de pesado leva ao corte do IP2 em Portalegre sem provocar vítimas

Capa do Expresso Economia

Expresso Economia  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Mulher iraniana que retirou véu islâmico em público condenada a dois anos de prisão
“Defender o monopólio de violação do segredo de justiça”, por Daniel Oliveira
CTT entregam aos acionistas em dividendos o dobro dos lucros de 2017
Rui Rio anuncia “revolução” no Conselho Estratégico Nacional
Suspeito de tiroteio que causou 17 mortos pode ser condenado à morte

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A Bola  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Marinhense garante que não raptou Jorge Jesus
«Esta é a história do Tottenham»
Cirurgia de Neymar teve relato na Globo
Valderrama faz promessa que implica cortar o cabelo
Ederson explica o que teve de melhorar depois de sair do Benfica
Cina Luks. Alguém gosta de polo aquático?
«Esperámos pelo momento certo para atingir o Tottenham»

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Record  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Primeiro treinador de Bruno Costa elogia: «Qualidades para triunfar»
João Félix nos juniores... até ser preciso
Tallo no Algarve procura redenção
Salvio já corre no relvado
Plantel apoia Fábio Pacheco
Ronaldo regista o melhor início de ano
Receção ao Sporting causa pouco entusiasmo

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O Jogo  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
ModaLisboa: 50.ª edição arranca hoje com debate e espetáculo que junta música e moda
Pedro Gomes expõe desenhos a partir de hoje no Museu Vieira da Silva
O Monstra - Festival de Animação de Lisboa começa hoje
Dia Internacional da Mulher comemorado hoje com iniciativas em todo o país
Setor moçambicano da construção civil ameaçado por empresas chinesas - patronato
BCE deverá hoje manter inalteradas as taxas de juro
Moçambique e privado querem revitalizar transporte de mercadorias ao longo da costa