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sábado, 8 de julho de 2017

Já nem as desgraças salvam os profetas



A 16 de Junho de 2017, um dia antes da tragédia de Pedrógão Grande, a Aximage publicou uma sondagem encomendada pelo Negócios e Correio da Manhã. Long story short: PSD e CDS-PP em mínimos históricos (24,6% e 4,6% respectivamente, conquistando apenas 29,2% dos inquiridos), PS a subir em flecha, à custa, essencialmente, de eleitorado perdido pela direita, BE e PCP ligeiramente abaixo dos resultados das Legislativas. Segundo este estudo, à data acima, a Geringonça consegue 61,2% da amostra analisada. É uma sondagem, vale o que vale, mas não deixa de ser esmagadora.
Veio a calamidade de Pedrógão, o roubo de material militar em Tancos, muito mal explicado, e as cativações. O grito de revolta da oposição foi feroz, como há muito não se ouvia, e até o impasse entre a ministra da Justiça e o Sindicato de Magistrados do Ministério Público serviu para o que sobrou da Pàf pedir cabeças. Era o fim do estado de graça do governo, o início do fim de Costa, a Geringonça que finalmente se desmembraria. O êxtase foi tal que se aventaram suicídios que nunca aconteceram, confirmados por familiares e testemunhas que nada viram, causando embaraço e vergonha alheia.
Mas uma nova sondagem, efectuada no início deste mês pela Eurosondagem para Expresso e SIC, já depois dos incidentes em Pedrógão e Tancos, revela que o PS continua a subir nas intenções de voto dos inquiridos, acompanhado pelo PCP. Os restantes partidos, bem como a popularidade de todos os líderes, à excepção do inevitável Marcelo, registam resultados inferiores aos obtidos no estudo anterior. É de uma ironia finíssima. É que nem com desgraças reais (não confundir com palermices como a ameaça soviética ou a vinda do diabo), instrumentalizadas até ao tutano, a direita conseguiu descolar. Pior: apesar da quebra de popularidade de Costa, o PS consegue subir. Os profetas profetizaram, quase sempre ao poste, e agora, perante desgraças reais de gravidade extrema, que colocam em causa ministros e outras figuras de topo da hierarquia, conseguem perder ainda mais terreno.
Passos Coelho já não tem créditos e a barra de energia está no vermelho. Há focos de rebelião interna, o CDS é uma sombra do PP de Portas, e os indicadores económicos não ajudam, apesar das cativações. Apesar da manipulação da opinião pública, dos anúncios de resgates e programas cautelares, das conspirações soviéticas. Os profetas vivem a sua própria desgraça e nem as verdadeiras desgraças lhes valem. Um vazio constrangedor e uma oposição incapaz de cumprir o seu papel, sem rumo, perdida nos seus próprios demónios. E tantas tempestades por colher.

Fonte: Aventar

sábado, 11 de março de 2017

PS volta a subir e alarga vantagem sobre PSD para quase 10 pontos

A sondagem da Eurosondagem realizada em Março mantém a tendência de subida do PS e de queda do PSD. Os socialistas têm agora uma vantagem de 9,5 pontos percentuais sobre os social-democratas.

PS volta a subir e alarga vantagem sobre PSD para quase 10 pontos
 
O PS continua a subir e o PSD mantém a tendência de quebra. É esta a principal leitura da sondagem da Eurosondagem para a SIC e o Expresso, divulgada esta sexta-feira, 10 de Março, e que mostra os dois maiores partidos portugueses separados por praticamente 10 pontos percentuais.
Em Março os socialistas subiram meio ponto percentual, a mesma evolução verificada em Fevereiro, para 38,3% das intenções de voto, enquanto o PSD cedeu 0,2 pontos para 28,8%, depois de já no mês anterior ter caído. Ainda assim, e como salienta o jornal Expresso, a descida registada pelos social-democratas em Março (-0,2 pontos) é menor do que a registada em Fevereiro (-0,8 pontos), com o PSD a manter-se abaixo da marca dos 30%.
Já o Bloco de Esquerda manteve as intenções de voto de Fevereiro (9,2%), com os bloquistas a reforçarem a terceira posição, beneficiando da ligeira queda (-0,3 pontos) da CDU (coligação entre PCP e Verdes) que desliza para 8%.
Nota ainda para o CDS, que subiu ligeiramente para 7,2% das intenções de voto, e para o PAN que avançou 0,7 pontos para 1,8%. Esta sondagem reforça também a vantagem do PS sobre PSD e CDS somados, que mesmo juntos estão agora a mais de 2 pontos percentuais dos socialistas. 
Marcelo lidera subida de popularidade com todos os líderes em alta
Depois de ter perdido popularidade em Fevereiro, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a melhorar os níveis de aceitação numa altura em que comemora um ano em funções como Presidente da República. Marcelo foi mesmo o líder político cuja popularidade mais subiu em Março, tendo aumentado 3,8 pontos para uma avaliação global positiva de 58,2 pontos.
Num mês em que a popularidade de todos os líderes dos partidos com presença no Parlamento subiu, também António Costa, primeiro-ministro, viu os seus níveis de aceitação junto da opinião pública subir 2,5 pontos para 31,8 pontos.
Seguem-se Jerónimo de Sousa, com a popularidade do secretário-geral comunista a crescer 2,3 pontos para 10,4 pontos, Passos Coelho, presidente do PSD, que melhora 1 ponto para 10,3 pontos, Assunção Cristas, presidente do CDS, que ganha 1,4 pontos para 9,7 pontos, e Catarina Martins, coordenadora do Bloco, que cresce 1,6 pontos para oito pontos.
Esta sondagem da Eurosondagem foi realizada entre os dias 1 e 8 de Março, sendo que o último dia foi também aquele em que se realizou o mais recente debate quinzenal, marcado pela troca azeda de galhardetes entre o primeiro-ministro e o líder do maior partido da oposição, facto que não parece ter tido grande influências na popularidade de ambos os dirigentes políticos. 
(Jornal Económico)
 
Ovar, 11 de Março de 2017
Álvaro Teixeira