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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Maior Incêndio de sempre em Portugal não Interessa à Justiça

(Por Dieter Dillinger, in Facebook, 16/11/2017)
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A TVI mostrou o incêndio de Pedrogão Grande filmado desde o posto de observação do quartel de bombeiros da terra, equipado com muitos monitores de câmaras de televisão apontadas para todas as direções.
Vê-se o começo com um longínquo e pequeno fumo na imensa verdura do bosque gigantesco que abrangia toda a paisagem por dezenas de quilómetros observados.
O comandante dos bombeiros disse que a Polícia Judiciária tirou uma conclusão errada quando afirmou que foi uma trovoada seca que causou aquele fogacho, pois não houve esse tipo de trovoada nesse dia.
O especialista da Comissão Independente deu a entender que a ignição foi causada por cabos da EDP que roçavam as copas das árvores, mas parece que não desapareceram com o fogo, pois continuavam ali, se bem que a TVI filmou árvores recentemente cortadas debaixo dos cabos, enquanto o homem da EDP dizia que os cabos não estavam em contato com as árvores, mas viam-se quilómetros de cabos quase dentro das copas das árvores.
Perguntado se podia ser fogo posto, o comandante dos bombeiros afirmou que podia bem ter sido e depois mostraram a evolução do fogo.
Em cerca de dez minutos aquilo como que rebentou para cima e formaram duas gigantescas frentes de fogo fustigadas por ventos a 300 km à hora. Segundo o comandante, em menos de meia hora o fogo atingiu proporções impossíveis de serem apagadas. Os bombeiros não se podiam aproximar da cabeça do fogo.
Na verdade, acrescento eu, as viaturas de bombeiros aproximam-se da zona daquelas labaredas enormes e em poucos minutos, as suas mangueiras esgotam a água que os carros trazem e vieram depois 9 meios aéreos que se limitaram a salpicar o fogo e provavelmente nenhum água chegou ao contacto com o incêndio.
Enfim, tudo indica que foi fogo posto por muitas mãos criminosas porque a dada altura havia fogo em todas as direções.
Só para o Ministério Público e Polícia Judiciária é que aquela coisa gigantesca a arder foi "natural". Será conivência? Parece que não há uma investigação criminal. Ninguém terá perguntado algo aos membros das estruturas do PSD que mudaram de candidato à presidência da Câmara? Acredito que sim, pois já vimos PJs cometerem os mais diversos crimes, incluindo o assassinato de uma avó do marido de uma inspetora morta com 14 tiros.
O crime compensou à oposição e ao próprio PR que fez muita "relação pública" com o mesmo, quase que chorando com familiares das vítimas e a exigir a pronta indemnização de toda a gente que sofreu. O objetivo do fogo foi, sem dúvida, tentar evitar a saída da crise financeira e obrigar que nós, os contribuintes, paguemos muitos milhões pelos estragos para que a velha Teodora possa "avisar" que as finanças públicas não estão bem.
Fogos postos, greves de professores, médicos, enfermeiros, etc. Tudo junto com o objetivo de ver se a PÁTRIA volta à falência, enquanto a Joana Marques Vidal e os pasquins mantêm-se mudos quanto à origem das ignições. É preciso dizer a essa senhora que não há fogo sem ignição.
Curiosamente, vimos um dos jovens do observatório dos bombeiros dizer que viu fumo que ainda não era fogo. Rapaz! Não há fumo sem fogo.









terça-feira, 14 de novembro de 2017

Da geringonça à passarola

Posted: 13 Nov 2017 02:57 AM PST

«A temível geringonça fez agora dois anos. A designação, usada para definir aquilo que parecia ser uma disforme máquina voadora, e que, na opinião dos seus detractores, acabaria por se desintegrar no pó, continua a voar.
Não tão elegantemente como no passado recente, mas de forma inesperada. Voa com propulsão da economia, combustível julgado impossível de alimentar uma invenção de uma maquineta de esquerda. Talvez por isso se tenha transformado numa passarola, aquela invenção de Bartolomeu de Gusmão, que hipnotizou a corte de D. João V em 1709, quando o balão aquecido a ar subiu até ao tecto da sala e só foi destruído com varas porque havia o medo de poder incendiar o recinto. É esse o receio: que este modelo possa frutificar numa Europa desorientada. Cercada por todos os lados, a solução governativa liderada por António Costa conseguiu um equilíbrio digno de um aprendiz do Chapitô: contenção orçamental para lograr um défice sustentado, com uma política de mãos largas para alimentar as clientelas políticas do BE e do PCP. Sabe-se que esta passarola não voará para sempre. O PCP, depois da derrota autárquica, viu ressurgir o lado sindical, que sempre foi contra o acordo governativo. E este só conhece a guerra.
É por isso que todos olham para 2019. Para ver qual será o futuro do PS e qual será a reacção do PSD. Porque, por enquanto, uma das forças do Governo é a inabilidade do PSD. Olhe-se, nos últimos dias, a forma como o PSD se auto-imola. Não bastava a frase do especialista em fazer contas de somar e subtrair, António Leitão Amaro, transfigurado em humorista ("Foi pela lei anterior que a legionela passou a ser totalmente proibida, passou a ser zero"). Basta ler a entrevista de Maria Luís Albuquerque ao Público: "Afectos? Acho que os portugueses precisam, sobretudo, é de ter uma alternativa." A galinhola do PSD poderá voar? Não. O PSD ainda não aprendeu: foi o discurso da insensibilidade que o perdeu. E isso é a proteína deste Governo, que percebeu, tal como Marcelo, o valor do afecto.»




terça-feira, 7 de novembro de 2017

O vazio

Estátua de Sal

por estatuadesal
(In Blog O Jumento,  07/11/2017)
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(Diz a Marilu pro Santana e pro Rio: Eu sei que vão seguir as minhas políticas, mas não digam a ninguém...)

Nos últimos tempos do governo do PSD/CDS foram várias as personalidades qualificadas que abandonaram o governo em busca de zonas de conforto; sucedeu, por exemplo, com Carlos Moedas que passou a perna a Maria Luís Albuquerque e instalou-se em Bruxelas, Álvaro Santos Pereira escapou-se para a OCDE e, ainda antes dele, Vítor Gaspar fugiu para depois aparecer no FMI. Já depois das eleições Passos Coelho viu esta fuga continuar e até Paulo Portas o deixou sozinho a tomar conta da direita.
António Borges faleceu, Miguel Relvas deixou o governo, Poiares Maduro regressou para a universidade, muitos do que compensavam a debilidade inteletual de Passos Coelho partiram. Até Montenegro já se calou e o PSD é hoje pouco mais do que Passos Coelho, a sua ex-ministra das Finanças, o Amorim e o Hugo Soares. Nunca em toda a sua história o PSD esteve tão pobre, a nata dos economistas do passado deu lugar à Maria Luís, as cartas da bancada parlamentar do PSD são agora o Amorim e o Hugo Soares.
Poder-se-ia dizer que é uma fase, que com um líder a aguardar ser substituído e sem se saber quem o vai substituir muitos preferem o silêncio. Mas se assim fosse os candidatos a líder do partido estariam mobilizando apoios nos mais diversos setores da sociedade. Mas não é isso que está suceder, em vez de se afirmarem mobilizando gente credível e qualificada, os candidatos à liderança do PSD disputam o apoio da tralha de Passos Coelho, nem sequer se interessam pela tralha do cavaquismo.
Com um projeto que se baseava apenas em cortes de rendimentos do trabalho e dos pensionistas, Passos passou dois anos a exibir a pantomina do primeiro-ministro no exílio, em vez de propostas esperou que uma desgraça impedisse que António Costa desmontasse os pilares da reformatação económica do país que lançou a coberto da Troika, o corte brutal em todos os rendimentos do trabalho e nas pensões. Há dois anos que o PSD é um vazio de ideias e de projetos, vive das memórias do seu ainda líder.
Sucede que os candidatos a líder do PSD são tão ocos como é Passos Coelho, Santana Lopes não tem uma única ideia, Marques Mendes compara-o a uma televisão a cores, por oposição de um Rui Rio que seria uma televisão a preto e branco, mas esquece-se que a televisão a cores de Santana tem um único canal, parece a TV de um circo.
Até Rui Rio preferiu aderir Às ideias de Maria Luís e Passos Coelho, se dantes tinha poucas ideias, agora parece um deserto,  chega a ser ridículo vê-lo encostar-se à imagem da ex-ministra das Finanças.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A direita não sai do seu velho ciclo

Estátua de Sal

por estatuadesal

(In Blog Aspirina B, 06/11/2017)

Mumia Cavaco SLopes

Para desespero da direita, ainda não foi desta que Bloco e PCP roeram a corda do Orçamento. O resultado das Autárquicas alimentou-lhes a esperança da vinda do tão esperado novo ciclo, como não aconteceu, alguns atacam o documento agora aprovado, enquanto outros usam como única arma de arremesso político a tragédia dos incêndios.

E há ainda os que misturam tudo como faz o Pedro Marques Lopes, esta semana, na sua crónica no DN.

Diz ele que “o Orçamento do Estado para 2018 é uma espécie de documento de “depois logo se vê”.” Confesso que demorei um bocadinho, mas acabei por concordar. Afinal, há aqui uma diferença, os orçamentos da direita eram mais do tipo “vê-se logo”. Via-se logo que eram inconstitucionais, via-se logo que as contas estavam aldrabadas e que seriam necessários vários orçamentos rectificativos e, sobretudo, via-se logo que o País continuaria a marcar passo. Mas fiquei a pensar e o “depois logo se vê” deve ter sido inspirado na campanha dos candidatos à liderança do PSD. É que, tirando o campeonato dos afectos, não se lhes conhece ideia alguma para o futuro do País. Aliás, “depois logo se vê” podia ser o lema do velho ciclo da direita. Adiante.

Mais abaixo, o Pedro Marques Lopes, informa-nos que “a grande questão é que este Orçamento revela o labirinto sem saída desta solução governativa”, e que “o Orçamento grita isso, está bem à vista que os entendimentos em aspectos fulcrais para o país são impossíveis com esta solução governativa”. Até aqui, os aspectos fulcrais para o País têm sido o défice, a dívida, o crescimento da economia, o desemprego, etc.. Como esses aspectos estão bem encaminhados, e o Orçamento assim o prova, no entender de PML, e se calhar bem, os aspectos fulcrais passaram a ser “as mudanças na Segurança Social, prioridades para o investimento público, reformas no ordenamento do território, acordos para reformar a Justiça, entre outros.” E que os mesmos “são impossíveis de obter no quadro da geringonça.” Não sei se é impossível o Governo realizar essas reformas com o apoio do BE e do PCP, mas sei, e o PML também, que sem o acordo do PSD, pelo menos, são reformas com muito pouco alcance. Ou seja, não são reformas, são apenas umas medidas que o governo seguinte revogará assim que tiver oportunidade.

O que me leva ao tal labirinto. Ao contrário do que diz o PML, os labirintos normalmente têm uma saída e o PS, o BE e o PCP têm conseguido encontrá-la. Já no PSD não se movem num labirinto, isso implica percorrer caminhos, sendo que alguns até os poderiam levar ao entendimento com a esquerda para os tais aspectos fulcrais. Movem-se em campo aberto, mas, tendo em conta as coisas sem nexo que gritam, devem andar todos de olhos vendados.

Hugo Soares acautela o futuro

Aventar

por João Mendes

Fotografia: Lusa@Sapo24

Foi à coisa de ano e meio que o António Fernando Nabais trouxe a este espaço o epidémico flagelo dos resíduos de botas na língua dos jotas, sobre o qual não me alongarei em face do diagnóstico cabal apresentado pelo meu amigo e colega blogosférico. Sugiro a todos os frequentadores do Aventar a sua leitura, a meu ver essencial para compreender a evolução do homo politicus neste início de século, não só pela minúcia do relato, mas porque nos permite compreender, de forma mais objectiva, uma ocorrência que teve ontem lugar no encerramento das jornadas parlamentares do PSD.  Ler mais deste artigo