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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A catástrofe financeira portuguesa e os comunas do FMI

15/09/2017 por João Mendes



O drama, a tragédia, o horror, as sanções, o desemprego galopante, a fuga de capitais, o défice de dois dígitos, o diabo e o resgate estão quase a chegar. Ninguém sabe bem quando, que a ditadura soviética torna impossível de prever o que quer que seja – o próprio diabo queixava-se há dias que os fascistas da CIG não o deixam em paz – mas sabe-se que tudo isto e muito mais está para vir. É o que dizem os spin masters do passismo defunto, pelo menos quando não estão a instrumentalizar emocionalmente os portugueses com os fogos florestais ou a elogiar a grandeza de Donald Trump e dos venturas desta vida.
Porém, enquanto o apocalipse não chega e os demagogos vão dando largas ao acto de profetizar, caindo nas sondagens com a mesma velocidade a que se aproximam do PNR, a realidade vai-lhes aplicando suaves chapadas, fazendo picadinho das teorias da conspiração alimentadas por uma máquina de propaganda fanática e decadente. Hoje foi a vez do FMI, essa agremiação de grandes comunas, de dar a sua facada nos calimeros cá do rectângulo:
Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que “Portugal fez progressos notáveis no último ano na redução da incerteza relacionada com os riscos de curto prazo” e que “a saída do Procedimento por Défice Excessivo este ano, juntamente com uma melhoria significativa da estabilidade e confiança no sistema bancário, ajudaram a reforçar a confiança dos investidores e contribuíram para uma rápida diminuição dos spreads da dívida soberana desde Março”. A análise anual ao abrigo do artigo IV foi hoje divulgada em Washington e resulta da avaliação de uma equipa que esteve em Lisboa em junho passado. [Expresso]
Fujam todos! O fim está próximo…
Fonte: Aventar
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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Raquel fantasyland


por António de Almeida



Desvaloriza a iniciativa privada, culpa o capitalismo pelos males da sociedade. Para a doutora Raquel, óptimo seria viverem todos à custa do Estado. Esquece contudo que essa experiência já foi tentada, gerou apenas miséria e provocou milhões de mortos. Uma tragédia se exceptuarmos os camaradas dirigentes que tinham a árdua tarefa de conduzir as massas...
Fonte: Aventar
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“Economicamente correcto”? Não, obrigado.



por estatuadesal

(Sandro Mendonça, in Expresso Diário, 14/09/2017)

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Sandro Mendonça

O vírus do “politicamente correcto” não se vê mas é real. Teve origem na América do Norte há cerca de 3 ou 4 décadas e foi infectando outros países. Os sinais são qualquer coisa como a sensibilidade extrema por parte de uma elite urbana e bem-pensante de que todas as atitudes e a linguagem que ofendam determinados grupos supostamente descriminados devem ser denunciadas e eliminadas. Este filão do “politicamente correcto” veio de uma (à altura) “nova esquerda” que tinha perdido a batalha na arena da economia. Isto é, desistiu da luta de classes (se calhar isso dava muito trabalho!) e agarrou-se à bandeira identitária: isto é, investiu tudo em categorias como “género”, “raça”, “orientação sexual”, etc.

Contudo, o “politicamente correcto” é uma patologia. Mas não é uma patologia gratuita: dá de comer a muita gente. É pau para toda a obra e tornou-se, como se diz hoje em dia, uma “indústria”. Parte do seu problema essencial é a contradição. Por exemplo: 1) o facto é que para uma certa “esquerdinha adocicada” é fácil falar bater no peito em prol de ciganos mas na verdade não quer viver perto deles; 2) certos jornalistas iluminados de um certo diário generalista português exploram o filão o racismo do império português e fazem manchetes contra o racismo em Portugal não hesitando em usar os testemunhos de privilegiados académicos africanos bem conhecidos pelas suas atitudes racistas para com portugueses ou classistas para com os seus concidadãos e em usar a auto-vitimização para esconder manifestas faltas de competência.

Enfim, há algo hipócrita aqui: o “politicamente correcto” é não dizer o que efectivamente se pensa.

Porém, a direita não está imune a manifestações de outras estirpes desta família de vírus moderno. O fenómeno homólogo na direita é o “Economicamente correcto”, isto é, a insistência em medidas que sabe à partida que falham e que ela própria não desejaria de ver aplicadas a si.

Por exemplo, austeridade: a) na realidade não há provas que tenha funcionado para equilibrar as contas públicas em nenhum país em que tenha sido aplicada pois é uma política macroeconómica auto-derrotista, e b) sobretudo a austeridade é para os “outros”, para os assalariados e para o resto da plebe.

Que manifestações de “Economicamente correcto” por cá hoje em dia? Estas:

· CIP quer baixar o IRC: Deste o início da década de 1990 que a taxa de IRC baixa e isso só tem coincidido com a queda tendencial do crescimento da economia portuguesa. Portanto, nada permite presumir na prática que esta medida seja uma “bala de prata” para dinamizar a produção. Aliás, nem os custos do Estado nem os custos do trabalho são assim tão determinantes para as empresas que mais produzem e exportam…. O problema são os custos intermédios com electricidade, telecomunicações e financiamento. Então o que faz António José Saraiva, Presidente da CIP, quando aparecer a reclamar uma baixa radical de IRC?! É que se ele na sua empresa não admitiria um corte radical de receitas estando a oferecer o mesmo serviço aos clientes mas esquece-se que o Estado também é um agente económico que produz serviços para empresas e famílias. O que esses representantes do patronato perpetram é, portanto, o “politicamente correcto” aplicado à economiazinha.

· Greve na Autoeuropa é estúpida: A luta na Autoeuropa tornou-se uma polémica. Agita-se o papão do desinvestimento em Portugal…. com instabilidade laboral ninguém vai querer investir cá, dizem! Porém, sabemos como na Inglaterra ou até na Alemanha (pessoal da Lufthansa, levando ao cancelamento de milhares de voos) há greves …. países afinal sempre usados como alegadas fontes emanadoras do “economicamente correcto”. É que, como alguém explicou muito bem, muita gente que anda por aí a dizer isto e aquilo na internet mas afinal nunca desejaria para si ou para os seus filhos trabalhar sempre ao fim de semana pelas condições oferecidas.

· Junker, o integracionista: Junker num discurso de fuga para a frente acusa a Turquia de se afastar dos valores mas tolera no seio da UE experiências proto-fascistas como na Polónia e na Hungria. Essa é boa, Sr. Junker! A maior crise na Europa é de democracia, como a imposição de uma distribuição assimétrica dos custos da recessão económica bem mostrou…. E para Junker a cura para essa doença é, nada mais nada menos, que menos democracia! É que a sua proposta é um ministro das finanças não eleito para a Europa a mandar nos recursos públicos nacionais contornando os parlamentos eleitos. Tudo em nome da “eficácia”, como ele diz. Essa é muito boa, bravo!

Comércio internacional sem transparência e justiça económica é bom: Quase do dia para a noite foi marcada a votação do CETA (Acordo Global, Económico e Comercial entre o Canadá e a União Europeia) na Assembleia da República para 18 e 20 de Setembro. Cada um dos estados-membro da UE tem de proceder à sua votação e ratificação, mas isso arrisca-se em Portugal a suceder sem o mínimo de debate genuíno. Que haja pelo menos uma forte chamada de atenção pois o governo português está demasiado inclinado a fazer passar isto como se nada de mais se tratasse. Dia 18 frente à AR há o evento "24 horas contra o CETA" (ver detalhes aqui)… que seja um alerta pela transparência e justiça económica nos negócios internacionais
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Plágios


14/09/2017 por Bruno Santos


Imagem: movenotícias


Existem dezenas de canções que alcançaram grande fama e sucesso, interpretadas por cantores de muito talento, que são, à luz da acusação que agora recai sobre Tony Carreira, plágios.

Noutro nível, em todas as artes e em todas as ciências humanas há plágios evidentes que só alguns, com “olho clínico”, conseguem identificar, pois copiam códigos mais subtis e profundos da obra matriz inspiradora.

Um dos grandes plagiadores da História universal foi, como é sabido, Platão. Mas há muitos outros, bem mais recentes e menos dados a pensamentos cavernosos. Diz-se, (…mas nada que tu digas acredito – Soneto já antigo), que as Universidades têm um acervo de teses de doutoramento fraudulentas que daria para fazer trinta e três Bibliotecas de Alexandria.

A música Pimba é uma criação de interesse estético e etnográfico não negligenciável e, não podendo ser considerada facilmente como uma Arte – pelo menos é difícil demonstrá-lo -, não deixa de se servir de algumas das suas técnicas encantatórias fundamentais, entre as quais se encontram o Ritmo e a Simetria, entendidos no seu sentido antigo, aceite e verdadeiro.

Tony Carreira fez do Pimba uma indústria e até uma dinastia. No fundo, fez na música o que José Rodrigues dos Santos fez na literatura. Elevou-o a um patamar improvável, sendo idolatrado por centenas de milhares de seguidores, principalmente mulheres de classes sociais que não costumam frequentar a Gulbenkian ou o São Carlos, mas com as quais esta acusação é injusta, discriminatória e até um pouco cruel.

O artista provará, certamente, a sua inocência, sem o que ter-se-ia que exumar o cadáver de Alberto Einstein e perguntar-lhe o que fez ele, antes de se relativizar, num instituto de patentes suíço.

Adenda (14/09/17_14H10)

O artista Tony Carreira fez saber, há poucos dias, que apoia a candidatura de Fernando Medina à Câmara Municipal de Lisboa, fazendo parte da sua Comissão de Honra. Mera coincidência, evidentemente.

Fonte: Aventar
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Votar ou ir à bola?



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 14/09/2017)
BOLA_VOTO

Parece que anda por aí uma grande preocupação porque os senhores da bola decidiram marcar jogos para o dia das eleições autárquicas, tudo porque quem manda nestas coisas é a Sport TV que manda e um jogo dos grandes ao domingo é indispensável para manter as audiências.
Há aqui qualquer coisa de errado, um jogo demora 90 minutos mais as deslocações se o adepto for ao estádio. Ora, se impedirmos a realização de ventos que obriguem um cidadão a perder tanto tempo como ir ver um jogo de futebol, muita coisa teria que parar no país. Há poucos dias, a propósito da greve na Autoeuropa não faltou quem argumentasse que há muita gente a trabalhar por turnos, aqui o argumento também vale, há muitos portugueses que no dia das eleições têm compromissos dos mais variados tipos que os ocupam durante algumas horas.
Há aqui uma visão paternalista da abstenção, há quem pense que o eleitorado é um rebanho e que ocorrências como os jogos de futebol, os supermercados abertos ou os cinemas contribuem para que algumas ovelhas fiquem tresmalhadas. E ninguém coloca uma dúvida: de que vale o voto de alguém que não sabe muito bem se deve votar ou beber umas cervejas enquanto a bola começa ou depois da bola acabar? Enfim, Deus me livre que as eleições sejam decididas por um destes eleitores…
Ainda há muita gente com a ideia de que os eleitores são borregos fáceis de levar ao curral, não admira que a fruta da época em vésperas de eleições sejam processos judiciais manhosos, tem vindo a acontecer com uma regularidade impressionante. Não há nenhum português que estranhe a presença de andorinhas nos primeiros dias da primavera, que as cerejas apareçam nas bancas em finais de maio e que um pouco antes do ato eleitoral surja um processo judicial, habitualmente visando destruir sempre o mesmo partido.
Um qualquer amigo manda uma carta anónima, dá-se início ao competente inquérito, uma fuga torna o caso público num jornal, costumam ser o CM o “i” ou o Sol, mas quando se quer dar um ar de seriedade à coisa escolhe-se o jornal dos Azevedos, pesarosamente a PGR confirma a investigação em curso e a partir daí é o espetáculo do costume.
Os portugueses já estão habituados a estes truques, aliás, desde sempre que nos tivemos de habituar a truques para manipular eleições. A escola é antiga, primeiro eram os caciques a levar os eleitores, depois eram a manipulação de resultados, seguiram-se as inaugurações em massa e os aumentos de pensões do Cavaco, agora são os processos judiciais. Alguma direita nunca dispensa uma ajudinha.
Tanto os processos judiciais em vésperas de eleições como os jogos de futebol, as promoções nos supermercados ou as homilias nas missas dominicais são algo a que os portugueses já se habituaram e os que, á direita ou à esquerda, sabem em quem querem votar, já não se deixam manipular por idiotas.

PS: Uma sugestão à Liga, porque não oferece um bilhete a cada juiz grevistas e convida os magistrados do MP para as tribunas de honra dos jogos que se realizam no dia das eleições?
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