Por EFE
6 Novembro, 2017
Martin Luther King em 1958
Os documentos tornados públicos sobre o assassinato do ex-presidente dos EUA, John F. Kennedy, contêm um relatório no qual o FBI acusa o reverendo Martin Luther King de ser comunista e de cometer “aberrações sexuais”.
Os documentos foram publicados por ordem do presidente Donald Trump, que determinou o fim do sigilo de grande parte dos documentos ainda secretos sobre a morte do presidente John F. Kennedy em 1963.
Entre eles está um documento sem relação aparente com o assassinato do ex-presidente: um relatório de 23 páginas no qual o FBI analisa o perfil de Martin Luther King. O arquivo tem a data de 12 de março de 1968, três semanas antes do homicídio deste célebre líder do movimento pela defesa dos direitos civis no país.
Não há referência a Kennedy no dossiê sobre Luther King e também não é claro o porquê do documento só ter sido publicado agora. As últimas duas páginas do relatório acusam o reverendo de participar em “orgias sexuais de bêbados”, pelo menos desde 1964, nas quais eram praticados “atos não naturais”.
“Durante os anos seguintes e até agora, King continuou a cometer estas aberrações sexuais em segredo, enquanto, em público, se apresentava como um líder moral de convicções religiosas”, indicou o FBI no relatório.
O documento também acusa King de ter tido uma filha com a esposa de um dentista da Califórnia com quem teve uma “aventura” desde 1962, e diz que manteve relações extramatrimoniais com outras três mulheres, uma delas a cantora Joan Baez.
Além disso, o FBI define King como um “marxista de coração“, que “apoiava em segredo o comunismo e que se cercava de assessores que tinham laços com esse partido nos EUA”.
// EFE