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domingo, 25 de setembro de 2016

Entre o golpe e a palavra em suspenso


Entre o golpe e a palavra em suspenso


(Por Rosemberg Cariry, in Blog OutrasPalavras, 24/09/2016)

boi

Nota: Depois de ler o texto abaixo, e rememorando mentalmente a lista de atrocidades que ele elenca, a conclusão que me assomou ao espírito foi só esta: se o capitalismo for o melhor sistema económico que a Humanidade consegue por em marcha, não conseguindo implementar outro que seja mais eficiente, a Humanidade não tem futuro e o homem é uma espécie animal em vias de extinção a prazo não muito longo.

(Estátua de Sal).




Há momento em que o desânimo chega, e, diante de um mundo que se desfaz, a necrofilia triunfa como bandeira do grande mercado, e a ideologia da direita e do neoliberalismo triunfam ante a fraqueza e os erros dos homens de bem. De que valeram todas as lutas dos trabalhadores pelas significações do trabalho e da vida? De que valeram todas as lutas pela libertação da mulher? De que valeram todas as lutas contra as intolerâncias e os racismos? De que valeram os sangues derramados por todas as bandeiras da justiça, se o que hoje vemos é o triunfo do ódio, da ganância capitalista, da guerra, da violência e da morte? De que valeram os milhares de sacrificados se, por fim, triunfou a estupidez, a intolerância, o fundamentalismo, seja ele da Bolsa de Valores, do Grande Mercado, da Grande Imprensa, do Estado Islâmico ou das Igrejas Neopentecostais que pregam as novas cruzadas, as novas guerras religiosas, em nome de um Deus capitalista e insensível aos direitos humanos, à diversidade cultural e às liberdades básicas dos povos?

Em momentos assim, o desejo é calar, é reconhecer a derrota. Mas, se olhamos a história, não podemos calar. É preciso lembrar que o capitalismo nascente usava mulheres trabalhando nos teares 18 horas por dia, por um salário de fome. Crianças de apenas cinco anos eram usadas nas minas, para atingir os buracos mais estreitos, onde não chegavam nem mesmo os mineiros mais magros. O tempo médio de vida-uso dessas crianças? Dois a três anos. Contra o capitalismo, Jonathan Swift escreveu uma sátira devastadora na época, intitulada Uma modesta proposta para prevenir que, na Irlanda, as crianças dos pobres sejam um fardo para os pais ou para o país, e para as tornar benéficas para a República. A obra propõe aos grandes capitalistas europeus que mais produtivo e eficiente seria a engorda dessas crianças e a industrialização das suas carnes macias para fazer salsichas. Afinal, não só importava o lucro? Na computação dos lucros, que importava mesmo a morte desses pequenos escravos? Se morriam milhares, esgotados pela exploração patronal, outros milhares os substituíam. Tudo em nome do lucro e do progresso. As empresas de comunicação, caso dos jornais, no início do século XX, exploravam crianças miseráveis até os últimos centavos, nas vendas avulsas, pelas ruas. Houve registros até de uma greve de crianças contra o trabalho escravo imposto pelos jornais (que se consideravam as “trombetas” da liberdade – para os burgueses, mas se esqueciam de dizer que escravizavam crianças).

As primeiras greves foram recebidas com balas, a Comuna de Paris foi recebida com balas, a ideia da liberdade foi recebida com bala. Tudo em nome do lucro e da ordem. A fome e a miséria das massas eram “condições naturais”, e quem se erguesse contra esse estado de coisas era assassinado. Por isso, cada pequena conquista social, cada pequena conquista do espírito, cada pequeno avanço na humanização do homem, custou centenas de milhares de mortos, milhares de milhões. A razão burguesa, baseada na legenda positivista da ordem e do progresso, marcharia sobre os povos e estabeleceria os colonialismos com suas devastações étnicas, culturais e ecológicas ilimitadas. Diziam os capitalistas que a humanidade caminhava em linha reta, subindo as escadas da evolução. No topo da pirâmide (da evolução), estavam, claro, os homens brancos, burgueses, capitalistas. Enquanto isso, no mundo, estabelecia-se o horror, de forma tão assombrosa que, apenas no século XX, as guerras capitalistas geraram mais de trezentos milhões de mortos. Se na grande exposição de Paris (em 1900) comemorava-se o apogeu da razão e da técnica – com os trens cortando os continentes e os navios a vapor cortando os mares, o telégrafo ligando os povos, e a psicanálise desvendando a alma do homem – os demônios que dormiam nos porões do inconsciente preparavam-se para reinar na nova era das devastações.

Não tardaria a eclodir a I Grande Guerra Mundial – um exemplo tenebroso da capacidade destrutiva do ser humano. Nenhum profeta do velho testamento foi capaz de imaginar um inferno de tamanho horror. Nas trincheiras, milhões de homens apodreciam na lama fétida, entre ratos e podridões. Entre gases, balas e o vazio das filosofias, o mundo esfacelou-se, e a razão burguesa mostrou a sua face necrófila. A Segunda Grande Guerra não passaria de um ato contínuo daquela primeira guerra, após breve intervalo. Os horrores de hoje alimentam-se dos horrores desse passado, mesmo que sejam bem mais sofisticadas as tecnologias e mais numerosas as mortes. Sem a mediação da ética, dominada pelo mercado, cada vez mais, a ciência mostra-se ao lado do lucro e da morte. O genocídio concentracionário nazifascista não é uma exceção na construção da modernidade, antes é um experimento biopolítico (conceito de Foucault) posto em prática pela modernidade. Os experimentos realizados nos campos-da-morte continuam a ser usados pela ciência, pela comunicação, pela política, pela psicologia de massas, pela economia neoliberal e globalizada, sob outros rótulos e outros pretextos políticos, econômicos e científicos. Inclusive no discurso cego da eficiência, da hierarquia e da ordem. O “socialismo real”, que tentou seguir o modelo de um capitalismo de estado, fracassou diante dos mesmos horrores.

Hoje, vemos o mundo estilhaçado. Como diziam os velhos Marx e Engels: “Tudo que é sólido se desmancha no ar”. Essa percepção da tragédia que ameaça toda a humanidade em nada evita que o capitalismo em crise continue em busca de mercados para as suas armas, envenene os alimentos, a terra e as águas com seus agrotóxicos, empurrando milhões de seres humanos (mais de dois terços da humanidade) para a mais completa ruína e degradação. Todo esse desastre é bem louvado na grande imprensa (em nome do grande deus-mercado), recebe as benesses dos intelectuais a serviço da ideologia da dominação, é alimentado por políticos que beiram a insanidade. Os bancos e as bolsas de valores comemoram os lucros de uma economia que se desligou do homem e do destino da humanidade, a tudo aprisionando e degradando. Tudo o que disso discorda passa a ser visto como retrógrado, marginal, subversivo, perigoso. “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” (Brecht).

Olhando esse quadro de ruínas, que mais se completa com a destruição dos estados e das nações (inclusive a brasileira, com o desastre do governo Temer), pode vir o desânimo. No entanto, é nesse momento que devemos encontrar em nós mesmos a melhor força, a chama acesa da esperança, a utopia da construção de um mundo de maior justiça e solidariedade, e, junto com os que não se renderam, continuar a luta necessária. Se ser homem é um projeto em construção, o verdadeiro humanismo só virá com a afirmação da liberdade, da solidariedade, da espiritualidade, do triunfo da poesia sobre a brutalidade do capitalismo e do processo de globalização dos mercados. Um humanismo que compreenda que o planeta Terra foi feito para a vida de todas as espécies e que só o equilíbrio da natureza pode garantir o futuro. Sim, é preciso afirmar a vida, apesar dos conglomerados-multinacionais-de-comunicação (indústrias perversas de manipulação de consciências), banqueiros, empresários, corporações e biopolíticas neofascistas, postos em movimento, com suas pulsões de destruição e de morte.

Vejamos o que acontece com a nossa infância… Dezenas de milhares de crianças e jovens pobres – a maioria de ascendência afro-brasileira – são assassinadas por policiais, pelo tráfico e pelas organizações criminosas, nas periferias das grandes cidades, sem que nada seja feito. O que nos revela um verdadeiro genocídio! Em vez de mais presídios e redução da maioridade penal, deveríamos ter mais escolas, cultura, esportes, artes e condições de vida dignas. As favelas precisam se libertar do fardo das misérias herdadas das senzalas, nesse país que mantém ainda uma elite de espírito escravagista, que perpetua a tirania e os desrespeito aos mais elementares direitos humanos. A situação em todo o mundo não é menos grave, temos mais de vinte milhões de crianças em situação de refugiados e muitos outros milhões padecem de fome, de doenças, de violências e de misérias crônicas.

A situação também é terrível para os nossos índios que são assassinados, brutalizados, alcoolizados, contaminados, prostituídos, expulsos de suas terras pelo agronegócio, pelas madeireiras, pelas mineradoras, pelos bancos, pelas multinacionais. Toda essa economia de commodities, voltada para a exportação, tem por meta transformar o Brasil numa neocolônia, produtora da monocultura da soja, assim como nos séculos XVIII e XIX, fomos a colônia exportadora do açúcar ou do café. Triste destino. Só quem viajou por 150 quilômetros de plantações de soja, situadas no coração do cerrado devastado, pode compreender a tragédia que se anuncia.

A violência contra a mulher atinge índices insuportáveis até mesmo para a mais perversa das sociedades. Uma onda misógina toma conta do país. No entanto, aí estão os novos donos dos poderes, com apoio do Congresso Nacional, incentivando o preconceito contra a mulher, dando golpes contra a democracia, cortando as verbas dos programas sociais, acabando com as escolas públicas e os programas de cultura e de pesquisas, subsidiando o agronegócio e as mineradoras, militarizando a vida, criminalizando a pobreza, cercando as favelas, incentivando o trabalho escravo, matando os índios e dizimando a infância pobre. Se nos calarmos, voltaremos a trabalhar 18 horas por dia, com salários de misérias? Seremos condenados a nos aposentar com 70 anos ou mais, recebendo metade um salário mínimo, se sobrevivermos à dura exploração, às doenças, às químicas alimentares e aos agrotóxicos? Diante de tão grandes ameaças, estaremos condenados a não mais pensar?

Calar ou não calar é uma questão de vida e morte. Se não falamos estamos condenados, se falamos estaremos, da mesma forma, condenados pelas represálias que virão. O que fazer então? Como resposta, lembro um trecho de um poema de Torquato Neto: “Leve um homem e um boi ao matadouro o que berrar primeiro é o homem, mesmo que seja o boi”. Assim, haverá sempre um homem berrando, um discurso feito para os peixes ou um profeta pregando no deserto.

Ovar, 25 de Setembro 2016
Álvaro Teixeira

domingo, 18 de setembro de 2016

Pairam nuvens negras sobre a União Europeia

No meu artigo anterior já previa que nada de bom saísse da Cimeira de Bratislava, mas o que saiu foi ainda bem pior.
Mais uma vez se provou que esta gente se comporta como baratas tontas que andam às voltas, mas não saem do mesmo sítio.
O que disseram a srª. Merkel e o sr. Hollande foram palavras redondas e que o eixo franco-alemão irão aprofundar, direi afundar, ainda mais a coesão da União Europeia, tomando em conta o Brexit.
Como é que estes dois governantes irão fazer aquilo que afirmaram, quando Hollande, com eleições na França já nos primeiros meses do próximo ano e tem uma taxa de aprovação de cerca de 20% e a chanceler Merkel acaba, ainda hoje, de sofrer uma pesadíssima derrota nas eleições Berlim?
Como é nos podem prometer reformas no funcionamento da União Europeia, se a credibilidade nos seus países anda pelas ruas da amargura?
E o mais caricato é que disseram que irão apresentar o plano conjunto em Março do próximo ano, como se não fosse urgente resolver as situações ou os problemas com que nos confrontamos todos os dias.


                                                                                  Matteo Renzi
O sr. Matteo Renzi, primeiro ministro da Itália, não compareceu na conferência de imprensa, alegando, entre outras coisas que os problemas da Europa não se resolveram com a austeridade, que não deve continuar e deu, como exemplo o caso dos EUA, que foi com o desapertar do cinto que a América aumentou o seu crescimento económico.
E para a cereja em cima do bolo, lá apareceu o grupo de Visegrado, ou V4 (Hungria, República Checa, Eslováquia e Polónia) a anunciar que irá vetar todos os acordos entre o UK e a UE, para dar sequência ao Brexit. Devo referir, porque é pertinente, que estes quatro países estão a ser governados por partidos da extrema direita que estão a crescer desmesuradamente por toda a Europa.

O céu da Europa está com cor de chumbo. Espero que não desabe como uma tempestade incontrolável, embora estejam a ser criadas todas as condições para que isso aconteça.

Ovar, 18 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

UNIÃO EUROPEIA - O Início da Erosão?

Há muitos anos que fomos alimentados por um projeto (ou uma ideia) de uma união de países que decidiram unir-se, para evitar mais uma horrorosa guerra mortífera e destruidora, como foi a Segunda Guerra Mundial.
Os pensadores e fundadores deste projeto tiveram sempre em mente a solidariedade, a liberdade, prosperidade e construção de uma zona de paz e que viessem a usufruir da prosperidade dos seus ideais.
Tudo correu bem até à altura em que homens ilustres como François Mitterrand, Helmult Khol, Jaques Delors, Oloff Palm, entre outros, baseados nos ideais socialistas e democrata-cristãos deixaram, uns pela sua idade e outros pelo seu desaparecimento do mundo dos vivos, foram sendo substituídos pessoas que deixaram de se rever nos fundamentos para a criação da Comunidade Económica Europeia e foram, passo a passo, criando um monstro e incluir países que, até à sua inclusão, nunca deram mostras de se poderem integrar numa verdadeira comunidade solidária, livre, envolvida no desenvolvimento das suas populações e de uma zona de paz que fosse um exemplo para todo o mundo.

François Miterrand - Helmut Kholl - Olof Palme - Jaques Delors


A Alemanha de Merkel e a França de Sarkozy abriram a as portas a todos os países que quisessem entrar no “Grupo”, para defenderem os seus interesses e aumentarem o seu poder sobre os novos membros.
Agora estamos a assistir ao princípio da “erosão” daquilo que os seus fundadores imaginaram como um “paraíso na terra”.
O Brexit está confirmado e o Grupo de Visegrado tem-se vindo a afastar dos princípios democráticos, elegendo governos que perfilham pensamentos de extrema-direita.

Hoje decorre em Bratislava, na Eslováquia, uma cimeira da União Europeia da qual não espero grandes notícias.
Amanhã voltarei a escrever sobre este tema.

Ovar, 16 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Vidente de Massamá




Não deve ser fácil ser líder da oposição sem ter um projecto ou propostas, apostando apenas numa calamidade pública, nas divergências dentro da geringonça ou esperando por uma zanga entre Costa e Marcelo. Passos perdeu quase um ano a digerir a derrota, começou com a pantomina do primeiro-ministro no exílio, a que se seguiu um quase desaparecimento e regressa agora armado em vidente.
Passos está tão convencido que sem si no poder só acontecerão desgraças que se transformou numa espécie de Vidente de Massamá. Passos chegou ao poder graças a uma crise financeira, exerceu esse poder sem limites contando com a chantagem externa e parece apostado em que se repitam essas circunstâncias. O presidente da Comissão Europeia mudou, o BCE mudou de política, o líder do PS mudou, a residência da República mudou, mas Passos recusa-se a mudar, lembrando a senhora que descobriu que o seu rebento era o único com o passo certo na parada do juramento de bandeiras.
Passos não tem qualquer programa e mesmo sabendo que Marcelo nunca lhe permitira governar à margem da Constituição e que um PS liderado por António Costa não alinharia nas suas políticas como sucedeu com Seguro, insiste nas suas soluções extremistas.
Passos parece estar a perder a noção da realidade e o seu discurso começa a assemelhar-.se ao de alguém que bateu com a cabeça nalgum lado. Num dia diz que os investidores só voltarão a Portugal com ele no poder, no outro arma-se em analista de execuções orçamentais e só vê desgraças e até já lhe deu ara fazer adivinhações com dois meses de antecedência.
Em vez de ideias Passos prefere mostrar o estado da sua cabeça e começa a ser óbvio que este ano que passou não lhe fez muito bem, começa a evidenciar sinais de loucura, a perder consciência da realidade. Esta nova versão de Passos, a do Vidente de Massamá não promete nada de bom e até parece que o líder do PSD adivinhou a sua própria desgraça.

De blog O Jumento - 29/08/2016


Ovar, 29 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira




sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O nosso mundo está a mudar (para pior ou para melhor)?


Não há dúvidas que o nosso Mundo está a mudar, diria que, à velocidade da luz.
Uma mudança boa foi a paz conseguida foi a paz conseguida, ontem, na Colômbia, após 53 anos de guerra e, talvez mais importante do que isso tudo, será o fim do tráfico de drogas de que se alimentavam ambos os beligerantes. Não tenhamos dúvidas que numa guerra, onde há, sempre, vencidos e vencedores, há, também, quem de ambos os lados ganhe com nessa guerra, independentemente do lado em que se encontra.


Bandeira da Colômbia
Se esta paz for para durar, ganhará o povo da Colômbia e perderão todos aqueles que se aproveitaram desta guerra para construírem fortunas com esse maldito negocio da droga.
Desejo que este acordo conseguido seja para durar, porque 53 anos de guerra são imensos anos que irão marcar gerações.
Os meus parabéns a todos os colombianos que trabalharam para se chegar a uma solução.

Do lado de cá do nosso mundo parece que há cada vez mais vulcões a lançarem lava.
Na Turquia continuam as prisões a serem esvaziadas de presos de delito comum, para nelas entrarem quem não concorda com o sr. Erdogan que ainda não conseguiu explicar e convencer ninguém sobre o que aconteceu no dia 15 de Julho, a que ele chamou de golpe de estado.
Racip Erdogan
Com isto tudo, vai avançando com prisões, destituições e demissões de pessoas que lhe não são afectas. Penso que tudo isto irá conduzir a mais um vulcão numa região onde existem vários em ebulição.


Bandeira da Síria
A Síria continua em ebulição e já parece que ninguém sabe quem combate quem. A Turquia combate na Síria, mas combate os curdos que não querem ser turcos, mas, também, não querem o DAESH. A Rússia vai deixando que tudo aconteça, mas está à espera da hora certa, para poder entrar em ação, deixando o trabalho sujo para os outros.
A nossa União Europeia vai fazendo umas reuniões restritas, mas cujas conclusões são algo como aquelas “latas” que são vendidas com o ar de Fátima.
Assim, não iremos a lado nenhum, porque há vários anos que deixamos de ter qualquer liderança europeia a, cujos últimos Tratados ou Acordos vieram dar a machadada final.

Após a férias de verão, certamente que vamos ter muitas novidades.


Ovar, 26 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira