(In Blog O Jumento, 26/08/2017)
No tempo da troika do Passos, Portas e Cavaco criou-se a ideia de que todo o dinheiro era bem-vindo, todo o dinheiro foi considerado capital e significava investimento. Foram criados mecanismos para atrair dinheiro e algumas personalidades gradas da direita meteram-se em negócios internacionais, servindo-se da manipulação dos partidos da direita. basta ver um líder do CDS defender o regime angolano, justificando a originalidade da sua democracia africana para se perceber que o CDS não passa de um manipulador da opinião pública ao serviço dos interesses materiais do Paulo Portas, foi esse o preço da promoção da atual geração de líderes do CDS.
Mas, há uma grande diferença entre um investimento numa fábrica de componentes eletrónicos e a compra de uma vivenda de luxo por um general corrupto da máfia angolana. Há investimento que gera a dinamização da atividade económica, enquanto muito do dinheiro que os generais angolanos branqueiam em Portugal gera muito mais corrupção do que dinamização económica, em vez de dinamizar a economia portuguesa este dinheiro sujo apodrece-a, em vez de promover novos empresários enriquece os agentes locais desses generais, transportando para Portugal a corrupção angolana. Esse fenómeno já ficou evidente ao mais alto nível do Estado, com a prisão de um procurador.