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domingo, 18 de setembro de 2016

Pairam nuvens negras sobre a União Europeia

No meu artigo anterior já previa que nada de bom saísse da Cimeira de Bratislava, mas o que saiu foi ainda bem pior.
Mais uma vez se provou que esta gente se comporta como baratas tontas que andam às voltas, mas não saem do mesmo sítio.
O que disseram a srª. Merkel e o sr. Hollande foram palavras redondas e que o eixo franco-alemão irão aprofundar, direi afundar, ainda mais a coesão da União Europeia, tomando em conta o Brexit.
Como é que estes dois governantes irão fazer aquilo que afirmaram, quando Hollande, com eleições na França já nos primeiros meses do próximo ano e tem uma taxa de aprovação de cerca de 20% e a chanceler Merkel acaba, ainda hoje, de sofrer uma pesadíssima derrota nas eleições Berlim?
Como é nos podem prometer reformas no funcionamento da União Europeia, se a credibilidade nos seus países anda pelas ruas da amargura?
E o mais caricato é que disseram que irão apresentar o plano conjunto em Março do próximo ano, como se não fosse urgente resolver as situações ou os problemas com que nos confrontamos todos os dias.


                                                                                  Matteo Renzi
O sr. Matteo Renzi, primeiro ministro da Itália, não compareceu na conferência de imprensa, alegando, entre outras coisas que os problemas da Europa não se resolveram com a austeridade, que não deve continuar e deu, como exemplo o caso dos EUA, que foi com o desapertar do cinto que a América aumentou o seu crescimento económico.
E para a cereja em cima do bolo, lá apareceu o grupo de Visegrado, ou V4 (Hungria, República Checa, Eslováquia e Polónia) a anunciar que irá vetar todos os acordos entre o UK e a UE, para dar sequência ao Brexit. Devo referir, porque é pertinente, que estes quatro países estão a ser governados por partidos da extrema direita que estão a crescer desmesuradamente por toda a Europa.

O céu da Europa está com cor de chumbo. Espero que não desabe como uma tempestade incontrolável, embora estejam a ser criadas todas as condições para que isso aconteça.

Ovar, 18 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

UNIÃO EUROPEIA - O Início da Erosão?

Há muitos anos que fomos alimentados por um projeto (ou uma ideia) de uma união de países que decidiram unir-se, para evitar mais uma horrorosa guerra mortífera e destruidora, como foi a Segunda Guerra Mundial.
Os pensadores e fundadores deste projeto tiveram sempre em mente a solidariedade, a liberdade, prosperidade e construção de uma zona de paz e que viessem a usufruir da prosperidade dos seus ideais.
Tudo correu bem até à altura em que homens ilustres como François Mitterrand, Helmult Khol, Jaques Delors, Oloff Palm, entre outros, baseados nos ideais socialistas e democrata-cristãos deixaram, uns pela sua idade e outros pelo seu desaparecimento do mundo dos vivos, foram sendo substituídos pessoas que deixaram de se rever nos fundamentos para a criação da Comunidade Económica Europeia e foram, passo a passo, criando um monstro e incluir países que, até à sua inclusão, nunca deram mostras de se poderem integrar numa verdadeira comunidade solidária, livre, envolvida no desenvolvimento das suas populações e de uma zona de paz que fosse um exemplo para todo o mundo.

François Miterrand - Helmut Kholl - Olof Palme - Jaques Delors


A Alemanha de Merkel e a França de Sarkozy abriram a as portas a todos os países que quisessem entrar no “Grupo”, para defenderem os seus interesses e aumentarem o seu poder sobre os novos membros.
Agora estamos a assistir ao princípio da “erosão” daquilo que os seus fundadores imaginaram como um “paraíso na terra”.
O Brexit está confirmado e o Grupo de Visegrado tem-se vindo a afastar dos princípios democráticos, elegendo governos que perfilham pensamentos de extrema-direita.

Hoje decorre em Bratislava, na Eslováquia, uma cimeira da União Europeia da qual não espero grandes notícias.
Amanhã voltarei a escrever sobre este tema.

Ovar, 16 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Vidente de Massamá




Não deve ser fácil ser líder da oposição sem ter um projecto ou propostas, apostando apenas numa calamidade pública, nas divergências dentro da geringonça ou esperando por uma zanga entre Costa e Marcelo. Passos perdeu quase um ano a digerir a derrota, começou com a pantomina do primeiro-ministro no exílio, a que se seguiu um quase desaparecimento e regressa agora armado em vidente.
Passos está tão convencido que sem si no poder só acontecerão desgraças que se transformou numa espécie de Vidente de Massamá. Passos chegou ao poder graças a uma crise financeira, exerceu esse poder sem limites contando com a chantagem externa e parece apostado em que se repitam essas circunstâncias. O presidente da Comissão Europeia mudou, o BCE mudou de política, o líder do PS mudou, a residência da República mudou, mas Passos recusa-se a mudar, lembrando a senhora que descobriu que o seu rebento era o único com o passo certo na parada do juramento de bandeiras.
Passos não tem qualquer programa e mesmo sabendo que Marcelo nunca lhe permitira governar à margem da Constituição e que um PS liderado por António Costa não alinharia nas suas políticas como sucedeu com Seguro, insiste nas suas soluções extremistas.
Passos parece estar a perder a noção da realidade e o seu discurso começa a assemelhar-.se ao de alguém que bateu com a cabeça nalgum lado. Num dia diz que os investidores só voltarão a Portugal com ele no poder, no outro arma-se em analista de execuções orçamentais e só vê desgraças e até já lhe deu ara fazer adivinhações com dois meses de antecedência.
Em vez de ideias Passos prefere mostrar o estado da sua cabeça e começa a ser óbvio que este ano que passou não lhe fez muito bem, começa a evidenciar sinais de loucura, a perder consciência da realidade. Esta nova versão de Passos, a do Vidente de Massamá não promete nada de bom e até parece que o líder do PSD adivinhou a sua própria desgraça.

De blog O Jumento - 29/08/2016


Ovar, 29 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira




sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O nosso mundo está a mudar (para pior ou para melhor)?


Não há dúvidas que o nosso Mundo está a mudar, diria que, à velocidade da luz.
Uma mudança boa foi a paz conseguida foi a paz conseguida, ontem, na Colômbia, após 53 anos de guerra e, talvez mais importante do que isso tudo, será o fim do tráfico de drogas de que se alimentavam ambos os beligerantes. Não tenhamos dúvidas que numa guerra, onde há, sempre, vencidos e vencedores, há, também, quem de ambos os lados ganhe com nessa guerra, independentemente do lado em que se encontra.


Bandeira da Colômbia
Se esta paz for para durar, ganhará o povo da Colômbia e perderão todos aqueles que se aproveitaram desta guerra para construírem fortunas com esse maldito negocio da droga.
Desejo que este acordo conseguido seja para durar, porque 53 anos de guerra são imensos anos que irão marcar gerações.
Os meus parabéns a todos os colombianos que trabalharam para se chegar a uma solução.

Do lado de cá do nosso mundo parece que há cada vez mais vulcões a lançarem lava.
Na Turquia continuam as prisões a serem esvaziadas de presos de delito comum, para nelas entrarem quem não concorda com o sr. Erdogan que ainda não conseguiu explicar e convencer ninguém sobre o que aconteceu no dia 15 de Julho, a que ele chamou de golpe de estado.
Racip Erdogan
Com isto tudo, vai avançando com prisões, destituições e demissões de pessoas que lhe não são afectas. Penso que tudo isto irá conduzir a mais um vulcão numa região onde existem vários em ebulição.


Bandeira da Síria
A Síria continua em ebulição e já parece que ninguém sabe quem combate quem. A Turquia combate na Síria, mas combate os curdos que não querem ser turcos, mas, também, não querem o DAESH. A Rússia vai deixando que tudo aconteça, mas está à espera da hora certa, para poder entrar em ação, deixando o trabalho sujo para os outros.
A nossa União Europeia vai fazendo umas reuniões restritas, mas cujas conclusões são algo como aquelas “latas” que são vendidas com o ar de Fátima.
Assim, não iremos a lado nenhum, porque há vários anos que deixamos de ter qualquer liderança europeia a, cujos últimos Tratados ou Acordos vieram dar a machadada final.

Após a férias de verão, certamente que vamos ter muitas novidades.


Ovar, 26 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Os próximos tempos


A situação da Europa, chamada União Europeia, não está nada fácil. A Espanha não consegue um Governo, após duas eleições e, de acordo com os analistas políticos, não parece que tão cedo se encontre uma solução governativa. Ainda hoje, o presidente do partido Ciudadanos deu a conhecer as suas condições para apoiar ou se abster na posse de um governo do Partido Popular de Mariano Rajoy. Não vai ser fácil, porque o sr. Rajoy é a parte do problema e nunca da solução, para isso basta ler as seis condições apresentadas pelo Ciudadanos. Mesmo que o governo do PP passe nas Cortes, será, sempre um governo frágil, atingido pelos escândalos da corrupção, que irá aumentar os sentimentos de independência de Bascos  e Catalães.


Albert Rivera - Líder do Ciudadanos


Vamos continuar a seguir os acontecimentos, porque tudo está a mudar muito rápido.

E como tudo está a mudar, quase à velocidade da luz, reparemos no que se está a passar para além do Estreito do Bósforo. Na Turquia, o sr. Erdogan inventou um “Golpe de Estado”, a fim de se libertar dos contestatários do seu regime e consolidar o seu poder absoluto. E queria este fulano integrar o seu país na “União Europeia”. Como sabia que não iria ter sucesso nos próximos anos, fez as pazes com o seu “inimigo” Vladimir Putin e este, que, com o seu silêncio, tem sido sagaz, terá aceite a “submissão” do sr. Erdogan mediante certas condições, nomeadamente, a sua não intromissão no processo da Ucrânia nem da Crimeia.


Vladimir Putin - Presidente da Rússia

O sr. Erdogan não percebeu isto e Vladimir Putin, com a sua sagacidade, consegue uma base militar no Irão, para apoio aos fiéis de Bashar Al Assad, inimigo da Turquia. Neste tabuleiro de xadrez, onde as peças brancas passam a pretas, num instante e o jogo é ganho, não pelo melhor jogador, mas por aquele, sem que o adversário se aperceba, muda a cor das peças.

Tudo isto se passa nas “barbas” da União Europeia, mais comprometida com as medidas de austeridade, favorecendo os grupos financeiros à custa da exploração dos trabalhadores, e com os Estados Unidos da América entretidos com a sua campanha eleitoral que, francamente, não sei o que vai mudar, independentemente de quem ganhar.
Hillary Clinton - Candidata do Partido Democrata





Donald Trump - Candidato do Partido Republicano

Vou esperar sentado, para ver o que acontecerá nos próximos tempos.

Ovar, 18 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira