Como a falta de vergonha parece ter-se instalado de vez no concelho de Ovar e todos os partidos políticos do concelho parecem adormecidos numa inépcia sem paralelo, preferindo compactuar com este deplorável espectáculo... mais que não seja por consentimento, o Olho Vivo tem que entrar em ação!
Tenho ouvido com atenção os debates entre candidatos e ouvi com particular atenção o debate da nossa União das Freguesias. Nesse debate, vários candidatos levantaram acusações contra o moderador do debate, sugerindo ligações à candidatura do PSD. Mas a coisa ficou por ali mesmo e todos continuaram a debater alegremente.
Discordo, como cidadão eleitor deste país, que em altura de eleições se procure aliciar votos dos eleitores (é da tentativa de aliciamento de votos patrocinada pelo erário público que estamos a falar), em centenas de autarquias deste país convidando milhares de idosos para almoçar na Quinta da Malafaia ou em qualquer outro espaço de convívio. Discordo igualmente que em alturas eleitorais se levem os idosos de Centros de Dia a S. Bento da Porta Aberta, a Fátima ou seja lá onde for, em ações patrocinadas por Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia que configuram uma concorrência eleitoral desleal, falseando com enorme “chico-espertice” os resultados eleitorais.
Pior do que organizar estas ações em período eleitoral, é unicamente convidar para a festa o Presidente da Câmara, os assessores políticos, os vereadores da situação e os Presidentes de Junta de confiança política, ignorando todos os outros que também foram eleitos pelo povo.
Discordo, por último de inauguração de obras em períodos eleitorais.
No Brasil que não é exemplo para ninguém em muitas situações, a lei eleitoral para as eleições locais é, no entanto, severa: vários meses antes do dia da eleição, estão vedadas todas as atitudes dos prefeitos no exercício do cargo ou candidatos a prefeito, que configurem “compra de votos”. Pagar uma simples cerveja a um eleitor, à luz da lei eleitoral brasileira é crime, porque pode configurar compra de voto e se for comprovada perante o procurador do Ministério Público local, torna automaticamente o candidato ou o prefeito recandidato, inelegível.
Julgo que por uma questão de transparência e igualdade, a lei eleitoral em Portugal deveria ser modificada para prevenir determinados “abusos”. Com esta estratégia eleitoral, paga por todos os contribuintes, não há oposição, alternativa, ou projeto político fundamentado que resista.
Não façamos dos eleitores parvos, independentemente do partido ou movimento que esteja no poder a nível local. PS os idosos precisam a meu ver de programas sociais locais que os ajudem a pagar os medicamentos em virtude das suas baixas pensões de reforma, apoio na deslocação para consultas e tratamentos oncológicos ou outros, bem como de apoio domiciliário.
Não sou contra convívios fora de períodos eleitorais, mas desde que sejam democráticos e devidamente enquadrados numa política social Municipal abrangente.
Mas isso sou eu a pensar.
A Campanha do presidente recandidato, lá vai de vento em popa, com festas e mais festas, porque é disto “que o meu povo gosta”.
São os cartazes de propaganda ilustrados com fotos de cerimónias oficiais, são utilização da sua página no Facebook, para anunciar obras em curso, ou obras previstas para as calendas, etc. Vale tudo.
(Carrinha da campanha nas festas do Mar - Furadouro)
Só que ele não contava que aparecessem pessoas a denunciar tudo isto. E vai daí, uma queixa à CNE (Comissão Nacional de Eleições) e zás, um processo em cima. E presidente tenta defender-se com interpretações muito suas da lei, argumentando, que poderia “fintá-la”, baseando-se nas tais suas interpretações, mas a CNE não gostou da “brincadeira” e deu um grande puxão de orelhas ao presidente recandidato.
E, para cereja no topo do bolo, alguém lembrou o presidente recandidato que as Famigeradas Promessas feitas em 2013 não foram minimamente cumpridas e, vai daí, o presidente recandidato, para tentar tapar o sol com
uma peneira, manda fazer melhoramentos no Jardim Almeida Garrett, nem que, para isso, fosse necessário abater algumas árvores que, segundo ele, só estorvariam a obras. Não contente, ainda, com isso, dá um prazo de 60 dias ao empreiteiro, e o pobre, lá aceitou o prazo, mas sabendo de antemão, que o presidente recandidato só queria a obra acabada em cima do dia da abertura da, campanha eleitoral.
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Isto é, obviamente, uma não-notícia. Pelo menos no que a Pedro Passos Coelho diz respeito. O homem pode ser culpado de muita coisa, mas seguramente não será responsável pelas alegadas maroscas em que um publicitário que em tempos trabalhou para si se mete ou deixa de meter. Claro que a imprensa não deixa passar em branco, porque, não-notícia ou não, vende mais se lhe for associado o nome do líder da oposição. Como venderia com o nome de outra figura de destaque do panorama político nacional.
Mas há uma questão que fica por esclarecer: quanto spin vomitaria a direita, de braço dado com a imprensa que a serve, que é quase toda, caso o nome associado fosse o de António Costa? Ou, pior, de Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa? Se fosse o Sócrates dava aí umas 15 capas consecutivas no Correio da Manhã, mas qualquer um dos anteriores daria pano para mangas para teorias da conspiração naquelas páginas manhosas ligadas e dirigidas por altos oficiais laranjas no Facebook. Seria um manancial de factos alternativos para os fundamentalistas do Culto da Vinda do Diabo que Nunca Mais Chega. As Marias Luz desta vida, essas grandes putas, arrancariam cabelos, histéricas. E a ligação seria por demais óbvia: publicitário corrupto, Lula da Silva, comunistas, União Soviética, totalitarismo. E a frase batida da Thatcher, tipo cereja em cima do bolo, partilhada em massa nas redes sociais por militantes e dirigentes de partidos que duram enquanto durar o dinheiro dos outros.