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sexta-feira, 17 de novembro de 2017
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Eles comem tudo
É por isso que o Orçamento do Estado para 2018 nos deve merecer censura, porque, uma vez mais, as suas medidas dirigem-se não para a vanguarda dinâmica de Portugal, mas principalmente para a sua face mais conservadora e estática. O país muda, a política não. O país olha para a frente, e o Governo reproduz estratégias do passado. O Orçamento de 2018 é anti-web, anti-inovação e antimodernidade, nada faz por criar as condições que a Web Summit exalta. (...) Num ano de folga, em que em cima da mesa está a aposta na Web ou no Panteão, o Governo apostou no segundo.
Manuel de Carvalho, O país na Web do Panteão, Público.
O jornalista do Público confirma por palavras uma das capas mais ideológicas deste jornal. Só que onde antes estava um porquinho-mealheiro, coloquem agora um pobre empreendedor perseguido pelas estrelas, foices e martelos, os espectros que sintomaticamente atormentam. É neste delírio ideológico que estamos, nem sequer reparando que se há sector que nesta lógica económico-política perversa faria parte do tal país antimoderno, da sua face conservadora, seria o dos jornais. Na realidade, é uma das vítimas da predação efectuada por multinacionais que se escondem por detrás da fraude ideológica do empreendedorismo de garagem num contexto de ameaça de estagnação secular no capitalismo maduro.
A tal vanguarda, conceito perigosamente revolucionário formulado por um Manuel Carvalho regressado da Rússia, quer o quê? A uberização sem fim das relação laborais e uma fiscalidade ainda mais regressiva, em modo Macron na periferia, ou seja, de troika? O desmantelamento da segurança social e dos serviços públicos, substituídos por sorteios de rendimentos básicos incondicionais e outras palhaçadas? E para quê? Para assim criar novas crises de procura, desequilíbrios de poder que não geram incentivos para a inovação decente, mas sim para que os ricos não saibam o que fazer ao dinheiro, a não ser lançá-lo na especulação financeira e imobiliária?
Enfim, toda esta agitação ideológica no final do artigo é por causa de um modesto orçamento, dentro do colete-de-forças europeu e que, portanto, não pode dar resposta a muitos problemas de um país sem instrumentos decentes de política industrial, de crédito ou cambial. Mas que ainda assim permite um aumento ligeiro de rendimentos aos pensionistas, aos funcionários públicos e a outros sectores das classes médias e populares realmente existentes, a continuação da esperança num país menos brutalmente desigual. Imaginem o que esta gente não faria se se fosse ainda mais longe, por um caminho de desenvolvimento soberano e inclusivo?
Finalmente, sublinhemos que se há nesta periferia algumas ilhas de modernidade económica e social, estas estão também nas, foram criadas pelas, instituições, investimentos e apoios públicos em sectores que vão da saúde, à educação, passando pela ciência ou pelas telecomunicações. Não chega, claro.
Brincadeiras*
Brincadeiras*
- Eduardo Louro
- 17.11.17
A indignação voltou a tomar conta do país, seguindo aquilo a que já poderíamos chamar os trâmites do costume. Tudo começou nas redes sociais, afinal o local onde hoje tudo começa, para depois passar para os mais altos representantes do poder: o Presidente da República e o primeiro-ministro.
Nestes trâmites costuma ser mesmo essa a ordem: primeiro chega sempre o presidente, e depois lá vem o primeiro-ministro.
Desta vez – e estou a referir-me, como não podia deixar de ser, ao celebérrimo repasto no Panteão Nacional de Santa Engrácia – António Costa, farto de ser segundo, de chegar sempre atrás de Marcelo, deu à perna e chegou primeiro. Desconfio que o presidente estaria ainda entretido a arranjar madrinha para os portugueses. Não fosse isso, e teria conseguido, também desta vez, chegar à frente.
Marcelo consegue ler 40 livros ao mesmo tempo, ver 10 filmes e ler 10 livros numa noite e ainda dormir três horas, mas não consegue – ainda, talvez lá chegue dentro de pouco tempo – arranjar madrinha e indignar-se ao mesmo tempo.
Pode parecer uma brincadeira, mas é um retrato do país. E um país que é uma brincadeira, só pode ter um retrato destes.
A indignação foi tal que ninguém se indignou com a brincadeira. Nem com a madrinha com que Marcelo quis brincar com a malta!
Sim. Só pode ter sido por brincadeira, pelo tal lado traquina do irrequieto Marcelo, já cansado de se portar bem.
Ministério Público investiga director-geral do FC Porto devido a suspeitas de “corrupção ativa”
Esta não é a primeira vez que o nome de Luís Gonçalves surge associado a suspeitas de corrupção e pressão sobre os árbitros
14.11.2017 ÀS 8H04
Luís Gonçalves, director-geral do FC Porto, está a ser investigado pelo Ministério Público devido a suspeitas de “corrupção ativa na atividade desportiva”, avança o “Correio da Manhã” esta terça-feira.
Pelo que apurou o matutino, no processo 1895/17.4T9BRG - o de Luís Gonçalves -consta, entre outros documentos, uma carta enviada pela procuradora-adjunta Nélia da Conceição Teixeira Alves, da Comarca de Braga, à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no passado dia 27 de outubro.
O Ministério Público solicitou à FPF documentos relacionados com o jogo Sporting de Braga–FC Porto (Liga, 1-1), da época passada, disputado a 15 de abril, pois “considera-os imprescindíveis” para as averiguações em curso.
Segundo o “CM”, esses documentos são relativos à nomeação dos árbitros dessa jornada, o relatório do árbitro Hugo Miguel, que orientou o jogo entre o FC Porto e o Braga, e o mapa de castigos dessa mesma jornada.
Nesse encontro, lembremos, o diretor-geral do FC Porto foi suspenso pelo Conselho de Disciplina da FPF por 30 dias, com base no relatório do árbitro Hugo Miguel.
Luís Gonçalves foi expulso após o fim do jogo, por ter ameaçado o quarto árbitro, Tiago Antunes. “Nós sabíamos o que vinhas tu para aqui fazer, nós vamos conversar mais tarde, a tua carreira vai ser curta”, atirou Luís Gonçalves.
No final da época passada, Tiago Antunes acabou mesmo por ser despromovido de categoria - motivo pelo qual o Ministério Público terá aberto uma investigação.
Na carta enviada à FPF, o MP requereu as classificações dos árbitros na época passada e as notas obtidas por Tiago Antunes em cada um dos jogos em que participou.
Esta não é a primeira vez que o nome de Luís Gonçalves surge associado a suspeitas de corrupção e pressão sobre os árbitros.
Ainda na segunda-feira, o Benfica tinha lançado novas suspeitas sobre Luís Gonçalves por este ter dirigido ameaças contra as equipas de arbitragem dos jogos com o Boavista e o Leixões.
“Luís Gonçalves volta atacar. Investigado pelo Ministério Público por ameaças ao árbitro Tiago Antunes soube-se agora de novas ameaças à equipa de arbitragem no túnel do Bessa no intervalo do último Boavista - FC Porto. Já com o Leixões, na foto, foram várias as ameaças... ao quarto árbitro. O clima de coacção tem de acabar”, lê-se no Twitter da direção de comunicação da equipa da Luz.
A conta é fechada, mas o “Record “teve acesso à mensagem e divulgou o seu conteúdo.
O Maior Incêndio de sempre em Portugal não Interessa à Justiça
O crime compensou à oposição e ao próprio PR que fez muita "relação pública" com o mesmo, quase que chorando com familiares das vítimas e a exigir a pronta indemnização de toda a gente que sofreu. O objetivo do fogo foi, sem dúvida, tentar evitar a saída da crise financeira e obrigar que nós, os contribuintes, paguemos muitos milhões pelos estragos para que a velha Teodora possa "avisar" que as finanças públicas não estão bem.
Curiosamente, vimos um dos jovens do observatório dos bombeiros dizer que viu fumo que ainda não era fogo. Rapaz! Não há fumo sem fogo.