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domingo, 20 de agosto de 2017

Sobre o crescimento do racismo e da xenofobia na cúpula do PSD

PSD

por João Mendes

Foto: Público
Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de Estado do PSD, constatou aquilo que já todos sabíamos mas que social-democrata algum tinha tido ainda a coragem de constatar publicamente: que existem elementos racistas e xenófobos no seu partido que estão a ganhar peso e a influenciar o discurso do PSD (clique, para ler a entrevista). A ascensão de indivíduos como o candidato Ventura, ou as intervenções públicas infelizes que se multiplicam, como foi o caso do discurso proferido por Pedro Passos Coelho no Pontal, não auguram nada de bom para o maior partido político português. Não auguram nada de bom para o país. Será que ainda vamos assistir a uma coligação com o PNR, abençoada por Viktor Orbán, o fascista de serviço no PPE?

Fonte: Aventar


sábado, 19 de agosto de 2017

Make Mein Kampf great again



por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 18/08/2017)
quadros
Os EUA são tão grandes que a diferença horária faz com que exista gente a viver no século XIX.

A cidade norte-americana de Charlottesville foi palco de graves confrontos durante uma manifestação de nazis americanos e uma contramanifestação de pessoas. O resultado final do confronto foi um morto por atropelamento, por um adepto do Alt-right, e vários feridos.
As manifestações foram convocadas depois de uma estátua do general sulista da Guerra da Secessão dos EUA e defensor da escravatura, Robert E. Lee, ter sido removida da cidade. Deviam ter-lhes dito: calma, vamos levar a do general Lee, mas vamos pôr uma do Adolfo. Os EUA são tão grandes que a diferença horária faz com que exista gente a viver no século XIX.


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Do racismo e outros demónios

por Daniela Major

Uns bravos pescadores tunisinos travaram o barco dos fachos que anda pelo Mediterrâneo.
“Já seguíamos com preocupação as actividades deste grupo. Quando soubemos que vinham para Zarzis, mobilizámo-nos para evitar que entrassem no porto. Não queremos o barco fascista na Tunísia”, disse ao El País Shamseddin Bourasin, presidente da associação de pescadores local, que conta com cerca de 500 membros. “Há dez ou 15 anos que salvamos migrantes que naufragam. Não queremos que um barco que quer que se afoguem e usa lemas fascistas e contra o islão seja ajudado nos nossos portos”, declarou."
Para quem não sabe, o referido barquinho foi tomado por uma associação (chamemos-lhe isto para não lhe chamarmos grupelho) "juvenil" chamada Geração Identitária que pretende: "“defender” a Europa de refugiados e migrantes, para evitar “a grande substituição” – um conceito popular entre a extrema-direita nacionalista europeia, que teme que os muçulmanos substituam os cristãos no Velho Continente." (as aspas são do Público, mas eu concordo com elas).
Esta ideia dos muçulmanos substituírem os cristãos tem alguma piada, especialmente porque segundo as estatísticas o maior perigo para a "Cristandade" europeia não são os muçulmanos (actualmente 2% da população União Europeia) mas sim os ateus e os não crentes. (Fonte) Então, para quando um barco (ou um camião ou uma mini-van ou um carocha) contra os ateus?

Fonte: Aventar

segunda-feira, 24 de julho de 2017

A polémica candidatura de Ventura, "o racista", já chegou ao país vizinho

O jornal espanhol El País não deixou passar despercebida a polémica que tem tomado conta da política nacional.

A polémica candidatura de Ventura,
© PSD Loures
Notícias ao Minuto
Há 11 Horas por Inês André de Figueiredo
Política El País

As polémicas declarações proferidas por André Ventura sobre as minorias étnicas em Loures tomaram conta da atualidade política nacional e já chegaram ao jornal espanhol El País, sob o título 'Um candidato racista rompe a coligação portuguesa do centro-direita'.
A pouco mais de três meses "das eleições autárquicas portuguesas, os candidatos já começaram a angariar votos, não importa de onde vêm, nem como; sem distinção de princípios morais. É o que pensa André Ventura”. É deste modo que o El País descreve a polémica que tem marcado as autárquicas nacionais.
racismoTudo começou no dia 12 de julho quando, em entrevista ao Notícias ao Minuto, André Ventura referiu que existem minorias em Loures, nomeadamente a cigana, que “se acham acima da lei” e que a autarquia e sociedade têm tido “excessiva tolerância” em relação a estas situações. Seguiu-se depois uma entrevista ao jornal i, onde o candidato se mostrou consciente do que havia dito e reiterou a sua posição.
Aquando destas palavras, André Ventura encabeçava a coligação PSD/CDS a Loures. Mas o rumo da candidatura modificou-se, muitos acusaram-no de ataques de xenofobia e racismo e o Bloco fez até queixa à PGR, à Ordem dos Advogados e à Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial. O CDS viria a demarcar-se do candidato pela sua forma de pensar, retirando-lhe o apoio.
O jornal espanhol recorda ainda que o percurso académico de André Ventura, mas não deixa de realçar que o social-democrata garantiu não se retirar da corrida a Loures e não “ceder a pressões da Esquerda ou extrema-esquerda”.

Fonte: Notícias ao Minuto

sábado, 17 de junho de 2017

Grotesco



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 17/06/2017)
manuel_santos
«Luísa Salgueiro, dita a cigana e não é só pelo aspeto, paga os favores que recebe com votos alinhados com os centralistas.»

Foi nestes termos que um eurodeputado do Partido Socialista se referiu a uma deputada do seu partido no Parlamento de Portugal. Temos portanto um deputado que acha que os ciganos têm um determinado aspeto e têm comportamentos de baixo nível próprios da sua etnia. Se este deputado fosse do partido da Le Pen teria sido notícia por racismo, mas como é de um partido que desde sempre se opôs ao racismo a sua condenação é abafada pelo sentimento de vergonha.
Qualquer português que não seja racista sente vergonha de ser concidadão desta personagem, os portugueses têm razões para que o país não seja representado por este deputado no parlamento europeu, o partido Socialista tem nele uma mancha que envergonha toda a esquerda, daí a resposta pronta de António Costa.
Mas este senhor além de grotesco revela pouca inteligência, só alguém com grandes debilidades ao nível da capacidade intelectual escreveria o que ele escreveu, dito desta forma sincera são raros os casos de racismo nesta forma pura, em que se considera que uma etnia ou raça tem uma natureza maldosa. Julgo que só mesmo o nazismo se aproximava desta abordagem em relação aos judeus.
Mas o ainda e vergonhosamente deputado europeu acha que não escreveu nada condenável e agora usa a sua página de Twitter para tentar denegrir deputados como João Galamba, tenta a todo o custo colocar-se na posição de quem está a ser atacado por ter sido um aliado de José Seguro. Tenta trazer Seguro para a sua pocilga ao mesmo tempo que procura atingir António Costa enlameando o nome de João Galamba, alguém que tem mais qualidades e inteligência na ponta de um dedo do que o eurodeputado em todo o seu esponjoso volume.
Esperemos que Seguro e os seus mais íntimos não se deixem emporcalhar pelo seu velho companheiro de viagem e que o PS se mobilize para extrair este furúnculo.