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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Hugo Soares acautela o futuro

Aventar

por João Mendes

Fotografia: Lusa@Sapo24

Foi à coisa de ano e meio que o António Fernando Nabais trouxe a este espaço o epidémico flagelo dos resíduos de botas na língua dos jotas, sobre o qual não me alongarei em face do diagnóstico cabal apresentado pelo meu amigo e colega blogosférico. Sugiro a todos os frequentadores do Aventar a sua leitura, a meu ver essencial para compreender a evolução do homo politicus neste início de século, não só pela minúcia do relato, mas porque nos permite compreender, de forma mais objectiva, uma ocorrência que teve ontem lugar no encerramento das jornadas parlamentares do PSD.  Ler mais deste artigo

Marques Mendes sai em defesa da ditadura


por João Mendes

Já aqui contei o episódio em que vivi o meu primeiro contacto directo com o regime totalitário da Geringonça. Já tinha ouvido falar nele, achei que fosse truque da imprensa portuguesa, até que finalmente me cruzei com eles no supermercado. Ainda não recuperei.

Os tentáculos esquerdalho-feminista-venezuelanos continuam a expandir-se a uma velocidade impressionante, comendo tudo, perante a apatia e a indiferença generalizadas. Já poucos são aqueles que resistem, e hoje é um dia muito triste para todos eles. Perderam (oficialmente) um dos seus.  Ler mais deste artigo

domingo, 5 de novembro de 2017

Seja o seu próprio chefe com a Jeunesse




Seja o seu próprio chefe com a Jeunesse

Nov 3, 2017

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A Catalunha confrontada com o “Estado de direito” neoliberal

Estátua de Sal

por estatuadesal

(Por Jean-Luc Gasnier, in MediaPart, 04/11/2017, tradução Estátua de Sal)

catalunha4

Ninguém escapa à sua verdadeira natureza. O regime espanhol provavelmente teve interesse em fazer de Carles Puigdemont um exilado de opereta, um general Boulanger catalão, mas não pôde resistir aos seus velhos demónios; preferiu prender oito líderes catalães, ex-membros do governo demitido e assim dar toda a justificação, em consequência, à fuga do ex-presidente da Generalitat para o exterior. Esta reação muito dura da justiça espanhola exacerba novamente as paixões e reabre as feridas da história que não podem realmente cicatrizar enquanto o Partido Popular de Mariano Rajoy se recusar a romper com a ideologia franquista (a apologia do franquismo não é considerada um crime em Espanha), contando entre os seus membros com muitos nostálgicos dos métodos do Caudillo (Ver aqui). Como analisaram Sylvie Crossman e Jean-Pierre Barou num artigo publicado no Mediapart (aqui), os fantasmas da Guerra Civil Espanhola ainda assombram o inconsciente colectivo catalão, profundamente imbuído dessa dimensão histórica e cultural.

Mas as raízes da crise catalã também se alimentam das políticas neoliberais que, em toda a Europa, actuam como catalisadores de movimentos independentistas e assomos identitários de todos os tipos.

Muitas regiões da UE estão, de facto, confrontadas com um problema idêntico que pode ser resumido desta forma: qual a legitimidade de um poder central quando as medidas fiscais e as políticas de austeridade não servem o interesse geral, mas apenas uma pequena classe de cidadãos possidentes, contribuindo para ampliar o fosso entre os ricos e os pobres?

Quando a lei é escandalosamente seletiva e só serve para impor a barbárie econômica, que destrói gradualmente todos os laços sociais; quando a violência policial é contra a democracia, então o conceito de “Estado de Direito” não é mais do que um sloganprovocador.

A Catalunha é uma região rica: representa só por si 20% do PIB da Espanha (com um PIB per capita bem acima da média nacional). Mas também é, como muitas outras regiões espanholas, um território com dificuldades, fortemente atingido pela crise industrial e económica, e marcado por grandes desigualdades. As medidas de austeridade impostas por Madrid sob a liderança e o controle exigente de Bruxelas atiraram uma grande parte da população para um cenário de dificuldades: por exemplo, nos últimos anos, 30% das penhoras de casas e subsequentes despejos têm ocorrido na Catalunha (Ver aqui).

A Catalunha é uma região rica, mas empobreceu, sofreu um declínio significativo no seu poder de compra em 2016 (-5,8%, a maior queda de Espanha) e as classes médias catalãs - que provavelmente concordariam em fazer esforços para ajudar os camponeses pobres de Extremadura -, não aceitam continuar a pagar tantos impostos para engordar o sistema financeiro e os financistas.

Com os salários em queda, a falta de serviços públicos, uma indústria ainda em crise ao mesmo tempo que o sector dos serviços em Madrid começa a recuperar, com a controvertida gestão das águas do Ebro, etc., o Estado central surge como o responsável por todos os males. O primeiro-ministro Mariano Rajoy é um líder conservador liberal, mas também é visto - nomeadamente pelos liberais catalães -, como o líder de uma conspiração organizada, em benefício de outras regiões espanholas, e em detrimento do desenvolvimento da Catalunha; o Estado de Direito de que ele se reclama é desleal e, por consequência, ilegítimo.

As crises sociais e ecológicas amplificaram assim a crise da identidade. No relançamento das raízes da independência catalã, as políticas neoliberais desempenharam um papel catalisador e acentuaram o ressentimento em relação a um poder distante e desumano. Sem as políticas de austeridade da União Europeia e de Madrid, os separatistas não poderiam ter assumido o poder na Generalitat da Catalunha porque a coesão e a solidariedade nacional teriam um significado diferente para o eleitorado catalão.

Para além do blá blá blá

Aventar

por Ana Moreno

A Conferência do Clima da ONU começa amanhã, 6 de Novembro, em Bona.

  • Ontem, pelo menos 10 milhares de pessoas saíram à rua, para exigir uma mudança das políticas energéticas, acusando o governo alemão de não tomar medidas contra as mudanças climáticas, em especial, a redução do uso do carvão na produção de electricidade.
  • Hoje, cerca de 3.000 activistas manifestaram-se junto de uma mina de carvão a céu aberto, situada a 50km de Bona, tentando bloqueá-la e encerrá-la temporariamente. Várias centenas de pessoas conseguiram entrar na mina e pretendiam ocupar as escavadoras. A polícia pôs fim à acção de protesto, usando gás lacrimogéneo.

A Alemanha gosta de se arvorar em pioneira de melhores políticas climáticas, quando, na realidade, a sua indústria está dominada pelo carvão: em 2016, 40% da energia foi produzida a partir de lenhite e carvão. E não vai cumprir as metas climáticas que prometeu para 2020. A União Europeia, por seu lado, continua a subsidiar o carvão e a promover o transporte massivo de produtos por meio mundo, com os seus "acordos de comércio livre".

Há que dar cabo do planeta e ir aldrabando a sorrir. Os nossos filhos podem vir a ser o que quiserem, só têm é que se despachar, o planeta ameaça dar o berro.