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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PSD, na vanguarda da instrumentalização de idosos para fins eleitoralistas

Qualquer semelhança com Ovar será mera coincidência

14/09/2017 por João Mendes


Ok, é possível que outros partidos façam o mesmo. Se conhece mais algum caso, caro leitor, envie para cá. Terei todo o gosto em divagar e conversar sobre ele. Contudo, é natural que me debruce mais sobre o que se passa na, concelho onde tenho família a viver, onde há quatro anos governa uma coligação PSD/CDS-PP, que, em quatro anos, elevou o eleitoralismo para um novo patamar de pouca-vergonha. Torna-se sufocante e um tipo tem que ter um escape.
Já escrevi sobre vários casos, do “jornal” por eles controlado, um pasquim partidário disfarçado de órgão de comunicação social, à utilização de recursos públicos para promover a imagem do autarca, passando por inaugurações de arromba, que ganham prémios no Má Despesa Pública, ou pela azáfama que tomou conta da minha cidade, nestas semanas que antecedem as eleições, com alcatrão novo em tudo o que é rua. Ontem tive conhecimento que o autarca, Sérgio Humberto (PSD), usou as comunicações do município para enviar um SMS para todos os encarregados de educação do concelho, onde endereça votos de um excelente ano escolar, algo que nunca tinha acontecido e que, curiosamente, acontece pela primeira vez a menos de 3 semanas das eleições autárquicas.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Carta aberta à deputada do PSD, Maria Germana Rocha

Senhora deputada,
Acabo de visualizar o vídeo em que a senhora deputada apela ao voto no seu colega de partido e presidente da autarquia onde que resido, a Trofa, onde afirma conhecer bem o edil há mais de 20 anos, bem como o seu percurso político. Pois bem, uma vez que conhece e que acompanha o percurso deste indivíduo, aproveito a oportunidade para lhe dar a conhecer alguns aspectos da sua governação, que com certeza não serão do seu conhecimento, ou não fosse a senhora membro suplente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas. Caso fossem, estou certo que já teria agido.
Começando pela questão do reforço da transparência no exercício de funções públicas, saiba a senhora deputada que, na antecâmara das Autárquicas de 2013, a campanha eleitoral do seu amigo Sérgio Humberto decidiu criar um jornal de propaganda, de seu nome Correio da Trofa, dedicado a promover a sua campanha e a atacar os seus opositores, com recurso a um editorial não assinado, dedicado, não raras vezes, a explorar a vida pessoal da sua opositora. Um detalhe: o seu amigo, tal como a sua entourage, nunca assumiu a paternidade de um jornal que, dias depois da vitória eleitoral, se mudou de armas e bagagens para a até então sede de campanha do PSD/CDS-PP.
Claro que nada de ilegal existe nestes esquemas de propaganda dissimulada. Qualquer partido ou caudilho é livre de aldrabar quem quiser, da maneira que quiser, estando sujeito às eventuais consequências que daí decorram. Mas quando mexe no dinheiro dos nossos impostos, a coisa muda de figura. É que, desde que chegou ao poder, o seu amigo Sérgio Humberto já entregou perto de 100 mil euros – em ajustes directos, claro – a ex-colaboradores e proprietários desse jornal. Por exemplo, aos dois jornalistas que adquiriram o jornal após as eleições, tendo trabalhado arduamente na sua campanha e depois dela, desta feita pagos pela autarquia, o senhor presidente atribuiu mais de 19 mil euros + IVA para que estes cavalheiros organizassem um concurso de fotografia – um flop que resultou na exposição de meia-dúzia de fotografias, sem menção do seu autor, para o qual foi preciso melhorar a qualidade do prémio a meio do processo, tal era a procura do mesmo – e criassem uma revista que nunca ninguém viu.