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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Ovar – O caso dos convites (parte 2)

O caso dos convites endereçados às Coletividades do concelho de Ovar para se fazerem representar na apresentação da recandidatura de Salvador Malheiro (PSD) à presidência da Câmara Municipal de Ovar, no passado dia 17/06, deu muito que falar nas redes sociais.
Refiro aqui um “opinion maker” do Facebook, muito ativo e que se diz muito bem informado, porque tem fácil acesso ao presidente da Câmara desmentir um amigo, militante de outro partido, dizendo que as coletividades não tinham sido convidadas.
As coletividades foram convidadas para se fazerem representar pelos seus presidentes e membros da respetivas direções.
E foram-no pelo PSD-Ovar e aqui está a prova de um convite dirigido a uma coletividade da qual omito o nome, para que a mesma não venha a sofrer represálias, nomeadamente, no que diz respeito aos subsídios a que tem direito:




Provas para quê? É de um verdadeiro artista português.
Agora pergunto:
- Como se sentirão os associados dessas coletividades que militam ou são simpatizantes de outros partidos e apoiam outros candidatos?
- Não se sentirão traídos pelos órgãos sociais das coletividades que se fizeram representar?
- Não seria melhor convocarem uma Assembleia Geral da Coletividade e apresentarem a sua demissão?
- Terão sido essas coletividades beneficiadas pelos “Ajustes Diretos” e a sua representação foi uma forma de agradecimento?
Em política não vale tudo, mas no PSD-Ovar parece que vale tudo, menos tirar olhos.
Meus senhores tenham um mínimo de decoro, já que a vossa vergonha é coisa que não têm.
Isto é um verdadeiro pântano onde chafurda muita gente tanto a nível local como nacional.
Não me alongo mais, tamanha é a minha indignação perante isto tudo.

Ovar, 21 de junho de 2017
Álvaro Teixeira

Mira Amaral: "Catroga e Mexia convenceram Governo de Passos Coelho a manter as rendas da EDP"

O antigo ministro voltou a criticar as rendas excessivas na energia e tem esperança que o actual Governo consiga negociar com sucesso nos contratos CMEC.

Mira Amaral: "Catroga e Mexia convenceram Governo de Passos Coelho a manter as rendas da EDP"

André Cabrita-Mendes
André Cabrita-Mendes andremendes@negocios.pt
21 de junho de 2017 às 18:35
O antigo ministro da Indústria e Energia voltou a criticar as rendas excessivas na energia em Portugal. E considera que o Governo de António Costa vai conseguir ter algum sucesso na renegociação dos contratos CMEC da EDP.
"Eu acho que o Governo vai conseguir fazer alguma coisa, mas há uma privatização que foi feita com rendas excessivas", disse Mira Amaral ao Negócios esta quarta-feira, 21 de Junho, à margem de uma conferência na Ordem dos Engenheiros.
"Os chineses compraram a EDP com estas regalias todas. A dupla Catroga Mexia convenceu o Governo de Passos Coelho que as rendas se deviam manter para venderem mais caro", afirmou o antigo ministro de Cavaco Silva.
"A gestão de topo da EDP convenceu o Governo de Passos Coelho a embelezar a noiva. O engenheiro Henrique Gomes queria atacar essas rendas excessivas, mas foi entalado", disse Mira Amaral, referindo-se ao secretário de Estado da Energia do Governo anterior, que acabou por pedir a demissão.
Sobre a investigação que o Ministério Público abriu aos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) assinados pela EDP e governos anteriores, rejeitou fazer comentários. "Não comento processos judiciais, nem aceito que haja processos em praça pública ou justiça mediática". A partir desta investigação já foram constituídos sete arguidos, incluindo o presidente executivo da EDP, António Mexia.
Mira Amaral deixou ainda elogios para o actual secretário de Estado da Energia. "Tenho um grande apreço pelo comportamento do secretário de Estado da Energia, que tem uma clara vontade" de combater as "rendas excessivas" na energia, disse, referindo-se a Jorge Seguro Sanches.
Recorde-se que o Parlamento aprovou recentemente uma recomendação ao Governo para cortar nos contratos CMEC, que custaram 2.500 milhões de euros na última década aos consumidores portugueses. Este ano vai ter lugar o processo de revisibilidade, onde o Governo vai definir, a partir de um estudo do regulador ERSE, os valores a cobrar no âmbito dos CMEC até 2027, ano em que termina o último destes contratos.

Síndrome do sobrevivente – A culpa de continuar a existir


por estatuadesal

(Por José Gabriel, in Facebook, 21/06/2017)
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Alguns amigos discordam do tom cáustico que muitos de nós têm usado na crítica à cobertura televisiva da tragédia de Pedrogão Grande. Por mim, admito que algumas das abordagens que aqui tenho feito têm sido algo duras, já que considero esta questão fundamental, e de um alcance que está longe de se limitar a estes eventos.
Nesse sentido, julgo, até, ter sido contido. Para além de a maioria dos repórteres fazer um trabalho de manipulação das consciências na mais grosseira linha tablóide - enquanto nos estúdios se trata das tarefas de manipulação mais tecnicamente política - quase todos jogam um jogo muito perigoso ao insistir em remexer nas emoções e feridas emocionais das vítimas com, por vezes, o entusiasmo de um torturador.
Os sinais de dificuldade em assumir a própria sobrevivência e o sentimento de culpa que se vai instalando no espírito de muitas destas pessoas pode ter consequências a longo prazo gravíssimas. O chamado "síndroma do sobrevivente", amplamente estudado, sobretudo no pós-guerra e a propósito dos sintomas psíquicos apresentados por muitos dos sobreviventes - o caso das vítimas do Holocausto é o mais notório -, pode gerar nos que sobrevivem a uma calamidade, uma guerra ou, até, um despedimento colectivo a que se escapa, um quadro que leva à auto-culpabilização, com sintomas físicos, psíquicos, comportamentais cujas consequências podem ser funestas.
Não aceito nem acredito que os repórteres não saibam disso. Por isso, não há perdão para muitas das técnicas de interrogatório - meço as palavras - que utilizam quando cercam as vítimas, de microfone em riste. O título que chegou a figurar na capa do Público a propósito de uma tragédia familiar de um homem que perdeu a mulher e duas filhas mas salvou-se e salvou outros familiares num outro carro - "Mário mandou mulher e filhas para a morte" - penso dar a medida do que estou a tentar transmitir e explica porque, apesar de tudo, considero, como muitos dos meus amigos, ter sido contido e sóbrio nos termos usados.
É que a desorientação, a inconsciência, a boçalidade que têm perpassado por muitos dos trabalhos de reportagem - designadamente a repetição até à náusea de entrevistas às vítimas mais desesperadas - , não são só tendenciosos e profissionalmente indigentes. São perigosos. Muito perigosos.

As palavras do amigo Jyrki

Tiago Freire
Tiago Freire | tiagofreire@negocios.pt 21 de junho de 2017 às 00:01

Jyrki Katainen é um estrangeiro que gosta de Portugal, mais um. Este finlandês não é um turista qualquer, a apanhar escaldões na torreira do Junho português, é um dos vice-presidentes da Comissão Europeia, e o responsável por partes fundamentais como o emprego, o crescimento e o investimento.
O comissário, que ontem participou na conferência anual do Jornal de Negócios, chegou a Lisboa na noite de segunda-feira, e não tem dúvidas sobre o que viu, talvez no curto caminho do aeroporto até ao hotel. Descreveu uma mudança sensível por comparação à sua visita anterior, em 2016: vê agora as pessoas mais abertas, mais sorridentes, de aparência mais optimista. E, remata com um rigor académico, é sabido que os países com cidadãos mais optimistas tendem a ter uma melhor evolução, também económica.
Na sua passagem por Lisboa, Katainen reforçou a mensagem que já vinha mandando de Bruxelas, e que se pôde ler na edição desta segunda-feira do Negócios. O país fez notáveis progressos - com parte do mérito a vir das reformas de anos anteriores -, mas não há lugar para complacências. Tudo verdade, e tudo compreensível. Naquilo que falta fazer, a tecla do malparado é das mais marteladas. É preciso arranjar "uma forma de o reduzir". Como? Katainen não diz, chutando a questão para o Governo. Com um acrescento que faz toda a diferença: a solução tem de ser nacional "em respeito das regras europeias de concorrência e de ajudas públicas". Ora é esse exactamente o problema, e o comissário sabe bem disso. Se há dinheiro do Estado, lá virão os "remédios"; se os activos saírem do balanço dos bancos ao valor nominal, quem os compra, se têm problemas? E se saem abaixo do valor nominal, que tapa o buraco no balanço dos bancos, num momento em que as regras estabilizadas dos "bail in" tornam o investimento na banca tudo menos seguro?
Outra das mensagens importantes, e que marcou até o formato do evento - com a possibilidade dada aos cidadãos, na conferência ou pela internet, de colocar questões directamente ao comissário -, foi o desejo de que as pessoas e os Estados sejam mais vocais naquilo que pretendem que a União Europeia venha a ser. "O que queremos para a Europa?", repetiu Katainen. "A Comissão Europeia é uma parte importante, mas é apenas uma pequena parte da União Europeia", afirmou, instando a uma reflexão da sociedade civil que, através dos seus governos, faça ouvir a sua voz na Europa, e não apenas para reagir contra decisões concretas
A União Europeia vive, em boa parte, fechada no seu próprio mundo burocrático de ar condicionado, é verdade. Mas a distância não tem um só sentido. O amigo Jyrki, pelo menos, quer ouvir o que temos a dizer. Estaremos nós, europeus, dispostos a isso, ou apenas à espera da próxima decisão para podermos ser contra e atirar as culpas para Bruxelas?

COMUNICADO DA JUNTA DE FREGUESIA DE VÁLEGA


ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DE ESPECIALIDADES PARA CONSTRUÇÃO DAS CASAS DE BANHO DA IGREJA MATRIZ E CEMITÉRIO DE VÁLEGA
Caros Conterrâneos,
Em virtude de algumas questões que nos têm sido colocadas, relativas ao processo da futura construção de novas casas de banho para a Igreja Matriz e Cemitério de Válega, importa esclarecer o seguinte:
Foi o atual Executivo da Junta de Freguesia de Válega, liderado por Jaime Duarte de Almeida, que numa atitude proativa e de visão de futuro, tomou a decisão de iniciar a elaboração de um estudo prévio/“projeto” para construção de raiz de modernas casas de banho para a Igreja Matriz e Cemitério de Válega, contando com a colaboração gratuita do valeguense Álvaro Brandão. Não se trata de um simples restauro, mas de uma obra nova que deve cumprir todos os requisitos burocráticos/urbanísticos exigíveis por lei. Note-se que a Junta de Freguesia de Válega tem consciência do estado, no mínimo deprimente, das atuais instalações sanitárias até porque é a Junta de Freguesia de Válega que tem a responsabilidade da sua limpeza.

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Posto isto, posteriormente, à conclusão do referido estudo prévio/“projeto”, foi produzido um caderno de encargos e uma estimativa de custos para a edificação da obra.
Uma vez que a Junta de Freguesia de Válega não teria o arcaboiço financeiro para executar a obra, este estudo foi apresentado à Câmara Municipal de Ovar que aprovou uma comparticipação extraordinária até 50 000 euros para realização das obras, mediante a entrega de documentos comprovativos (faturas).
No entanto, o estudo prévio/”projeto” elaborado, como é óbvio, carecia da assinatura de um arquiteto, uma vez que o Sr. Álvaro Brandão é apenas técnico projetista. Assim sendo, pedimos à Divisão de Obras da Câmara Municipal de Ovar que “assinasse”/colaborasse na concretização técnica/burocrática do projeto de arquitetura das casas de banho da Igreja Matriz e Cemitério de Válega, que foi trabalhado pelos técnicos camarários a partir das peças arquitetónicas elaboradas pelo Sr. Álvaro Brandão em articulação com a Junta de Freguesia de Válega, que acompanhou todo o processo.
A Divisão de Obras da Câmara Municipal de Ovar mostrou-se recetiva, tendo o projeto de arquitetura sido “terminado”, após o nosso aval, em finais de março do presente ano (2017), ficando a cargo da Junta Freguesia de Válega a elaboração dos projetos de especialidades, uma vez que a Câmara Municipal de Ovar tem tido a necessidade de contratar, por falta de recursos humanos, alguns serviços de arquitetura a gabinetes externos.
Por conseguinte, a Junta de Freguesia de Válega aprovou um orçamento de 950 euros + IVA para adjudicação da prestação de serviços de elaboração dos projetos de especialidades por um gabinete de arquitetura. Tendo em conta a tipologia do edifício a construir, para efeitos de licenciamento pela Câmara Municipal de Ovar, neste momento, o gabinete de arquitetura encontra-se a elaborar os seguintes projetos de especialidades: projeto de estabilidade e contenção periférica; projeto da rede de abastecimento de água; projeto da rede de drenagem de águas residuais; projeto da rede de drenagem de águas pluviais e projeto da rede de rede elétrica. Prevê-se, a breve trecho, a conclusão dos mesmos e a sua entrega na Câmara Municipal de Ovar. Aprovado o projeto na íntegra, avançar-se-á para a recolha de propostas orçamentais a empreiteiros e, logo que possível, a adjudicação da obra. Por Válega merecer mais, é que colocámos os pés a caminho e estamos empenhados em iniciar estas obras que serão, indubitavelmente, uma realidade num futuro próximo e que só serão possíveis, graças à estreita colaboração que tem havido entre a Junta de Freguesia de Válega e a Câmara Municipal de Ovar.

Com os melhores cumprimentos,
O Executivo da Junta de Freguesia de Válega,
Válega, 14 de junho de 2017
(publicação solicitada pela Junta de Freguesia Válega)