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sábado, 25 de novembro de 2017

“Entre o PCP e o PS há um pedregulho difícil de remover”

por estatuadesal

(Entrevista a Jerónimo de Sousa, in Expresso, 25/11/2017)

jerónimo

(Apesar de muitos o detestarem, e alguns acharem mesmo ainda que os comunistas "comem criancinhas", o PCP é um partido cuja influência não pode ser ignorada na sociedade e na política portuguesa, mais ainda agora que suporta no parlamento a actual solução governativa. Por isso esta entrevista é importante. Para perceber o presente da Geringonça e se no futuro se poderá - ou não -, prefigurar uma Geringonça 2.0, eventualmente com outros contornos formais, mas navegando dentro do quadro idêntico - ou até mais amplo, de objectivos. Uma coisa fica clara: para o PCP a legislatura é para durar quatro anos. Depois, como diz Jerónimo, "perante o pano é que se talha a obra".

Estátua de Sal, 25/11/2017)


No final do debate orçamental, Jerónimo de Sousa falou com o Expresso. A atual legislatura é para levar até ao fim mas, quanto à próxima, os comunistas não se comprometem. O líder do PCP recusa uma nova “posição conjunta” ou acordos pré-eleitorais com os socialistas. Jerónimo não disfarça que “há um pedregulho difícil de remover” entre os dois partidos. São diferenças insanáveis e que obrigam os comunistas, não só a marcar terreno, mas também as devidas distâncias.

Diz que se acentuaram as contradições com o PS. O PCP acha que a atual solução política se esgotou?

É uma solução que não é repetível. Num quadro de eleições e trabalhando nós para uma perspetiva de legislatura...

... o fim desta legislatura não está em causa? Não é um recado para dizer que para o ano não aprovam o OE?

A nossa perspetiva é de uma legislatura. Mas, nas próximas eleições para a AR e mantendo-se a relação de forças atual, continuo a considerar que não é preciso uma posição conjunta. Obviamente, muita coisa acontecerá entretanto e isso é fazer futurologia, mas pode não ser necessária uma posição conjunta. É preciso que o futuro Executivo afirme, neste caso concreto o PS, que vai prosseguir esta linha de avanços e de justiça social.

O PS forma Governo com maioria relativa e sem acordos conjuntos como Guterres?

Na posição conjunta ficou claro que o PCP não abdica da sua independência e autonomia de decisão, afirmando perante o PS que votaríamos a favor de medidas positivas e votando contra o que não consideramos positivo. Aliás, isso aconteceu em muitas votações e foi evidente no caso Banif. Sem drama nenhum.

O impacto nas autárquicas fez o PCP rever sua posição? O modelo já vos prejudicou o suficiente para se voltar a repetir?

Não. Foi decisivo o papel do PCP para ver PSD e CDS saírem do Governo. O objetivo político era interromper a política de terra queimada e, perante uma calamidade, a primeira resposta foi repor alguma justiça, ainda que de forma insuficiente. No futuro próximo não abdicamos deste princípio: há necessidade de uma política alternativa patriótica e de esquerda.

O resultado das autárquicas pesou sobre como lidar com o PS na próxima legislatura?

Não pesou. Nem alterou o nosso comportamento e perspetiva.

Mudou, pelo menos, a estratégia de comunicação do PCP sobre os seus ganhos. Dizia que o BE era mais expedito.

Percebo o BE, a tentar meter a bandeirinha. Nós empenhámo-nos a fundo na discussão do OE e conseguimos muitas coisas. Depois, vemos outros fazer anúncios desses mesmos avanços. Fomos agora mais expeditos mas numa expressão honesta, nunca tentando pôr ovos em ninho alheio. O nosso problema não é que o BE nos acompanhe, mas que as pessoas percebam o que é a marca do PCP.

Este é o melhor dos três orçamentos da geringonça?

Este OE do Governo PS consolida os avanços alcançados em 2016 e 2017 e portanto tem um ponto de partida diferente. Ainda assim, apesar das limitações e insuficiências, é um Orçamento que vai mais longe nos avanços.

Qual foi a medida do PCP de alteração ao OE mais arrancada a ferros ao PS?

Desbloqueamento dos investimentos, na Educação, Saúde e Transportes (fim das cativações) e a proposta que prevê a possibilidade de contratação na Administração Pública.

Depois das autárquicas, ouviu camaradas seus dizerem que a ‘geringonça’ não foi uma boa ideia?

Continuo a ter como referência a resolução política do XX congresso aprovada por unanimidade. Eu ando pelo país e há alguma tristeza em relação ao resultado das autárquicas, daí a haver arrependimentos... isso não tem expressão.

No Comité Central não foi motivo de crítica?

Não, aliás as últimas reuniões do CC têm sido praticamente todas por unanimidade. Nos contactos que temos no terreno há muita confusão. Muitos consideram que há uma maioria de esquerda, outros que há um acordo das esquerdas. E nós dizemos que é um governo minoritário do PS e que não há um acordo parlamentar.

Mas depois de 2019, não querem continuar a dar a mão ao PS?

Daremos a mão ao povo e faremos tudo para conseguir novos avanços.

Se o PS ganhar sem maioria absoluta e o PCP não estiver disponível, empurra-o para um bloco central. Prefere isso?

Este processo tem valido a pena. Não temos nenhum arrependimento das posições que tomámos e pelo que conseguimos avançar. Quanto às próximas eleições deixemos o povo decidir. Diálogo haverá sempre. Mas com que programa se vai apresentar o PS?

Fazer parte do Governo está fora de questão?

Participar no Governo para quê? Para uma política que não resolve os problemas centrais ou para realizar uma política de crescimento económico e de justiça social? O meu partido sente-se orgulhoso, até aqui, pelo trabalho muito exigente que foi feito, num quadro de contradições. Depois, perante o pano é que se talha a obra...

Pode haver um entendimento pré-eleitoral com o PS? Já foi falado?

Não. Há aqui um pedregulho difícil de remover. Em matérias estruturantes, o PS não abdicou de uma política de direita.

A possibilidade do ministro das Finanças presidir ao Eurogrupo aumenta o ‘pedregulho’ ou pode mudar alguma coisa? 

A experiência com responsáveis portugueses nas instituições europeias não é, propriamente, para entusiasmar. Demonstrou-se que não é condição suficiente para que os interesses de Portugal sejam defendidos. O diretório de potências da UE é quem determina.

O Governo às vezes esquece-se que não tem a maioria absoluta?

Não é uma orientação geral, mas tem acontecido. Obviamente não queremos ser juízes-conselheiros nem a voz da consciência do Governo do PS. Não queremos favores nem lugares. Queremos ajudar a resolver problemas.

“Não sou o suprassumo da batata”

Tancos, incêndios, INFARMED. Costa é um primeiro-ministro para as boas notícias e tem dificuldade em lidar com as más?

Não sou capaz de fazer uma análise a perfis, mas em relação aos incêndios não houve a resposta que se justificava. Era preciso uma resposta imediata, aparecer com um sentido de esperança, de reposição das condições de vida de muitas pessoas e empresas.

Isso deve-se a alguma falta de humildade?

Não, acho que foi mais subestimação do que propriamente indiferença.

... ou falta de conhecimento do mundo real que o Jerónimo conhece bem?

Na sua responsabilidade governativa, acho que tem conhecimentos. Mas essa realidade foi capaz de o surpreender. O primeiro-ministro não percebeu o sentido exato do drama que aconteceu.

É um problema dos chamados ‘políticos de gabinete’?

Há muitos. Não me considero o suprassumo da batata no contacto direto. Mas é evidente que tenho a vantagem de viver no meio em que nasci e fui criado, de muita iniciativa, de calcorrear milhares de quilómetros. Depois, há características próprias que permitem a aproximação das pessoas.

Acha que o primeiro-ministro demorou a pedir desculpa?

Para mim, o mais importante era ter tido uma resposta eficaz.

Já pediu desculpa por atitudes que tomou, nomeadamente, no seu partido?

No meu partido nunca ninguém me exigiu um pedido de desculpa. Às vezes peço, mas não por razões políticas. Obviamente.

Declarações de António Costa geram “preocupação”

O líder do PCP confia na palavra de António Costa e “ainda” não considera que o Governo esteja a dar o dito pelo não dito no caso da contagem integral do tempo de serviço dos professores para efeitos de descongelamento de carreira. Mas há necessidade de esclarecimento. “Um retrocesso teria leituras e consequências políticas”, avisa.

O Governo assinou um acordo com os professores e já diz que é uma ilusão pensarem que vai ser contado o tempo de serviço. Está a incumprir o que acabou de acordar?

Independentemente desta declaração, o importante é tomar como adquirido que na questão da progressão das carreiras o tempo deve contar para todos. Sejam professores, enfermeiros, médicos, forças de segurança, trabalhadores da Justiça. Esta consideração teve acolhimento. Outra coisa é discutir o modo e o calendário em que será concretizado. Propomos que o Governo discuta isso com os sindicatos.

Essa é a proposta do PCP. Mas o Governo vem dizer que é uma ilusão que os professores pensem que o tempo conta todo...

Não acompanhamos essa afirmação. A proposta que fizemos em sede de orçamento salvaguarda que o tempo conta. Até porque ninguém entenderia que o tempo de trabalho efetuado não viesse a ser contado!

Então, como entende as declarações do primeiro-ministro?

É uma declaração sem expressão concreta naquilo que estamos a aprovar no OE. Fica a preocupação, obviamente.

O Governo pode estar a dar o dito pelo não dito?

Ainda não considero isso. Seria profundamente negativo um retrocesso em relação aos passos que foram dados.

O que foi acordado entre o PCP e o PS? Falou-se concretamente que seria tido em conta o tempo todo de serviço?

O mais importante, numa fase preliminar de exame comum, foi a consideração que a progressão das carreiras deveria ser concretizada até ao final da legislatura. Ouvimos opiniões diferentes, nomeadamente do ministro das Finanças que admitiu ir além de 2019. Batêmo-nos para que fosse concretizado na legislatura. Houve um entendimento que nós consideramos que continua a valer.

Mas aí não está o tempo de serviço... O PCP presume que está incluído?

Presumimos que sim! Não se justificaria uma concordância se não houvesse essa salvaguarda em relação à contagem do tempo!

Quando se ouve o primeiro-ministro falar, nota-se um entendimento diferente...

Para nós o entendimento é claro em relação aos limites da legislatura e à contagem do tempo. A proposta que fizemos partia dessa consideração e dessa possibilidade. A única coisa que se compreenderá, tendo em conta os montantes, é o faseamento no tempo e o modo de consideração. Não questionamos o direito adquirido pela contagem do tempo de serviço.

Se o Governo não fizer a contagem do tempo de serviço dos professores nesta legislatura está a incumprir o acordo?

Digamos que ninguém esperaria, muito menos os trabalhadores, que isso não fosse considerado na progressão das suas carreiras.

É uma surpresa a forma como a questão está a ser colocada pelo Governo?

Entendo-a como uma afirmação que precisa de ser clarificada.

Confia na palavra de António Costa?

Continuo a confiar, sim.

O silêncio do ministro das Finanças sobre este dossiê é motivo de preocupação?

O primeiro e principal responsável é o primeiro-ministro. É ele quem tem a responsabilidade das escolhas. Lembro-me de, há uns tempos, o ministro das Finanças colocar esta questão além da legislatura. Mas houve evoluções na fase de exame comum que consideramos positivas. Vamos ver o desfecho.

Marcelo disse que as pessoas podiam ter ilusões e que nada voltaria a ser como dantes, referindo-se em concreto ao tempo de serviço dos professores.

A tese que a destruição de direitos não pode ser reposta é preocupante. Lembra a afirmação de um dirigente do PSD de que o país estava melhor, mas o povo estava pior. Não há desenvolvimento sem que o povo se sinta bem. Não estamos a reivindicar direitos novos, mas a restituição do que foi extorquido. Um retrocesso desta natureza teria leituras e consequências políticas.

O primeiro-ministro disse que o Estado só vai pagar aquilo que consegue.

E nós consideramos que o Estado tem condições de pagar aquilo que é devido aos trabalhadores.

De outra maneira: gostou de ouvir Costa a repetir as palavras de Marcelo?

Não fico triste nem alegre, faço uma avaliação política.

O Presidente da República mudou de atitude? Teme que haja dificuldade de promulgação do OE?

Não tenho nenhum indicador que me leve a ter essa preocupação. É evidente que hoje temos um quadro muito complexo. A CIP aumentou de galão em termos de pressão. Lá veio, mais uma vez, a ameaça de Bruxelas. Mas a essas ameaças e avisos a resposta deve ser de firmeza e não de cedência.

O PM e o PR estão a acusar essa pressão dos patrões e de Bruxelas?

Não faço juízos de intenção. Constato um facto que não é novo: sempre que há um encaminhamento positivo das coisas, lá vêm as imposições como se fossem os mandões do meu país. Acho inadmissível essa pressão! Há umas semanas, o Conselho Europeu defendeu a valorização dos salários mas depois, quando há uma proposta concreta...

... 600 euros, que o PCP pede desde 2015. É uma batalha que perdeu?

A nossa batalha tem sido por este valor. O Governo vai invocando a concertação social mas é bom lembrar que a responsabilidade do aumento do salário mínimo não é do CES. O Governo não pode encontrar ali o biombo. Fico chocado que um trabalhador que trabalhe a vida inteira recebendo na casa dos 500 euros vá empobrecendo. É uma contradição insanável: trabalhar e ir empobrecendo!

É um dos amargos de boca desta solução governativa?

Isso não constava da posição conjunta.

Porque foi fechado um acordo entre o BE e o PS...

O BE partiu do pressuposto que aquilo era um mínimo. Quem tem alguma experiência de negociação sabe bem que quando se apresenta uma proposta ela é sempre o máximo. O BE também está de acordo com a nossa proposta. O problema continua a ser a falta de determinação do Governo. Apresentámos a proposta, ela foi recusada. Podemos usar aqui o nosso chavão — a luta continua.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Edmundo Pedro, 99 – Para o ano é que é!

Edmundo Pedro, 99 – Para o ano é que é!

Posted: 08 Nov 2017 08:13 AM PST

Já falei hoje com o meu queridíssimo amigo Edmundo, disse-me que está óptimo «porque a cabeça continua no seu lugar». Esperemos todos pela festa dos 100 em 2018 e recordemos o que foi o seu extraordinário «percurso existencial», resumido em parte pelo próprio há alguns anos.

«Comecei a trabalhar aos doze anos numa oficina de serralharia. Daí em diante, interrompi o curso diurno da Escola Industrial Machado de Castro e passei a estudar à noite. Aos treze, entrei para o Arsenal da Marinha. Aí conheci dois vultos cimeiros do movimento operário de então, meus colegas de trabalho na oficina de máquinas do Arsenal: António Bento Gonçalves e Francisco Paula de Oliveira. Este último viria a celebrizar-se sob o pseudónimo de “Pavel”.

O primeiro era então Secretário-geral do PCP, o segundo Secretário-geral da Federação da Juventude Comunista. Ambos exerceram no meu espírito uma influência determinante.

Filiei-me na Juventude Comunista aos treze anos, pouco depois de ser admitido naquela empresa do Estado.

Fui detido pela primeira vez pela polícia política no dia 17 de Janeiro de 1934, pouco depois de ter completado os 15 anos de idade, por estar envolvido na preparação da tentativa de greve geral que deflagraria no dia seguinte. A minha primeira detenção está, pois, estreitamente ligada ao movimento de protesto contra a liquidação do sindicalismo livre. Esse movimento ficaria conhecido na história das lutas operárias como o «18 de Janeiro». Pela minha acção na preparação desse evento, fui condenado pelo Tribunal Militar Especial, acabado de criar por Salazar, à pena de um ano de prisão e à perda dos «direitos políticos» durante cinco anos…

Logo que fui libertado, retomei a oposição à ditadura como militante da Juventude Comunista. Em Abril de 1935 fui eleito, com Álvaro Cunhal, entre outros, para a direcção da Juventude Comunista.

Preso, uma vez mais, em Fevereiro de 1936, sob a acusação de ser dirigente da JC, acabaria, em Outubro desse ano, por ser deportado para Cabo Verde, onde fui estrear o tristemente célebre Campo de Concentração do Tarrafal. Ao fim de nove anos, regressei a Lisboa para ser, de novo, julgado no Tribunal Militar Especial. Depois de ter aguardado julgamento, ao todo, durante dez anos, fui condenado, por aquele tribunal de excepção, à pena de vinte e dois meses de prisão correccional, acrescida da perda dos «direitos políticos» pelo período de dez anos!

Ao longo de todo tempo que mediou entre o fim de 1945 e o 25 de Abril de 1974, conspirei sempre contra a ditadura. De forma especialmente activa, a partir da campanha para a Presidência da República do general Humberto Delgado, durante a qual comecei a preparar, com Piteira Santos, Varela Gomes e outros, um movimento insurreccional que pusesse fim à ditadura.

Estive envolvido, com o grupo inspirado por Fernando Piteira Santos, no «12 de Março» de 1959. Mas, dessa vez, não fui referenciado na polícia política.

Dois anos depois, no dia 1 de Janeiro de 1962, tomei uma parte muito activa no chamado «golpe de Beja», ocorrido na madrugada daquele dia, no Quartel de Infantaria Três, aquartelado na cidade de Beja. Depois daquele movimento ter abortado, fugi para o Algarve onde fui detido, em Tavira, na manhã desse mesmo dia, junto com Manuel Serra e o então capitão Eugénio de Oliveira. Pela minha intervenção nesse movimento fui condenado, em 1964, a três anos e oito meses de prisão maior e à perda de «direitos políticos» pelo período de quinze anos. Cumpri quatro anos de cadeia. Fui libertado no fim de 1965.

Aderi ao Partido Socialista, por intermédio de Mário Soares, em Setembro de 1973. Sou, portanto, um dos fundadores daquele partido.

No primeiro congresso realizado na legalidade, em Dezembro de 1974, fui eleito para a sua Comissão Nacional e, em seguida, para a sua Comissão Política. Fui integrado no seu Secretariado Nacional em 1975. Em 25 de Abril de 1976, nas primeiras eleições legislativas, fui eleito Deputado pelo PS. Exerci esse cargo durante onze anos. Em 1977/78, fui designado Presidente da RTP. Actualmente continuo no PS, mas como militante de base.

Ninguém na minha família escapou à repressão salazarista. O meu pai estreou comigo o Campo de Concentração do Tarrafal. Esteve ali, tal como eu, cerca de nove anos. Foi, reconhecidamente, o mais perseguido de todos os presos daquele presídio de má memória. É considerado o mártir do Tarrafal. Morreu no exílio, em França, dois anos antes do 25 de Abril. A minha mãe esteve detida durante longo tempo por ser militante do PCP. A minha irmã Gabriela, que fugira de Portugal para evitar ser detida pela sua actividade no âmbito do movimento estudantil, morreu em Paris, aos vinte anos, na emigração política. Um irmão meu, o João Ervedoso, foi assassinado no âmbito de uma manifestação estudantil, por um provocador ao serviço da polícia política, quando tinha acabado de completar catorze anos. O meu irmão Germano, o mais novo dos três, entretanto falecido, esteve detido durante três anos por envolvimento na preparação da tentativa insurreccional de Beja. A minha própria mulher, para não fugir à sina da família, também experimentou os cárceres da polícia política.»

Fonte: Entre as Brumas da Memória

domingo, 6 de agosto de 2017

Vitor Amaral - Ap. Candidatura


Assumi a candidatura à Câmara Municipal de Ovar (CMO), na lista do PS, por entender que o actual executivo não tem um plano estratégico para o nosso concelho, não tem uma visão de futuro que contribua para o desenvolvimento económico e social do concelho e para a sua coesão territorial, mas também por discordar da forma de gestão do erário público e do clientelismo que está instalado.

O actual executivo da CMO herdou DEZ MILHÕES de euros do anterior executivo socialista que não só concluiu uma gestão de 20 anos com um dos melhores resultados financeiros do país, como também herdou um município com obra feita, como são exemplo a Escola de Artes e Ofícios, Parque Urbano da Cidade de Ovar, Ciclovias, rede de água em todo o concelho, rede de saneamento em mais de 70% do território, Centros Escolares (Combatentes e Regedoura, entre outros), Avenidas da Praia de Cortegaça e Esmoriz e muito, muito mais.

Actualmente os cofres da Câmara não terão mais de quatro milhões de euros, sem que tenham sido realizadas obras de vulto. A Unidade de Saúde Familiar Alpha, em Válega, está a ser construída em terreno oferecido pela Junta de Freguesia, com o Ministério da Saúde a suportar 85% do custo da obra; O desassoreamento da Barrinha de Esmoriz e passadiços são uma obra paga pelo Estado; O pouco que foi feito ao nível do saneamento é uma obra da AdRA, etc. Restam 6 relvados sintéticos onde foram gastos cerca de 2 milhões de euros, sem que tivesse havido o cuidado de lançar todas estas obras a concurso num único pacote, para que o custo fosse significativamente inferior (não é necessário ser economista para se perceber que entregar estas obras individualmente por ajuste directo tiveram um custo muito superior ao que teriam se fossem negociadas em conjunto).





Além disso, o presidente da Câmara, Salvador Malheiro, apesar do seu ar simpático e do seu estilo populista, tem demonstrado nas intervenções públicas que não lida bem com a oposição e com a alternância de poder, apelidando os outros candidatos de paraquedistas ou incompetentes. Disto podem fazer-se várias leituras, mas a que mais ressalta é a falta de um verdadeiro espírito democrata.

Por tudo isto, aceitei o desafio do PS, sem ter qualquer necessidade e muito menos sem ter ambição de poder. Não anseio mais que dar o meu humilde contributo para que os meus filhos , os meus netos e todos os munícipes de Ovar, venham a sentir orgulho e muito prazer em viver num concelho que sabe aproveitar os seus enormes recursos naturais, a sua cultura, as suas tradições, a sua riqueza patrimonial.

Foi elaborado um programa eleitoral que recolocará o nosso concelho no rumo certo. Com gente muito competente. Esse programa e equipa já começaram a ser divulgados nas redes sociais e em breve serão apresentados a todos os munícipes de Ovar.

Os amigos que partilham da mesma opinião, ou seja, da necessidade de mudar, não podem limitar-se a votar no dia 1 de Outubro (o que já é muito bom) mas devem fazer com que a mensagem chegue aos 50.000 eleitores do concelho.

Nasci no concelho de Ovar, cresci e vivo no concelho de Ovar, trabalhei e trabalho no concelho de Ovar… Para mim, Ovar é paixão!

Muito obrigado.

Um grande abraço do amigo

Vítor Amaral

O que é DNA do PS são casos particulares no PSD.


por estatuadesal
(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 04/08/2017)
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Duas histórias envolvendo quadros do PSD foram notícia esta semana, sem que qualquer uma ajudasse a criar uma narrativa sobre os social-democratas: a auditoria do Tribunal de Contas (TdC) ao Instituto do Território (IT), fundada pelo diretor do gabinete de estudos do PSD até ao ano passado e coordenador do programa eleitoral do partido, e a viagem do vice-presicente da bancada do PSD à China, pago pela Huawei.
Rogério Gomes foi presidente da associação Urbe durante 24 anos e contratou, entre 2003 e 2004, Passos Coelho para diretor do departamento de formação e coordenador do programa de seminários. Sendo bastante próximo de Passos Coelho, a fundação do seu instituto contou com o apadrinhamento público do ex-primeiro-ministro quando já estava em São Bento. Recebeu depois disso apoios do Estado significativos que o TdC considerou agora irregulares. Segundo o tribunal “não preenchia as condições para ser considerado organismo de direito público” não sendo por isso elegível para os apoios que recebeu. Autoridade de Gestão do Programa Operacional de Assistência Técnica terá pago indevidamente quase 250 mil euros. O TdC recomenda a devolução do dinheiro entregue ao instituto do colaborador próximo de Passos.

terça-feira, 11 de julho de 2017

A tropa, o dinheiro e a nova censura



por estatuadesal
(Dieter Dillinger, in Facebook, 11/07/2017)
CENSURA

Ouvi o Prós e Contras e falaram generais que foram já CEME e mais Morgado e outra gente.
Todos criticam o chamado desinvestimento nas Forças Armadas e, em particular, no exército que não foi tanto que impedisse a existência de portas blindadas bem fechadas nos paióis e até cercas fortes e mais patrulhamento. Isto no caso de considerarmos que foram roubadas armas e não lixo, coisa que ninguém disse no Prós e Contras.
A Internet (Google) fornece tanta informação militar que é quase impossível ler tudo, mas, aparentemente, ninguém lê nada.
Não sabem que a Alemanha Ocidental já teve quase um milhão de homens em armas e mais dois mil tanques e hoje tem apenas 170 mil e uns 300 tanques.
A Holanda, a quem Portugal comprou 38 tanques Leopard A62 acabou mesmo com este tipo de armas porque já não se sabe bem se os blindados servem para alguma coisa devido à existência de uma vasta panóplia de pequenos mísseis antitanques altamente certeiros e destruidores.
De qualquer modo, o exército português não tem missão definida, dado terem acabado as guerras coloniais e a guerra fria. Há o terrorismo que exige maior proteção do armamento, mesmo de cartuchos sem explosivos nem balas e explosivos muito velhos.
Mas nenhuma proteção é suficiente porque qualquer maluco pode tornar-se terrorista e pegar num camião para atropelar uma série de pessoas como sucedeu em Nice e Berlim e para evitar isso não servem tanques nem canhões ou aviões. Quanto muito informação e controle antiterrorista da Internet.
As forças armadas americanas enfrentam o problema de terem milhares de ogivas nucleares envelhecidas e fabricadas há 20 ou 30 anos atrás e não sabem bem se as devem substituir ou modernizar e nem sabem bem para que serve aquilo, apesar de o louco do Kim estar a fornecer argumentos para modernizarem o seu arsenal, criando o "papão" norte-coreano que pode ser perigoso porque o ditador dinástico é portador de uma doença mental.
No fundo, toda a gente fala em dinheiro e querem mais para tudo como forma de levar Portugal outra vez para o processo dos défices excessivos e até para um resgate. Todos querem ser dignificados com dinheiro, como é evidente.
Enfim, é terrível para nós, socialistas, viver num País em que até somos governo, mas está sujeito a uma ditadura informativa férrea de inimigos do PS na comunicação social e também na magistratura e ter sondagens que apontam o PS para 40,4% de intenções de voto.
No fundo, não temos um jornal imparcial para comprar e nem um canal televisivo sério e honesto que não seja apenas anti-PS, incluindo a RTP, nem uma estação de rádio neutra. Resta-nos o consolo que a maioria do povo português não acredita nos meios de informação nem nos magistrados porque vê neles pessoas nada honestas nem imparciais, apenas células políticas tendencialmente de extrema direita, exceptuando uma vasto número que está dominado por essas células sem pensar como elas. Homens como Carlos Alexandre, Ivo Cruz. Rosário e outros controlam todo aparelho da chamada Justiça que acusa a torto e a direito.
Um ou outro meio de informação dá de vez quando um espaço muito pequeno a alguém mais favorável ao governo que faz lembrar os tempos de Marcelo Caetano em que a censura lá deixava passar umas críticas muito reduzidas para fingir que havia alguma liberdade. Hoje, a censura fascista é feita pelos acólitos de Balsemão, Azevedos e outros do "I" e do "Sol" que até intrigam contra países amigos de Portugal como Angola, julgando que ainda se trata de uma colónia portuguesa, prejudicando a vida de milhares de residentes portuguesas e das exportações nacionais.

sábado, 8 de julho de 2017

Já nem as desgraças salvam os profetas



A 16 de Junho de 2017, um dia antes da tragédia de Pedrógão Grande, a Aximage publicou uma sondagem encomendada pelo Negócios e Correio da Manhã. Long story short: PSD e CDS-PP em mínimos históricos (24,6% e 4,6% respectivamente, conquistando apenas 29,2% dos inquiridos), PS a subir em flecha, à custa, essencialmente, de eleitorado perdido pela direita, BE e PCP ligeiramente abaixo dos resultados das Legislativas. Segundo este estudo, à data acima, a Geringonça consegue 61,2% da amostra analisada. É uma sondagem, vale o que vale, mas não deixa de ser esmagadora.
Veio a calamidade de Pedrógão, o roubo de material militar em Tancos, muito mal explicado, e as cativações. O grito de revolta da oposição foi feroz, como há muito não se ouvia, e até o impasse entre a ministra da Justiça e o Sindicato de Magistrados do Ministério Público serviu para o que sobrou da Pàf pedir cabeças. Era o fim do estado de graça do governo, o início do fim de Costa, a Geringonça que finalmente se desmembraria. O êxtase foi tal que se aventaram suicídios que nunca aconteceram, confirmados por familiares e testemunhas que nada viram, causando embaraço e vergonha alheia.
Mas uma nova sondagem, efectuada no início deste mês pela Eurosondagem para Expresso e SIC, já depois dos incidentes em Pedrógão e Tancos, revela que o PS continua a subir nas intenções de voto dos inquiridos, acompanhado pelo PCP. Os restantes partidos, bem como a popularidade de todos os líderes, à excepção do inevitável Marcelo, registam resultados inferiores aos obtidos no estudo anterior. É de uma ironia finíssima. É que nem com desgraças reais (não confundir com palermices como a ameaça soviética ou a vinda do diabo), instrumentalizadas até ao tutano, a direita conseguiu descolar. Pior: apesar da quebra de popularidade de Costa, o PS consegue subir. Os profetas profetizaram, quase sempre ao poste, e agora, perante desgraças reais de gravidade extrema, que colocam em causa ministros e outras figuras de topo da hierarquia, conseguem perder ainda mais terreno.
Passos Coelho já não tem créditos e a barra de energia está no vermelho. Há focos de rebelião interna, o CDS é uma sombra do PP de Portas, e os indicadores económicos não ajudam, apesar das cativações. Apesar da manipulação da opinião pública, dos anúncios de resgates e programas cautelares, das conspirações soviéticas. Os profetas vivem a sua própria desgraça e nem as verdadeiras desgraças lhes valem. Um vazio constrangedor e uma oposição incapaz de cumprir o seu papel, sem rumo, perdida nos seus próprios demónios. E tantas tempestades por colher.

Fonte: Aventar

sexta-feira, 7 de julho de 2017

PS sobe, Costa desce


por estatuadesal

(Raquel Albuquerque, in Expresso Diário, 07/07/2017)
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António Costa vê a sua popularidade e a do Governo descerem no mês de julho, já depois da tragédia de Pedrógão Grande e do assalto em Tancos.
Além dos socialistas, só a CDU sobe no barómetro de julho da Eurosondagem. A popularidade de todos os líderes partidários e órgãos de soberania desce, exceto a do Presidente da República. Inquérito da sondagem já foi feito depois dos incêndios em Pedrógão Grande e do assalto em Tancos.

Naquele que é definido pelo próprio Governo como o momento “mais difícil” que já enfrentou, face à tragédia dos incêndios em Pedrógão Grande e ao roubo de armas em Tancos, o barómetro de julho da Eurosondagem para o Expresso e a SIC mostra que o PS conseguiu ver subir as intenções de voto, embora o primeiro-ministro veja a sua popularidade descer.
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A sondagem deste mês revela que as intenções de voto no PS estão agora nos 40,4%, representando uma subida de 0,4 pontos percentuais em relação ao mês passado. Pelo contrário, o PSD, que tinha estabilizado no mês passado, registou em julho uma descida de 0,4 pontos, ficando agora com 28,6% das intenções de voto.
Além do PS, só a CDU conseguiu subir este mês (+0,3 pontos). Todos os restantes partidos (CDS, BE e PAN) registaram descidas nas intenções de voto. Note-se que as entrevistas para esta sondagem foram feitas entre os dias 28 de junho e 5 de julho, um período que já apanha a tragédia dos incêndios e o roubo aos paióis em Tancos.
Só Marcelo escapa
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Quanto à popularidade, só o Presidente da República é que volta a subir, sem alterar assim a tendência que tem registado. Marcelo Rebelo de Sousa chega em julho a um saldo positivo de 60,9% (mais 0,3 pontos que no mês passado).
Contudo, é caso único. Todos os líderes partidários, assim como o Governo, o Parlamento, os juízes e o Ministério Público veem a sua popularidade descer no início de julho, a uma semana de se debater o Estado da Nação na Assembleia da República.
Apesar da queda, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, continua a ser o segundo líder com mais popularidade, seguido do líder do PSD, Pedro Passos Coelho. Já entre os órgãos de soberania, a queda de popularidade mais acentuada este mês é a do Parlamento (-2,9 pontos).

FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 28 de junho a 5 de julho de 2017. Entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (20,3%) — A.M. do Porto (13,7%); Centro (29,4%) — A.M. de Lisboa (26,8%) e Sul (9,8%), num total de 1008 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1184 tentativas de entrevistas e, destas, 176 (14,9%) não aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: feminino — 51,7%; masculino — 48,3% e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos — 17,6%; dos 31 aos 59 — 49,4%; com 60 anos ou mais — 33,0%. O erro máximo da amostra é de 3,09%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

sábado, 17 de junho de 2017

Grotesco



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 17/06/2017)
manuel_santos
«Luísa Salgueiro, dita a cigana e não é só pelo aspeto, paga os favores que recebe com votos alinhados com os centralistas.»

Foi nestes termos que um eurodeputado do Partido Socialista se referiu a uma deputada do seu partido no Parlamento de Portugal. Temos portanto um deputado que acha que os ciganos têm um determinado aspeto e têm comportamentos de baixo nível próprios da sua etnia. Se este deputado fosse do partido da Le Pen teria sido notícia por racismo, mas como é de um partido que desde sempre se opôs ao racismo a sua condenação é abafada pelo sentimento de vergonha.
Qualquer português que não seja racista sente vergonha de ser concidadão desta personagem, os portugueses têm razões para que o país não seja representado por este deputado no parlamento europeu, o partido Socialista tem nele uma mancha que envergonha toda a esquerda, daí a resposta pronta de António Costa.
Mas este senhor além de grotesco revela pouca inteligência, só alguém com grandes debilidades ao nível da capacidade intelectual escreveria o que ele escreveu, dito desta forma sincera são raros os casos de racismo nesta forma pura, em que se considera que uma etnia ou raça tem uma natureza maldosa. Julgo que só mesmo o nazismo se aproximava desta abordagem em relação aos judeus.
Mas o ainda e vergonhosamente deputado europeu acha que não escreveu nada condenável e agora usa a sua página de Twitter para tentar denegrir deputados como João Galamba, tenta a todo o custo colocar-se na posição de quem está a ser atacado por ter sido um aliado de José Seguro. Tenta trazer Seguro para a sua pocilga ao mesmo tempo que procura atingir António Costa enlameando o nome de João Galamba, alguém que tem mais qualidades e inteligência na ponta de um dedo do que o eurodeputado em todo o seu esponjoso volume.
Esperemos que Seguro e os seus mais íntimos não se deixem emporcalhar pelo seu velho companheiro de viagem e que o PS se mobilize para extrair este furúnculo.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Última hora: Três membros do Governo na apresentação de Vítor Amaral - Candidato do PS à Câmara Municipal de Ovar

Ovar, 26 de maio de 2017

Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação; Pedro Nuno Santos, Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, presidente da Federação Distrital do PS Aveiro, e Carlos Rocha Andrade, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, são três das individualidades que estarão presentes, no jantar de apresentação da candidatura de Vítor Amaral, pelo PS, à presidência da Câmara Municipal de Ovar.

Vítor Amaral - Convite-horz.jpg

Segundo uma fonte da candidatura, a apresentação do candidato do PS, terá lugar, este sábado, dia 27 de Maio de 2017, pelas 19h30, na Quinta Sol Nascente, Rua do Pio, n.º 60, em São Vicente de Pereira Jusã, seguida de um jantar de convívio, entre os participantes nesta apresentação.
De acordo com o já anunciado pelo candidato, é seu objectivo “voltar a colocar o concelho de Ovar na trajectória do desenvolvimento, criando melhores condições económicas, de emprego, de saúde e de protecção ambiental, para todos os munícipes”.
Sob o signo “Ovar é Paixão”, o candidato está a receber apoios e contributos de munícipes de todo o concelho de Ovar, de vários quadrantes políticos, que têm em comum a perspectiva de que é necessário inverter o mau estado das políticas e das opções, praticadas pelo actual executivo, de maioria absoluta PSD, presidido por Salvador Malheiro, desde 2013.
Nota biográfica do candidato
Nome: Vítor Manuel Reis Amaral
Nome profissional: Vítor Amaral
Naturalidade: Válega - Ovar
Idade: 59 anos
Dados familiares: Casado, duas filhas e 4 netos
Profissão: advogado e empresário
Algumas actividades profissionais desenvolvidas:
  • Empregado de escritório
  • Empregado forense
  • Empresário no ramo dos materiais de construção
  • Funcionário judicial
  • Emigrante nos EUA (1 ano) – empresário na área do calçado
  • Mediador de seguros
  • Mediador imobiliário
  • Administrador de condomínios
  • Empresário no ramo da administração profissional de condomínios (fundador de uma das maiores empresas do país)
  • Advogado
Algumas outras actividades que exerceu:
  • Fundador e presidente do Grupo de Acção Cultural de Válega – GAC
    • Fundador e director do Jornal de Válega
    • Encenador de teatro – GAC
    • Colaborador do jornal “Terras do Var”
    • Fundador da Associação dos Amigos de São Bento - Válega
    • Director do Centro Cultural e Recreativo de Válega – CCRV
    • Membro do Conselho Fiscal da Associação Portuguesa das Empresas de Administração de Condomínios – APEGAC
    • Presidente da Assembleia Geral do GAC
    • Presidente da Assembleia Geral da APEGAC
    • Presidente da direcção da APEGAC
    • Congressista em três congressos sobre propriedade horizontal, um deles no Brasil
    Algumas outras actividades que exerce:
    • Presidente da Assembleia de Freguesia de Válega
    • Presidente da Assembleia Geral da APEGAC
    • Presidente da Assembleia Geral do CCRV
    • Presidente do Conselho Fiscal da Fundação Pe. Manuel Pereira Pinho e Irmã
    • Formador na área da propriedade horizontal
    • Colaborador do programa “A Praça”, da RTP, sobre condomínios – “Viver em condomínio”
    Formação:
    • Curso Geral de Administração e Comércio
    • Licenciatura em Direito
    • Pós-graduação em direito do urbanismo
    • Curso de actores de teatro – Seiva Trupe – Porto
    • Curso de teatro de fantoches – Rui Sérgio - Aveiro
    • Curso de Encenação – INATEL – Lisboa
    • Formação em jornalismo
    • Curso de mediador de seguros
    • Participação em vários workshops e seminários
    Outros:
    • Em preparação: manual sobre condomínios, com o título “Viver em condomínio”, baseado no trabalho na RTP
    • Em preparação: livro de contos infantis: “Histórias para embalar o Afonso”


Fonte:
    Ovar Novos Rumos