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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Marques Mendes sai em defesa da ditadura


por João Mendes

Já aqui contei o episódio em que vivi o meu primeiro contacto directo com o regime totalitário da Geringonça. Já tinha ouvido falar nele, achei que fosse truque da imprensa portuguesa, até que finalmente me cruzei com eles no supermercado. Ainda não recuperei.

Os tentáculos esquerdalho-feminista-venezuelanos continuam a expandir-se a uma velocidade impressionante, comendo tudo, perante a apatia e a indiferença generalizadas. Já poucos são aqueles que resistem, e hoje é um dia muito triste para todos eles. Perderam (oficialmente) um dos seus.  Ler mais deste artigo

domingo, 20 de agosto de 2017

Marques Mendes e o fogo


por estatuadesal
(Por Dieter Dillinger, in Facebook, 20/08/2017)
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(Vão todos de férias, mas o Mendes até comenta de calções de banho se preciso for. É que deve receber "à peça" e uma semana sem comentar eram uns milhares de euros a menos na conta bancária... - Estátua de Sal, 20-08-2017)

O pequenito Marques Mendes fez uns gráficos para dizer mal de Portugal, comparando áreas incendiadas com a Grécia, Itália, França e Espanha, esquecendo que nos últimos 50 anos ou mais sempre houve fogo no verão em Portugal.
O palerma não conhece a geografia desses países que é bem diferente da portuguesa.
Por acaso tenho visto o pequenito de calções no local em que estou de féria e estamos perto da Andaluzia. Não sei se o gajo foi alguma vez a Granada, Cordoba, El Egido, Almeria, etc. O que se vê aí? Áreas agrestes sem grandes florestas e na Andaluzia onde há mais arvoredo como no Parque Natural de Donana também ardeu.
Quem vai a Madrid e atravessa de carro a região de Castela e conhece também Castela La Mancha encontra muita aridez. O mesmo sucede na Grécia que até de avião vemos o vasto Peloponeso sem árvores e andei pelas ilhas e muitas zonas só vi mesmo zonas arborizadas no Norte da Grécia.
Em França, tenho-a atravessado muitras vezes de carro a caminho da Alemanha e Suíça e apanhei com chuvadas enormes em Agosto. Só mesmo no sul na Cote d'Azur e perto S. Tropez é que há calor e floresta e também ardeu.
O Marques Mendes é mesmo BURRO e não faz ideia da geografia europeia. Se colocasse a Alemanha via que não arde nada porque chove quase sempre no verão como acontece em todos os países do norte.
Ele nunca se perguntou a si mesmo porque razão o Alentejo quase não arde? Porque é bastante árido, apesar de ser bem menos que a Andaluzia.
Portugal tornou-se artificialmente um país de floresta desde que o governo de Hintze Ribeiro no fim do Século XIX iniciou uma vasto programa de florestação que foi continuado por todos os regimes e governos até hoje.
Já aqui escrevi que quando era criança, o Parque do Monsanto todo arborizado não existia. Aquilo era tudo terra e calhaus.Hoje é uma imensa e bonita floresta que não tem ardida porque há lá sempre muita gente e é difícil lançar fogo. Mesmo à noite um indivíduo que se se meta no meio dessas árvores não sabe se há alguns pares por lá escondidos que acabam por ver o que o incendiártio fez.
D. Diniz mandou plantar o pinhal de Leiria e durante os descobrimentos e até aparecer o navio de ferro, Portugal teve muitos pinhais e consumiu muito, tanto na construção naval como nos fogões de cozinha e lareiras. Só nos últimos 50 anos é que a situação mudou com o abandono das aldeias que é um fenómeno global por a nossa civilização se ter orientado para a indústria e serviços e a máquina acabou com o trabalho "escravo" na agricultura.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

INE diz que Marques Mendes fez “falsa antecipação grave” de dados

Comentador disse saber que INE irá divulgar na próxima sexta-feira um desemprego de 9,4% em Maio. INE não gostou e garante que esse resultado até já tinha sido publicado.


PÚBLICO
24 de Julho de 2017, 13:56

INE diz que Marques Mendes pode colocar em causa confiança da população na instituição
Foto JOÃO HENRIQUES

INE diz que Marques Mendes pode colocar em causa confiança da população na instituição.
Já se vem tornando num hábito ao longo dos últimos meses. No seu programa de comentário na SIC, Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD, afirma ter conhecimento de dados que o INE irá publicar no futuro sobre a economia portuguesa, seja sobre o PIB, o desemprego ou o défice orçamental. Este domingo, o comentador fez o mesmo, mas desta fez o INE respondeu em comunicado.
Na SIC Marques Mendes afirmou que dos 9,5% registados em Abril, a taxa de desemprego “vai baixar para 9,4%” em Maio, garantindo que estes “são resultados que o INE vai divulgar oportunamente”. “Ainda não é conhecido, mas vai divulgar”, disse.
O INE, que em ocasiões anteriores tinha preferido não responder directamente, reagiu esta segunda-feira na forma de um comunicado. A autoridade estatística nacional diz que aquilo que Marques Mendes fez foi uma “falsa antecipação”, explicando que nos dados mensais do desemprego publicados há um mês se avançou, não só com o número definitivo para Abril, como com os 9,4% provisórios para Maio. “"Luís Marques Mendes não antecipou este resultado do INE. O resultado já tinha sido publicado!", diz o comunicado.
Mesmo uma eventual confirmação deste valor não seria possível nesta fase, garantem os responsáveis do INE, já que a estimativa definitiva para Maio será divulgada na sexta-feira e apenas esta segunda-feira se iniciou o trabalho de apuramento destas estatísticas. O INE afirma que é “materialmente impossível qualquer conhecimento prévio dos resultados”.
Para o INE, “esta falsa antecipação é grave na medida em que se pode gerar na opinião pública a ideia que Luís Marques Mendes tenha qualquer privilégio de acesso antecipado às estatísticas oficiais do INE, o que não sucede", algo que pode "afectar negativamente a confiança da opinião pública sobre a forma como o INE exerce a sua missão de serviço público".
Comentador disse saber que INE irá divulgar na próxima sexta-feira um desemprego de 9,4% em Maio. INE não gostou e garante que esse resultado até já tinha sido publicado.

Recebido no meu Twitter @alvaroteixeira

domingo, 21 de maio de 2017

O MendesLeaks por estatuadesal

 

 

(In Blog O Jumento, 15/05/2017)
noia
Compreende-se a elegância com que António Costa ignora o papel que tem vindo a desempenhar desde que Marques Mendes assumiu as funções de “Garganta Funda” de Pedro Passos Coelho. No governo de Passos, Marques Mendes assumiu as funções de informador não oficial do governo, divulgando aquilo que convinha a Passos que fosse Marques Mendes a comunicar.
Com o fim do governo de Passos Coelho seria de esperar que Marques Mendes não sobrevivesse enquanto comentador. Seria de esperar que que tivesse menos acesso à informação, passando a ter que se esforçar para opinar com qualidade os acontecimentos do dia a dia. Mas Marques Mendes estava tão habituado ao papel de bisbilhoteira nacional, que lhe dava tanto destaque, que não desistiu do papel.
Perdendo as funções de bisbilhoteira oficial do regime parece que Marques Mendes se transformou numa espécie de MendesLeaks, o TugaLeakes ao serviço da direita. Não faltam no poder ilhas do PSD com acesso a informação confidencial que Marques Mendes usa em proveito da sua imagem e em benefício da direita. O esquema das nomeações por concurso permitiu ao PSD ter antenas em grande parte dos serviços do Estado, desde a REPER em Bruxelas até à mais modesta Direção Geral. Não se sabe muito bem o que ganham os que confidenciam a Marques Mendes o que é suposto ser confidencial, mas sabemos que o tráfico da informação confidencial do Estado proporciona grandes lucros a Marques Mendes; desde logo os honorários que a SIC lhe paga, bem como os benefícios indiretos proporcionados pelo poder que o estatuto lhe confere.
Quando o MendesLeaks torna pública a proposta feita pelo BdP em relação à venda do Novo Banco, ou quando antecipa dados estatísticos do INE Marques Mendes viola todos os princípios. Mas o governo é obrigado a ignorar o trabalho sujo do Conselheiro de Estado, se mexer um dedo cai o Carmo e a Trindade, surgirão as queixas de asfixia democrática e não seria de admirar se Marques Mendes pedisse para ser recebido pelo residente da República, para se queixar da perseguição do governo das perigosas esquerdas.
Já o que pensa Marcelo Rebelo de Sousa sobre o papel estranho que o seu conselheiro desempenha em prol do apodrecimento do sistema político deverá ser só da sua conta. Isso não deixa de ser estranho, já que parece que a Presidência da República é a única instituição nacional que se escapa à rede de informadores do MendesLeaks. Só Deus sabe se é Marques Mendes que se abstém de bufar as informações confidenciais da Presidência da República ou se o faz por pensar que dessa forma não prejudica o Presidente.
Imagino que este país é um Estado de direito e que a divulgação de matérias que deveriam ser mantidas em segredo, até que fossem divulgadas pelas entidades competentes, constitui matéria que pode violar alguma lei. A questão está em saber se Marques Mendes pode manter a sua MendesLeaks em total impunidade e perante a passividade de todos os órgãos de soberania, como se qualquer badameco pudesse transformar o Estado num passador de informação.
 
Ovar, 21 de Maio de 2017
Álvaro Teixeira

domingo, 14 de maio de 2017

O SUICÍDIO DO PSD (estatuadesal)

 

(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 13/05/2017)
Autor
      Clara Ferreira Alves
Parece que o primeiro-ministro, António Costa, vê sol nos dias de chuva. Vindas do Presidente, um homem que toma banho de mar no inverno e com a água a 12 graus, estas palavras têm graça. É um pouco como aquela deliciosa expressão portuguesa, diz o roto ao nu… Para os eternos pessimistas como eu, que veem a chuva que há de vir quando o sol brilha, um otimista é uma bênção. Por trás deste otimismo escondem-se coisas mais graves que desaguam numa conclusão dura. Esta coligação de esquerda, esta estranhíssima aliança entre europeístas e antieuropeístas, entre radicais e moderados, entre socialistas, bloquistas e comunistas, entre dois partidos que passaram uma boa parte da sua existência a combater o desvio capitalista (uma mania típica do esquerdismo) de um partido do centro do sistema, tem funcionado. E não só tem funcionado como tem dado resultados, embora se saiba que com outro presidente não funcionaria assim. Estou à vontade para escrever isto porque não gostei desta aliança e desconfiei dela. Ou por outra, nunca acreditei que pudesse governar com eficácia e préstimo. Governa. E tenho a certeza que muito do mérito vem da figura do primeiro-ministro, um homem que sabe de política e sabe o valor de negociar em política.
A direita, que não pode ver um António Costa que julga ser o usurpador do que lhe pertencia por direito consuetudinário, está furiosa e desorientada. A direita tem de perceber que parte substancial da responsabilidade do sucesso da esquerda também é sua. Não se consegue imaginar uma oposição mais desastrada, casuística, empírica, magra na retórica e esquelética no pragmatismo, do que a que Passos Coelho e os seus homens têm feito, dentro e fora do Parlamento. Muitas vezes, o discurso da oposição é teorizado por jornalistas e analistas, incluindo o porta-voz Marques Mendes, ou por um discurso vindo das esquerdas à esquerda do PS, enquanto os sociais-democratas se enredam no complexo do mau perdedor. Depois de mim o dilúvio? Sabe-se no que deu.
Em política, saber perder é mais importante do que saber ganhar. Passos Coelho teve um papel ingrato à frente do país numa fase histórica em que tivemos de pedir dinheiro emprestado e tivemos de ser castigados por isso. O erro fatal foi o de não só considerar que o castigo era bom para Portugal como a austeridade era necessária para reformar e purificar os pecados dos portugueses a viverem acima das suas possibilidades. Sabemos agora, por algumas investigações criminais, quem é que andava a viver acima das suas possibilidades, e não eram os pobres portugueses. Na frase imortal do ex-ministro Miguel Macedo, também ele indiciado por crime, o “país das cigarras” não era o dos pequenos funcionários públicos ou dos detentores de benefícios sociais como o rendimento mínimo. O país das cigarras era o dos banqueiros insolventes e falidos e dos altos quadros políticos do Estado sufragados pelo partido ou a nomeação. Passos Coelho pronunciou alguns dos discursos mais desastrados do ponto de vista político que alguém pode pronunciar, enredado na mania da verdade que tem de ser dita. E não levantou um dedo contra o tráfico das suas clientelas, que imediatamente tomaram posse dos grandes negócios do Estado e da venda do Estado. Enquanto Cavaco Silva foi Presidente isto passava, com a ajuda dos prosélitos da austeridade virtuosa, entretanto silenciados (ajudaram à vitória eleitoral não maioritária da coligação de direita). Quando Cavaco saiu, deixou de passar. Cavaco saiu com a popularidade de rastos, e Passos Coelho ficou para a história como o rosto severo dos anos da crise, da miséria e da perda de soberania. A pose de Passos e Maria Luís face à Alemanha era embaraçosa e escondia um desejo pouco patriótico de fazer a vontade ao patrão. Chamava-se a isto, antigamente, ser lambe-botas. Os portugueses não esqueceram. Nem toda a gente morre de amores por Costa e amigos, mas não esqueceram.
O PSD tem de arranjar um novo chefe e como o aparelho está inevitavelmente colado a Passos, e à remota possibilidade de Passos vir a reocupar o poder, não cede. Nenhuma ideologia preside a tais manobras. Trata-se de darwinismo político, luta pela sobrevivência, oportunismo e ganância. Com uns pós de ressentimento e vingança. Ora, a vingança sobre os portugueses tem péssimos resultados. É pior do que granizo depois de um dia de sol. O PSD tem de arranjar um pensamento e uma inteligência ou será comido vivo pela esquerda.
A Europa é uma questão interessante e nem um pio saiu do PSD, nestes últimos tempos, que sirva para um módico de reflexão. O partido está parado, paralisado no ódio a Marcelo e a Costa e entretido com a politiquice. Sem outro PSD, as reformas de que o país necessita jamais serão feitas. E sem outro PSD, António Costa não tem com quem conversar à direita e fica ainda mais refém da esquerda. O facto de Passos não entender isto não é teimosia. É suicídio.
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Ovar, 14 de maio de 2017
Álvaro Teixeira