Translate

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Entre as brumas da memória


A violência policial e os suspeitos do costume

Posted: 27 Feb 2018 12:50 PM PST

«Por duas vezes, no espaço de uma semana, Portugal surge destacado pelas piores razões em matéria de direitos humanos e de violência policial. E não só por causa do episódio da Cova da Moura. Relatórios da Amnistia Internacional e do Comité Anti-Tortura do Conselho da Europa são pouco simpáticos com a actividade policial no país. Este último organismo do Conselho da Europa coloca Portugal no topo de países da Europa Ocidental com o maior número de casos de violência policial, sobretudo quando se trata de afrodescendentes portugueses e estrangeiros. É intolerável que a forma como um cidadão é tratado numa esquadra varie em função da cor da pele ou da nacionalidade, nessa manifestação boçal de um racismo subterrâneo que sempre existiu e nunca assumimos. Que esse racismo larvar tenha lugar numa esquadra ainda torna tudo muito mais escabroso.»

.

João Varela Gomes e o Presidente que temos

Posted: 27 Feb 2018 08:21 AM PST

Já fui duas vezes à página da Presidência da República e nada encontro sobre a morte de João Varela Gomes, um dos nossos grandes lutadores e resistentes contra o fascismo.

Tivesse um português vencido um campeonato de matraquilhos na Cochinchina e lá estaria um louvor, morresse um ministro de Salazar, com um cheirinho mínimo a democrata depois do 25 de Abril, e haveria elogios de toda a espécie e presença garantida no funeral.

Por desconhecimento não é: para organizar as comemorações de 5 de outubro de 1974, foi criada uma comissão, presidida por Varela Gomes. Dessa comissão, como representante do PPD, estava Marcelo Rebelo de Sousa.

Registe-se. Não há almoços grátis.

.

V de Varoufakis

Posted: 27 Feb 2018 06:00 AM PST

O prato do regime

Posted: 27 Feb 2018 03:12 AM PST

«Quando se dirige uma cadeia de restaurantes que vende galinhas é de todo conveniente que estas não faltem. Foi isso, no entanto, que aconteceu à KFC na passada semana na Grã-Bretanha: dois terços dos seus restaurantes fecharam porque não havia galinhas para fazer a sua "fast-food". Os partidos portugueses da órbita do poder também têm o seu "complexo”, estando viciados no prato do poder, não encontram refeições alternativas. Compreende-se que em Portugal os chamados pactos de regime sejam uma espécie de sino que assinala a hora da refeição. Não é por acaso que o que pode começar por aproximar PS e PSD seja o dinheiro dos fundos europeus para a próxima década e a regionalização. E não uma política de ambiente, numa altura em que a seca continuada vai implicar alterações estruturais no território nacional, de cultura, da educação, do financiamento do SNS, ou mesmo de turismo ou modelo económico. Discute-se, em termos de prato do regime, o que pode ser dividido em termos de dinheiro e de poder regional.

Todos sonham com pactos de regime e com consensos deste tipo. Mesmo o PSD, que por estes dias deveria estar mais preocupado em ser uma alternativa clarividente ao Governo e ao PS, sonha com a divisão do prato do regime. É por causa disto que a classe política portuguesa, se fizesse hoje uma "selfie", veria um rosto cansado e resignado. A política não é só "marketing", mas filosofia. É preciso regenerar as emoções na política e não é com estes pretensos pactos de regime, feitos à volta da divisão de migalhas do bolo, que se consegue que os cidadãos voltem a olhar para o regime com atenção. Porque os cidadãos estão a deixar de encontrar respostas. Sabe-se como são estes pactos de regime: quem decide a divisão das cartas, dos dinheiros e dos favores impõe a agenda política. É uma hegemonia que vai degradando a cultura política e social nacional. Mas a fome de galinhas não as deixa entender porque os restaurantes fecham.»

Fernando Sobral
.

Não culpem as armas, mas o atirador… – II

Novo artigo em Aventar


por António de Almeida

Há uns anos publiquei aqui um post defendendo o direito ao uso e porte de arma. De então para cá não mudei de opinião. Pensei escrever sobre isto na passada semana, mas o pateta que ocupa a Casa Branca fez-me perder a vontade, transformando em chacota uma discussão que se pretende séria. Na União Europeia, aos finlandeses basta uma autorização da polícia local para adquirir uma arma de fogo e neste século apenas viveram uma tragédia mediática. Na República Checa, o tiro é um desporto popular, sendo possível a qualquer cidadão maior de 18 anos adquirir a sua arma. Na muito respeitável e civilizada Suíça, um quarto da população possui arma em casa, sendo inclusivamente a posse obrigatória para todos os que cumpriram o serviço militar. Ainda na Europa, Sérvia ou Rússia são países com restrições mínimas. Raramente ouvimos relatos de tragédias nestes países ao contrário do que acontece nos EUA, o que faz pensar se a culpa será mesmo das armas… Ler mais deste artigo

Os sonsos do compromisso

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 27/02/2018)

Daniel

Daniel Oliveira

Tem sido interessante verificar o renascimento de algum pluralismo na imprensa: há os que defendem que o PSD deve tentar chegar a compromissos com o PS, e se sentem próximos de Rui Rio e de Marcelo Rebelo de Sousa, e os que, pelo contrário, tentam mostrar como qualquer diálogo entre Rio e Costa é suicidário para o primeiro e preferem que o PS se afogue nas contradições da própria “geringonça”. A divergência é entre a direita e a direita. Uma que acredita na capacidade regenerativa do compromisso, fazendo o PS regressar à sua função programática meramente complementar, outra que prefere a clarificação punitiva. Devo dizer que, estando fora deste confronto entre as duas correntes que dominam o espaço mediático apesar de representarem menos de metade dos portugueses, não tomo partido. Apenas assinalo o sentido que as palavras ganham.

Neste clima de clivagem à direita, os adeptos da reconstrução do espírito do bloco central parecem estar, no espaço mediático, em maioria. Por isso, um novo clamor atravessa editoriais e artigos de opinião, apelos de comentaristas televisivos e análises aparentemente desapaixonadas: o clamor por uma “cultura de compromisso”. Como sempre acontece nestas ocasiões, uns dão a deixa e os papagaios espalhados pelos media repetem o mantra, mais movidos pelo medo de ficarem sozinhos com a sua própria cabeça do que por qualquer convicção: são necessários compromissos para avançar com reformas estruturais. A frase parece neutra mas, na realidade, nenhuma das expressões tem o seu valor facial. Quando se fala em “compromissos” não se está a falar de todos os compromissos ou de compromissos que envolvam todos. Quando se fala de “reformas estruturais” não se está a falar de todas as reformas estruturais possíveis, mas de um programa ideológico muito específico.

Há mais de dois anos esse espírito de compromisso foi testado na política nacional como nunca fora antes. Ouviram, na comunicação social, o som do aplauso? O que interessa a quem agora pede o regresso aos compromissos é que o ponto de entendimento político volte a acontecer no centro-direita

Há mais de dois anos o espírito de compromisso foi testado na política nacional como nunca fora antes. Três partidos que nunca tinham aceitado conversar, no meio dos quais passava não a clivagem ideológica fundamental da política nacional mas a mais dolorosa fratura histórica, venceram décadas de incomunicabilidade e assinaram acordos para garantir um programa mínimo. As velhas e as novas divergências são tais que o programa foi apenas o da reposição da normalidade social e económica e BE e PCP não entraram para o Governo. Mas poucas vezes a cultura de compromisso teve um impacto político tão forte, com a integração dos partidos que representam quase um quinto dos eleitores portugueses no arco do poder. Ouviram, espalhado pela comunicação social, o som do aplauso pelo histórico compromisso? Pelo contrário, a capacidade de negociação de António Costa foi apresentada como esperteza saloia e o entendimento mereceu o nome de “geringonça”, que pretendia sublinhar a pouca eficácia dos acordos, amplamente desmentida pela realidade. No entanto, a cultura de compromisso destes três partidos, dois deles com pouco historial nessa matéria, exigiu muito mais de todos do que qualquer “pacto de regime” até agora assinado.

O clamor mediático pela “cultura de compromisso” nada tem a ver com um qualquer apreço pelo diálogo ou pela construção de maiorias fortes. O que interessa a quem agora pede o regresso aos compromissos, nunca incluindo neles mais do que os três partidos do antigo “arco do poder”, não é que eles existam, é que o ponto de entendimento político maioritário volte a acontecer no centro-direita.

Não me parece que haja grande espaço para que este grupo parlamentar do PSD venha a participar em qualquer pacto de regime em torno da justiça. Como escreveu David Dinis, isso seria fazer o que o PS, por Sócrates estar a ser julgado, não pode fazer. Não existe assim tanta generosidade e falta de cálculo na política. Todos os outros temas de que oiço falar que não tenham de incluir todos os partidos políticos (como é o caso dos investimentos em infraestruturas no próximo quadro comunitário de apoio) corresponderiam, na realidade, a tentar criar uma continuidade entre este governo e o anterior e, por via de Rio, destruir os entendimentos à esquerda. É o caso da segurança social. Porque raio haveria António Costa, a pouco mais de um ano das eleições e a querer conquistar voto de esquerda, fazer tal coisa? Cheira-me que o que aí virá será pouco mais do que simbólico.

Sobra um caso em que quatro dos cinco principais líderes partidários estão de acordo: a regionalização. Sabendo-se as dificuldades em avançar com um processo que foi chumbado em referendo, por responsabilidade dos cálculos oportunistas do então líder do PSD e atual Presidente da República, há caminho para um diálogo entre PS, PSD, BE e PCP (e CDS, se a eles se quiser juntar) sobre a descentralização administrativa, uma verdadeira “reforma estrutural” de que o país urgentemente precisa. Estarão os atuais defensores de “uma cultura de compromisso” a pensar em coisas tão abrangentes que, na sua “tolerância democrática”, não expulsem BE e PCP das grandes escolhas? Claro que não. A sua cultura de compromisso tem uma função mais exclusiva do que inclusiva.

A política do dramalhão, ou como Rio perde tempo

por estatuadesal

(Francisco Louçã, in Expresso Diário, 27/02/2018) 

LOUCA3

Fernando Assis Pacheco, grande escritor, gostava destes apontamentos suaves. Citava ele a Ilustração Portugueza, suplemento do Século, que descrevia a vinda do Racing Club, de França, para mostrar o seu foot-ball no campo da Palhavã: “Foram mais de seis mil pessoas que assistiram a essas provas brilhantes, entre as quais muitas senhoras das mais elegantes da nossa sociedade, o que assegura o interesse que o sport do foot-ball tem despertado nos diversos meios. (...) Dentro em pouco outras équipes estrangeiras virão disputar com os foot-ballers portugueses novos matches, que chamarão ao Campo da Palhavã a mesma elegante e numerosa concorrência.”

O Benfica perdeu o campo em 1923, atravessado por uma estrada, mas lá ficaram gloriosas memórias. Quanto à intenção de animar “muitas senhoras das mais elegantes da nossa sociedade” e acompanhantes, era generosa, mas, como se sabe, a “elegante e numerosa concorrência” tornou-se demasiadas vezes, um século mais tarde, uma multidão de ódios capitaneada por rufias que encaixam somas colossais com comissões manhosas na “compra” e “venda” de jogadores.

Deu recentemente que falar um dos chefes de um grande clube, Bruno de Carvalho, que zurziu nos adversários, reclamou poder absoluto e derreteu as televisões. Pavilhão escaldante, os presentes tinham vindo para isso mesmo, para treinar ódio. Ora, há nisto alguma novidade? Só a sofisticação, mas a técnica Bruno de Carvalho (chamar-lhe-ei TBdC para simplificar), e que aliás é igual à de outros chefes de clubes, tem boas tradições em Portugal. É uma política ou, como se vem dizendo, uma estratégia, embora a TBdC só resulte se for friamente executada num roteiro seguro, que passo a expor para benefício dos aprendizes.

Sim, caro leitor ou leitora, também no seu caso, se usar bem a TBdC, pode chegar a chefe de clube. Aperte o cinto de segurança e vamos a isso.

Primeira técnica: eu vou-me a eles

Ainda se lembra de Avelino Ferreira Torres? Foi presidente de uma Câmara pelo CDS, tem uma avenida com o seu nome que vai dar a um estádio de futebol com o seu nome no concelho a que presidiu, e um dos cultores desta primeira técnica. Ela consiste simplesmente em esgoelar e anunciar que se vai atirar de cabeça, saiam da frente. Valentim Loureiro, nos seus bons tempos de também dirigente de futebol, ou outros autarcas da mesma cepa, usaram esta TBdC com mérito e sucesso.

Tem boas potencialidades: desde as guerras ancestrais que se espera que, se a gritaria for muita, o adversário se assuste. O único inconveniente é a suspeita do segura-me se não eu bato. Não repetir demasiado.

Segunda técnica: melhor ser insultado do que ignorado

É a TBdC mais arriscada, tipo André Ventura em Loures. Se ainda não deram por ti, põe a mira em alguém que seja notório, provoca indignação, vai à bomba. O melhor mesmo é atingir muita gente de uma penada: atacar as mulheres feministas é garantido e há sempre algum lorpa a apoiar, insultar ciganos é arriscado mas tem basta audiência, desprezar jovens que não são como no nosso tempo tem efeito.

O problema é que esta TBdC não resulta com toda a gente, houve quem tentasse e fosse ignorado pelas gazetas e pela multidão, dado que há o risco de se notar que a rã acha que é um boi. Usar qb.

Terceira técnica: olhe para mim que vem bojarda

A terceira TBdC é usada por todos os dirigentes dos grandes clubes, não se ofenda que sabe que os três usam a mesma receita. Aprenderam com Alberto João Jardim a fazer aqueles discursos em festa de partido, regados a poncha e ligeiramente alegretes, em que o continente era bombardeado com ameaças tonitruantes. Não há mais dinheiro? Será independência, ou pior ainda, nem sabem do que sou capaz. Se me pagarem, a independência fica para depois do Carnaval e logo se vê.

No caso do futebol, a conversa é sobre os árbitros. Que foi penalti, que nunca fomos tão prejudicados, que vamos fazer queixa, que eu sei o que tu fizeste no jogo passado. É aqui que esta TBdC tem entoações mais conspiratórias, criando uma espiral de debates para todos ralharem sem razão, exercícios de cinismo em que a representação de um clube se confunde com a exibição de fanatismo. Para ganhar uma eleição num grande clube, esta TBdC é a técnica comprovada.

Merece homenagem Pedro Guerra, ex-jornalista e ex-assessor do governo PSD-CDS e do grupo parlamentar do CDS, que é um dos melhores cultores desta TBdC, mas não o único: há televisões que contratam estes artistas por entenderem que a audiência é seduzida pelo despautério. Abusar para se fazer notar.

A arte do dramalhão...

Aqui está, as TBdC são um poço de estratégia. Em algumas eleições locais, e certamente nos grandes clubes, não pense que ganhará sem exibir estes dotes. Mas, a partir daí, tenha cuidado. Nem sempre fica bem, há gente finória que não aprecia por demais estas frescuras. As derivas são tentadoras mas pode acabar por se perder na sua representação, depois tem de meter os pés pelas mãos, o que há de convir que é incómodo, queima-se.

E se o tremendismo serve para engrossar as margens e para treinar os ódios, o que é em si mesmo uma forma de vida, na política tem sido preferida a arte do dramalhão. É mais contida, menos folclórica, mas ainda assim animada. A demissão de Paulo Portas a propósito da “linha vermelha” que era a nomeação de Maria Luís Albuquerque, o pedido de desculpa de Passos por ter apoiado os primeiros PEC de Sócrates ou o seu simultâneo “o PSD não está cheio de vontade de ir ao pote”, até o “entre a espada e a parede, prefiro a espada” de Guterres, tudo isso é dramalhão. Do bom, do inchado, resplandecente. Já sabe, se não for futebol a sua ambição de carreira, use o TBdC só até chegar à fronteira do dramalhão. A partir daí, prefira a pose, será só faturar.

... e o défice Rui Rio

Aqui está então a fragilidade de Rui Rio: o grupo parlamentar pede-lhe TBdC ou pelo menos um dramalhãozinho, e o homem mantém-se mudo e quedo, nem lhes bate à porta. Marcelo espera que ele desencante alguma proposta e até apresenta prazos e temas, e silêncio. António Costa recebe-o bonacheirão, e nenhum ultimato.

Os jornais esperam uma notícia, e é um buraco negro, só sobram encontros com o governo segundo a agenda do governo para aprovar as propostas do governo. Na maré, Rio não satisfaz ninguém, enredado como está em jogos de palavras: bem pode dizer que um bloco central é o sexo dos anjos, que logo espreita a tentação do apoio ao PS depois das próximas eleições, manobra que se arrisca a confirmar cada dia entre silêncios e ações.

Só impreparação, nem se arrisca a uma palavra ou ideia? Haja fé: quando decidiu a sua direção, Rio mostrou que está atento às potencialidades da TBdC e escolheu Elina Fraga, que logo que foi perguntada sobre o seu passado resolveu o assunto explicando que o governo “lhe repugna por ser de esquerda”, uma pérola que devia ser emoldurada. E pôs no centro das operações o engenheiro Salvador Malheiro, inventivo presidente de Câmara de Ovar e especialista em votos flutuantes e TBdC autárquica.

Temos então a receita da inauguração de Rio: silêncio, não lhe peçam propostas, somando uns factotum que exercem uma TBdC mais para o barulhento, por definição sem propostas. Se o tempo se lhe torna curto, só se pode queixar de si próprio.

PSD: quando uma imagem vale mais que um milhão de palavras

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

PSD

A imagem é do Expresso e ilustra na perfeição o clima de guerra civil que se vive na São Caetano à Lapa. Uma tempestade de facadas e traições.

Noruega garante ajudar direitos humanos da ONU face à incerteza dos EUA

27 fev 2018 15:27

MadreMedia / Lusa

Atualidade

Nações Unidas denunciam "matadouros de seres humanos"

A Noruega garantiu hoje ajudar o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, nos próximos quatro anos, com 18 milhões de dólares anuais, devido à incerteza sobre o apoio que os Estados Unidos vão dar este ano.

Noruega garante ajudar direitos humanos da ONU face à incerteza dos EUA

“O aumento da contribuição norueguesa é extremamente valioso numa altura em que a questão dos direitos humanos no mundo é desoladora”, disse o porta-voz do escritório da ONU para os Direitos Humanos (EACDH), Liz Throssell.

O Escritório funciona com um orçamento que é coberto em 60 por cento por contribuições voluntárias de Estados-membros.

Os Estados Unidos foram até 2017 o país que mais contribuiu para este organismo, dedicado à promoção e proteção dos direitos humanos no mundo, com uma contribuição anual de 20 milhões de dólares, seguido pela Suécia (16 milhões), pela Noruega (15,5 milhões), pela Comissão Europeia (10 milhões) e pela Holanda (9,8 milhões).

“Já recebemos um total de 142 milhões de dólares, positivo mas insuficiente para responder a todos os pedidos de assistência dos diferentes países”, explicou Throssel.

Para 2018 o objetivo orçamental é de 278 milhões de dólares, não havendo no dia 12 de fevereiro qualquer registo de contribuição norte-americana.

“O Congresso norte-americano está a discutir o nível de contribuição voluntária deste país e esperamos ter uma maior clareza até o final de março”, disse a porta-voz.

A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já tomou medidas pesadas contra outras instituições da ONU, como a saída da UNESCO e o corte de financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

O Alto Comissário dos direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad al Hussein, criticou severamente a linguagem de Trump e o discurso de ódio, bem como as medidas contra refugiados e imigrantes.

Proteção Civil lança aviso à população por causa do mau tempo

27 fev 2018 16:12

MadreMedia

Atualidade

  • chuva, queda de neve, vento e agitação marítima previstos para os próximos dias levaram a Autoridade Nacional de Proteção Civil a lançar um aviso à população.

Proteção Civil lança aviso à população por causa do mau tempo

"No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada, salienta-se, para os próximos dias, um quadro meteorológico persistente marcado por forte instabilidade atmosférica", explica a ANPC no documento difundido.

Estas condições vão afetar todo o território continental.

Entre elas, a precipitação, "pontualmente forte e localizada, será persistente ao longo dos próximos dias, intensificando-se a partir do final do dia de hoje em todo o território, embora de forma mais expressiva nas regiões do litoral Norte e Centro, podendo ocorrer associada a trovoada e queda de granizo", diz a Proteção Civil.

Também a neve, a cair acima dos 400/600 metros," será mais significativa durante a próxima madrugada nas regiões do interior Norte e Centro, com a cota a subir gradualmente no dia de amanhã para os 1000/1200 metros", pode ler-se no alerta.

Quanto ao vento, será mais intenso a partir da tarde desta terça-feira "do quadrante Sul, será moderado a forte no litoral e nas terras altas com rajadas que podem atingir os 90 quilómetros por hora. Entre amanhã e sexta-feira, "prevê-se o agravamento com as rajadas a poderem atingir os 100 quilómetros por hora nas terras altas e os 80 quilómetros por hora no restante território. Não se de exclui a possibilidade de ocorrerem fenómenos localizados extremos de vento", sublinha o comunicado a que o SAPO24 teve acesso.

Também o mar se apresentará alterado, a agitação marítima "espera-se de sudoeste até 5-7 metros, com picos máximos da ordem dos 10/12 metros (com forte rebentação na costa) essencialmente a Sul do cabo Raso, a partir de quarta-feira."

Estas condições, prevê a Proteção Civil, podem causar os seguintes efeitos:

  • Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
  • Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiência dos sistemas de drenagem;
  • Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
  • Inundações de estruturas urbanas subterrâneas devido a condições de drenagem deficientes;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente durante períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis;
  • Queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
  • Acidentes na orla costeira;
  • Fenómenos geomorfológicos de instabilidade de vertentes devido à saturação dos solos e perda de consistência dos terrenos.
Medidas Preventivas

"A ANPC recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados", recomendando, por isso, a observação das "principais medidas de autoproteção para fazer face a estas situações", entre elas:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e não retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
  • Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento à queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando, se possível, a circulação e permanência nestes locais;
  • Evitar praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.

A ANPC sublinha a necessidade de estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das Forças de Segurança.

Abuso de poder e instrumentalização da Justiça

Novo artigo em Aventar


por Bruno Santos

A Lei nº 29/87, de 30 de Junho, conhecida por Estatuto dos Eleitos Locais, confere aos autarcas o direito “a apoio nos processos judiciais que tenham como causa o exercício das respectivas funções” (Artigo 5º), e estabelece que “constituem encargos a suportar pelas autarquias respectivas as despesas de processos judiciais em que os eleitos locais sejam parte, desde que tais processos tenham tido como causa o exercício das respectivas funções e não se prove dolo ou negligência por parte dos eleitos” (Artigo 21º).

Ler mais deste artigo

Filhos de uma grande puta

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

E.jpg

via Expresso

Ao nível de toda a escumalha por ali anda, do Bashar aos terroristas, passando por russos e americanos. Faço votos para que sejam todos violentamente violados por um elefante avantajado. E ainda ficam em dívida.

Grande desconto no RESERVE (Jeunesse


CONCEBIDO PARA O SEU 
BEM-ESTAR


Uma exclusiva mistura de superfrutas containing a powerhouse com antioxidantes de origem botânica, que trabalham em sinergia para lhe proporcionar todas as defesas de que necessita.

Naturalmente adoçado, RESERVE possui um delicioso sabor doce de bagas e não contém quaisquer açúcares adicionados nem aromatizantes, corantes ou adoçantes artificiais.
INGREDIENTES

Os Ingredientes Estrela

Baga de Açaí, Cereja Preta, Mirtilo, Uva Concord e Romã. A sua tonalidade vermelha, azul e roxa distintiva é devida ao elevado teor de antocianinas presente nestes poderosos frutos.

Açaí

Apreciada pelos povos da Amazónia pelas suas propriedades nutricionais únicas, esta “joia da coroa” do Brasil possui uma cor roxa intensa e afirma-se como sendo a fonte mais rica em antioxidantes entre todos os frutos conhecidos.

Cereja Preta

Este delicioso fruto em forma de coração, doce e suculento, é cultivado em todo o mundo desde há séculos. Originária das regiões montanhosas do Cáucaso, a cereja preta contém quantidades significativas de glicósidos de antocianinas, que conferem ao fruto a sua cor vermelha intensa.

Mirtilo

O mirtilo era um dos alimentos básicos do regime alimentar dos povos ameríndios, que se referiam a este fruto como a "baga estrela", devido ao formato de estrela com cinco pontas das suas flores. De gosto doce e leve, o mirtilo diferencia-se de todos os outros frutos, pois é o único alimento que possui esta cor azul característica, sendo mais abundante no continente norte-americano do que em qualquer outro local do mundo. Era igualmente utilizado como ingrediente principal nos remédios caseiros das tribos índias autóctones.

Uva Concord

A uva concord, abundante nos Estados Unidos, distingue-se pela sua pele espessa de cor roxa escura e grainhas que contêm fitonutrientes denominados polifenóis, que podem desempenhar um papel protetor na manutenção da saúde cardiovascular.

Rom

A romã, símbolo de esperança e abundância em muitas culturas, é apreciada desde há milhares de anos. Quando se abre, esta "joia do inverno" oferece centenas de pequenos grãos suculentos, que fazem lembrar pedras preciosas e que contêm uma importante fonte de antioxidantes. A romã é um dos frutos mais populares do mundo.

 


UM ELENCO DE INGREDIENTES DE PESO

Aloé Vera, Extrato de Grainhas de Uva e Extrato de Chá Verde combinados para proporcionar uma proteção integral ao organismo.

Aloé Vera

Originário do Norte de África, o aloé é uma planta suculenta sem talo, frequentemente citada em documentos antigos pelos inúmeros benefícios que possui para a saúde.

Chá Verde

Rico em catequinas e com propriedades antioxidantes, o chá verde deve o seu nome à cor verde que as suas folhas adquirem quando se preparam em infusão, sendo o chá mais apreciado na China. Embora seja incrivelmente popular em todo o planeta, foi apenas introduzido fora da China no início do século XX.

Extrato de Grainha de Uva

As proantocianidinas do extrato de grainhas de uva possuem diversas propriedades antioxidantes.

BENEFÍCIOS DE QUALIDADE FÁCEIS DE TRANSPORTAR

Compacto, fácil de abrir e fácil de transportar, RESERVE ajuda-o a beneficiar da sua dose de antioxidantes onde e quando quiser.

 



RESERVE™

€100,00    (IVA INCLUÍDO)
Preço anterior: €133,36
Com RESERVE™ sentir-se-á jovem durante mais tempo.
Com uma mistura de antioxidantes vegetais que recarrega os seus sistemas internos, RESERVE™ é um suplemento alimentar naturalmente doce, repleto de sumo de frutos exóticos. Contém ingredientes poderosos que reparam os danos causados pelos radicais livres e protegem as células dos danos futuros. As suas células mantêm-se mais saudáveis, vivem durante mais tempo e fará com que se sinta maravilhosamente bem, por dentro e por fora.
30 embalagens por caixa
VOLUME: 30 ml



NOTA: 
Ao proceder à sua compra e efectuar o seu pagamento, enviarei o desconto para a conta bancária que me indicar através do meu mail:
alvarotoliveira@gmail.com





O cenário

por helenafmatos
Fundamental ler este artigo de  Henrique Pereira dos Santos:  «Hoje, por boas razões — vivemos todos melhor porque não vivemos quase todos da terra, como na altura —, em boa parte as elites têm uma percepção de um mundo rural que é essencialmente a de um cenário que existe naturalmente, sem gestão quotidiana e dura.
Mesmo quando se esforçam por conhecer as fileiras económicas que gerem o mundo rural, grande parte das nossas elites tem uma grande dificuldade em compreender que a gestão de fazemos do território é, essencialmente, uma luta constante contra a evolução dos sistemas naturais.
Um bom exemplo é o artigo de Manuel Carvalho, no PÚBLICO de 23 de Fevereiro, “Foi você que pediu a limpeza das matas?”, em que se defende a paranóia que tomou conta do actual Governo em matéria de “limpeza” de matas.
O argumento central do artigo é: “Os que andaram nos meses do estio do ano passado a lamentar a incúria dos proprietários ou a negligência das autarquias não podem por isso agora dar o dito pelo não dito e culpar a lei por ser imperfeita, danosa ou megalómana. Na vida das nações há prioridades e uma das maiores prioridades de Portugal é fazer tudo para que o Verão de 2017 fique confinado à memória de um pesadelo que não pode acontecer nunca mais.”
Talvez valha a pena dar uns passos atrás para tentar explicar por que razão a lei é evidentemente danosa e, mais que isso, uma demonstração de que é mesmo com o fogo que este Governo está a brincar.
O padrão de fogo que temos hoje resulta, essencialmente, da acumulação de combustíveis — matos, folhada, ervas, cascas, troncos — em consequência do abandono rural e das transformações dos processos produtivos, com especial destaque para a substituição dos estrumes por adubos.
Este processo de acumulação de combustíveis é um processo natural, acontece no terreno de qualquer pessoa, e responsabilizá-la por isso seria o mesmo que responsabilizar os agricultores por ter chovido pouco este ano e, portanto, os terrenos estarem a contribuir pouco para alimentar as barragens.
O que as actuais elites têm mais dificuldade em perceber é que, ao contrário da base da regulamentação das actividades humanas — construção, condução automóvel, alteração de linhas de água, despejo de efluentes, etc. —, não faz o menor sentido responsabilizar ninguém porque o seu terreno evolui naturalmente.
Pode argumentar-se que existe a obrigação dos proprietários gerirem bem as suas propriedades, o que, naturalmente, obrigaria a que se definisse o que é gerir bem uma propriedade que não tem potencial produtivo suficiente para pagar essa gestão.
Com base no argumento de que gerir bem é não pôr em risco o vizinho — desresponsabilizando o vizinho em relação à sua própria segurança —, Portugal fez uma opção clara depois dos grandes fogos de 2003 e 2005: responsabilizar os proprietários pela “limpeza” das suas propriedades, independentemente de essa limpeza ser insustentável, muitas vezes inútil e, com frequência, indesejável.
Esta opção, fortemente influenciada pelo então ministro da Administração Interna, António Costa, transformou um problema de economia — qual a forma mais eficiente de gerir sensatamente o fogo com os recursos existentes — num problema de polícia — tens obrigações legais de gerir combustíveis, mesmo que isso não tenha qualquer viabilidade económica, para proteger terceiros.
O Estado atribuiu uma responsabilidade privada à defesa do bem comum, criando na gestão florestal o inferno do capitalismo: privatizou os prejuízos em nome da socialização dos benefícios.
No processo, o Estado desresponsabilizou-se de fazer uma declaração de utilidade pública das faixas de gestão de combustíveis, para evitar ter de pagar as perdas de rendimento associadas, e o Estado desresponsabilizou-se de afectar as verbas do mundo rural ao pagamento de serviços de ecossistemas, para as manter disponíveis para a alimentação de clientelas.
É assim que o Estado, evitando cuidadosamente referir que as faixas de combustíveis previstas na lei resultam na retirada do processo produtivo de uma área que se poderá estimar em um milhão de hectares (10% do território nacional), consegue convencer a sociedade de que o problema da gestão sensata do fogo, nas condições sociais e económicas que temos, se resolve se, ao mesmo tempo que se inviabiliza a exploração económica desse milhão de hectares, se obrigar os proprietários prejudicados a gerir essas propriedades de forma absolutamente ruinosa.
Só elites sem a menor noção do que é a gestão do mundo rural podem defender que é irrelevante discutir se a lei é danosa porque a prioridade está em “fazer tudo para que o Verão de 2017 fique confinado à memória de um pesadelo que não pode acontecer nunca mais”.
Não, caro Manuel Carvalho, o que interessa não é “fazer tudo”, é mesmo fazer só o que está certo, é sustentável e se baseia num contrato social justo, é mesmo só isso, nada mais. E nada disso tem vindo a ser feito pelo Estado, bem pelo contrário.»

Os 25 melhores locais para visitar em Roma

por admin

Roma é uma das mais antigas cidades do mundo. A história de Roma abrange mais de 2500 anos e tem sido um centro de poder, política, cultura e desenvolvimento desde a sua génese. A criação da cidade está mergulhada em lendas e mitologia e existem vários relatos diferentes de como este majestoso lugar foi construído. Vários imperadores romanos e Césares governaram a poderosa Roma e este é o local onde o colossal Império Romano cresceu.

À medida que o tempo avançava, vários monumentos, palácios e edifícios religiosos foram construídos na cidade e estes representam, agora, belas atracções. Roma é, consistentemente, classificado como um dos principais destinos turísticos europeus e com pontos como o Coliseu e o Vaticano torna-se fácil perceber porquê. Descubra os melhores locais para visitar em Roma, Itália.

1. Coliseu

ColiseuColiseu

É um dos monumentos mais famosos e icónicos do mundo e uma viagem a Roma não estará completa se não o visitar. O Coliseu é facilmente acessível e tem uma estação de metro nas proximidades. Maravilhe-se com esta famosa estrutura. Enfrente as filas e entre para realmente apreciar a grandeza deste antigo local de celebração.

2. Praça de São Pedro

Praça de São PedroPraça de São Pedro

Roma tem um pequeno país dentro de um país: o Vaticano. Este estado independente é um dos mais importantes locais religiosos do mundo e a Praça de São Pedro é um lugar emblemático onde muitos eventos significativos tiveram lugar. Na extremidade da praça fica a Basílica de São Pedro. Aproveite a enormidade da praça e espere encontrar multidões de pessoas esperançosas de ver o Papa.

3. Basílica de São Pedro

Basílica de São PedroBasílica de São Pedro

Possivelmente o edifício religioso mais reconhecido e célebre do mundo. Há uma elegante fachada frontal e encontrará estátuas dos apóstolos e de Jesus. Dentro da basílica, a arquitectura e a decoração são absolutamente incríveis. A Basílica de São Pedro é, sem surpresas, considerada um dos mais belos edifícios do mundo. Impressione-se com a quantidade de decoração e detalhes. Michelangelo e Bernini contribuíram a nível de design.

4. Panteão

Panteão de RomaPanteão (©nejdetduzen)

O poderoso Panteão é um dos mais conhecidos edifícios romanos do mundo e é uma das atracções mais famosas de Roma. Foi construído em 118 d.C. pelo imperador Adriano. O interior tem uma cúpula magnífica. Localizado no centro de Roma, na Piazza della Rotonda, o Panteão merece verdadeiro destaque, sendo um ponto de paragem obrigatória.

5. Fonte de Trevi

Fonte de TreviFonte de Trevi

Não há muitas outras fontes no mundo tão ricamente decoradas e esculpidas como a fonte de Trevi, que presta homenagem ao deus romano Oceanus e foi construída em 1762 por Nicola Salvi. O detalhe das esculturas é simplesmente maravilhoso. Não existem dúvidas: a fonte é uma verdadeira obra de arte. De realçar, igualmente, que se tornou tradição atirar moedas para a água a fim de se obter sorte.

6. Escadaria da Praça de Espanha

Escadaria da Praça de EspanhaEscadaria da Praça de Espanha

Localizados na Piazza di Spagna e na Piazza Trinita dei Monti, os 135 degraus da escadaria da Praça de Espanha foram construídos em 1725. No topo da escadaria encontra-se a igreja Trinita dei Monti, uma bela atracção. Na parte inferior da escadaria, a Piazza di Spagna é espaçosa e há uma boa variedade de lojas e cafés.

7. Fórum Romano

Fórum RomanoFórum Romano

As ruínas mais importantes de Itália serão, possivelmente, estas. O Fórum Romano é um antigo sítio que consiste em muitas ruínas que, outrora, eram o centro da vida pública e política de Roma. Vários templos ergueram-se aqui: Saturno, Tito e Vesta. Localiza-se ao lado do Coliseu e do Altar da Pátria.

8. Capela Sistina

Capela SistinaCapela Sistina

A Capela Sistina possui uma quantidade impressionante de detalhes e iconografia. Situada no Palácio Apostólico na Cidade do Vaticano, esta capela foi amplamente restaurada nos anos 1400. É na Capela Sistina que um novo Papa é escolhido. É, igualmente, famosa pelas decorações extensas e detalhadas, como “O último julgamento” (Michelangelo) e as obras de arte a nível de tecto.

Temer vende Embraer à Boeing

BRASIL

… Mas «exigiu» que a Boeing só tivesse 51%: o controle!

A edição deste domingo do jornal O Globo confirma mais um lance do entreguismo nacional, que veio como decorrência do golpe de 2016, contra a presidente Dilma Rousseff. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, a norte-americana Boeing fechou a compra do controle da Embraer e terá 51% da nova empresa. No entanto, na ‘novilingua’ do Brasil pós-golpe, o entreguismo é vendido ao público como um lance de soberania. Segundo Jardim, Michel Temer exigiu que a Boieng só tivesse 51% – exatamente o controle de mais uma empresa brasileira desnacionalizada.

Abaixo, reportagem da Reuters

A Boeing terá uma participação de 51 por cento em uma empresa atualmente em negociação com a fabricante brasileira de aeronaves Embraer, informou o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, neste domingo.

A Boeing concordou com a exigência do governo brasileiro de que a empresa norte-americana não tenha mais do que uma participação controladora de 51 por cento, disse Jardim, sem citar fontes.

A Boeing não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. A Embraer afirmou que não vai comentar a informação.

A Boeing procurou a aprovação do governo brasileiro para uma parceria com a Embraer que criaria uma nova empresa focadana aviação comercial, excluindo a unidade de defesa da Embraer, reportou a Reuters há três semanas.

O jornal Valor Econômico informou posteriormente que a proposta da Boeing daria a ela uma participação de 80 por cento a 90 por cento em um novo negócio de jatos comerciais com a Embraer. A Embraer é a terceira maior fabricando de aviões e alíder no mercado de jatos regionais com 70 a 130 lugares. Com o contrato proposto, a Boeing seria o líder do mercado de aviões menores de passageiros, criando concorrência mais forte para o programa de aeronaves CSeries projetado pela Bombardier do Canadá e apoiado pelo rival europeuAirbus. O plano inicial da Boeing para comprar a Embraer foi rejeitado pelo governo brasileiro porque este não queria uma empresa estrangeira controlando sua unidade de defesa por razões de segurança estratégica.

O governo mantém uma “golden share” na Embraer, anteriormente uma empresa estatal, que lhe dá poder de veto sobre decisões estratégicas, incluindo a aproximação da Boeing.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, disse a repórteres que a Boeing entendeu a recusa do Brasil em desistir do controle da Embraer. Ele disse que as negociações sobre a criação de uma terceira empresa estavam avançando bem.

Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) sobre a venda “criminosa” da Embraer

Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado

A tecnologia, o populismo e o admirável mundo novo

A tecnologia, o populismo e o admirável mundo novo

Foi já há quase quatro anos, a 14 de Junho de 2014, que o Partido Comunista Chinês anunciou o seu “sistema de crédito social” que se tornará obrigatório em 2020 para todos os seus cidadãos e entidades, e que os classificará de 350 a 950 pontos de acordo com a “correcção social” da sua actuação, que incluirá o que compram, como andam nas ruas, com quem se relacionam e, claro, os seus pontos de vista políticos.

  • 27 Fevereiro, 2018
  • Paulo Casaca, em Bruxelas
  1. A cidadania por pontos

Foi já há quase quatro anos, a 14 de Junho de 2014, que o Partido Comunista Chinês anunciou o seu “sistema de crédito social” que se tornará obrigatório em 2020 para todos os seus cidadãos e entidades, e que os classificará de 350 a 950 pontos de acordo com a “correcção social” da sua actuação, que incluirá o que compram, como andam nas ruas, com quem se relacionam e, claro, os seus pontos de vista políticos.

Para construir a base de dados, as autoridades chinesas utilizam toda a parafernália da tecnologia contemporânea, incluindo redes sociais, câmaras de vigilância e dados de compra, e contaram à partida com o empenho de oito das maiores empresas chinesas.

Assim sendo, dentro de dois anos, já será possível decidir de forma quase automática como tratar cada pessoa ou entidade, se ela deve receber um empréstimo, se deve ter acesso à universidade, se se pode e deve ser promovida, como deve ser tratada pelas autoridades policiais e fiscais, etc., numa materialização quase perfeita do mundo antevisto por George Orwell.

O programa é objecto do comentário de um dos think tanks de referência de Singapura (RSIS) que o enquadra em vários outros desenvolvimentos tecnológicos no Ocidente com consequências potenciais nas liberdades individuais. O comentário questiona assim, não o sistema político, mas antes a tecnologia que torna possível este controlo.

Recordemos que as autoridades chinesas têm directa ou indirectamente uma presença esmagadora na economia e sociedade portuguesas e que não têm feito reserva da sua intenção de a reforçar nos domínios onde ainda não têm uma posição dominante. Esse facto explica naturalmente a generalizada subserviência portuguesa, incluindo o silêncio sepulcral da comunicação social, sobre esta ou outra matéria que possa vir a prejudicar a pontuação das elites portuguesas numa futura extensão do “sistema de crédito social” chinês ao nosso país.

Mas se as instituições portuguesas se têm mantido completamente alheadas desta temática, elas têm dado uma grande relevância a uma “Comissão Nacional da Protecção de Dados” em nome da qual se tem impedido a utilização racional dos recursos públicos ou o conhecimento de dados que são obviamente do interesse público (como sejam o valor e os destinatários de pensões de reforma públicas).

Enquanto na Bélgica eu, como cidadão europeu residente (tal como a instituição que dirijo), tenho um único número, que serve para a identificação eleitoral, a identificação civil, a identificação no sistema nacional de saúde, a identificação no sistema de segurança social ou a identificação fiscal, em Portugal tenho um número diferente para cada caso. O número de cidadão eleitor português, por exemplo, parece existir mesmo apenas para as autarquias inventarem residentes e portanto, maximizarem receitas de transferências públicas, e a imprensa e os comentadores se lamentarem ritualmente sobre os elevados números da abstenção.

Por exemplo, o meu médico, ou qualquer autoridade médica que tenha de me atender com urgência, lendo o meu cartão de identificação belga, sabe logo todo o meu historial médico.

Impedirmos que isto seja feito em nome da “defesa da privacidade” é inverter as causas e as consequências dos fenómenos. A violação da privacidade não se previne proibindo a utilização das modernas tecnologias – que existem, se difundem e nos condicionam, independentemente da vontade de quem quer que seja – mas ela só se previne, prevenindo os Estados totalitários, ou os agentes totalitários dos Estados, de as utilizarem.

Por outras palavras, se a “Comissão Nacional para a Protecção de Dados” quer ter uma actividade útil entre nós, em vez de impedir a utilização racional da tecnologia existente, tem antes de se preocupar com o abuso por agentes do Estado (do nosso, e dos outros, especialmente dos mais poderosos e totalitários) da tecnologia existente.

Preocupe-se com a sistemática violação do segredo de justiça e a sua utilização a despropósito; preocupe-se com a utilização não controlada de dados pelas redes sociais, registos de empresas e câmaras de vigilância; e preocupe-se, acima de tudo, contra a óbvia ameaça totalitária que o sistema de crédito social chinês faz pesar sobre as nossas cabeças.

  1. O senhor Ministro Santos Silva e o populismo

Publicou o senhor Ministro Santos Silva na “Folha de S. Paulo” um artigo de opinião intitulado “Será que as redes sociais estão substituindo os intelectuais?” que discorre longamente sobre o tema, manifestando o receio de as elites intelectuais poderem ser postas em causa pelo populismo, que seria hoje encarnado pelas redes sociais.

Tal como Tan Ming Hui e Walid Lemrini (autores do comentário da RSIS acima referido) também o senhor ministro inverte a relação causal entre o fenómeno político (populismo) e a base tecnológica (redes sociais). Fá-lo, no entanto, de forma bastante menos defensável que estes, dado que o populismo é um fenómeno que é tratado pela ciência política há uns milhares de anos e as redes sociais são contemporâneas.

O texto do senhor Ministro, no esteio da tradição intelectual portuguesa, discorre longamente sobre a história do populismo, sem tratar de relacionar a sua manifestação de sapiência com a tese que procura demonstrar e sem cuidar de ter em conta que com uma história tão longa, dificilmente poderemos culpar as redes sociais pelo populismo contemporâneo.

A tese de que a liberdade de expressão do cidadão, agora catapultada pelas redes sociais, é um desafio à democracia e ao Estado de Direito, que as redes sociais inventaram as “fake news”, e que o Estado tem de proteger as suas elites destes ataques, não é na verdade original, e está em consonância com os repetidos apelos à censura que têm sido desenvolvidos nos últimos tempos por vários dirigentes europeus, de quem, curiosamente, não se conhece um único alerta perante os perigos reais que o “sistema de crédito social” chinês faz pairar sobre os direitos do cidadão; na China e entre nós.

Quanto às reais “fake news”, ou melhor, as estratégias de desinformação, que o senhor Ministro entendeu por bem pôr às costas de quem usa as redes sociais, há uma obra que ele certamente conhece e que deveria ter em conta neste contexto: A arte da guerra de Sun Tzu (general chinês que a escreveu há cerca de 2500 anos). Na sua mais famosa citação, ele diz-nos:

A guerra é toda feita de engano. Se puderes fazer algo, faz o teu inimigo crer que não podes; se estiveres perto, fá-lo crer que estás longe.”

Se a tivesse em conta, em vez de atribuir ao “populismo” as estratégias de desinformação com que nos confrontamos, talvez ele as pudesse entender de forma diferente.

O senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal resolveu assim verter para português do Brasil aquilo que é o ponto de vista que paira nos corredores de Bruxelas, emprestando para isso as suas credenciais políticas e académicas bem como a de ser usuário da língua de Camões. Daqui, só posso concluir que quadra bem com a estratégia do “bom aluno” que continua a dominar a nossa diplomacia.

  1. A ameaça tecnológica

O Economist do dia 17 de Fevereiro na sua rubrica “Schumpeter” faz uma interessante comparação entre a competitividade dos Estados Unidos e a da China onde sobressai o ritmo avassalador com que o segundo país ultrapassou, vai ultrapassar, ou se aproxima velozmente do primeiro. Os únicos domínios essenciais onde a China apenas se aproxima velozmente dos EUA são a finança e a tecnologia, sendo que neste último é bem possível que a ultrapassagem se dê já na próxima década.

As implicações do que está a acontecer são relativamente fáceis de entender, se bem que os seguidores de Sun Tzu – o lendário general tem um estatuto quase transcendente – sejam muito discretos na matéria, naturalmente em obediência aos mandamentos do seu ídolo.

Os líderes europeus agem como se os perigos colocados à sociedade livre e democrática (as elites intelectuais na versão ainda mais sobranceira do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros) fossem a linguagem desbragada, a afirmação popular não devidamente escrutinada ou os milhares de outras formas de “incorrecção política” que o “populismo” incentivaria, e não as estratégias de desinformação e subversão dos inimigos da democracia.

O plano chinês para acabar com a incorrecção social (e, semanticamente, a expressão escolhida pelo Partido Comunista da China faz mais sentido que a populista “correcção política”) nunca motivou nenhuma manifestação no Ocidente da parte de toda aquela enorme mole de devotos partidários da liberdade e democracia que asseguram querer acabar com todas as discriminações, atavismos e perseguições.

Da mesma forma que foi possível mobilizar milhões de cidadãs livres e cultas dos EUA para manifestações de mulheres onde é dada a palavra a uma representante da Irmandade Muçulmana (mas a nenhuma das suas vítimas), organização que se distinguiu ao longo dos seus noventa anos de existência no cercear dos direitos da mulher em todo o mundo muçulmano, também parece ser possível mobilizar os defensores da liberdade para acabar com essa mesma liberdade.

Parece-me por isso que o admirável mundo novo antevisto por Huxley no auge da crise dos anos trinta resulta assim mais da loucura colectiva que paira entre nós do que de conspirações ou de crises.