Os favoritos em Lisboa e Porto adoram arruadas ruidosas em que ficam calados. É a estratégia fácil para não cometer erros. Mas ficar quedo para não expirar na eleição é deixar de inspirar os eleitores
A melhor maneira de não fazer uma asneira é não fazer nada. O mundo dos políticos favoritos sabe-o e o submundo dos seus assessores recomenda-o: não mexer, falar pouco, sorrir muito, evitar perguntas, encurtar respostas, usar uma carteira com frases preparadas em vez de uma pasta de projetos, mostrar superioridade, representar confiança, porque o risco dos favoritos é deitar tudo a perder ao abrir a goela.
Os que os desafiam que estridulem, pulem, exagerem, que passem debaixo de pianos pendurados, corram sobre os fios das navalhas e percorram os limiares dos invernos prometendo primaveras.
Passos ao lado de André Ventura: “Não podemos ter medo dos demagogos e dos populistas que permitem que situações injustas perdurem” Ver aqui
Igual a Trump quando carimba a imprensa livre como geradora de “notícias falsas”, ele que será provavelmente o político no Mundo que mais mente, Passos passou a incluir no seu reportório de líder da oposição a retórica do ataque aos “populistas” e “demagogos” quando se dirige à maioria legítima no Parlamento, ele que seria o principal protagonista de uma qualquer história do populismo e da demagogia em Portugal nos últimos 10 anos.
“Habilidadezinha”, disse ele! Tal como eu que, quando não sei o que hei-de dizer, recorro a uma habilidade, mas apenas linguística. Como agora! Mas eu sou eu e ele é ele! E ele, franca e nitidamente, não as sabe usar! É que não se faz perceber, estão a ver?
Daí que Centeno lhe tenha respondido como respondeu, e ele tenha ficado quedo e mudo pois, habilidade por habilidade, vale incomensuravelmente mais a que tem eficácia.
Por exemplo: quando ele afirma que a votação em Lisboa da sua Leal “Treza” vai ser uma “grande surpresa”, o que é isso se não uma enorme “habilidadezinha”?
Todos descobrirão vitórias, como sempre, mas as de uns serão mais clamadas pelos próprios do que aclamadas por outros. Na noite das autárquicas haverá derrotas e consequências menos imediatas.
A duas semanas, as sondagens indiciam que António Costa, Jerónimo de Sousa e Assunção Cristas terão boas noites. Porque o PS deverá liderar em número de votos, o PCP consolidar e a líder do CDS ter ela própria entre um bom resultado (mais do que 8% será mais do que Portas conseguiu em Lisboa), um resultado ótimo (encurtar sobremaneira a distância para o PSD) ou, o que é muito improvável, um resultado escandalosamente positivo (ficar ‘em cima’ ou, em delírio, acima de Teresa Leal Coelho). Já Catarina Martins nunca terá uma noite má, porque comparará sempre com um resultado autárquico anterior muito baixo. Ainda assim, o BE precisa de ganhar vereações se quer mostrar implantação. À esquerda, a questão essencial para um futuro é a revelação entre PS e PCP. Nas grandes cidades, o PS ‘entregou’ Évora aos comunistas, veremos o que acontece em Beja.
Passos Coelho terá provavelmente a noite mais difícil, não só porque o objetivo inicial de ter mais câmaras do que o PS está distante, como luta por não ser humilhado em Lisboa (não descer dos 22%) e Porto (ter pelo menos dois vereadores). Como diz Miguel Relvas hoje ao Expresso, o PSD pode ficar um partido de implantação rural e dependente de líderes ou herança fortes em algumas cidades (Viseu, Braga, Cascais, Funchal...).
Pior, André Ventura pode ser um dos ‘vencedores’ do PSD da noite, se subir muito a votação do partido, o que ou será bastante embaraçoso para o PSD ou, o que será mais grave, galvanizador. O voto das grandes cidades não é importante apenas pelo mediatismo, mas também pela sua influência em eleições legislativas. Faltam dois anos.
A solidez de Passos Coelho na liderança com o PSD poderá ficar com a consistência de um queijo sem que ele tenha a faca na mão. Não falta quem afie a sua, mas falta quem saiba em que momento quer avançar para desafiar o presidente do PSD. 2018 poderá ser cedo demais, pois António Costa está a beneficiar de um ciclo económico e a gerir um ciclo orçamental que são favoráveis a uma reeleição em 2019. É por isso que o líder do PSD eleito em 2018 poderá ser transitório e então os adversários de Passos podem preferir ir a jogo em 2018 para perder, posicionando-se para ganhar depois das legislativas.
Vencedores serão também alguns dos muitos independentes, começando por Rui Moreira no Porto, que só tem de saber se terá maioria ou se precisa de fazer pazes pragmáticas com quem está em guerras táticas. Isaltino pode ter um regresso que é mais difícil para Narciso. Mesmo não ganhando, como se verá em Coimbra, os independentes têm força para alterar os equilíbrios que existiriam sem eles. É por isso que os independentes não são uma excentricidade, mas uma tendência. Votada.
Discordo, como cidadão eleitor deste país, que em altura de eleições se procure aliciar votos dos eleitores (é da tentativa de aliciamento de votos patrocinada pelo erário público que estamos a falar), em centenas de autarquias deste país convidando milhares de idosos para almoçar na Quinta da Malafaia ou em qualquer outro espaço de convívio. Discordo igualmente que em alturas eleitorais se levem os idosos de Centros de Dia a S. Bento da Porta Aberta, a Fátima ou seja lá onde for, em ações patrocinadas por Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia que configuram uma concorrência eleitoral desleal, falseando com enorme “chico-espertice” os resultados eleitorais.
Pior do que organizar estas ações em período eleitoral, é unicamente convidar para a festa o Presidente da Câmara, os assessores políticos, os vereadores da situação e os Presidentes de Junta de confiança política, ignorando todos os outros que também foram eleitos pelo povo.
Discordo, por último de inauguração de obras em períodos eleitorais.
No Brasil que não é exemplo para ninguém em muitas situações, a lei eleitoral para as eleições locais é, no entanto, severa: vários meses antes do dia da eleição, estão vedadas todas as atitudes dos prefeitos no exercício do cargo ou candidatos a prefeito, que configurem “compra de votos”. Pagar uma simples cerveja a um eleitor, à luz da lei eleitoral brasileira é crime, porque pode configurar compra de voto e se for comprovada perante o procurador do Ministério Público local, torna automaticamente o candidato ou o prefeito recandidato, inelegível.
Julgo que por uma questão de transparência e igualdade, a lei eleitoral em Portugal deveria ser modificada para prevenir determinados “abusos”. Com esta estratégia eleitoral, paga por todos os contribuintes, não há oposição, alternativa, ou projeto político fundamentado que resista.
Não façamos dos eleitores parvos, independentemente do partido ou movimento que esteja no poder a nível local. PS os idosos precisam a meu ver de programas sociais locais que os ajudem a pagar os medicamentos em virtude das suas baixas pensões de reforma, apoio na deslocação para consultas e tratamentos oncológicos ou outros, bem como de apoio domiciliário.
Não sou contra convívios fora de períodos eleitorais, mas desde que sejam democráticos e devidamente enquadrados numa política social Municipal abrangente.
Mas isso sou eu a pensar.
Parece que anda por aí uma grande preocupação porque os senhores da bola decidiram marcar jogos para o dia das eleições autárquicas, tudo porque quem manda nestas coisas é a Sport TV que manda e um jogo dos grandes ao domingo é indispensável para manter as audiências.
Há aqui qualquer coisa de errado, um jogo demora 90 minutos mais as deslocações se o adepto for ao estádio. Ora, se impedirmos a realização de ventos que obriguem um cidadão a perder tanto tempo como ir ver um jogo de futebol, muita coisa teria que parar no país. Há poucos dias, a propósito da greve na Autoeuropa não faltou quem argumentasse que há muita gente a trabalhar por turnos, aqui o argumento também vale, há muitos portugueses que no dia das eleições têm compromissos dos mais variados tipos que os ocupam durante algumas horas.
Há aqui uma visão paternalista da abstenção, há quem pense que o eleitorado é um rebanho e que ocorrências como os jogos de futebol, os supermercados abertos ou os cinemas contribuem para que algumas ovelhas fiquem tresmalhadas. E ninguém coloca uma dúvida: de que vale o voto de alguém que não sabe muito bem se deve votar ou beber umas cervejas enquanto a bola começa ou depois da bola acabar? Enfim, Deus me livre que as eleições sejam decididas por um destes eleitores…
Ainda há muita gente com a ideia de que os eleitores são borregos fáceis de levar ao curral, não admira que a fruta da época em vésperas de eleições sejam processos judiciais manhosos, tem vindo a acontecer com uma regularidade impressionante. Não há nenhum português que estranhe a presença de andorinhas nos primeiros dias da primavera, que as cerejas apareçam nas bancas em finais de maio e que um pouco antes do ato eleitoral surja um processo judicial, habitualmente visando destruir sempre o mesmo partido.
Um qualquer amigo manda uma carta anónima, dá-se início ao competente inquérito, uma fuga torna o caso público num jornal, costumam ser o CM o “i” ou o Sol, mas quando se quer dar um ar de seriedade à coisa escolhe-se o jornal dos Azevedos, pesarosamente a PGR confirma a investigação em curso e a partir daí é o espetáculo do costume.
Os portugueses já estão habituados a estes truques, aliás, desde sempre que nos tivemos de habituar a truques para manipular eleições. A escola é antiga, primeiro eram os caciques a levar os eleitores, depois eram a manipulação de resultados, seguiram-se as inaugurações em massa e os aumentos de pensões do Cavaco, agora são os processos judiciais. Alguma direita nunca dispensa uma ajudinha.
Tanto os processos judiciais em vésperas de eleições como os jogos de futebol, as promoções nos supermercados ou as homilias nas missas dominicais são algo a que os portugueses já se habituaram e os que, á direita ou à esquerda, sabem em quem querem votar, já não se deixam manipular por idiotas.
PS: Uma sugestão à Liga, porque não oferece um bilhete a cada juiz grevistas e convida os magistrados do MP para as tribunas de honra dos jogos que se realizam no dia das eleições?
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A Campanha do presidente recandidato, lá vai de vento em popa, com festas e mais festas, porque é disto “que o meu povo gosta”.
São os cartazes de propaganda ilustrados com fotos de cerimónias oficiais, são utilização da sua página no Facebook, para anunciar obras em curso, ou obras previstas para as calendas, etc. Vale tudo.
(Carrinha da campanha nas festas do Mar - Furadouro)
Só que ele não contava que aparecessem pessoas a denunciar tudo isto. E vai daí, uma queixa à CNE (Comissão Nacional de Eleições) e zás, um processo em cima. E presidente tenta defender-se com interpretações muito suas da lei, argumentando, que poderia “fintá-la”, baseando-se nas tais suas interpretações, mas a CNE não gostou da “brincadeira” e deu um grande puxão de orelhas ao presidente recandidato.
E, para cereja no topo do bolo, alguém lembrou o presidente recandidato que as Famigeradas Promessas feitas em 2013 não foram minimamente cumpridas e, vai daí, o presidente recandidato, para tentar tapar o sol com
uma peneira, manda fazer melhoramentos no Jardim Almeida Garrett, nem que, para isso, fosse necessário abater algumas árvores que, segundo ele, só estorvariam a obras. Não contente, ainda, com isso, dá um prazo de 60 dias ao empreiteiro, e o pobre, lá aceitou o prazo, mas sabendo de antemão, que o presidente recandidato só queria a obra acabada em cima do dia da abertura da, campanha eleitoral.
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1. Os militantes do PSD que genuinamente apoiam o partido e que dele não esperam nenhuma benesse, particularmente os que ainda conheceram o PSD pré-Passos, deveriam estar muito, muito preocupados. Não é que o partido não tenha um importante núcleo duro eleitoral, não seja um grande partido autárquico, não seja uma referência da democracia portuguesa, é tudo isso sem qualquer dúvida. Ainda se pode afirmar com grande certeza que o PSD pela sua própria existência molda a forma da democracia portuguesa, mas nenhum partido tem um contrato com a eternidade, nem negociou com o demónio nunca morrer ou ter o elixir da juventude.
2. Na verdade, o PSD está neste momento não só numa situação de irrelevância, como cercado politicamente, e, pior que tudo, dentro dele existe uma profunda apatia em relação ao destino partidário. Essa apatia é o caldo de cultura em que prolifera uma oligarquia partidária que enquanto tiver o mínimo dos seus lugares garantidos agarra-se a eles como uma lapa, mantendo qualquer debate como uma coisa pestífera, quase uma traição. Traição a quê? Aos dirigentes actuais, Passos Coelho e a sua entourage.
Ilustração de Susana Vilar
3. Qual é a política actual do PSD? Uma combinação fatal de dois elementos: uma nostalgia justificativa do passado nos anos do "ajustamento", e uma espera apocalíptica pela crise económica e financeira do governo PS-PCP-BE. No seu conjunto, esta é uma política "antipática" como Passos Coelho gosta de lembrar como se fosse uma medalha. Até podia ser "antipática" e ser justa e necessária, mas não é nem uma coisa nem outra. É uma política injusta socialmente, e que economicamente garante apenas uma medíocre estabilização do crescimento económico.
4. A nostalgia do passado é muito autojustificativa, centrada na altura em que a direcção de Passos se colou à troika primeiro com equívoco e depois com convicção. Hoje sabemos que muito do que foi atribuído à troika foi iniciativa do governo PSD -CDS. O PSD tornou-se um dos partidos de passado social-democrata e centrista que mais se deslocou à direita e, se isso consolidou um bloco político com o CDS de Portas, criou um animal híbrido em que umas patas andam para um lado e outras arrastam-se pelo chão.
5. Politicamente isolado, o PSD esbraceja oscilando entre uma política tribunícia, muito semelhante à que criticava no BE, e críticas ao Governo PS que são inaceitáveis vindas de quem governou com maioria absoluta durante uma longa legislatura. O caso mais exemplar é a questão dos fogos, em que um PS e um Governo fragilizados acabam por se sair melhor devido ao estilo agressivo e insensato das críticas de Passos e de algumas figuras menores do grupo parlamentar. A exploração da tragédia por táctica política, que é evidente para todos, tem aspectos de "trumpismo" à portuguesa que não dão um voto ao PSD, porque há gente muito melhor para ser o interlocutor populista dessa política, felizmente ainda só quase nos media e não na política institucional.
6. A apatia no interior do partido, em que muitos sabem que esta política é má, nada tem a ver com a herança social-democrata e gera inércia e fragmentação. As estruturas locais do partido, como se vê nas autárquicas, avançam com listas e candidatos quase em autogestão, e onde é a direcção do partido a interferir, como acontece nas grandes cidades e candidaturas urbanas como Loures, os resultados estão e vão estar à vista. As distritais gerem o seu poder de forma sindical, o mesmo acontecendo nas outras estruturas, mas sem qualquer lógica nacional ou partidária global.
7. Periodicamente, na comunicação social e numa ou noutra personagem partidária, há surtos de agitação, muito superficiais e pouco duradouros. Fala-se então de Rui Rio. Na verdade, quer a inércia de muitos, quer a barragem do bloco de poder à volta de Passos, quase todo por interesses de carreira, bloqueiam qualquer movimento de mudança, conduzindo à tese pouco sadia de que as coisas só mudam com uma derrota eleitoral flagrante. Tenho sempre dito e repito que nem isso é líquido, dado que o partido está ao mesmo tempo mais "capturado" por interesses e mais "morto" do que se pensa. Só havia uma alternativa: abrir as eleições a simpatizantes e eleitores sociais-democratas, como fez o PS, com um colégio eleitoral de dezenas de milhares que ultrapassam a capacidade do aparelho de controlar as eleições. É a única chance de Rio ou de qualquer outro que queira sair deste marasmo.
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Um Amigo, proprietário do BLOG “ ESTÁTUA DE SAL” que com alguma frequência tem publicado os meus textos, mandou-me hoje uma mensagem: “Então, já não escreve mais? Está de pena caída? Anime-se e regresse!”, escreveu ele. Eu respondi-lhe: “Tem razão. Talvez hoje regresse”.
A grande verdade é que, para quem muito escreve, os temas começam a repetir-se e a vontade de sobre eles escrever tende a desvanecer-se. Para quê falar de Cavaco se sobre ele já tudo disse? Para quê falar de Passos Coelho se o que mais disser só pode soar a redundante? Para quê atribuir valor a um Rangel ou a um Poiares se já antes os caracterizei? E de muitos mais? Não renego existir nem mim um certo desencanto.
A partir do momento em que Isaltino Morais anunciou a sua candidatura a Oeiras, entrando em compita com o seu ex-delfim e actual presidente da Câmara, Paulo Vistas, percebeu-se que a eleição autárquica neste concelho possuía todos os ingredientes para se tornar polémica, mais que não fosse pela putativa troca de argumentos acesos entre ambos.
Até porque Isaltino Morais, que cumpriu dois anos de prisão pelo crime de branqueamento de capitais e escreveu um livro sobre esta sua experiência, excluiu em 2015 a possibilidade de regressar à vida política, uma promessa que só durou dois anos.
O que poucos esperavam foi o que sucedeu depois. Um juiz, Nuno Cardoso de sua graça, resolveu indeferir a candidatura de Isaltino Morais e de uma outra candidata ao lugar, Sónia Gonçalves, alegando "irregularidades" na identificação dos candidatos das listas.
Soube-se depois que o referido juiz foi padrinho de casamento de Paulo Vistas e que, estando colocado em Sintra, se propôs a fiscalizar o processo eleitoral em Oeiras, apresentando como argumento o facto de este município ser próximo da sua residência.
Depois disso, um despacho do Tribunal de Oeiras, emitido na sexta-feira - e noticiado pela agência Lusa na segunda-feira -, veio informar que os requerimentos de incidente de suspeição apresentados pelo grupo Inovar Oeiras de Volta e pelo movimento independente Renascer Oeiras 2017 "não se justificam", uma vez que o juiz Nuno Cardoso, que chumbou as candidaturas, esteve de turno de 1 a 8 de Agosto e "não mais terá intervenção no processo eleitoral".
Pelo caminho, Paulo Vistas acusou Isaltino Morais de o ter difamado e sublinha que "uma decisão judicial não pode justificar a leviandade das insinuações" feitas por alguém que, em sua opinião, "já perdeu todos os argumentos legais".
Toda esta história rocambolesca poderia ser evitada com uma simples atitude, a do juiz, de se afastar de um processo em que as suas decisões poderiam ser postas em causa pela proximidade em relação a um dos candidatos. Não só não o fez, como se predispôs a analisar as candidaturas a Oeiras.
Os factos são estes e não abonam a favor de nenhum dos envolvidos. Antes pelo contrário, contribuem para contaminar a imagem de dois poderes, o autárquico e o judicial, que deviam ser confiáveis. Em nome de quê? Ainda mais quando o tribunal, na segunda-feira, acaba por autorizar a candidatura de Isaltino, contrariando o despacho do anterior juiz. Tudo bons rapazes.
As eleições locais não são só atractivas para os notáveis da política. Os famosos de outras áreas também costumam ir a votos. Desta vez é Ágata em Castanheira de Pêra.
Ágata com Assunção Cristas. Fotografia partilhada pela cantora no seu Facebook
A lista independente "Todos Por Castanheira", que concorrerá nas eleições de 1 de Outubro à Câmara de Castanheira de Pêra (um dos concelhos que foi fustigado pelos incêndios de Junho), vai ter uma candidata muito especial. A cantora Ágata anunciou este domingo, no Facebook, que será a segunda da lista da corrida à autarquia.
"Queridos amigos(as), não sou de politiquices. O meu partido é o bem-estar de todo o ser humano, é o amor e tudo quanto se pode dar para conforto de muitas famílias. Fui convidada a fazer parte de uma lista independente para vice-presidente à Câmara de Castanheira de Pêra. Estou pronta para mais um desafio na minha vida, uma nova faceta. Espero dar o meu melhor", escreveu a artista portuguesa.
Apesar de independente, a lista tem o apoio do CDS-PP e do MPT e é encabeçada por Miguel Barjona, que já havia liderado uma candidatura independente em 2013 (e foi eleito).
Minutos antes de divulgar a notícia, a intérprete de "Sou mãe solteira" havia partilhado uma foto em que surgia acompanhada por Assunção Cristas, com a legenda: "uma simpatia de mulher".
Assumi a candidatura à Câmara Municipal de Ovar (CMO), na lista do PS, por entender que o actual executivo não tem um plano estratégico para o nosso concelho, não tem uma visão de futuro que contribua para o desenvolvimento económico e social do concelho e para a sua coesão territorial, mas também por discordar da forma de gestão do erário público e do clientelismo que está instalado.
O actual executivo da CMO herdou DEZ MILHÕES de euros do anterior executivo socialista que não só concluiu uma gestão de 20 anos com um dos melhores resultados financeiros do país, como também herdou um município com obra feita, como são exemplo a Escola de Artes e Ofícios, Parque Urbano da Cidade de Ovar, Ciclovias, rede de água em todo o concelho, rede de saneamento em mais de 70% do território, Centros Escolares (Combatentes e Regedoura, entre outros), Avenidas da Praia de Cortegaça e Esmoriz e muito, muito mais.
Actualmente os cofres da Câmara não terão mais de quatro milhões de euros, sem que tenham sido realizadas obras de vulto. A Unidade de Saúde Familiar Alpha, em Válega, está a ser construída em terreno oferecido pela Junta de Freguesia, com o Ministério da Saúde a suportar 85% do custo da obra; O desassoreamento da Barrinha de Esmoriz e passadiços são uma obra paga pelo Estado; O pouco que foi feito ao nível do saneamento é uma obra da AdRA, etc. Restam 6 relvados sintéticos onde foram gastos cerca de 2 milhões de euros, sem que tivesse havido o cuidado de lançar todas estas obras a concurso num único pacote, para que o custo fosse significativamente inferior (não é necessário ser economista para se perceber que entregar estas obras individualmente por ajuste directo tiveram um custo muito superior ao que teriam se fossem negociadas em conjunto).
Além disso, o presidente da Câmara, Salvador Malheiro, apesar do seu ar simpático e do seu estilo populista, tem demonstrado nas intervenções públicas que não lida bem com a oposição e com a alternância de poder, apelidando os outros candidatos de paraquedistas ou incompetentes. Disto podem fazer-se várias leituras, mas a que mais ressalta é a falta de um verdadeiro espírito democrata.
Por tudo isto, aceitei o desafio do PS, sem ter qualquer necessidade e muito menos sem ter ambição de poder. Não anseio mais que dar o meu humilde contributo para que os meus filhos , os meus netos e todos os munícipes de Ovar, venham a sentir orgulho e muito prazer em viver num concelho que sabe aproveitar os seus enormes recursos naturais, a sua cultura, as suas tradições, a sua riqueza patrimonial.
Foi elaborado um programa eleitoral que recolocará o nosso concelho no rumo certo. Com gente muito competente. Esse programa e equipa já começaram a ser divulgados nas redes sociais e em breve serão apresentados a todos os munícipes de Ovar.
Os amigos que partilham da mesma opinião, ou seja, da necessidade de mudar, não podem limitar-se a votar no dia 1 de Outubro (o que já é muito bom) mas devem fazer com que a mensagem chegue aos 50.000 eleitores do concelho.
Nasci no concelho de Ovar, cresci e vivo no concelho de Ovar, trabalhei e trabalho no concelho de Ovar… Para mim, Ovar é paixão!
Nota de imprensa
Bloco de Esquerda: Entregou as suas candidaturas autárquicas no Tribunal de Ovar
Uma delegação do Bloco de Esquerda de Ovar que incluía o primeiro candidato de cada uma das listas e a mandatária das candidaturas do Bloco no concelho de Ovar, sob o lema, “Construir um Presente com Futuro”, Patrícia Veiros, advogada, entregou no Tribunal de Ovar, no dia 3 agosto, as listas de candidatura à Câmara Municipal e Assembleia Municipal, bem como às duas assembleias de freguesia a que se apresenta, Esmoriz e União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã.
Também em Ovar as candidaturas bloquistas querem ser, “A Força do Bloco faz a diferença”, com eleitos das suas candidaturas aos diferentes órgão autárquicos e com um plano da candidatura à Câmara Municipal, que tem como cabeça de lista, Ismael Lisboa Varanda, arquiteto, propondo o desenvolvimento sustentável de Ovar. Um projeto que “assenta em quatro vetores, que têm o objetivo de criar riqueza, gerar trabalho e emprego, aproveitando aquilo que são as nossas potencialidades naturais”, porque, como é afirmado, “as nossas riquezas naturais são o Mar, a Ria, a Barrinha de Esmoriz, a Floresta e a Terra”.
Os primeiros candidatos do BE são:
Câmara Municipal de Ovar – Ismael Lisboa Varanda (arquiteto), Américo José Resende (gestor de tráfego), Maria Isabel Andrade (museóloga), Mário Jorge Saxe (empresário), Pedro Miguel Rodrigues (professor), Rita Miguel Gouveia (historiadora de arte)
Assembleia Municipal de Ovar – Eduardo Silva Ferreira (biólogo, professor e bolseiro de investigação cientifica), José Carlos Lopes (assistente operacional educação), Liliana Dias Resende (estudante), Bruno Silva Morais (técnico de emergência pré-hospitalar), Iúri Ribeiro Martins (estudante)
Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã – Paulo Alexandre Silva (comercial), Carlos Alberto Veiros (verificador de qualidade), Anabela Pires Valente (livreira), Alessandro Ayres Varanda (desempregado), João Sousa Almeida (cozinheiro), Andreia Bibiana Pinho (operadora de loja)
Assembleia de Freguesia de Esmoriz – João Miguel Oliveira (técnico de logística industrial), Mário Jorge Saxe (empresário), Violeta Loureiro Alves (bolseira de investigação cientifica), Vítor Manuel Costa (técnico de laboratório), Álvaro Abreu Faria (professor), Paula Alexandra Cafede (operadora fabril)
Eu sei que deves andar zangado aqui com o teu tio Belzebu, prometi aparecer em Setembro de 2016 e atrasei-me quase um ano, mas para te compensar em vez de infernizar o Centeno optei por um incêndio em Pedrógão que fez lembrar o meu jardim. Ainda tive esperança de que entre os mortos, os falsos suicidas e a maluquinha dos cem ainda chegavas a primeiro-ministro, para não falar do roubo da sucata de Tancos.
Mas, ou ando em baixo ou o Costa é bem mais difícil de entalar do que o Sócrates; mas fica descansado, garanto-te que ele juntou-se ao PCP e ao BE, mas não tem nenhum pacto com o diabo, estou tanto ao teu lado como o Cavaco, outro diabrete levado da breca, ainda que já um pouco cansado. Mas quero ajudar-te a ganhar autarquias, não vá o Montenegro escurecer a tua carreira política, para não falar do afilhado do falecido Amorim que ainda não te deve ter perdoado não ter sido ministro e em vez dele teres escolhido o Lambretas para a pasta do Trabalho.
Mas diz-me o que queres, o que achas de uns mortos por pneumonia para te ajudarem a ganhares a Anadia, vê lá se queres mesmos mortos ou almas penadas por contabilizar, talvez as denúncias da maluquinha te ajudem a ganhar ponta Delgada. Mas se em vez de mortos vivos preferes mesmo finados devidamente selados pelo MP, então sempre se pode arranjar uma epidemia de sarampo, e talvez arranjes mortos para ganhares Vila Franca do Campo.
Se fosse o Menino Jesus recebia-te no meu regaço mais a devota da Assunção, mas deixa lá, sendo o Belzebu ainda te dou uns finados no próximo incêndio para ganhares a câmara do Tabuaço. Mas se não queres Tabuaço fica descansado, arranjo-te já uns quantos AVC e ganhas a freguesia das Mercês. Até pode ser que arranje umas vítimas de dores e ajudamos o diabrete que escolheste para Loures.
Conta comigo porque não faltarão mortos para te ajudar nas autárquicas e mesmo para chegares a São bento, morrem velhos e novos, na estrada e em casa, no hospital e no trabalho, novos e velhos, o que não faltarão em Portugal são mortos danadinhos para que voltes ao governo. Os articulistas do Observador, o diretor do Expresso, a maluquinha dos cem, o que não falta são mortinhos por te ver voltar ao poder.
Deixa de ler o Expresso e o Observador, escolhe antes jornais dignos da tua ambição, jornais com oblituário que é lá que estão aqueles que te elegerão, já que os vivos parecem preferir a Geringonça.
Há 11 Horas por Inês André de Figueiredo
Política El País
As polémicas declarações proferidas por André Ventura sobre as minorias étnicas em Loures tomaram conta da atualidade política nacional e já chegaram ao jornal espanhol El País, sob o título 'Um candidato racista rompe a coligação portuguesa do centro-direita'.
A pouco mais de três meses "das eleições autárquicas portuguesas, os candidatos já começaram a angariar votos, não importa de onde vêm, nem como; sem distinção de princípios morais. É o que pensa André Ventura”. É deste modo que o El País descreve a polémica que tem marcado as autárquicas nacionais.
Tudo começou no dia 12 de julho quando, em entrevista ao Notícias ao Minuto, André Ventura referiu que existem minorias em Loures, nomeadamente a cigana, que “se acham acima da lei” e que a autarquia e sociedade têm tido “excessiva tolerância” em relação a estas situações. Seguiu-se depois uma entrevista ao jornal i, onde o candidato se mostrou consciente do que havia dito e reiterou a sua posição.
Aquando destas palavras, André Ventura encabeçava a coligação PSD/CDS a Loures. Mas o rumo da candidatura modificou-se, muitos acusaram-no de ataques de xenofobia e racismo e o Bloco fez até queixa à PGR, à Ordem dos Advogados e à Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial. O CDS viria a demarcar-se do candidato pela sua forma de pensar, retirando-lhe o apoio.
O jornal espanhol recorda ainda que o percurso académico de André Ventura, mas não deixa de realçar que o social-democrata garantiu não se retirar da corrida a Loures e não “ceder a pressões da Esquerda ou extrema-esquerda”.
Acabei, agora mesmo, de ler um artigo de opinião publicado na última edição do Jornal de Cortegaça, cujo autor é o Ex- Presidente da Assembleia Municipal Ovar de 2005 a 2013, no qual alerta para o risco de as eleições autárquicas, a ocorrerem no próximo dia 1 de Outubro, poderem conter uma dimensão oculta.
As Campanhas Eleitorais devem servir para o esclarecimento dos munícipes e não conterem qualquer tabu.
Os índices de transparência da Câmara Municipal de Ovar estão num patamar extremamente baixo que poderão ser fruto dessa dimensão oculta, prejudicando a própria campanha dado os partidos não terem acesso, em igualdade de circunstâncias, a certos dados o que irá prejudicar as respetivas campanhas e a verdade eleitoral.
Assim, este Blogue lança a todos os partidos concorrentes a seguinte pergunta:
O que vão fazer os partidos para contrariar a dimensão oculta que ameaça a campanha?
Todas as respostas recebidas serão publicadas aqui, até às 14 horas de 25/07.
Leiam o artigo deste antigo autarca e que foi um dos responsáveis pela vitória do PS nas Eleições Autárquicas de 1993 e hoje afastado da actual inconsequente liderança do PS-Ovar, no Link abaixo:
Em Portugal não há extrema-direita, as dezenas de milhares de pessoas que sustentavam o antigo regime converteram-se num ápice em social-democratas liderados por aqueles que eram a ala liberal de um partido fascista e chegaram ao desplante de pedir a adesão à Internacional socialista. Em Portugal todos adoramos os ciganos, os indianos, os chineses e os africanos, pensamos maravilhas de todos eles. Já nem vale a pena entrar noutros domínios das desigualdades.
No caso da Le Pen de Loures o problema poderia ter sido sanado rapidamente, o candidato pedia desculpa e o presidente do partido demarcava-se claramente do candidato. O Ventura ainda ensaiou um esclarecimento, mas quando percebeu que Passos o apoiava e que o seu populismo criava um ambiente aparentemente favorável à sua candidatura, rapidamente retrocedeu e insistiu no seu discurso como se em Portugal existisse uma questão judaica. Toda uma etnia que vivia de forma parasitária e que se comportava à margem da lei.
Ventura tem um mérito, pela primeira vez um político da extrema-direita assume claramente ao que vem e quais são as suas ideias, desencadeando, como disse o próprio, um movimento de apoio local e nacional em torno da sua candidatura. Não tenho dúvidas de que Ventura fala verdade quando diz que sente um grande apoio. Se defendesse que os gays deviam ser capados ou que Portugal devia exigir às ex-colónias que indemnizassem todos os que perderam as suas propriedades coloniais teria ainda mais apoio; afinal num programa de televisão que escolhia o maior português de sempre o eleito foi Salazar.
Dantes os ciganos eram proibidos de pernoitar em muitos concelhos do país, agora são detestados por receberem os apoios sociais que mais de um milhão de portugueses recebem, dantes eram ladrões, agora são gatunos malcheiroso. O mesmo partido que na minha junta de freguesia dá apoios financeiros extras para ganhar os votos de uma importante comunidade cigana com peso para inclinar a balança eleitoral, assume onde lhe convém um discurso que pressupõe que tem uma agenda condicionada por aquilo que parece ser uma questão cigana.
Passos protegeu o seu candidato de Loures; se as sondagens naquele concelho favorecerem esta opção, não me admiraria que escolhesse Loures para encerrar a campanha eleitoral e elegesse a questão cigana como a bandeira autárquica de um partido que entrou em decadência moral. Depois de se ter aproveitado dos que morreram em Pedrógão Grande e da forma oportunista como abordou o assalto a Tancos é de esperar tudo de um politico desesperado e sem escrúpulos na hora de conseguir votos.
Passos Coelho não acerta uma. Com alguma pompa e circunstância escolheu como cabeça da lista de candidatos à câmara de Loures para as próximas eleições autárquicas, um tal Ventura, de seu nome André, acreditando que o ungido seria uma mais-valia eleitoral de peso.
Sendo o Ventura comentador residente da CMTV, onde discorre lesto sobre bola, política e justiça, e fazendo parte da seita dos especialistas em Sócrates no caso Marquês; sendo o Ventura um jurista poliglota, de pena fácil, tão fácil que até consegue escrever livros em parceria com essa sumidade da CMTV que é a taróloga Maya (Ver aqui), Passos deve ter achado que o reinado do camarada Bernardino em Loures estaria próximo do fim.
Ora, o Ventura, não desiludiu e começou a campanha em grande força e estilo. Veio dizer, alto e bom som, que não gosta de ciganos. Que as comunidades ciganas são um problema para os municípios, mormente para Loures, e que os ciganos vivem essencialmente à custa do Estado. Foi sucesso imediato. O Ventura, que só era conhecido no grupo dos fiéis da CMTV passou a ser conhecido do país, ainda que o seja pelos piores motivos. É a escola do Correio da Manhã a funcionar: todos os motivos são bons, mesmo os mais torpes, desde que vendam ou façam vender.
Ficámos a saber que, o PSD de Passos Coelho, agora também patrocina candidatos racistas e xenófobos. A sociedade portuguesa, onde o único partido de extrema-direita, o PNR, não tem qualquer expressão, ficou agora a saber que o principal partido da oposição também perfilha os valores da extrema-direita.
Passos Coelho conseguiu ultrapassar Assunção Cristas pela direita, pois o CDS já retirou o seu apoio ao personagem (Ver aqui).
É esta a gente de Passos e na qual ele vê mais-valias. Diz então o Ventura que os ciganos vivem essencialmente à custa do Estado, e apresenta isso como algo censurável e que convém discutir.
Pois é, ó Ventura, se forem os ciganos a viver à custa do Estado é mau. Mas se forem os bancos e os banqueiros a viver à custa do Estado e dos contribuintes já é bom, não é? E se forem as sociedades de advogados que vivem à custa da consultoria e pareceres que dão ao Estado também já é bom, não é? E se for a EDP a viver das rendas excessivas àcusta do Estado, também já é bom, não é? E se forem as empresas que têm PPP's com o Estado e que vivem à custa dele também já é bom, não é?
Para o Ventura, para Passos Coelho e para outra canalha do mesma estirpe, o Estado deve deixar de apoiar os ciganos e todos os que vivem à custa do Estado, como os velhos, os pensionistas, os desempregados, os deficientes, as crianças e os doentes.
Mas vê lá se és coerente, ó Ventura, também vives à custa do Estado. Se o dono do Correio da Manhã pagasse o que deve ao Estado (Ver aqui) se calhar não teria dinheiro para te pagar a ti pela verborreia que debitas na CMTV.
Os ovarenses expressaram em massa o apoio a Filipe Gonçalves, um
jovem advogado que afirma “querer mais” para o concelho que o viu nascer e
crescer, liderando um projeto onde a “proximidade e a transparência” são as
palavras de ordem.
Em Ovar, a noite de
sexta-feira, 14 de julho, ficou marcada pela apresentação oficial da
candidatura liderada por Filipe Gonçalves às eleições autárquicas deste ano. O
ovarense foi calorosamente recebido pelos seus apoiantes num auditório
completamente lotado e, durante o seu discurso, revelou alguns dos eixos gerais
do seu programa, que irá desenvolver em pormenor até ao dia 1 de outubro.
O candidato – que detém
uma vasta experiência em áreas como o direito e fiscalidade, o associativismo e
a política autárquica – começou por destacar no discurso que “na altura de irem
às urnas, os ovarenses terão a possibilidade de escolher uma candidatura virada
para o futuro e para as reais necessidades das pessoas.” Filipe Gonçalves
acrescentou, ainda, que “este projeto pretende dar respostas estruturais
eficazes e efetivas a todos, promover a participação cívica dos munícipes,
combater a pobreza e a exclusão social, atrair investimento e apostar no
turismo como um dos principais vetores de desenvolvimento para o concelho”.
Presentes na iniciativa
estiveram Raúl Almeida, dirigente nacional do CDS-PP, ex-deputado à Assembleia
da República e mandatário da candidatura «Ovar Quer Mais»; João Pinho de
Almeida e António Carlos Monteiro, deputados à Assembleia da República pelo
CDS-PP e ainda Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular.
De destacar um ponto em comum às intervenções públicas destas personalidades: a
ressalva da “capacidade de trabalho e de entrega, da competência, seriedade e
humildade” de Filipe Gonçalves.
Na cerimónia foi,
ainda, apresentado o candidato à presidência da Assembleia Municipal, Fernando
Camelo de Almeida. O ovarense de 42 anos preside a Comissão Política Concelhia
do CDS-PP de Ovar e assume estas eleições "com confiança num futuro melhor
para o concelho".
Para completar a apresentação pública da
equipa, subiram ao palco todos os candidatos às assembleias de freguesia do
concelho: Maceda (Jorge Marques), Válega (Manuel Gonçalves), Esmoriz (Carlos
Alexandre) e a União de Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente
Pereira (Jorge Maia), partilhando aquilo que os move neste desafio.
A equipa «Ovar Quer
Mais/CDS-PP» apresentou-se em bloco e de forma muito equitativa, tendo todos os
candidatos discursado e apresentado as suas ideias para as diferentes áreas
geográficas do concelho. Desta forma, ficou patente o espírito de equipa e a
harmonia que os une. “Temos todos manifestado total disponibilidade para servir
o concelho de Ovar, abdicando de parte da nossa vida pessoal, familiar e social
em prol deste projeto, porque todos nós queremos mais. Os candidatos às
assembleias de freguesia são um garante de competência, de respeito pela causa
pública, pela cidadania e pela implementação de políticas de proximidade”,
referiu Filipe Gonçalves no final da sua intervenção, altura em que toda a
equipa subiu ao palco para se juntar a ele e celebrar o momento da formalização
da candidatura «Ovar Quer Mais/CDS-PP».
Nas eleições autárquicas de 2013 o povo de Válega quis dar-me o privilégio de continuar à frente dos destinos da nossa freguesia por mais quatro anos, o que me encheu de orgulho, mas ao mesmo tempo, também aumentou a minha responsabilidade perante os meus concidadãos.
Na altura da tomada de posse afirmei que continuaria a dedicar-me às causas da nossa terra com o empenho e dedicação de sempre. Assumi o compromisso de honra de manter viva a dinâmica de ação que me norteou até então.
Dentro das suas competências e dos meios disponíveis, o atual executivo, composto por uma equipa renovada e motivada para trabalhar em prol da população, tudo tem feito para não defraudar as legítimas expetativas do povo de Válega, defendendo sempre os superiores interesses da freguesia.
No nosso plano de ação para este mandato propusemo-nos criar um website para a Vila de Válega, seguindo uma política de proximidade com a nossa população.
Assim sendo e depois de uma cuidada análise e preparação, estamos em condições de lançar agora o primeiro website da Junta de Freguesia de Válega. Pretendemos com este novo formato da era digital que a população de Válega tenha mais um canal de acesso direto com o executivo e uma informação sempre atualizada de toda a atividade que se desenvolva na freguesia, sendo também um ótimo instrumento para dar a conhecer melhor a Vila de Válega.
Por conseguinte, este website permitirá o acesso a diversas informações, que vão desde as atas das reuniões do executivo da Junta de Freguesia de Válega e das sessões da Assembleia de Freguesia, às prestações de contas, atividades das associações, divulgação patrimonial, entre outras, sempre com uma atitude de rigor e transparência. Além disso, permitirá o contacto on-line com a Junta de Freguesia de Válega, tornando mais ágil e eficaz a apresentação de requerimentos e documentos de interesse para a população.
Para que possamos melhorar este serviço, agradeço a participação e envolvimento da população, transmitindo-nos as suas opiniões e sugestões, através do nosso formulário on-line.
Fica o convite para “navegarem” pelo site da Junta de Freguesia de Válega.
Obrigado.
Jaime Duarte de Almeida
Presidente da Junta de Freguesia de Válega