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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Entre as brumas da memória


Dica (725)

Posted: 28 Feb 2018 02:21 PM PST

Tech Vs. Democracy (Guy Verhofstadt)

«Social-media companies have the power to exert significant influence on our societies, but they do not have the right to set the rules. That authority belongs to our democratic institutions, which are obliged to ensure that social-media companies behave much more responsibly than they are now.»

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Paris, 50 anos depois do Maio de 68

Posted: 28 Feb 2018 09:32 AM PST

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Ainda bem que não há pena de morte em Portugal

Posted: 28 Feb 2018 06:53 AM PST

Tribunal agrava pena a homem que tentou roubar 15 chocolates no Porto.

15 chocolates, num valor total de 23,85 euros. Ainda bem que não há pena de morte em Portugal!

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«Stop this madness!»

Posted: 28 Feb 2018 03:00 AM PST

«Portugal está em vias de se transformar num inferno legislativo. Há uma espécie de obsessão pela feitura desenfreada de leis e regulamentos, como se o princípio da Física do horror ao vazio se devesse aplicar a tudo quanto mexe livremente na sociedade.

Não é um fenómeno novo e, por não o ser, a confusão existente no nosso universo legal agrava-se dia após dia. Como nos armazéns dos velhos colectores, a tralha jurídica amontoa-se desordenadamente sem quaisquer preocupações de limpeza. É urgente a criação de um Ministério da Higiene Legislativa. Ou, para se evitarem novos imbróglios orgânicos, de uma simples direcção-geral com amplos poderes de corte e costura.

São muitas as razões para a avalancha legislativa. Desde logo, a raiz romano-germânica do nosso sistema jurídico - por oposição à common law dos anglo-saxões -, propensa à multiplicação de diplomas legais, com os seus preceitos detalhados de funcionamento normativo da sociedade, reduzindo a discricionariedade no julgamento de causas. É o sistema que nos rege há séculos e do qual dificilmente nos poderemos libertar. Não surpreende, assim, que a crescente complexidade das relações sociais e económicas conduza a um correspondente acréscimo de produção jurídica.

Depois, a União Europeia e a sua veia normalizadora. Só as injunções no sistema jurídico português ditadas por Bruxelas representam, desde a nossa adesão, toneladas de páginas do Diário da República. Propensos como somos ao seguidismo acrítico, à divisão minuciosa dos pêlos púbicos e às redondilhas literárias, conseguimos multiplicar o texto de qualquer directiva por dois ou por três no momento da transposição. Acatamos como meninos a proibição dos galheteiros e só um raro assomo de têmpera beirã impediu, in extremis, que a flor do cardo fosse proibida de entrar na composição do queijo da serra. Noutros temas, mais pesados, como o regime de contratação pública, cometemos a proeza de transformar o rigor num absurdo. É que em Bruxelas tudo é possível, tanto um regulamento idiota de protecção de dados, como a saudável intenção de tributar os gigantes do mundo digital ou de introduzir bloqueadores de velocidade nos automóveis.

Entretanto, por cá prossegue a fúria regulamentar. Ora é o alojamento local, ora os incentivos estabelecidos pela banca aos seus funcionários, numa demonstração de total ausência de sentido da realidade. E cresce, cresce o volume de tralha inútil, impraticável, obsoleta e redundante. Numa recente peça no DN, Pedro Tadeu ilustrava com a-propósito o modo como um bom decreto - o da limpeza florestal - se pode transformar numa charada: "O anexo ao DL 124/2006, de 28 de Junho, alterado pelos DL 15/2009, de 14 de Janeiro, 17/2009, de 14 de Janeiro, 114/2011, de 30 de Novembro, e 83/2014, de 23 de Maio, e pela lei 76/2017, de 17 de Agosto, passa a ter a redacção do anexo ao presente decreto-lei [onde não constam as partes inalteradas]." Seria muito difícil produzir um texto novo, completo e escorreito? Falta formação em Word ao "legislador"?»

Luis Nazaré

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Rui Rio estruturante

Posted: 27 Feb 2018 02:41 PM PST

Eu diria mesmo que isto revela um pensamento especialmente bem estruturado.

Ainda não saíram civis de Ghouta oriental, Síria, apesar da trégua humanitária

SÍRIA

28/2/2018, 12:32

No segundo dia de trégua humanitária na região de Ghouta oriental ainda não saíram civis pelos "corredores de saída". Os intensos ataques começaram a 18 de fevereiro e já fizeram 561 mortos.

MOHAMMED BADRA/EPA

Autor
  • Agência Lusa

A breve trégua humanitária pedida pela Rússia entrou esta quarta-feira em vigor pelo segundo dia consecutivo na região de Ghouta oriental, mas nenhum civil utilizou ainda os ‘corredores de saída’ do enclave rebelde e foram relatados confrontos.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) disse que a pausa nas hostilidades esta quarta-feira em Ghouta oriental foi precedida por vários ataques aéreos nas cidades de Harasta e Douma, onde as tropas sírias estarão também a tentar avançar com uma ofensiva terrestre.

Segundo o OSDH, bombardeamentos das forças do regime de Bashar al-Assad e confrontos limitados foram relatados em três frentes desde que a pausa começou.

A Rússia pediu uma trégua humanitária diária de cinco horas para permitir que civis saíssem da região, mas até agora ninguém utilizou os ‘corredores’ para deixar o enclave e também não entrou ajuda humanitária.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha advertiu na terça-feira que “em cinco horas é impossível” levar uma coluna de ajuda humanitária até à região de Ghouta oriental.

“Temos uma longa experiência de transporte de ajuda pelas frentes de guerra na Síria e sabemos que pode levar um dia simplesmente a passar os postos de controlo, embora haja acordos prévios com todas as partes”, disse em comunicado o responsável regional do CICV para o Médio Oriente, Robert Mardini.

A televisão oficial síria indicou esta quarta-feira que pelo menos quatro ‘rockets’ caíram perto do corredor humanitário aberto pelas autoridades sírias para facilitar a saída de civis de Ghouta oriental, tendo responsabilizado “grupos terroristas” do enclave pelo ataque.

O enclave de Ghouta oriental, sitiado desde 2013, tem sido alvo de intensos ataques por parte das forças governamentais desde 18 de fevereiro, que já causaram 561 mortos, entre os quais 139 crianças, segundo o OSDH.

Damasco intensifica ataques em Ghouta antes de voto na ONU

Uma criança ferida num dos hospitais de Ghouta, que está sob bombardeamento das forças fiéis a Damasco há uma semana

  |  EPA

"Temos informações de crianças a morrerem à fome e a morte e a destruição chegam do ar de uma forma absolutamente abominável". Bastam 23 palavras para descrever a situação que se vive em Ghouta, área de Damasco sob controlo de grupos rebeldes incessantemente bombardeada pelas forças de Bashar al-Assad e seus aliados iranianos e russos.

A descrição da situação que se vive em Ghouta desde o passado sábado foi feita por David Miliband, dirigente da ONG International Rescue Committee (IRC) que apoia vários hospitais na área, horas antes de uma prevista votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação descrita na quinta-feira como "um inferno na terra" pelo secretário-geral da organização, António Guterres.

A resolução estabelecia um cessar-fogo de 30 dias e as condições para a entrada de ajuda médica e permitia a retirada de feridos. Grupos como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra não estão abrangidos pelo cessar-fogo. A entrada em vigor deste estava marcado para 72 horas após a aprovação. Mas as negociações prosseguiam nesta sexta-feira à noite, tendo-se verificado sucessivos adiamentos na tentativa de se conseguir um texto que não fosse alvo do veto da Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança a dispor da prerrogativa. Moscovo já bloqueou 11 resoluções sobre a Síria, que seriam prejudiciais para o regime de Damasco e ontem estaria protelar as negociações na expectativa de dar mais tempo às forças no terreno para avançarem sobre a área nas mãos da oposição. Na quinta-feira, o representante da Síria na ONU, Bashar Safari, afirmara que é objetivo de Damasco a reconquista de Ghouta.

Durante o dia de sexta-feira, as tropas fiéis a Assas, apoiadas pelas forças iranianas e pela aviação russa, intensificaram os bombardeamentos naquela que está a ser qualificada como uma das operações militares mais mortíferas da guerra civil síria, pelo elevado número de baixas num curto espaço de tempo. O importante número de vítimas explica-se também pelo facto de Ghouta ser uma área densamente povoada, contendo mais de 400 mil pessoas. É também a última área na região de Damasco em poder das milícias da oposição, estando cercada desde 2013.

Desde domingo, morreram, pelo menos, 462 civis, dos quais 99 crianças, de acordo com uma estimativa do Observatório Sírio dos Direitos do Homem (USE). Só nesta sexta-feira, ainda segundo este grupo, perderam a vida 32 pessoas, entre as quais seis crianças, vítimas de bombas, granadas de obus e barris explosivos. Estes últimos, lançados em regra a partir de helicópteros, têm sido usados desde o início do conflito pelas unidades do regime de Damasco sobre alvos civis e são temidos, mais do que pelo seu poder destruidor, pelo tipo de ferimentos e mutilações que provocam.

Para um elemento da proteção civil síria, Mahmood Adam, ouvido pela Al Jazeera, está a assistir-se ao "ataque sistemático aos civis", ao "extermínio da sociedade nesta área". Citados pela Reuters, elementos de ONG presentes no terreno afirmaram que todas as instalações hospitalares tinham sido atingidas e que 12 delas ficaram sem condições para tratamento dos feridos.

Os bombardeamentos seriam uma ação preparatória da fase seguinte da operação: uma ofensiva terrestre. Sinal de que esta poderia estar iminente surgiu na noite de quinta-feira para sexta-feira quando foram lançados a partir do ar panfletos instando os civis a abandonarem as áreas sob controlo rebelde e indicando corredores seguros para atravessarem a frente de combate.

Foi com recurso a este modelo de operações que o regime de Assad conseguiu recuperar, a partir de 2016, os principais centros urbanos em poder das forças da oposição, como sucedeu em Homs e em Aleppo, onde os civis foram as principais vítimas de prolongados bombardeamentos. Alvo que está a suceder também em Ghouta e que, ao contrário do sucedido naquelas cidades com a retirada dos civis, tenderá a agravar-se. As forças da oposição comunicaram ao Conselho de Segurança da ONU recusarem "categoricamente qualquer iniciativa que inclua a saída dos habitantes das suas residências realojamento noutros locais".

Desde o final de novembro de 2017, apenas um comboio humanitário foi autorizado pelo regime de Damasco a entrar na área, o que sucedeu este mês. A guerra civil na Síria já provocou entre 340 mil a 400 mil mortos, consoante diferentes estimativas.

Esta aldeia de Arouca está à venda (e só custa 600 mil euros)

por admin

É em pleno Geopark de Arouca, reconhecido internacionalmente pela riqueza e diversidade do Património Geológico, que esta aldeia pode ser encontrada. São onze as casas em pedra, típicas da região nordeste de Portugal e distribuídas em cascata pela montanha, que estão à procura de um novo dono.

“Com grandes potencialidades para ecoturismo ou para turismo rural, esta aldeia situa-se a 15 minutos da Vila de Arouca, próximo da Cascata da Frecha da Mizarela, da Serra da Freita e dos Passadiços do Paiva, premiados por diversas vezes, nomeadamente pelos prestigiados World Travel Awards”, revela a imobiliária Luximo’s Christie's International Real Estate, em comunicado.

A traça original das casas pode ser aproveitada e perfeitamente integrada “num projeto de charme e requinte, com condições únicas para o desfrute pelos amantes da natureza”, aponta a imobiliária.

Ricardo Costa, CEO da Luximo’s Christie's, sublinha o “interesse e a boa oportunidade de negócio que esta aldeia representa, num contexto em que o turismo rodeado pela natureza, tem conquistado cada vez mais adeptos no país e no estrangeiro.” “O segmento que procura explorar a natureza, com percursos de visitação e contemplação mergulhado em paisagens soberbas e verdadeiro ar puro, tem vindo a crescer no nosso país”, acrescenta o responsável.

O CEO revela ainda um outro aspecto que contribui para o número crescente de estrangeiros que escolhe Portugal para visitar, viver ou investir. “O nosso país é visto como um porto seguro”, conclui.

Um atoleiro de fatos e defeitos

Novo artigo em Aventar


por Francisco Miguel Valada

To talk of Nicaragua as a security threat [to the United States and to the hemisphere] is a bit like asking what security threat Luxembourg poses to the Soviet Union.

Noam Chomsky

These beings seem completely indifferent to my progress. In fact I might just as well not be here at all as far as they're concerned, I've tried talking them into banishing me entirely—then at least I'd be rid of them. Excommunication. But they don't speak my language. They don't speak no language at all. They just hover and moan. Water and blow. Like I'm not here at all.

Sam Shepard, "The One Inside" (p. 141)

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Há quase dois anos, indiquei o tratamento dado pela Assembleia da República à ortografia como um excelente exemplo de assimetria entre a vontade do eleitor e a atitude do eleito. Felizmente, no dia em que o Projecto de Resolução do Partido Comunista Português estava a ser discutido, encontrava-me já longe de Chicago, estrada fora, a conduzir na América profunda, em direcção a Bloomington, Indiana, para apresentar uma comunicação numa conferência de Fonologia. Assim, para minha imensa alegria, andei a ouvir a WASK, a WBPE, a WLIT (*) e a WBOW e a abastecer-me de víveres no excelente Pilot Travel Center de Remington.

US Highway 24, Remington, IN, 22 de Fevereiro de 2018

Por isso, fui poupado quer a mais este acto, quer às consequèncias que advêm deste acto e de actos semelhantes a este.

Efectivamente, ovação de pé para o PCP, para o PEV e para Filipe Lobo d'Avila e Ilda Araújo Novo, deputados do CDS-PP. Exactamente: "um atoleiro".

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(*) Curiosamente, ao chegar à estação de serviço de Remington, era esta a canção que a 93.9 Lite FM transmitia. E a Ann Wilson cantou imenso este clássico: