Translate

sábado, 12 de agosto de 2017

Donald e Kim





por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 11/08/2017)
quadros
Enquanto estamos todos, ou quase todos, na praia a gozar o Agosto, os EUA e a Coreia do Norte andam a brincar à WWIII. Ninguém faz uma guerra nuclear em Agosto. É estúpido. As grandes capitais estão vazias, é desperdiçar munições.
Sei que o caro leitor está mais preocupado com o raio do vento e com a água fria do que com a situação mundial. Não quero incomodá-lo. Aliás, provavelmente, uma guerra mundial duraria menos do que as suas férias, por isso é bem provável que já esteja acabada quando voltar de Albufeira.
Sem lhe querer estragar o dia, não sei se sabe, mas o Trump ameaçou a Coreia do Norte com: "Fúria e fogo nunca vistos." Sinto que o leitor encolhe os ombros, tira a areia da toalha e diz: "Vê-se que não conhece o SIRESP."
Não o comovo, não é? E se lhe disser que, depois de Trump ter ameaçado responder à Coreia do Norte com "fúria e fogo", Pyongyang avisou que está a estudar um plano para atacar com mísseis o território norte-americano de Guam, no Pacífico. Pois, não lhe diz nada. Está na República Dominicana? Compreendo, Guam não tem descontos para famílias.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Península coreana: está-se a armar um belo sarilho



por estatuadesal

(Nicolau Santos, in Expresso Diário, 11/08/2017)
nicolau
O confronto verbal entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos subiu tanto de tom que se está muito perto de subir um degrau, ou seja, passar à agressão militar. Esperemos que haja bom senso para o evitar, embora o líder norte-coreano seja completamente imprevisível e o presidente norte-americano não tenha nenhuma experiência neste tipo de crises.
Para que não haja dúvidas, todos sabemos de que lado estaremos em caso de conflito entre os dois países. É que, para todos os efeitos, a Coreia do Norte é uma ditadura familiar; e os Estados Unidos, com quem partilhamos os mesmos valores, são um farol da democracia, mesmo que um homem de negócios tão impreparado como Donald Trump tenha sido eleito para liderar a nação.
Dito isto, Kim Jong-un tem andado a testar de forma completamente provocatória a paciência de Washington, com a realização de exercícios militares utilizando milhares de homens e o sucessivo lançamento de mísseis, ao mesmo tempo que a agência noticiosa oficial afirma que Pyongyang tem capacidade para alvejar o solo norte-americano a partir do seu território.

Pode um deputado eleito, não intervir no Plenário, durante duas sessões legislativas consecutivas?




[Rui Naldinho]
Claro que pode!
Quando um destes dias abri um jornal de referência na comunicação social e li: “dez deputados não tiveram nenhuma intervenção no plenário da AR durante toda esta sessão legislativa”, eu fiquei curioso. Não é a primeira vez que isto acontece, mas há casos e casos! E alguns são de difícil compreensão.


Ao olhar a foto destes “abstencionistas”, ainda que os mesmos tenham estado presentes nos trabalhos parlamentares, reparei que dos dez, sete eram do PSD. Percebi logo que para duas daquelas caras seria “difícil ir a jogo” no debate político, depois da sua passagem pelo governo de Passos Coelho. Como ministros deixaram um rasto de incompetência e “destruição” à sua volta. Logo seriam fustigados pela Geringonça. Quanto a Pedro Pinto, esse é um derrotado por natureza. Os restantes, mais pareciam uma espécie de Senadores, aguardando com paciência pela reforma, e quem sabe pela subvenção vitalícia.
Mas não por acaso, reparei ao ler a notícia que um deputado estreante nestas andanças parlamentares, Rui Manuel Ferreira da Silva, na foto, em baixo do lado direito, eleito pelo PSD no círculo de Braga, ainda não tinha efectuado uma única intervenção no plenário da Assembleia da República, nas duas sessões legislativas que já ocorreram. Quase dois anos, uma vez que os trabalhos só vão recomeçar em Setembro de 2017. Afinal, há sempre uma primeira vez!

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O imprudente e o ditador



Celso  Filipe
Celso Filipe | cfilipe@negocios.pt09 de agosto de 2017 às 23:00

O imprudente e o ditador

As comparações entre Donald Trump e Kim Jong-un são manifestamente exageradas e descabidas, embora a megalomania seja um traço de carácter de ambos. Entre um e outro existe uma diferença substantiva: Trump foi
O que aproxima os dois líderes é o motivo que subjaz à troca de ameaças entre os EUA e a Coreia do Norte. Trump e Kim Jong-un usam uma linguagem bélica porque a identificação de um inimigo é um factor de coesão interna e uma indisfarçável manifestação de poder.
Trump, que tem tido uma presidência errática, marcada por escândalos e excessos verbais, olha para a Coreia do Norte como um pretexto ideal para recuperar popularidade e ganhar o respeito dos norte-americanos.
Kim Jong-un eriça a crista, porque se sente encurralado e intui que a a China, até agora um silencioso aliado, se está a afastar do regime de Pyongyang, uma trajectória verificável no facto de Pequim ter votado favoravelmente o endurecimento das sanções à Coreia do Norte propostas pelo conselho de segurança.
A questão é que não se pode esperar uma mudança súbita do regime da Coreia do Norte pressionada por uma ameaça bélica. Antes pelo contrário. Os EUA têm de marcar a diferença pela via militar e não usando uma linguagem apocalíptica, a qual tem um duplo efeito negativo: encurta as possibilidade de Kim Jong-un sair bem deste braço-de-ferro e assusta os aliados dos EUA no continente asiático.
Este facto é salientado pelo Boston Globe em editorial. "O mundo – especialmente o Leste Asiático – entende perfeitamente as capacidades dos militares americanos. Mas esta retórica vaidosa ameaça a confiança, construída ao longo de décadas, de que os Estados Unidos estão empenhados em usar esse poder com sabedoria, responsabilidade e apenas como último recurso".
Por ser diferente de Kim Jong-un, Trump tem um dever acrescido: o de mostrar prudência e sensibilidade diplomática diante de um cenário grave de ameaça nuclear como o que está criado Na realidade, até agora não tem mostrado esses predicados, preferindo antes uma imprudente retórica de confronto. Para ganhar o respeito do mundo e dos aliados, o presidente dos EUA tem que ter uma actuação que o torne o aposto do Kim Jong-un. E é isso que o fará ganhar esta guerra.
eleito democraticamente, Kim Jong-un é um ditador dinástico. Nos Estados Unidos existe liberdade e pluralidade, na Coreia do Norte os cidadãos são controlados ferreamente e não têm opção de escolha.

INCÊNDIO DE PEDRÓGÃO GRANDE: MAI DIVULGA RELATÓRIOS

2017-08-09 às 18:06
INCÊNDIO DE PEDRÓGÃO GRANDE: MAI DIVULGA RELATÓRIOS
Com vista a esclarecer cabalmente as causas da tragédia ocorrida em Pedrogão Grande no dia 17 de junho de 2017, a Ministra da Administração Interna emitiu hoje um despacho, onde se dá a conhecer os diversos relatórios e estudos produzidos em relação a vários aspetos suscitados pelo incêndio de Pedrogão Grande.




Para além das respostas dadas pela ANPC, GNR e IPMA em cumprimento do despacho do Primeiro-Ministro de 19 de junho de 2017, já publicadas no Portal do Governo, a Ministra da Administração Interna solicitou a diferentes entidades diversos pareceres, estudos, relatórios e inquéritos que, pela natureza complementar, se considerou poder acrescentar informação determinante acerca das circunstâncias e causas das ocorrências, assim como sobre a resposta dada às mesmas.